PAPER - IMPACTO DOS CUSTOS NA FORMAÇÃO DE PREÇOS E NO ORÇAMENTO

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1 Franciane Casagrande da Cruz Pinotti, Luana Zampilli e Natália Sarzana Guerra 
2 Barbara Barbosa Santos 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Ciências Contábeis (FLC 3052) – Prática do Módulo V –
12/06/2021 
 
 
 
 
 
 
Franciane Casagrande da Cruz Pinotti 
Luana Zampilli 
Natália Sarzana Guerra¹ 
Barbara Barbosa Santos² 
 
RESUMO 
 
O nosso trabalho irá mostrar a relação entre custos e formação de preços. O impacto da 
carga tributária e a influência dela na formação dos preços. Na formação de preço é analisado 
como será encontrado o preço de venda do produto ou serviço, antes de sua comercialização. Nesta 
analise será contabilizado todos os custos, despesas, margem de lucro desejada e a escolha de um 
método que melhor se encaixe. Tendo as opções mais utilizadas: Margem de contribuição e o 
Mark-up. Nos custos são contabilizados aqueles gastos utilizados diretamente na mão de obra e 
matéria prima do produto que a empresa fornece. Por exemplo, em uma indústria de roupas, a 
energia das máquinas de costuras são custos. Já as despesas são aqueles gastos relacionados aos 
setores que não fazem parte da produção. Exemplo: materiais de escritório e limpeza, salários dos 
setores financeiro e administrativo. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
“A Contabilidade de custos é um método eficiente de analisar todos as despesas de uma 
companhia, permitindo a identificação de falhas, possíveis melhorias e a tomada de decisões com 
base em dados concretos.” (REIS, 2019). 
O que é a formação de preço? O que são custos e quais os tipos de custos? O que são 
despesas? O que são lucros desejados? E quais os métodos de precificação? Esses são alguns 
questionamentos que iremos abordar. 
A Gestão de Custos engloba quatro tipos de gastos principais: gastos, custos, despesas e 
investimentos. Entretanto, o nosso estudo será em base dos custos e da formação de preço. O 
impacto que os custos geram na formação de preço. 
É necessário o conhecimento da empresa de seus gastos, conhecer a estrutura e escolher o 
método de custeio que irá atender a necessidade de cada empresa. Pois o método escolhido irá 
influenciar na formação dos preços. Sabendo o preço final que deverá ter seu produto, a empresa 
IMPACTO DOS CUSTOS NA FORMAÇÃO DE 
PREÇOS E NO ORÇAMENTO 
natalia.guerra
Realce
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evitará prejuízos e preços abaixo do custo. 
Custos são os gastos referentes a produção daquilo que será oferecido aos clientes. É 
composto pela matéria-prima e mão-de-obra direta, que são os funcionários que trabalham 
diretamente na produção. Por exemplo, um restaurante precisa comprar alimentos para preparar os 
pratos. Os gastos com a compra dos itens e com o preparo, são considerados custos. 
Os custos ainda podem ser classificados com/o fixo ou variáveis. O custo fixo é aquele que 
se mantém sempre o mesmo, independente das vendas realizadas. Como por exemplo o aluguel, a 
conta de energia, telefone e etc. Já o custo variável é como o próprio nome diz, variável, que sofre 
variações conforme a quantidade de produção e/ou vendas. Um exemplo de custo variável é se o 
volume de venda aumentar terá que adquirir mais matéria-prima para a produção de mais produtos. 
No processo de formação do preço, de acordo com Paula (2017), “é essencial alinhar o 
preço de venda com a estratégia abordada pela empresa, observando fatores que influenciam o 
processo de compra e venda dos produtos. Deve ser analisado também o ambiente interno e externo 
da organização, considerando todas as variáveis.” 
Anualmente a carga tributária tem aumento, refletindo diretamente nos custos das empresas 
e em seus resultados pois qualquer alteração na apuração de tributos, tem influência direta no lucro 
e custo da empresa (SANTOS, A. et al, 2013). 
Um exemplo do impacto dos tributos é que quanto menos dinheiro a população tiver para 
gastar, menos ela irá consumir e consequentemente a produção será prejudicada pois terá menos 
procura de seu serviço e/ou produto, e também o crescimento do país. Pois é através dos tributos 
recolhidos que o Governo investe nos serviços públicos essenciais. É devido a isso, que é discutido 
a reforma tributária no Brasil. 
Sabemos que o mercado está muito competitivo e por isso as empresas buscam ferramentas 
que ajudam a se manterem sempre em alta. Por isso que um gestor bem qualificado e com 
conhecimento na gestão de custos será um diferencial na empresa, tendo um impacto grande no 
planejamento estratégico. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
FORMAÇÃO DE PREÇO 
 
