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Sinais e Sintomas do Aparelho Respiratório

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Laís Molina – Med 102 PAPM III – Prof. Célio 
 Estruturas e seus sinais e sintomas 
 
 O aparelho respiratório apresenta sinais e sintomas primários e secundários. Os sinais e sintomas primários são 
mais relacionados com as estruturas do aparelho respiratório, e os secundários se apresentam de maneira 
sistêmica. 
 
Sintomas Primários 
o VIAS AÉREAS: 
 
 Tosse: é um sintoma muito frequente. Quando um paciente apresenta esse sintoma, a região anatômica mais 
acometida do aparelho respiratório é a das vias áreas inferiores (traqueia e brônquios), pois é a região que 
possui mais receptores para a tosse. 
 
 Chiado ou sibilo: produzidos nas vias aéreas inferiores. É importante perguntar ao paciente a localização 
desse chiado, uma vez que pode se encontrar na região do peito, da garganta ou até mesmo do nariz. 
 
 Expectoração: pode ser produzida tanto nas vias aéreas inferiores quanto nas vias aéreas superiores 
(sinusite, por exemplo). 
 
 Hemoptise. 
 
 
o PARÊNQUIMA: 
 
 Dispneia: É um sintoma menos específico. Pode ocorrer desde o transporte de oxigênio nas anemias, em 
alteração endocrinológica como hipertireoidismo, até doenças do aparelho cardiovascular ou neurológicas. 
 
 Cianose: É a coloração azulada da pele e mucosas. 
 
 
o PLEURAL: 
 
 Dor torácica: dor pleurítica. 
 
Sintomas Secundários 
o SINTOMAS GERAIS: 
 
 Febre: sintoma menos específico. Exemplos: pneumonia, tuberculose, amigdalite. 
 
 Consumpção: consumo da massa muscular e tecido adiposo (perda de peso). Exemplos: câncer, tuberculose, 
DPOC em um estágio mais avançado. 
 
 
o MEDIASTINAIS: 
 
 Síndrome da veia cava superior 
 
 Compressão frênica 
 
 Compressão laríngeo-recorrente 
Transcrição – Aula 1 
OBS: ler o livro. 
 
Laís Molina – Med 102 PAPM III – Prof. Célio 
o EXTRATORÁCICOS: 
 
 Baqueteamento digital 
 
 Osteoastropatia hipertrófica 
 
 Paraneoplasias: manifestações à distancia de tumor primário, que apresente quadros clínicos que não estão 
relacionados à metástase e sim à alterações bioquímicas que um tumor pode induzir quando presente. 
 
 Tosse 
 
 Sintoma primário das vias aéreas inferiores. 
Na Anamnese: quando começou, como começou, como evoluiu, os horários em que a tosse surge, horário de 
agravamento, fatores de piora e melhora, posição de agravamento, fatores desencadeantes, se houveram episódios 
anteriores, se é um sintoma único ou se há sintomas adicionais, se é aguda ou crônica... 
 
 Pode ser aguda ou crônica. 
 
 Aguda: menos de 3 semanas. 
 
 Crônica: mais de 8 semanas. 
 
 Subaguda: entre 3 e 8 semanas. 
 
 Há tosses que possuem horários de agravamento. Grande número delas tem piora à noite, por fatores como: o 
tônus do sistema nervoso parassimpático, que facilita o bronquioespasmo noturno e a posição do corpo, que pode 
facilitar a drenagem de secreções, o refluxo gastroesofágico (pode desenvolver a tosse pela irritação do esôfago), e 
a bronquioaspiração, além das alterações dos níveis hormonais ao longo do dia. 
 
 É mais comum que se tenha a tosse associada à outros sintomas, mas pode acontecer de aparecer como sintoma 
único, como na asma em crianças e na fibrose pulmonar idiopática. 
 
Tosse Aguda 
o As principais causas são resfriados, gripe e rinosinusites (infecciosas ou alérgicas). 
 
o Acomete a população geral, ou seja, não possui faixa etária especifica. 
 
o Possui uma sazonalidade, predominando no inverno, em que há mais acometimentos infecciosos virais. 
 
o Tem um período do dia. Possui um ciclo circadiano, em que ao longo do dia pode ser mais ou menos presente. 
Pode ser uma tosse diuturna, ou uma tosse com agravamento matutino-vespertino. 
 
