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Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica Aplicada II – Prof. Emílio O sistema nervoso nos torna adaptáveis ao ambiente em que vivemos. Propriedades citoplasmáticas: irritabilidade, condutibilidade e contratilidade. Essas propriedades auxiliam na adaptação ao ambiente. É divido em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP). SNC: encéfalo (cérebro, cerebelo, tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo)) e medula espinal. Encéfalo Medula Espinal SNP: nervos (espinais e cranianos), gânglios e terminações nervosas. Nervos Gânglios Terminações Nervosas Pode ser dividido também em critérios funcionais: sistema nervoso somático e sistema nervoso visceral. Sistema nervoso somático: aferente (parte sensitiva) e eferente (parte motora). É o sistema que se relaciona com o corpo e com o ambiente. Sistema nervoso visceral: aferente (parte sensitiva) e eferente (parte motora, é o sistema nervoso autônomo: simpático e parassimpático). Cérebro Cerebelo Tronco Encefálico Mesencéfalo Ponte Bulbo Espinais Cranianos Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica Aplicada II – Prof. Emílio CONCEITOS IMPORTANTES: Gânglio é um corpo de neurônio fora do sistema nervoso central. Exemplo na imagem de um gânglio sensitivo. Nos neurônios sensitivos, o corpo do neurônio está fora do sistema nervoso, formando o gânglio. Núcleo é um corpo de neurônio dentro do sistema nervoso central. O sistema nervoso é integrado: a parte motora, a parte sensitiva, visceral, os reflexos, todo o sistema nervoso é integrado com as associações às informações e às percepções. O cérebro tem uma propriedade chamada de abstração. Sendo assim, não é necessário gravar inúmeros tipos de um objeto para identifica-lo. Sinapse é a conexão dos neurônios. Medula Espinal A medula espinal faz parte do sistema nervoso central. Está dentro da coluna vertebral, porém não a ocupa por inteiro. É um “cordão” de mais ou menos 45 cm, que faz ligações com os neurônios. Tem dois limites: cranial e caudal. Limite cranial: forame magno (na base do crânio). Ao passar por ele, passa a ser chamada de tronco encefálico. Limite caudal: processo espinhoso de L2. Limite caudal (L2) Limite cranial (forame cego) Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica Aplicada II – Prof. Emílio Após o limite caudal da medula espinal existem vários prolongamentos dos axônios dos neurônios, que agrupados são chamados de cauda equina. Ao final da medula espinal, há uma espécie de “cone”, onde a medula se estreita, chamado de cone medular. Há, ao final, um filamento fino da medula espinal, que fixa a medula, denominado filamento terminal. Esse filamento é a meninge mais interna da medula, aderida a ela, e recebe o nome de pia-máter. São 31 segmentos medulares: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. De cada segmento sai um nervo espinal, ou seja, há 31 nervos saindo da medula. Cada nervo espinal é formado por vários pequenos filamentos radiculares. Nos segmentos medulares há gânglios sensitivos. Na medula espinal, a parte sensitiva é posterior (com gânglios), e a parte motora é anterior (sem gânglios). A raiz sensitiva se une à raiz motora e forma, então, um nervo misto espinal. OBS: O tronco simpático é um tronco paralelo à coluna vertebral, onde existem vários gânglios. Existe uma cadeia simpática, que é o tronco simpático, onde também há vários gânglios. Há axônios de neurônios que vêm do sistema nervoso e fazem sinapse com os gânglios do tronco simpático. Saindo desses gânglios há axônios, que vão para determinado órgão, por exemplo, levando uma informação saída do neurônio (neurônio pré-ganglionar) para chegar ao gânglio simpático, fazendo sinapse. Após essa sinapse, outro axônio sai do neurônio (neurônio pós-ganglionar) e, então, leva a informação para determinado local do corpo. No parassimpático, o gânglio não está no tronco simpático, mas sim no órgão, por exemplo. A medula é formada por substância branca e substância cinzenta. A substância cinzenta se encontra no meio da medula, referida como “H medular”, que é o corpo do neurônio. A substância branca é a parte de fora da medula, por onde transitam os axônios. Existem sulcos, fissuras e canais na medula: Sulco mediano posterior. Cauda equina Parte sensitiva (com gânglio) Parte motora (sem gânglio) Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica Aplicada II – Prof. Emílio Sulco lateral posterior: é nesse sulco que chegam ou saem as raízes posteriores (sensitivas) dos neurônios. Sulco intermédio posterior: se prolonga e forma o septo intermédio posterior. Septo intermédio posterior: é a continuação do sulco intermédio posterior. Ele