A formação de preço é um processo muito importante, pois é através dessa análise que será 
encontrado o preço de venda do produto ou serviço, antes de sua comercialização. Para a 
realização dessa análise é preciso que contabilize todos os custos, despesas e margem de lucro 
desejada. 
De acordo com Camargo (2017): 
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A formulação do Preço de Venda é um fator que influencia diretamente o cliente em 
suas decisões de compra, principalmente em mercados com um grande número de 
concorrentes. Com preços muito altos, sua empresa pode afugentar os clientes e perder 
mercado. Com preços muito baixos, a organização pode sofrer prejuízos pela venda de 
produtos, mercadorias e serviços abaixo do valor mínimo para cobrir custos e despesas. 
Tocantins (2019) afirma que “o preço de venda precisa sempre ser revisto, seja por 
aumento no preço de compra dos produtos, por exigência dos consumidores ou pela concorrência, 
e assim, se enquadrar nas regras do mercado. “ 
Para realização dessa análise é muito importante saber os conceitos dos elementos para que 
seja feita uma formação de preço em que possa competir com o concorrente, alcançando o seu 
lucro desejado e cobrindo seus custos e despesas corretamente sem a possibilidade de haver 
prejuízo. 
Na gestão de preços de venda, seja produto ou serviço, ainda terão os tributos pagos que 
são calculados de acordo com o porte da empresa, incididos em cima do faturamento anual com 
base no fiscal. Existe impostos de competência municipais, estaduais e federais. Impostos que são 
calculados em cima do lucro real, ou do lucro presumido. Ou também calculados em cima das 
vendas mensais. Esses tributos também fazem parte dos custos. 
A alta porcentagem de tributos gera um impacto significativo no lucro da empresa, pois 
precisa encarecer ainda mais o preço dos produtos. Influenciando assim no crescimento da 
empresa. 
De acordo com Monteiro (2019), os tributos são divididos em 5 espécies diferentes: 
 impostos — incidem sobre qualquer geração de riqueza e não têm destinação 
específica, podem ser usados para construir estradas ou remunerar servidores, por 
exemplo; 
 taxas — tem duas finalidades, a primeira é a de remunerar o Estado por um serviço 
prestado ao indivíduo (taxa de serviço) e a outra é usada para bancar os órgãos 
fiscalizadores (taxa de polícia); 
 contribuições de melhoria — cobrado de um indivíduo quando o Estado realiza uma 
obra que valoriza seu imóvel; 
 contribuições sociais — utilizados para intervir na economia ou financiar a 
seguridade social (previdência, assistência social e saúde pública); 
 empréstimos compulsórios — raramente cobrado em situações extraordinárias ou de 
caráter urgente. 
É necessário que escolha a melhor forma de tributação empresarial, claro, de acordo com o 
enquadramento da empresa. Esse é o primeiro e um dos passos mais importantes para que a 
empresa alcance o sucesso. É indicado que isso seja feito por um contador. No qual deverá saber 
sobre qual tributação tem melhor impacto nos resultados da empresa. Sendo os três regimes que 
podem ser adotados: Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional. 
 
O QUE SÃO CUSTOS? 
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Considera-se custo, todo gasto necessário para a realização da produção de bens ou 
serviço. Por exemplo: matéria-prima, energia aplicada na produção de bens ou serviço, salário e 
encargos do pessoal da produção. O empreendedor precisaconhecer os seus custos para assim 
calcular os lucros. 
Como aponta Martins (2003, p.17): 
 
O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no 
momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um 
produto ou execução de um serviço. Exemplos: a matéria-prima foi um gasto em sua 
aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de 
sua estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o custo da 
matéria-prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um 
investimento, já que fica ativado até sua venda. 
 
 
Os custos podem ser classificados como: 
 
Custo direto é todo gasto aplicado diretamente na fabricação de um produto ou na execução de 
um serviço. Podemos citar como exemplo a matéria-prima e a mão-de-obra. 
 
