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3 Proteínas do sangue, cascata de coagulação sanguínea, fibrinólise e regulação integrada

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1 
 
Proteínas do sangue, cascata de coagulação sanguínea, fibrinólise e regulação 
integrada: 
 Proteínas do Sangue - globulinas: 
 Aspectos gerais do sangue: composto por células com funções específicas (tecido); não é um 
líquido mesmo sendo próximo a composição líquida, sendo similar a um gel. Composição geral 
de água (90% - 60% plasma) e células. 
 Componentes celulares do sangue: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas, 
diferença entre plasma e soro, eletrólitos, micronutrientes, grupo ABO, fator Rh, hormônios 
e excretas metabólicas, proteínas globulinas. 
 Proteínas globulinas (classificadas de acordo com os solventes; são melhor dissolvidas em 
meio aquoso): 
- Albumina: 4g/100 mL; exerce pressão osmótica (muito mais abundante no plasma sendo 
considerada soluto); troca de líquido através dos capilares; mais abundante no plasma; fígado 
é o maior produtor; quando há excesso de albumina ocorre formação de edemas pois a 
pressão osmótica não consegue se igualar ocorrendo extravasamento nos espaços 
intersticiais. 
- Hemoglobina: 12g/100 mL; não exerce pressão osmótica (restrita à hemácia); mais 
abundante no sangue (hemácia). 
- Outras globulinas presentes no sangue: alfaglobulina, betaglobulina, gamaglobulina 
(anticorpo). 
 Mecanismos de controle de proteínas: envolve três mecanismos principais, sendo 
modificação de cadeias laterais de aminoácidos (Tipo 1; modificação covalente da cadeia 
lateral já existente, rompimento de ligações, adição de grupos químicos; altera a conformação 
global; reversível), clivagem de pontes dissulfeto (Tipo 3; aspecto terciário e quaternário; 
ligação covalente secundária que garante sua estrutura) e clivagem de ligações 
peptídicas/clivagem proteolítica/proteólise (Tipo 2; ativação de zimogênios de fatores da 
cascata de coagulação sanguínea e sistema complemento; resíduo de prolina e aminoácido 
próximos sofrem a clivagem [sitio de clivagem após reconhecimento molecular/região 
propensa à clivagem; X-Pro]; se romper pontes dissulfeto pode ocorrer perda de função 
biológica e conformacional; enzima atua sobre enzima; libera fragmentos em que alguns são 
degradados e outros seguem para função específica; exemplos: processo de digestão de 
proteínas [região N-terminal à C-terminal; tripsina para clivagem em um ponto específico 
agindo somente quando há resíduo de arginina ou lisina, X-Arg, no pâncreas] para facilitar a 
digestão de nutrientes, ativação de zimogênio [já estão no leito vascular, mas são moléculas 
estruturalmente inativas]). 
 
2 
 
 Hemostasia/hemostase: processo de reparo da lesão de um vaso sanguíneo, buscando controlar 
a hemorragia; previne a perda da volemia (volume normal de sangue); composto de duas partes, 
vascular e sanguínea (fatores exógenos e mecanismos de disparo de ativadores de coagulação 
endógenos). O processo vascular é referente à reação vascular a uma determinada agressão, e o 
processo sanguíneo é o de coagulação. Hipovolemia é a perda de líquidos corporais ocorre nos 
espaços intracelular, extracelular e intravascular (olhos profundos, pele e mucosa ressecadas, 
sonolência, tonteira; prejuízo da função global cardiovascular). 
 