separa o fascículo grácil do fascículo cuneiforme. Fissura mediana anterior. Sulco lateral anterior: onde chegam ou saem as raízes anteriores (motoras) dos neurônios. Canal central da medula: é um remanescente embrionário da luz do tubo neural. Não é continuo diretamente com os ventrículos, pois o líquor desses ventrículos não passa por esse canal, ficando no espaço subaracnóideo. Há também colunas/cornos (corpo de neurônios, substância cinzenta): Coluna posterior: relacionada com os neurônios sensitivos. Coluna anterior: relacionada com os neurônios motores. Coluna lateral: não existe em toda a medula, apenas na sua parte torácica e na parte superior da medula lombar. É a conexão do sistema simpático. A comissura branca (substância branca, axônio de neurônios) é dividida em funículos: Funículo posterior: está entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior. Funículo anterior: está entre o sulco lateral anterior e a fissura mediana anterior. Funículo lateral: está entre o sulco lateral posterior e sulco lateral anterior. A medula espinal é local de organização de alguns reflexos. Além disso, a medula é um grande local de transito de fibras de neurônios; existem vários feixes de fibras passando pelos funículos. O trato corticoespinhal lateral está no funículo lateral. O trato corticoespinhal ventral está no funículo anterior. Esses dois tratos vêm do córtex cerebral e vão para a medula espinal. São deles que saem as informações motoras, do córtex em direção à medula (via descendente). Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica Aplicada II – Prof. Emílio O fascículo grácil e o fascículo cuneiforme estão localizados no funículo posterior. São vias ascendentes, eles levam as informações sensitivas da medula ao córtex. Além disso, têm sensibilidade vibratória. O trato espinotalâmico lateral passa pelo funículo lateral. Leva informação de dor, temperatura, pressão e tato. O trato espinotalâmico ventral passa pelo funículo anterior. Esses tratos vêm da medula espinal e vão em direção ao tálamo, e após isso, o tálamo os direciona para o córtex. O trato espinocerebelar dorsal/ posterior e o trato espinocerebelar ventral são tratos vindos da periferia para o cerebelo. Alimentam o cerebelo com informações vindas dos músculos e tendões, organizando os atos motores. OBS: as vias que sobem são as vias sensitivas; as vias que descem são as vias motoras. A medula espinal possui envoltórios, denominadas meninges. Existem três meninges, de fora para dentro: dura- máter, aracnoide e pia-máter. Dura-máter: meninge mais externa, mais forte. Aracnoide: meningedo meio, mais fina e delicada. Pia-máter: meninge mais interna, aderida à medula. Ela continua como um filamento terminal mesmo após a medula espinal terminar. A pia-máter se fixa mais lateralmente à medula, nas meninges mais externas, através do ligamento denticulado (são apenas dois, um de cada lado). Dá sustentação. Esse ligamento denticulado se fixa lateralmente, através de processos, chamados de processos triangulares. Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica Aplicada II – Prof. Emílio Ao final da medula espinal, tem-se a cauda equina e o ligamento/filamento terminal. Após o término da medula espinal no nível de L2, continua-se o filamento terminal (pia-máter). Ao nível de S2, termina a dura-máter e, logo após, o ligamento terminal é envolvido por ela, passando a se chamar filamento da dura-máter espinal. O filamento da dura-máter espinal tem que se fixar no osso para dar sustentação à medula. Assim, ele se fixa no cóccix, passando a se chamar ligamento coccígeo. Entre as meninges da medula existem espaços, sendo o total de três: Espaço epidural/extradural: está externo à dura-máter, entre o osso e a dura-máter. Nesse espaço há o plexo venoso vertebral interno e pequena quantidade de tecido adiposo. Espaço subdural: espaço pequeno, está entre a dura-máter e a aracnoide. Nesse espaço existe uma pequena quantidade de liquido, para evitar os folhetos dessas duas meninges de se aderirem. Espaço subaracnoide: está abaixo da aracnoide, entre a aracnoide e a pia-máter. Nesse espaço encontra-se o líquor (líquido cerebrorraquidiano). CORRELAÇÃO CLÍNICA: A medula termina no nível de L2, e a dura-máter termina no nível de S2. Então, existe um espaço entre L2 e S2 em que não há medula espinal, mas há líquor. Dessa forma, escolhe-se um espaço entre as vértebras para introduzir uma agulha, tendo acesso ao espaço subaracnoide. Na hora da introdução da agulha irá pingar o líquor. Algumas das indicações clinicas para esse tipo de procedimento são: diagnóstico de meningite (punção lombar) e a raquianestesia. SUBA
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