Custo indireto é todo gasto aplicado indiretamente na fabricação de um produto ou na execução 
de um serviço. Podemos citar como exemplo a aluguel e a energia elétrica. 
 
Custo fixo é toda despesa que está ligada a produção da empresa, mas que não varia independente 
da sua produção ou venda. Um exemplo de custo fixo é o aluguel de um imóvel que se mantém 
estável durante todos os meses. 
 
Custo variável é todo aquele que muda de acordo com a produção ou quantidade de trabalho. Um 
exemplo de custo variável é a matéria prima usada na produção. 
 
O QUE SÃO DESPESAS? 
 
É todo gasto relacionado a administração da empresa, ou seja, não são identificados no 
processo de produção de bens ou serviço. São exemplos de despesas: materiais do escritório, 
salários dos administradores, internet, entre outros. 
Para Neto (2008) a despesa “é o gasto da empresa não relacionado com a produção de bens 
e serviços, ou seja, despendido em outras áreas da organização: comercial ou administrativa.” 
 
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As despesas podem ser classificadas como: 
 
Despesa direta é aquela que pode ser debitada diretamente ao produto, e quanto maior as despesas 
apropriadas ao produto, mas exato será o custo. 
 
Despesa indireta é aquela cujo cálculo para apropriação será mais difícil, pois não são 
identificadas com precisão. 
 
Despesa fixa é aquela que não tem ligação com o produto e independente do uso não mudará o 
valor a ser pago. Podemos citar como exemplo água, luz, telefone. 
 
Despesa variável é aquela que não tem relação direta com o negócio da empresa, que variam 
todos os meses no orçamento. Temos como exemplo a comissão dos vendedores que varia 
conforme a sua venda. 
 
O QUE SÃO LUCROS DESEJADOS? 
 
Segundo Batista (2019) “por definição, lucro é o retorno positivo de um investimento feito 
em negócios de qualquer natureza. Quando esse retorno é negativo, ao invés do lucro, se configura 
o prejuízo.” 
Quando falamos de lucro desejado, estamos falando sobre o valor que queremos alcançar 
em cima da realização de um serviço ou em uma venda de produtos, mas ele só existirá se o preço 
praticado além de pagar todos os custos e despesas que foram necessários, conseguir sobrar uma 
margem de lucro. Caso o valor praticado não consiga cobrir os custos e as despesas e não 
conseguir sobrar uma margem de lucro, saberemos que houve uma má administração na formação 
do preço e essa situação levará a empresa a ter prejuízos, não havendo o lucro que foi desejado. 
Para ajudar a achar o lucro desejado é muito importante que se faça o Markup. 
 
MÉTODOS DE PRECIFICAÇÃO 
 
Você conhece o método de precificação? Esse método é muito usado por empresas 
varejistas para identificar o valor de seus produtos a serem comercializados, mais nem sempre esse 
método funciona, podendo ocorrer uma grande falha e atrapalhando o crescimento do 
empreendimento. Podemos citar dois principais métodos de precificação: Margem de contribuição 
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e o Mark-up. 
Segundo Camargo (2017) “a precificação tem tudo a ver com a Margem de Contribuição. 
Isso porque o Ganho Bruto pode ser fixado como meta no momento da definição do preço de 
venda dos produtos e serviços. Se a Margem não é conhecida, a empresa pode estar vendendo 
bastante e mesmo assim estar no prejuízo.” 
Quando a empresa utiliza a forma de precificação de maneira correta, consegue chegar ao 
ponto do equilíbrio financeiro. O que quer dizer isso, que a empresa chegou a um estágio de 
conseguir igualar seus custos com suas receitas, desse modo a empresa está no caminho certo para 
começar a ter o tão desejado lucro. Tornando-se o ponto de equilíbrio a base principal para tal 
geração de lucro. 
Markup é um método muito utilizado por empresas para ajudar na formação do preço de 
venda, tanto na prestação de serviços e nas revendas de produtos. Pois é o cálculo a ser feito para 
descobrir o valor a ser repassado para os seus clientes, é necessário realizar esse método para saber 
se realmente vai conseguir um preço que acoberte os custos que teve com a realização do serviço, 
na fabricação do produto ou na compra de produtos para revenda e também se haverá lucro 
desejado ou prejuízo. 
Nas palavras de Pichetti (2021), podemos afirmar que Markup pode se resumir a soma dos 
custos unitários do produto ou serviço, aplicada a uma margem de lucro que consiga chegar a um 
preço de venda apropriado. E para isso é muito importante que se inclua os impostos, despesas 
administrativas, taxas, despesas financeiras e o percentual de lucro desejado. 
Através da implantação do método do Markup na empresa, conseguimos ter uma melhor 
noção sobre os procedimentos operacionais e com ele compreender melhor como funciona cada 
ciclo até a chegada do produto final, para que seja fornecido a seus clientes. 
Para fazer o cálculo do markup, a base da fórmula é representada pelo custo de produção. 
Nessa conta, utilizamos os valores referentes aos insumos utilizados e à mão de obra empregada 
no processo constituem a conta. Em casos de revenda de produtos, o custo de produção é o valor 
de compra, transporte e desses itens. 
A fórmula para calcular o markup é representada por: Markup = 100/100-(DF+DV+ML), 
em que DF são as despesas fixas, DV são as despesas variáveis e ML é a margem de lucro. 
 
