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Caroline Zanella Atm 2022/a 1 Síndromes coronarianas agudas com supra de ST • Quando não devemos realizar ataque de clopidogrel no IAM com supra? • Oclusão total da coronária. o Placa de gordura em coronária que rompe, ativando sistemas de coagulação e aumentando o tamanho do trombo. o Lesão transmural da parede que é irrigada pela coronária. Quadro clínico • Dor precordial. o Em aperto, queimação. o Irradiação para braços, pescoço e mandíbula. o Duração superior a 20 min. o Náusea, vomito e dispneia. o Sudorese. o Dor pode melhorar com nitrato. • Atenção com quadros atípicos. o Dor epigástrica. o Desmaio. • Principal exame quando chega na emergência >>> Eletrocardiograma feito e interpretado em até 10 minutos. • No ECG, o supra de ST deve ter pelo menos 1mm em pelo menos duas derivações contíguas. o Com exceção de V2 e V3. § Mulheres – supra pelo menos 1,5mm. § Homem com mais de 40 anos – supra pelo menos 2mm. § Homem com menos de 40 anos – supra pelo menos 2,5mm. o Em derivações adicionais, se o supra tiver pelo menos 0,5mm, já pode ser considerado supra. Classificação de Killip e Kimball • Avalia condição clínica e prognóstico. • É útil para o tratamento. Caroline Zanella Atm 2022/a 2 Tratamento • Desobstruir coronária >> tempo é músculo!!! o Trombolítico, fibrinolítico. o Angioplastia. • Tempo porta-agulha – tempo de realizar a trombólise. o BR até 30 minutos. o EUR até 10 minutos. o • Tempo porta-balão – tempo de realizar a angioplastia. o Até 90 minutos. o Até 120 minutos em caso de transferência. o Preferência por stent farmacológico. o Via radial é superior a via femoral. • Angioplastia primária. o Idealmente para sintomas que começaram a menor de 12 horas. o Se o paciente tiver um quadro com mais de 12 horas e continuar com dor no peito, significa que ainda há músculo viável em sofrimento. o Paciente com disfunção ventricular grave ou com choque cardiogênico. o O tratamento deve ser realizado só no vaso culpado? § Hoje em dia, primeiro se trata o vaso que está ocasionando o IAM. § Os outros vasos devem ser tratados após o paciente estar estável, na mesma internação ou após a alta. o Não se deve aspirar o trombo de forma rotineira. • Trombolíticos. o Estreptoquinase – alteplase. o Reteplase – tenecteplase. o Critérios de reperfusào – 60 a 90 minutos. § Redução de supra em >50%. § Melhora da dor. § Arritmias de reperfusão. o Se supra não reduzir e paciente continuar com dor >>> realizar angioplastia de resgate para conseguir desobstruir a coronária. o Após trombólise após IAM com supra é NECESSÁRIO encaminhar o paciente para cateterismo em até 24 horas. o Ritmo idioventricular lentificado – critério de reperfusão. • Contra-indicações absolutas à trombólise: o Qualquer sangramento intracraniano prévio. o AVC isquêmico nos últimos 3 meses. o Dano ou neoplasia em SNC. o Trauma significante em cabeça ou rosto nos últimos 3 meses. o Sangramento ativo ou diátese hemorrágica (exceto menstruação). o Qualquer lesão vascular cerebral conhecida – malformação arteriovenosa. o Dissecção aguda de aorta. o Discrasia sanguínea. • Contra-indicaçoes relativas à trombólise: o História de AVC isquêmico há mais de 3 meses. o Gravidez. Caroline Zanella Atm 2022/a 3 o Uso atual de antagonistas de vitamina K. o Sangramento interno recente <2 a 4 semanas. o RCP traumática e prolongada. o HAS não controlada – PAS > 180mmHg. o Punçoes não compressíveis. o Úlcera péptica ativa. o Exposição prévia a estreptoquinase. • Dupla antiagregação plaquetária. o AAS – ataque 160 a 325mg § Manutenção 100 mg dia. § No PS é utilizado 300mg. o Clopidogrel – inibidor da P2Y12 § Na trombólise, o 2º antiagregante só pode ser o clopidogrel. • Dose de ataque de 300mg. • Se paciente com mais de 75mg – sem dose de ataque – realizar apenas dose de 75mg. § IAM com supra de ST – angioplastia – hemodinâmica. • Dose de ataque – 600mg de clopidogrel, independente da idade. § Ticagrelor – pode substituir o