 Cascata de coagulação sanguínea: Colágeno (proteínas estrutural; presente na superfície 
plaquetária; contribui para a elasticidade vascular; tanto em micro como em macro-lesões, mas 
principalmente nas micro-lesões; via intrínseca [ativa sininogênio de alto peso molecular/HMWK, 
que é precursor de serinoproteases/calitreína plasmática com resíduo para catálise]; agonista 
plaquetário estimulando a agregação plaquetária com invaginações [alteração morfológica e 
metabólica com ativação e degranulação] sinalizando a lesão, promovendo liberação doa fatores 
de coagulação ativando zimógenos para formação dos coágulos de fibrina) é um pró-ativador da 
cascata de coagulação sanguínea com fatores XII e XI; a fase de contato implica em expor os 
conteúdos do leito vascular a uma superfície negativa (carga negativa) que desencadeia a 
ativação de zimogênios da cascata. Célula endotelial com fator tecidual (constitutivo, expresso 
pelo endotélio mediante uma micro-lesão; tromboplastina sinaliza via extrínseca/tecidual), cálcio 
e vitamina K ativam o fator VIIa da coagulação (via extrínseca); depois os fatores IX, VIII e X, 
protrombina (plasma; protrombinase), trombina (plasmina), fibrinogênio (plasma) e fibrina 
(proteína pouco solúvel ou insolúvel que forma aglomerado fibroso que prenderá células e 
plaquetas que estancarão o sangramento reparando a lesão; coágulo). Cálcio (Ca++ do plasma) e 
vitamina K (fígado) são importantes para o processo global da coagulação. As duas vias, extrínseca 
e intrínseca, convergem para a ativação do Fator X. Observação: colágeno, ADP e trombina são 
agonistas plaquetários. 
 
3 
 
 Alvos de regulação da cascata: 
- Calideína plasmática 
- Fator Xa (Stuart) propriamente da coagulação 
- Trombina 
- Plasmina } degradação de fibrina (fibrinólise) 
 Coagulação sanguínea normal: hemostasia compondo vasoconstrição (reduz o volume de 
sangue perdido, favorece a adesão plaquetária), hemóstase primária e formação do tampão 
plaquetário (formação do trombo plaquetário), e hemóstase secundária e coagulação 
(formação de fibrina, estabilidade do tampão plaquetário, ativação das serinoproteases). 
Modelo de coagulação baseado nas superfícies celulares compõe as fases iniciação (1; nas 
células que expressam o FT), amplificação (2; na superfície das plaquetas ativadas), 
propagação (3; na superfície das plaquetas ativadas; ocorre somente quando há dano 
vascular com adesão de plaquetas ao FVIII; complexo tenase ativando FX ativando o complexo 
protrombinase [vitamina K como co-fator]) e finalização (4; fibrinólise); esse modelo enfatiza 
a interação dos fatores de coagulação com superfícies celulares específicas. Modelo “clássico” 
da cascata propunha o funcionamento independente das vias no modelo fisiológico, o que foi 
desmascarado. Após observação, constatou-se que mesmo com ausência/deficiência do fator 
XII (Hageman) e da Calitreína não havia sangramento, assim o fator XII não é fundamental 
para a manutenção da hemostasia. A ativação do fator XI pela trombina na superfície das 
plaquetas explica porque o FXII não é necessário para a hemostasia normal; mas na presença 
do FXII e HMWK, o FXI otimiza a continuação da cascata. Os fatores IX e VIII são ausentes em 
pacientes hemofílicos, por exemplo, e assim não há controle hemostático, mas colocando-os, 
continuavam sangrando, assim a via intrínseca não é capaz de sustentar a coagulação sozinha. 
A trombina é necessária para amplificar a cascata, desmistificando que era necessária 
somente para finalizar a cascata; não é capaz sozinha (insuficiente) de completar a formação 
do coágulo. Nesse processo de formação do coágulo, a família de proteínas PDI e ERp57 são 
cruciais para o processo de adesão, ativação e degranulação de plaquetas (alvos para o 
tratamento antitrombótico). A hemostasia normal não é possível na ausência do fator 
tecidual associado às células e plaquetas; esse modelo enfatiza a interação dos fatores de 
coagulação com superfícies laterais específicas; a hemostasia requer substancias 
procoagulantes ativas que permaneçam localizadas no sítio da lesão para a formação do 
tampão plaquetário e de fibrina neste local. DDIMER é um marcador molecular de risco de 
formação de trombo iminente (risco trombótico; sintomas em trombo arterial são sentidos 
mais rapidamente que venoso pois impossibilita oxigenação dos tecidos) e de embolo 
(migração), podendo ocorrer obstrução do fluxo sanguíneo e placa de ateroma. 
 
