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Doença de Alzheimer

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· Doença de Alzheimer:
É uma síndrome demencial progressiva na qual a pessoa perde as funções corticais superiores, na maioria das vezes iniciando pela memória.
A Incidência no Brasil varia de 7,7 – 14,8 casos por 1000 habitantes e a Prevalência no gira em torno de 55,1% dos casos de doenças demenciais.
· Fatores de risco:
Avançar da idade* 
Fatores genéticos
Hipertensão
Obesidade
Dislipidemia
Diabetes melito
Tabagismo
TCE (ex.: demência pugilista)
Vale ressaltar que alterações nos genes da presenilina 1 (PSEN1), bem como da proteína precursora amiloide (PPA) possuem 100% de penetrância. O gene da presenilina 2 também possui alta penetrância, aproximadamente 95%. Ademais, alterações no gene da Apolipoproteína E4 (APOE4) estão associadas a forma familiar da doença, sendo mais esporádica e de início tardio, aumentando o risco em 3 vezes para cada cópia de E4.
· Fatores de proteção:
Alta escolaridade
Atividade intelectual produtiva
Atividade física
Fatores alimentares
Os fatores de proteção entram no âmbito de reserva cognitiva, devido ao aumento da rede neuronal do indivíduo.
· Neuropatologia:
Ocorre hiperfosforilação da proteína TAU, a qual está presente nos microtúbulos neuronais, levando a perda de função e morte neuronal. Outro achado característico é a deposição de peptídeo beta amiloide no interstício, formando as chamadas placas senis, corroborando para perda de função neuronal. Atingindo principalmente os lobos parietais, temporais, hipocampo e núcleo basal de Meynert.
· Quadro Clínico:
Cursa com sintomas insidiosos, com piora progressiva, incialmente apresenta-se como déficit da memória episódica. Ocorre dificuldade de lembra-se de acontecimentos recentes, compromissos, recados, ocorre a repetição de perguntas, bem como a perda de objetos pessoais, levando a prejuízos nas atividades diárias. Pode cursar também com redução da fluência verbal, dificuldade de nomeação, desorientação espacial, disfunção executiva, dificuldade de cálculo, alteração do comportamento e do juízo crítico. Em relação aos sintomas comportamentais podemos citar a presença de apatia, depressão, agitação, alucinações e delírios, agressividade. Pode haver a deterioração de múltiplos domínios com piora progressiva da cognição, comprometimento das atividades básicas de atividade diária como higiene pessoal e alimentação, alterações do ciclo sono-vigília, mioclonias, parkinsonismo, incontinência esfincteriana e disfagia.
· Diagnóstico:
Baseia-se nas alterações cognitivas, comportamentais e funcionais aferidas por meio de instrumentos específicos associados à exclusão de outras causas por meio de exames complementares.
Testes de função cognitiva: 
Miniexame do estado mental
Teste de avaliação breve
Testes neuropsicológicos
Os testes avaliam: atenção e concentração, orientação, linguagem e cálculo, memória, construções, pensamento abstrato, autopercepção e juízo critico, intelecto de modo geral.
· Exames complementares:
Hemograma completo
Creatinina
TSH
Albumina e transaminases hepáticas
Vit. B12, Ác. Fólico, cálcio
VDRL
HIV e LCR em casos selecionados
Tomografia de crânio
Ressonância magnética de crânio*
PET
SPECT
· Tratamento:
Pode ser feito através do uso de:
a) Inibidores da colinesterase, uma vez que o dano neuronal leva à minoração da acetilcolina disponível
- Donepezila, geralmente inicia-se com 5 mg e entre 2 a 4 semanas eleva-se para 10mg 1x ao dia
- Rivastigmina, geralmente 16 a 24 mg/dia em tomadas de 2x ao dia
- Galantamina, comprimidos do 8, 16 e 24 horas, geralmente aumenta-se a dose até atingir a dose plena.
b) Antagonistas dos receptores NMDA do glutamato
Memantina 10mg 2x ao dia (dose plena)
c) Antidepressivos
d) Antipsicóticos
É importante ressaltar que em casos moderados e graves, há melhora com a associação dos inibidores da colinesterase com os antagonistas glutamatérgicos. Ademais, é de suma importância que o paciente receba um tratamento multiprofissional, que envolva fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiros e médicos, e que se evite o distanciamento social, realizando uma estimulação cognitiva, social, física além de realizar a organização do ambiente para auxiliar o indivíduo.
Atualmente o tratamento baseia-se no tratamento sintomático e a evolução da doença possui variação de 3 a 20 anos, com média de 7 a 10 anos, em que geralmente os pacientes evoluem com complicações infecciosas e respiratórias, levando ao óbito.

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