clopidogrel? • A troca pode ser realizada antes de 24 horas. • Porém essa medicação pode causar aumento da dispneia. § Prasugrel – só pode ser utilizado se tivermos conhecimento da anatomia coronariana. • Contraindicações absolutas – não pode utilizar prasugrel se tiver AVC ou AIT prévio. • Contraindicação relativa – se peso < 60kg ou idade maior que 75 anos. • Anticoagulação. o Heparina não fracionada. § Realizada na hemodinâmica. o Heparina de baixo peso molecular. § Se paciente menor que 75 anos – bolus de 30mg EV. • Após, 75mg/kg de 12 em 12 horas. § Se paciente maior de 75 anos, 0,75mg/kg de 12 em 12 horas, sem bolus. § Se paciente com ClCr <30ml/min – 1mg 1x dia. § Manter por 8 dias, até alta hospitalar. o Fondaparinux – não se utiliza na angioplastia, pois aumenta risco de trombose de cateter. • Inibidor da glicoproteína 2b/3a. o Utilizada apenas por hemodinamicista. o Se paciente com alta carga trombótica ou com fluxo lento após angioplastia. • Quando ofertar oxigênio? o Quando saturação menor que 90%. o Excesso de O2 aumenta risco de novos infartos e de arritmias. • Nitratos – utilizados para dor, congestão e hipertensão. o não utilizar se paciente hipotenso, bradi ou taquicádico ou em uso de inibidores da fosfodiesterase (viagra – há menos de 24h / tadalafil há menos de 48 horas). o Morfina pode ser utilizada como alternativa ao nitrato. Caroline Zanella Atm 2022/a 4 • Betabloqueadores – importante, mas não precisa ser em caráter de urgência. o Pacientes sem sinais de IC e baixo débito. o Preferência – VO. o EV se paciente hipertenso ou com isquemia recorrente. o Contraindicações: § Fc menor de 60bpm. § PAS < 100mmHg. § BAV de segundo ou BAVT. § Killip > 2. • iECa ou BRA – pode ser começado nas primeiras 24 horas. o Paciente com IC e disfunção diastólica. o Paciente HAS DM. o Infarto anterior. o Iniciar em doses baixas. o Deve ser considerado em todos os pacientes. o Se paciente apresentar intolerância ao ieca – considerar trocar classe para BRA. • Espironolactona. o Paciente com fração de ejeção menos que 40% + IC e/ou DM. o Já em uso de ieca ou bbloq. o Cuidar FR e K. • Estatina – o quanto antes, mas não precisa ser em caráter de urgência. o Após uma SCA – paciente se torna de muito alto risco. o Utilizar estatinas de alta potência, como Atorvastatina ou Rosuvastatina. o Meta – manter o LDL < 50mg/dL. • Bloqueadores de canais de cálcio. o Utilizar quando não puder usar betabloqueadores. o Alternativa – usar verapamil ou diltiazem. § Controle dos sintomas anginosos. o Cuidado – não utilizar nifedipina de curta duração – pode causas hipotensão devido a atividade simpática >> aumento da taquicardia. Infarto do ventrículo direito • V3R e V4R – V7, V8 e V9. • Coronária direita é culpada em 80% dos casos. o A circunflexa tb pode ser acometida. • O supra de ST é maior do que 0,5mm. • Não se pode utilizar nitrato. o Infarto de VD – IAM com pulmão limpo – sem congestão pulmonar. o Paciente pode fazer bradicardia. o Ventrículo direito nasceu pra trabalhar com volume – se usar nitrato, causa vasodilatação, aumentando a quantidade de sangue periférico e menor quantidade de retorno venoso ao coração – aumenta hipotensão. Complicações • Insuficiência mitral aguda o Ruptura do musculo papilar – cordas tendinosas. Caroline Zanella Atm 2022/a 5 o Edema agudo de pulmão. o Hipotensão importante. o Cirurgia de emergência devido a complicação mecânica. • Ruptura do septo interventricular. o Shunt E-D – sangue vai do ventrículo esquerdo para o ventrículo direito. § Ventrículo esquerdo não ejeta sangue – reduz débito cardíaco e pressão arterial. >>>> Hipotensão. § IC biventricular. o Presença de sopro holossistólicoem BEEB. • Ruptura de parede livre do ventrículo esquerdo. o Tamponamento cardíaco – classicamente para em AESP. o O coração até bate, mas tem tanto sangue ao redor dele, que ele não consegue contrair. o Realizar periocardiocentese. o Cirurgia de emergência.
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