 A tosse relacionada a resfriados são diuturnas, ou seja, está presente por todo o dia. 
 
 Nas sinusites, podem ter um agravamento matutino-vespertino. Pela manhã, o indivíduo tosse mais, ao longo 
do dia tem uma melhora e, ao final do dia retorna a piorar. 
 
 
o A tosse pode ser seca, úmida, ou produtiva. 
 
 Tosse seca: não há secreções (não produtiva e nem úmida). 
 
 Tosse úmida: possui secreções nas vias aéreas, mas o paciente não as expectora. 
 
 Tosse produtiva: possui secreções e o paciente as expectora. 
 
 
Laís Molina – Med 102 PAPM III – Prof. Célio 
o Está associada a toalete de nasofaringe (pigarro) ou a rinorréia (corrimento nasal). 
 
 Pigarro: presente na rinosinusite. Secreção que desce da nasofaringe, a qual usa-se a toalete de nasofaringe 
para a tentativa de limpá-la. 
 
 Rinorréia: corrimento nasal. Pode ser purulenta, mucoide, hialina. 
 
 
o Fatores de piora ou melhora: melhora diurna, ou com higiene nasal e uso de anestésicos de orofaringe. 
 
o Pode ser de inicio concomitante ou pós-IVAS (infecções de vias aéreas superiores). 
 
Tosse Crônica 
Exemplo: Fibrose Pulmonar Idiopática (UIP). 
o Normalmente acomete indivíduos do sexo masculino, maiores de 60 anos, fumantes atuais ou ex-fumantes. 
 
o Tosse diuturna, sem ritmo circadiano. Nesse caso, é uma das tosses mais difíceis de tratar. 
 
o Tosse seca. 
 
o É agravada por atividades físicas do cotidiano, podendo causar outros sintomas como fratura costal, perda urinária, 
síncope etc, devido à intensidade da tosse. 
 
o O paciente pode ter pouca ou nenhuma resposta à medicação. 
 
o Tem início insidioso, com evolução de meses quando o paciente procura avaliação médica. 
 
o Possui sintomas associados: dispneia progressiva aos esforços. 
 
 
 Chiado (sibilos) 
 
 É um sintoma associado à tosse, ou seja, envolve as vias aéreas. 
 
 Pressupõe-se uma obstrução ao fluxo aéreo. 
 
 Pode ser causado por uma redução do calibre/estreitamento ou distorção das vias aéreas inferiores. 
 
 Mecanismos diferenciados (associados às possíveis causas): 
 
 Edema inflamatório ou não. 
 
 Aspiração de corpo estranho, secreções, tumores. 
 
 Condição eventual ou perene. 
 
 Desenvolvimento agudo ou crônico. 
 
 Fatores desencadeantes. 
 
 É necessário investigar os fatores desencadeantes que propiciam os sibilos derivados da redução do calibre das vias 
aéreas. Esses fatores podem ser inflamatórios ou mecânicos. 
Exemplos de doenças que causam sibilância torácica: DPOC (edema da parede brônquica); asma (inflamação da 
parede brônquica reduzindo o calibre); edema agudo de pulmão (edema da parede brônquica). 
 
Laís Molina – Med 102 PAPM III – Prof. Célio 
 Expectoração 
 
 Caracterização: 
 
 Mucoide, purulenta, mucopurulenta ou mucopiossanguinolenta (associado a hemoptise). 
 
 Muito ou pouco volume. 
 
 Se possui um ciclo circadiano ou se possui uma sazonalidade. 
 
 Se possui hemoptise ou não. 
 
 
 Hemoptise 
 
 Sangue proveniente das vias aéreas inferiores (abaixo da laringe). 
 
 Se o sangue vier acima da laringe, ou seja, na base da língua, nariz e faringe, a denominação correta é falsa 
hemoptise. 
 
 Características: 
 
 Verdadeira ou falsa hemoptise. 
 
 Aspectos epidemiológicos: no Brasil há um grande número de casos de tuberculose e bronquiectasia (dilatação 
dos brônquios), que é uma das principais causas de hemoptise. 
 
