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transplantes e imunohematologia

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TRANSPLANTES E IMUNOHEMATOLOGIA 
IMUNOLOGIA 
O conceito da importância do sistema imunológico no 
sucesso terapêutico do transplante vem do século XX – 
Loeb, Tyzzer e Little. 
Esses três pesquisadores propunham que um sucesso de 
um transplante – aceitação daquele órgão transplantado 
em uma paciente receptor – uma coisa fundamental é a 
participação na imuno – ausência da resposta do SI. Não 
ocorre a resposta devido a similaridade genética entre 
doador e receptor. 
O nosso SI tanto no ponto de vista celular ou não tem a 
função básica de promover uma vigilância contra antígenos 
estranhos – peptídeos que não são encontrados 
normalmente no organismo do indivíduo. Além disso, tem a 
capacidade de ignorar antígenos próprios e reagir apenas 
contra antígenos estranhos com a finalidade de proteger 
nosso organismo da invasão e da formação endógena. 
Um órgão ou um tecido quando transplantado ele pode 
contém antígenos estranhos, já que acontece em indivíduos 
diferentes apesar da histocompatibilidade e isso justifica o 
risco da ativação do SI. 
Os antígenos estranhos nos órgãos transplantado é 
chamado de antígenos de histocompatibilidade e são 
apresentados e estão presentes na célula do doador. 
Enxerto é todo tecido ou órgão do doador implantado no 
receptor. Existem vários tipos de enxerto que são 
classificados em relação a compatibilidade genética entre 
doador e receptor: 
→ Autoenxerto: transplante autólogo. Transplante 
em um mesmo paciente – menor risco de rejeição. 
→ Isoenxerto ou singenico: transplante de órgãos ou 
tecidos entre indivíduos da mesma espécie sendo 
eles gêmeos monozigóticos idênticos – grande 
possibilidade sucesso. O mais raro. 
→ Aloenxerto ou alogênico: transplantes da mesma 
espécie com componentes genéticos diferentes – 
sem nenhuma familiaridade ou com sanguinidade. 
→ Xenoenxerto ou xenogênico: transplante entre 
indivíduos de espécies diferentes. Disparidade 
genética muito grande. 
Transplantes isogênicos (alta compatibilidade genética) e 
não-isogênicos (pouca ou menor quantidade de 
compatibilidade). 
A aceitação ou rejeição vai depender então da 
compatibilidade do doador e receptor. Se não tiver essa 
compatibilidade pode gerar resposta imunológica local e 
rejeição. 
A principal fonte de antígenos de superfície considerada 
antígenos de histocompatibilidade. Os principais antígenos 
relacionados com a aceitação ou rejeição do transplante 
são os antígenos formados a partir do MHC. É aquele grupo 
genético localizados no cromossomo 6 que tem uma 
expressão genica de codominância e são importantes na 
apresentação antigênica, risco de doenças e 
histocompatibilidade – grau de possibilidade de aceitação 
ou rejeição de um transplante. 
O sucesso do transplante depende basicamente da 
compatibilidade genética relacionada a genes de 
histocompatibilidades. O principal é o MHC e também 
temos os antígenos de histocompatibilidade menores – 
menor influência na rejeição ou aprovação de um 
transplante já que o SI geralmente consegue tolerar de 
forma mais expressiva do que os principais. 
Existe dois tipos de MHC: classe 1, 2 e 3. O MHC classe 1 
está presente na maioria das células nucleadas e tem o 
mais impacto da rejeição e aceitação do transplante. O 
MHC 2 está presente nas células apresentadoras de 
antígenos e macrófagos. 
 