} 
4 
 
 Regulação: a proteína C1-INH é inibidora agindo sobre o FXIIa e HMWK, que não são cruciais para 
a ocorrência da hemostasia, mas é um alvo de regulação. A ativação do FXIa ocorre 
principalmente na superfície plaquetária. O -AT (anti-trombina) é um anti-coagulante 
potencializada pela heparinaagindo sobre a etapa de amplificação no FIIa (trombina). O -alfa2AP 
inibe a plasmina e o –PAI é inibidor do plasminogênio (ativadores tPA, uPA e FXIIa). 
 
 
 Coagulação sanguínea: A coagulação sanguínea é uma sequência complexa de reações 
químicas que resultam na formação de um coágulo de fibrina. É uma parte importante 
da hemostasia (o cessamento da perda de sangue de um vaso danificado), na qual a parede 
de vaso sanguíneo danificado é coberta por um coágulo de fibrina para parar o sangramento e 
ajudar a reparar o tecido danificado. Desordens na coagulação podem levar a um aumento no 
risco de hemorragia, trombose ou embolismo. A coagulação é semelhante nas 
várias espécies de mamíferos. Em todos eles o processo envolve um mecanismo combinado de 
fragmentos celulares (plaquetas) e proteínas (fatores de coagulação). Esse sistema nos humanos 
é o mais extensamente pesquisado e consequentemente o mais bem conhecido. Esse artigo é 
focado na coagulação sanguínea humana. Em um indivíduo normal, a coagulação é iniciada 
dentro de 20 segundos após a lesão ocorrer ao vaso sanguíneo causando danos às células 
endoteliais. As plaquetas formam imediatamente um tampão plaquetário no local da lesão. Essa 
é a chamada hemostasia primária. A hemostasia secundária acontece quando os componentes 
do plasma chamados fatores de coagulação respondem (em uma completa cascata de reações) 
para formar fios de fibrina, que fortalecem o tampão plaquetário. Ao contrário da crença comum, 
a coagulação a partir de um corte na pele não é iniciada pelo ar ou através da secagem da área, 
na verdade ocorre através das plaquetas que se aderem e que são ativadas 
pelo colágeno do endotélio do vaso sanguíneo que fica exposto, quando cortado o vaso. As 
plaquetas ativadas então liberam o conteúdo de seus grânulos, que contém uma grande 
variedade de substâncias que estimulam uma ativação ainda maior de outras plaquetas e 
melhoram o processo hemostásico. 
 Hemostasia Primária: 
- Vasoconstrição: primeiramente o vaso lesado se contrai. 
- Adesão: Inicia-se quando as plaquetas se aderem ao endotélio vascular. Essa aderência 
acontece com uma ligação entre a glicoproteína Ib/IX/V na superfície das plaquetas e 
colágeno exposto durante a lesão do endotélio. Essa ligação é mediada pelo fator de von 
Willebrand que funciona como uma "ponte" entre a superfície da plaqueta e o colágeno. 
Quando ocorre uma desordem qualitativa ou quantitativa deste fator ocorre a Doença de von 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7%C3%A3o_qu%C3%ADmica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rea%C3%A7%C3%A3o_qu%C3%ADmica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemostasia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_sangu%C3%ADneo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemorragia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Embolismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mam%C3%ADferos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plaqueta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endot%C3%A9lio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endot%C3%A9lio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plaqueta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hemostasia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plasma_sangu%C3%ADneo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A1geno
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endot%C3%A9lio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_von_Willebrand
5 
 