 Aspectos clínicos: irá indicar qual a idade de surgimento da hemoptise, se o paciente é fumante, se o paciente 
estava febril ou não febril, com dispneia, se era sintoma único ou não, auxiliando nas hipóteses diagnósticas. 
 
 Se a hemoptise era misturada com secreção ou sangue vivo puro. 
 
 Se o sangue vem coagulado ou fluido. 
 
 Volume. 
 
 Duração. 
 
 Coloração. 
 
 Fatores associados. 
 
 
 Hipóteses diagnósticas: câncer de laringe, corpo estranho, tuberculose, aneurisma de aorta torácica, infarto 
pulmonar secundário à uma embolia pulmonar, bronquiectasia, trauma (agressões por armas brancas). 
 
OBS: o sangue vivo rutilantesugere que é sangue arterial. 
 
CONTEXTO CLÍNICO: 
Pacientes tabagistas com carga tabágica maior que 40 maços/ano (1 maço por dia por 40 anos), com mais de 40 anos 
de idade, com hemoptise com duração de mais de uma semana. 
Hipótese diagnóstica: deve-se pensar obrigatoriamente em câncer de pulmão. 
 
Laís Molina – Med 102 PAPM III – Prof. Célio 
 Dispneia 
 
 Sensação desagradável (desconforto) do ato de respirar. É um evento subjetivo, é um descritivo do paciente. 
 
 Sinonímia: cansaço, falta de ar, canseira, fôlego curto, fadiga, respiração difícil. 
 
 Diagnóstico diferencial: astenia / fadiga. 
 
 Alterações que podem ocorrer associadas à dispneia: 
 
 Aumento da frequência respiratória. 
 
 Aumento da amplitude respiratória. 
 
 Alteração do ritmo respiratório. Ele pode estar anárquico (inspiração leve e uma expiração profunda) ou com 
bradipneia (redução da frequência respiratória). 
OBS: a acidose respiratória, por exemplo, faz aumento da frequência respiratória e da amplitude respiratória, mas não 
necessariamente o individuo tem dispneia. 
 
Escala de Dispneia 
o Escala mMRC (Medical Research Council modificada). 
 
 Classifica a dispneia, permitindo a padronização da descritiva da dispneia. É muito utilizada nos casos de 
dispneia crônica e muito útil na pneumologia em pacientes com DPOC. Essa escala vai de 0 a 4 (são os graus 
da dispneia). 
 
mMRC 0: dispneia surge aos exercícios extremos, ou fortes subidas. 
mMRC 1: dispneia para andar depressa no plano, ou em aclives discretos. 
mMRC 2: dispneia para andar no plano com o passo normal. Não consegue acompanhar pessoas da mesma idade. É 
obrigado a parar após alguns minutos de caminhada. 
mMRC 3: precisa parar após 100m ou poucos minutos após caminhar no plano. 
mMRC 4: dispneia para vestir-se/tirar a roupa ou sair de casa. O paciente é limitado a sair por conta da dispneia já 
com poucos movimentos. 
OBS: Quando o paciente tem dispneia em repouso, ele já não entra nessa escala mMRC. Se o paciente tem dispneia o 
tempo todo, sentado, ao falar, classifica-se em dispneia em repouso, remetendo à outros diagnósticos e à uma 
forma mais grave da dispneia. 
 
Dispneia em repouso 
o Ortopneia: paciente senta no leito para melhorar. Se o paciente reclinar ou deitar, a dispneia surge. 
 
o Dispneia paroxística noturna: o paciente é despertado pelo desconforto respiratório. Pode ter causas como a 
congestão pulmonar (insuficiência cardíaca congestiva), asma. 
 
o Platipneia + ortodeoxia: dispneia que surge com a posição ortostática/sentado, junto com a queda do nível de 
oxigênio no sangue (usa-se o oxímetro para verificação). É menos frequente, e ocorre mais em pacientes que 
possuem alteração do fluxo sanguíneo dentro do parênquima pulmonar. 
 