TIPOS DE REJEIÇÃO DO TRANSPLANTE 
Principalmente em transplantes não isogênicos – entre 
indivíduos da mesma espécie mas com disparidade 
genética ou entre indivíduos de espécies diferentes. 
Essa rejeição pode ocorrer de três formas: essa avaliação 
foi feita a partir de transplantes renais 
→ Rejeição hiper-aguda 
→ Rejeição aguda 
→ Rejeição crônica 
Depende do tempo, intensidade e relação com MHC. 
REJEIÇÃO HIPER-AGUDA: ocorre minutos a hora após o 
procedimento. Está relacionada com quanto maior a 
disparidade genética. 
Acredita que essa rejeição seja causada pela presença de 
anticorpos preexistentes no receptor - anticorpos do 
próprio organismo do receptor reagiram contra o endotélio 
– parede dos vasos sanguíneos daqueles órgãos ou tecidos 
implantados. Isso leva a inflamação desse endotélio com 
exposição do tecido subendotelial, formação de 
imunocomplexos dessa região. Expondo a região abaixo do 
endotélio aumenta o risco de tromboses, oclusões e 
isquemia do órgão/tecido transplantado. 
Qual seria o alvo da rejeição hiper-aguda? Os próprios 
vasos sanguíneos do órgão transplantado. E se o órgão 
transplantado tem seus vasos sanguíneos ocluídos, não vai 
sangues para ele e não consegue então se manter viável 
por muito tempo. 
REJEIÇÃO AGUDA: ocorre em torno de 2-4 semanas após 
procedimento. Tem a participação da resposta imune 
adaptativa, principalmente das células T pelo papel do 
reconhecimento dos antígenos de histocompatibilidade 
expressos via MHC na parede/superfície daqueles órgãos e 
vasos sanguíneos. 
O alvo principal dessa rejeição aguda? Além do endotélio, o 
parênquima daquele órgão. Os anticorpos e os linfócitos T 
são direcionados para o epitélio e parênquima do órgão 
transplantado levando ao um dano tecidual do órgão, 
processo inflamatório dos vasos, oclusão, isquemia e 
inviabilidade do órgão. 
REJEIÇÃO CRÔNICA: geralmente ocorre meses e até anos 
após o transplante. É um quadro mais arrastado que tem 
participação dos linfócitos e dos macrófagos – 
hipersensibilidade tardia do tipo 4. 
Está relacionado com formação de fibrose, deposição de 
matriz extracelular no parênquima ou vasos sanguíneos 
daqueles órgãos transplantados levando a fibrose e perda 
da viabilidade do órgão. 
Geralmente, as rejeições hiperagudas e agudas acontecem 
mais devido a compatibilidade e a crônica relacionada 
hipersensibilidade – mesmo que o órgão seja compatível, 
não é 100% e justifica essa rejeição a longo prazo. 
TRANSPLANTES 
Se um órgão for rejeitado e transplantar o mesmo órgão, 
com o mesmo grau de compatibilidade em uma paciente, 
isso levaria a uma resposta imunológica mais rápida 
justificada pela memória imunológica? SIM. 
É o que chamamos de rejeição em segunda instancia. O 
paciente pode ter tido rejeição hiperaguda, aguda ou 
crônica, se transplantar de novo, existe a chance de 
rejeição de novo sim e muito maior, intensa e mais rápida. 
Então, se aconteceu a rejeição em primeira instancia, 
aquele doador não vai poder mais um doador para aquele 
receptor. 
Como evitar a rejeição? 
Primeira medida preventiva: fazer o pareamento genético, 
procurara pessoas que tenham mais compatibilidade 
possível entre receptor e doador. – pesquisar o HLA. 
Evitar principalmente as reações agudas e hiperagudas. 
Mesmo que passem dessas fases, o paciente tem que usar 
imunossupressores para diminuir a resposta do sistema 
imunológico tardia – rejeição crônica. 
IMUNOHEMATOLOGIA 
Transfusão sanguínea: transplante de células sanguíneas – 
hemácias, plaquetas, plasma, coagulação. Paciente com 
anemia grave, traumas.. 
Pode ocorrer rejeição? Sim. Já que estamos pegando 
hemácias de pacientes diferentes. É o que chamamos de 
reações transfusionais. 
Um dos principais fatores de um sucesso de um transplante 
é a similaridade genética – compatibilidade do MHC 1. 
O MHC é um grupo de genes localizados lá no componente 
genético do núcleo das células. E as hemácias são 
anucleadas, durante o seu desenvolvimento e maturação 
(eritropoiese) elas têm núcleo e vão perdendo conforme a 
maturidade, assim não tem componente genético e nem 
MHC. 
Mesmo assim pode ocorrer reação transfusional com 
concentrado de hemácias? Mesmo sem o MHC. 
SIM. Apesar deles não terem MHC, os eritrócitos têm na 
sua superfície de membrana mais de 400 tipos de antígenos 
de superfície e alguns estão relacionados com o risco maior 
de reações transfusionais. Principalmente os antígenos 
relacionados ao grupo ABO e Rh – que além de serem 
antígenos de superfície relacionados a reações 
tranfusionais, são também antígenos utilizados na 
nomenclatura dos grupos sanguíneos. 
SISTEMAABO: conjunto de antígenos de superfícies de 
eritrócitos. São formados por principalmente por 
carboidratos. 
Existem dois tipos principais de antígenos relacionados com 
o sistema ABO: antígenos do tipo A e B. 
Hemácias de alguns indivíduos tem antígenos do tipo A e 
outros do tipo B e outros do tipo AB ou tem alguns que tem 
ausência dos dois. Essa presença ou ausência desses 
antígenos que vão determinar a classificação do tipo 
sanguíneo do indivíduo. 
Além dos antígenos de superfície, também temos os 
anticorpos contra os antígenos de superfície das células das 
hemácias. São anticorpos considerados naturais, não são 
produzidos por exposição. 
Por exemplo, tem sangue do tipo A, tem antígeno A na 
superfície da membrana da hemácia e o anticorpo 
circulante no plasma é o Anti-B. ou seja, em qualquer 
situação, seja a primeira transfusão, se fizer uma transfusão 
errada, pode levar a uma reação. Não precisa de um 
primeiro contato para o SI ficar sensível, já que existe 
anticorpos naturais. 
Existem dois subtipos de anticorpos: anti-A e anti-B e são 
todos da subclasse IgM. 
A presença dos antígenos e dos anticorpos vão caracterizar 
o tipo sanguíneo de cada indivíduo. 
Em uma transfusão sanguínea incompatível, leva a 
aglutinação e lise das hemácias transfundidas e levam o 
quadro de reação transfucional – febre, calafrios, dispneia e 
urticaria. Reações hemolítica aguda – grave e coagulação 
intravascular disseminada. 
Como evitar? 
Fazer tipagem sanguínea, - anti a e anti b. 
SISTEMA Rh: proteínas de superfície de eritrócitos. 
É expressada no Locus D que é dominante. 
É importante na eritroblastose fetal ou doença hemlitica do 
recém-nascido. 
Entre mães e fetos que são incompatíveis nos subgrupos 
Rh, a mae pode produzir anticorpos contra o recém-nascido 
e leva a hemólise das hemácias fetais. 
ERITROBLASTOSE FETAL: mae com rh negativo e feto 
positivo. As hemácias do feto vão entrar em contato com 
células do SI da mae e pode levar a ativação do SI, produção 
de anticorpos anti rh fetal. Se essa for a primeira gestação, 
não ocorre nada. Mas na segunda, a mae já está 
sensibilizada. 
A prevenção faz parte do pre natal. 
 
 
 
	tipos de rejeição do transplante
	transplantes
	imunohematologia

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