Willebrand. A aderência leva a ativação plaquetária. Quando ocorre falta da glicoproteína Ib 
ocorre a Síndrome de Bernard-Soulier. 
- Ativação Plaquetária: Quando ocorre a ativação das plaquetas, elas mudam de forma e 
liberam conteúdos dos seus grânulos no plasma entre eles produtos de oxidação do ácido 
araquidônico pela via cicloxigenase (PGH2 e seu produto, o tromboxane), ADP, fator de 
ativação plaquetária (PAF). Quando ocorre uso de aspirina por um indivíduo, ocorre a 
inativação da enzima cicloxigenase evitando a síntese de PGH2 e tromboxane e ocorre um 
prolongamento do tempo de sangramento. 
- Agregação plaquetária: as plaquetas se agregam uma às outras, formando o 
chamado "trombo branco". 
 Hemostasia Secundária: 
- Cascata de coagulação: Possui duas vias: intrínseca (via da ativação de contato) e extrínseca 
(via do fator tissular). Ambas vias tem grande importância e acabam se juntando para 
formação do coágulo de fibrina. Os fatores de coagulação são numerados por algarismos 
romanos e a adição da letra a indica que eles estão em sua forma ativada. Os fatores de 
coagulação são geralmente enzimas (serino proteases) com exceção dos fatores V e VIII que 
são glicoproteínas e do fator XIII que é uma transglutaminase. As serino proteases agem 
clivando outras proteínas. 
- Via intrínseca: Necessita dos factores de coagulação VIII, IX, X, XI e XII além das proteínas 
pré-calicreína (PK), cininogênio de alto peso molecular (HWHK) e íons cálcio. Começa quando 
a PK, o HWHK, factor XI e XII são expostos a cargas negativas do vaso lesado, isso é chamado 
de "fase de contacto". A pré-calicreína então converte-se em calicreína e esta activa o fator 
XII. O fator XII activado acaba convertendo mais pré-calicreína em calicreína e activando o 
factor XI. Na presença de íos cálcio, o fator XI ativado ativa o IX. Por sua vez o factor IX activado 
junto com o factor VIII activado, levam à activação do factor X. Deste modo, o complexo 
enzimático constituído pelo factor X activado, juntamente com o factor V activado e Ca++, 
denomina-se de Protrombinase. 
- Via Extrínseca: Após a lesão vascular, o fator tecidual (fator III) é lançado e forma junto ao 
fator VII ativado um complexo (Complexo FT-FVIIa) que irá ativar os fatores IX e X. O fator X 
ativado junto ao fator V ativado formam um complexo (Complexo protrombinase) que irá 
ativar a protrombina em trombina. A trombina ativa outros componentes da coagulação 
entre eles os fatores V e VII (que ativa o fator XI que por sua vez ativa o fator IX). Os fatores 
VII, juntamente com o factor tecidual e Ca++ ativados formam o Complexo Tenase 
Extrínseco que por sua vez ativa o fator X. 
- Formação da Trombina: O ponto comum entre as duas vías é a ativação do fator X em fator 
Xa. Por sua vez, o Fator Xa converte a protrombina em trombina. A trombina tem várias 
funções: A principal é a conversão do fibrinogênio em fibrina. O fibrinogênio é uma molécula 
constituída por dois pares de três cadeias diferentes de polipeptídeos. A trombina converte 
o fibrinogênio em monômeros de fibrina e ativa o fator XIII. Por sua vez, o fator XIIIa liga de 
forma cruzada a fibrina à fibronectina e esta ao colágeno. Ativação dos fatores VIII e V e seus 
inibidores, a proteína C (na presença de trombomodulina). Ativação do Fator XIII. 
- Cofatores da coagulação: 
. Cálcio: Age mediando a ligação do Fatores IXa e Xa junto as plaquetas através da ligação 
terminal dos resíduos gamma-carboxil dos fatores IXa e Xa junto a fosfolípideos da membrana 
das plaquetas. O cálcio também está presente em vários pontos da cascata da coagulação. 
. Vitamina K: Atua como cofator da enzima gamma-glutamil carboxilase que adiciona um 
carboxil ao ácido glutâmico residual dos fatores II, VII, IX e X e também as proteínas C, S e Z. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_von_Willebrand
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Bernard-Soulier
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrinog%C3%AAnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrina
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lcio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_K
6 
 