 
Laís Molina – Med 102 PAPM III – Prof. Célio 
 Cianose 
 
 É a coloração azulada transmitida às mucosas e pele pelos capilares 
sanguíneos subjacentes, estes contendo excesso de hemoglobina 
desoxigenada. É necessário ter, ao menos, 5g/dl de sangue desoxigenado para 
que se tenha essa transmissão da coloração azulada para a pele e mucosas 
(SatO2 < 88%). Os locais mais comumente perceptíveis são as extremidades 
dos dedos, o leito ungueal (por baixo das unhas), a mucosa da boca, a língua, 
os lábios, os lóbulos da orelha e a ponta do nariz. 
 
 A desoxigenação pode ter origem central ou periférica. 
 
 Origem central: decorre da não oxigenação adequada do sangue, ou seja, quando não se tem uma 
oxigenação adequada da hemoglobina devido à uma falha pulmonar ou à uma anomalia cardíaca onde o fluxo 
sanguíneo não passa pelo parênquima pulmonar (shunt respiratório). O problema é na troca gasosa, já que a 
hemácia não recebe o oxigênio necessário. 
 
Em um paciente taquipneico, tem-se dispneia, grande esforço respiratório, cansado e cianose nos dedos, 
lábios, pronta do nariz. Essa cianose só será revertida se for fornecido oxigênio por inalação. 
 
Exemplos: insuficiência respiratória, anomalias cardíacas cianóticas. 
 
 Origem periférica: decorre do baixo débito cardíaco. O alentecimento do fluxo sanguíneo nos capilares dos 
tecidos e mucosas propicia com que o tecido onde esse fluxo sanguíneo está passando lentamente recolha 
muito oxigênio, levando a hemoglobina desoxigenada a passar por esse tecido e causar a cianose. Quanto mais 
extenso o comprometimento do fluxo sanguíneo, maior a probabilidade de cianose. Nesse caso, o oxigênio foi 
retirado e a hemoglobina não foi “trocada”, ela está alentecida com o fluxo sanguíneo e está circulando na 
periferia. O problema não é de troca gasosa, e sim porque está chegando oxigênio da periferia de maneira 
reduzida devido a algum fator, e a extração do oxigênio da hemoglobina é alta, formando muita hemoglobina 
desoxigenada e, consequentemente, a cianose. 
 
É muito comum de acontecer em momentos de vasoconstricção periférica devido ao frio (pelo ar condicionado, 
por exemplo) em que o fluxo sanguíneo alentece e o tecido dos dedos recolhe o oxigênio da hemoglobina, 
levando à cianose das extremidades. Nesses casos, a cianose será revertida ao aquecer a mão com do 
paciente. 
 
Se o paciente estava desidratado e com queda de pressão (por quadros de diarreia, por exemplo), a cianose 
será revertida ao hidrata-lo e melhorar a pressão sanguínea, independente de receber mais oxigênio ou não. 
 
Exemplos: hipovolemia, desidratação, choque, insuficiência cardíaca, esclerose sistêmica (fenômeno de 
Raynaud) etc. 
 
OBS IMPORTANTE: é necessário ver a origem da cianose, e não apenas seus efeitos sintomatológicos. Não é porque a 
cianose está nas extremidades que ela é necessariamente de origem periférica, ela pode ter origem central. 
A apresentação clínica da cianose nas duas origens é igual, o que vai acontecer de diferente é: como normalmente a 
cianose periférica acontece por trânsito lento na periferia, ela tende a ficar evidente nas periferias/extremidades (ponta 
da mão e do pé); a cianose central também se apresenta na periferia, só que os locais quentes do corpo, que são bem 
perfundidos, vão estar também cianóticos (lábios, mucosa oral, língua, etc). 
Do ponto de vista clínico: a marca da cianose periférica é ela estar presente nos locais frios do corpo (extremidades), 
e a marca da cianose central é ela estar nos locais frios e também nos locais quentes. 
 
 
 
 
 
Laís Molina – Med 102 PAPM III – Prof. Célio 
 Dor torácica 
 
 Há a dores torácicas somáticas, viscerais e neuropáticas. 
 
 Somática: dor localizada, pode ou não ser agravada pela palpação local, e piora com os movimentos 
respiratórios. 
 
 Tipos: pleural e osteomuscular. 
 