TABELA 1- TABELA DE VARIAÇÕES 
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Fonte: Disponível em: https://otimizaej.com.br/conteudo/como-precificar-o-meu-produto-com-markup. 
 
Na tabela 1 vemos variações de margem de lucro em três cenários diferentes. No segundo 
cenário tivemos uma margem de lucro de 40%, o que gerou o aumento do produto e fez com que 
as vendas do período caíssem, gerando um prejuízo de 3.280,00. Mas podemos observar também 
que no terceiro cenário diminuímos os custos variáveis fazendo assim os preços dos produtos 
caírem e as vendas aumentarem gerando um lucro de 1.233,33. 
Podemos dizer que não se deve colocar a margem de lucro acima de 100%, porque assim 
evitamos que o preço fique muito alto e garantimos as vendas sem perder para a concorrência. 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
Para o desenvolvimento desta pesquisa utilizamos o método de revisão bibliográfica, cujo 
propósito é o de responder ao problema apresentado utilizando-se dos resultados de pesquisas 
encontrados em diversos sites e artigos científicos escritos por vários autores especialistas no tema 
que ora é debatido. 
A natureza do trabalho, trata-se de uma pesquisa básica, com o objetivo principal de 
proporcionar novos conhecimentos que possam ser primordiais ao progresso da ciência, porém sem 
aplicação prática prevista. 
Sobre o objetivo, o estudo é especificado como exploratório, pois sua intenção é a de 
proporcionar a maior quantidade possível de informações sobre o tema, realizando um bom 
delineamento do assunto. 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
A intenção do nosso trabalho foi mostra a importância de uma boa formação de preço, pois 
é através do processo de precificação que encontramos o preço ideal dos produtos para sua 
comercialização. E ele pode influenciarum cliente na hora de formalizar uma compra. 
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Para chegar ao preço final de um produto existe dois principais métodos, a margem de 
contribuição e o Markup. Sendo o Mark-up, o mais utilizado. Através dele é feito todo o processo 
para saber se conseguirá cobrir todos os custos e despesas, sejam elas fixas ou variáveis, que serão 
necessárias para a realização da produção e comercialização do produto, encontrando também uma 
margem de lucro, sendo ela alta ou pequena, podendo ser o lucro desejado ou não. 
Nem sempre conseguimos alcançar o tão esperado lucro desejado, pois precisamos 
competir com os concorrentes. Mas sempre devemos encontrar uma forma que não haja prejuízo. 
 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
A contabilidade vem se atualizando com o passar do tempo, nos tempos atuais é necessário 
ter mais experiência e agilidade no conhecimento. Pois contador também auxilia na tomada de 
decisões da formação do preço de venda. Principalmente no que diz respeito aos tributos atrelados 
aos custos. 
Através deste trabalho, podemos conhecer a importância de aprender a separar os custos e 
despesas, que são utilizados tanto na realização de um serviço ou na produção de um produto, 
quanto em vários segmentos no dia a dia. E que a aplicação do controle de custos é de grande 
importância para a consolidação de qualquer empreendimento, pois evita que a empresa tenha 
prejuízo no seu produto. 
Aprendemos que é necessário fazer o cálculo dos custos e dos impostos para assim chegar 
na margem de lucro desejada. E que com um planejamento adequado e um estudo bem 
aprofundado, escolhendo o método que melhor lhe atende e entender todos os passos até a 
formação do preço, faz com que a empresa consiga alcançar os preços almejados. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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