- Inibidores da coagulação: Três substâncias mantêm a cascata da coagulação em equilíbrio. 
Defeitos quantitativos e qualitativos destas substâncias podem aumentar a tendência 
a trombose. 
. Proteína C: Age degradando os fators Va e VIIIa. É ativado pela trombina em presença da 
trombomodulina e da coenzima proteína S. 
. Antitrombina: Age degradando as serino proteases (trombina, FX, FXII e FIX) 
. Inibidor doFator Tissular: Inibe o FVIIa relacionado com a ativação do FIX e FX. 
Exemplos de anticoagulantes farmacológicos: Heparina e Varfarina 
 
 Fibrinólise: É uma resposta ao depósito de fibrina formado no organismo de um indivíduo. O 
plasminogênio liberado pelas células endoteliais é ativado em plasmina cuja função é degradar a 
fibrina formada 
Fatores de Coagulação e Substâncias Relacionadas 
Número ou Nome Função 
I (Fibrinogênio) Formação do coágulo (fibrina) 
II (Protrombina) 
Sua forma ativada (IIa) ativa os fatores I, V, VIII, XIII, proteína C e 
plaquetas 
III (Fator tissular ou 
tecidual ou 
tromboplastina) 
O fator tecidual acelera a ativação do fator X, pelo fator VIIa, 
fosfolípides e cálcio em aproximadamente 30.000 vezes. Por um 
processo de auto-ativação o complexo FT-FVIIa é capaz de ativar o 
fator VII. 
Cálcio 
Necessário aos fatores de coagulação para estes se ligarem aos 
fosfolipídios (antigamente conhecido como fator IV) 
V (pró-acelerina, fator lábil) Cofator do X com o qual forma o complexo protrombinase 
VII (Fator Estável ou Pró-
convertina) 
Ativa os fatores IX e X 
VIII (Fator Anti-hemofílico) Cofator do IX com o qual forma o complexo tenase 
IX (Fator de Christmas) Ativa o fator X e forma complexo tenase com o VIII 
X (Fator de Stuart-Prower) Ativa o II e forma complexo protrombinase com o V 
XI (Antecedente 
Tromboplastina Plasmática 
) 
Ativa o XII, IX e pré-calicreína 
XII (Fator de Hageman) Ativa a pré-calicreína e p fator XI 
XIII (Fator estabilizante de 
Fibrina) 
Fibrina com ligação cruzada 
Fator de von Willebrand Liga-se ao fator VIII e ajuda na adesão plaquetária 
Pré-calicreína 
Ativa o XII e a pré-calicreína. Cliva o clininogênio de alto peso 
molecular. 
Cininogênio de alto peso 
molecular(HMWK) 
Ajuda na ativação do XII, XI, e pré-calicreína 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trombose_venosa_profunda
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antitrombina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Varfarina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrinog%C3%AAnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protrombina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_tissular
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lcio
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fator_V&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_VII
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_VIII
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_IX
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_X
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_XI
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_XII
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fator_XIII&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fator_de_von_Willebrand
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pr%C3%A9-calicre%C3%ADna&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cininog%C3%AAnio_de_alto_peso_molecular&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cininog%C3%AAnio_de_alto_peso_molecular&action=edit&redlink=1
7 
 