A dor pleural/pleurítica é uma característica muito particular da dor torácica. Ela remete à inflamação desse 
tecido (pleura parietal). Não piora pela palpação local. Piora com os movimentos respiratórios. É de grande 
intensidade, sendo essa dor em facadas ou pontadas. Associada à um quadro de doença pulmonar subjacente. 
 
A dor osteomuscular é a dor nas estruturas ósseas ou musculares da caixa torácica. Piora com a palpação 
local. Piora com os movimentos respiratórios. 
 
 Visceral: dor mal localizada ou definida, não se agrava com a palpação ou com a mobilidade torácica. Vem do 
acometimento das vísceras dentro da caixa torácica. 
 
 Tipos: esofagiana, cardíaca, aórtica e traqueal. 
 
 Neuropática: lesão nervosa, de nervos intercostais principalmente. Causa alodinia e hiperestesia cutânea. 
 
 Exemplos: dor do Herpes Zoster, causada pela inflamação dos nervos intercostais pelo vírus. É uma dor 
neuropática, muito intensa, em queimação, e que acompanha o trajeto do nervo. 
 
 Sinais e sintomas mediastinais e extratorácicos 
 
 Síndrome da veia cava superior: a veia cava superior passa pela região paraesternal direita, ao lado da coluna 
vertebral e entra no átrio direito. Quando há um tumor depulmão e este comprime a veia cava, diretamente ou 
indiretamente pelos linfonodos, ele comprime também a drenagem de todo o segmento cefálico e dos membros 
superiores, causando turgência desses vasos venosos e edema da região, por causa da redução da drenagem 
venosa para o coração a partir da VCS. 
 
 Sinais e sintomas: turgência vascular venosa dos membros superiores, da região superior do tórax e do 
pescoço, acompanhada de edema dos membros superiores, do pescoço (em forma de trapézio) e de face, 
acometendo também a laringe, podendo levar à disfonia. Pode haver cefaleia, com piora quando abaixa a 
cabeça, e que, se não for tratada, pode levar a um edema cerebral, alteração do nível de consciência e até 
mesmo ao coma. 
OBS: alguns tumores podem invadir o mediastino, invadindo a região da janela aortopulmonar e a região do nervo 
laríngeo recorrente esquerdo. Ao invadir esse nervo, a corda vocal esquerda perde sua inervação e paralisa-se, tendo 
como manifestação clínica, então, a disfonia. O paciente fica rouco, ficando com uma disfonia perene mantida por todo 
o momento em que fala. Essa é uma manifestação tardia de um tumor do mediastino, geralmente um tumor pulmonar 
esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laís Molina – Med 102 PAPM III – Prof. Célio 
 Baqueteamento digital ou hipocratismo digital: é o aumento do ângulo 
hiponiquial da unha, ficando maior que 180 graus. Ocorre devido ao aumento 
de deposição de tecido conjuntivo abaixo da matriz ungueal, elevando a unha e, 
consequentemente, alargando o dedo, já que ocorre em toda a sua extremidade 
e não apenas na unha em si. 
 
 Causas: doenças pulmonares (câncer de pulmão, fibrose cística, abcesso 
pulmonar), cardíacas (cardiopatias congênitas cianóticas como tetralogia de 
Fallot, infecção das válvulas cardíacas como endocardite bacteriana 
subaguda), hepáticas (cirrose) e intestinais (doença de Crohn). 
 
 Manifestações associadas 
 
 Febre. 
 
 Consumpção/perda de peso. 
 
 Lesões de pele e mucosas: podem haver lesões da cavidade oral a partir de bactérias; essas bactérias 
anaeróbias, ao serem aspiradas pelo paciente para o pulmão, causam uma necrose do parênquima pulmonar, um 
abcesso pulmonar. Pode haver também lesões na pele chamadas de sarcoidose, que é uma doença granulomatosa 
crônica, que acomete o pulmão e diversos outros órgãos (é sistêmica); quando está em atividade, pode acometer 
tatuagens ou cicatrizes que a pessoa já tenha no corpo. Ainda podem haver dilatações vasculares nos lábios, 
chamadas de telangiectasias, que podem acometer o pulmão, podendo gerar hemoptise, cianose, nódulos 
pulmonares.

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