Fibronectina Ajuda na adesão celular 
Antitrombina III Inibe o fator IIa, Xa, e outras proteases; 
Cofator heparina II Inibe o IIa, cofator para heparina 
Proteína C Inativa o Va e VIIIa 
Proteína S Cofator para ativação da proteína C 
Proteína Z 
Ajuda na adesão da trombina aos fosfolipideos e estimula a 
degradação do fator X pelo ZPI 
Proteína Z-relacionada ao 
inibidor de protease (ZPI) 
Degrada fatores X (na presença da proteína Z) e XI 
(independentemente) 
Plasminogênio Converte-se em plasmina, lisa a fibrina e outras proteínas 
Alfa 2-antiplasmina Inibe a plasmina 
Ativador do plasminogênio 
tissular(tPA) 
Ativa o plasminogênio 
Uroquinase Ativa o plasminogênio 
 
 Sistema de coagulação: O sistema de coagulação é dependente de um constante equilíbrio 
entre agente pró-coagulantes,anticoagulantes e fibrinolíticos. Os agentes coagulantes são 
responsáveis pela realização da hemostasia quando sofremos alguma hemorragia. Esse processo 
é dividido na hemostasia primária e secundária, como veremos a seguir. Já os agentes 
anticoagulantes estão em circulação para evitar a formação de coágulos desnecessários. É como 
se, no estado basal do corpo, os agentes coagulantes e anticoagulantes se anulassem para evitar 
trombose e sangramentos. Ainda temos um terceiro componente essencial para a manutenção 
desse equilíbrio, os agentes fibrinolíticos. Quando temos algum sangramento e um trombo é 
formado, eventualmente ele precisa ser dissolvido. É justamente nesse ponto que a fibrinólise 
vai atuar. Quando o corpo sofre alguma hemorragia, a hemostasia entra em ação! Ela é dividida 
em primária e secundária. A hemostasia primária é aquela que estanca o sangramento. Ela 
ocorre através da ação das plaquetas para formação do tampão plaquetário, o “coágulo branco”. 
Já a hemostasia secundária evita o ressangramento. Ela depende da ação dos fatores da cascata 
de coagulação, culminando na formação da rede de fibrina, o “coágulo vermelho”. Começaremos 
pela hemostasia primária. Porém, antes de entendermos o processo propriamente dito, 
precisamos saber 3 conceitos importantes. Primeiro, as plaquetas possuem diversos grânulos em 
seu interior armazenando uma série de moléculas que, após a ativação, são liberados para fora 
da célula (aos poucos veremos o que são). Segundo, a membrana plaquetária possui 
diversas Glicoproteínas (GP) que terão importante papel no processo da hemostase. E terceiro, 
é importante saber sobre o fator de Von Willebrand, que possui grande importante na 
hemostasia primária. Ele é produzido pelas células endoteliais e se encontra em duas 
formas: armazenado dentro de grânulos nas plaquetas e livre no plasma. Agora sim podemos ir 
aos processos que ocorrem na hemostasia primária: A adesão, ativação e agregação plaquetária. 
A adesão plaquetária é o que ocorre no primeiro momento após a hemorragia. A lesão do 
endotélio vascular que provocou o sangramento expõe a sua matriz subendotelial, 
principalmente o colágeno. O que acontece nesse momento é que glicoproteínas da membrana 
das plaquetas (Ia/IIa e VI)fazem a adesão incial à lesão, se ligando ao colágeno. Entretanto, essa 
não é uma ligação muito forte, por isso, em seguida, temos a ação do fator de Von Willebrand. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibronectina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antitrombina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna_C
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Prote%C3%ADna_S&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Prote%C3%ADna_Z&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Prote%C3%ADna_Z-relacionada_ao_inibidor_de_protease&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Prote%C3%ADna_Z-relacionada_ao_inibidor_de_protease&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plasminog%C3%AAnio
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Alfa_2-antiplasmina&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ativador_do_plasminog%C3%AAnio_tissular&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ativador_do_plasminog%C3%AAnio_tissular&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uroquinase
8 
 
Ele forma uma ponte que liga o colágeno ao receptor do fator de Von Willebrand nas plaquetas, 
a chamada GP Ib. Dessa forma, temos a adesão definitiva das plaquetas ao local da lesão. Após a 
adesão, as plaquetas sofrem ativação. Esse processo é mediado pelos agonistas 
plaquetários colágeno, trombina e epinefrina. Com a ativação, as plaquetas expõem 
seus receptores de adesão e agregação. Além disso, produzem o tromboxane A2, que cria uma 
retroalimentação positiva, ativando mais e mais plaquetas. O segundo processo, a ativação 
plaquetária, culmina na degranulação com liberação de proteínas de adesão plaquetária, 
de serotonina (que provoca vasoconstricção) e do fosfolipídeo plaquetário, que tem grande 
importância para a hemostasia secundária. Por fim, ocorre a agregação plaquetária, na qual o 
fibrinogênio circulante se liga na GP IIb/IIIa, conectando as plaquetas entre si. Após a hemostasia 
primária, temos a hemostasia secundária, que é conhecida comocascata de coagulação.Todo o 
princípio da cascata se baseia na ativação consecutiva de fatores de coagulação com o objetivo 
final de formar uma rede de fibrina. Ela pode se iniciar através de 2 vias: a intrínseca e 
a extrínseca. Essas vias são apenas para o começo da cascata, pois em certo ponto elas se 
encontram formando a via comum. A via intrínseca ocorre pelo sistema de contato. Ela se 
desenvolve pelo contato do sangue com superfícies de carga negativa, como por exemplo 
o colágeno. A partir disso é liberada uma substância chamada de Cininogênio de Alto Peso 
Molecular (CAPM). Ele faz com que o fator XII seja ativado, formando o XIIa. Em seguida, o XIIa 
faz a ativação do XI em XIa. o XIa, por sua vez, transforma o IX em IXa, que ativa o fator X, dando 
origem ao Xa. Essa última reação ocorre mediante a presença de cálcio, do fosfolipídeo 
plaquetário (lembra que eu falei que ele seria importante?) e o fator VIIIa. Nesse ponto 
(formação do Xa) acaba a via intrínseca e se inicia a via comum. Vamos dar uma pausa nela para 
entendermos a via extrínseca e depois voltaremos ao ponto em que ambas as vias chegaram. 
Diferentemente da via intrínseca, a extrínseca é o sistema de lesão endotelial. Ela acontece a 
partir do contato do sangue com o fator tecidual, liberado das células subendoteliais após a lesão. 
O fator tecidual transforma o fator VII em VIIa, e o VIIa transforma o X em Xa, mediante a 
presença de cálcio e do fosfolipídeo plaquetário. Quando chegamos na formação do Xa, tem 
início a via comum! Nela, o fator Xa, juntamente com cálcio, o fosfolipídeo plaquetário e o 
fator Va, transformam a protrombina em trombina. Ela, em seguida, transforma 
o fibrinogênio em monômeros de fibrina, que se unem formando uma rede de fibrina. A 
trombina também promove a ativação dos fatores V e VIII em Va e VIIIa, que vimos ao longo da 
cascata. A rede de fibrina, produto final da hemostasia secundária, é ainda estabilizada pelo fator 
XIIIa. Dessa forma, temos um coágulo bem formado que evita-se o ressangramento da lesão. 
Como falamos, o sistema de coagulação deve ser sempre balanceado. Para isso existem os 
agentes anticoagulantes e os fibrinolíticos. Os agentes coagulantes são separados de acordo com 
o ponto da hemostasia que afetam em inibidores da hemostase primária e inibidores da 
hemostase secundária. Os agentes que afetam a primária são aqueles que inibem as plaquetas, 
o óxido nítrico e a prostaciclina. Já os que afetam a secundária inibem ou destroem fatores 
envolvidos na cascata de coagulação. Eles são a proteína C, proteína S, inibidor do fator 
tecidual e o heparan sulfato. Em relação ao sistema de fibrinólise temos o ativador tecidual do 
plasminogênio. Ele transforma o plasminogênio em plasmina, que é a responsável pela 
degradação dos coágulos formados.

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