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Entendendo o PIB: definição e óticas de cálculo

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
JOAO PEDRO NEVES BALDIN – 21354251
LUCAS MARTINS MENDES – 21240534
MATHEUS SANTOS DE OLIVEIRA – 21485169
PEDRO LUIZ DA SILVA PRADO – 21113990
RODRIGO OLIVEIRA DOS ANJOS – 21481670
APS – CONTABILIDADE SOCIAL
São Paulo
2021
Definição do PIB
Muito se é falado respeito do PIB em diversos meios de comunicação, contudo, nem todos realmente sabem a seu respeito. O Produto Interno Bruto (PIB) de um país é um indicador de produção, sendo mensurado por tudo que é produzido em determinada região, indiferente da nacionalidade da pessoa, pode ser física (pessoas residentes ou não) e jurídicas (empresas nacionais e multinacionais sediadas na região). Normalmente são mensurados a produção de países, porém existem também os estaduais e municipais, que apresentam grande importância a nível de políticas públicas, sendo um termômetro da economia. 
Tendo como base de cálculo o Sistema de Contas Nacionais de 1993, onde sua formulação contou com a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Organização das Nações Unidas (ONU), do Banco Mundial, da Comissão das Comunidades Europeias e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), criando assim um padrão para maior facilidade do acompanhamento, análise e comparação da economia global.
Podendo ser usado junto com outros indicadores, como os populacionais e/ou inflacionários para ter-se uma base de como anda o país, se está crescendo ou não, qual a importância de cada setor etc. existem diversos tipos de análises podendos ser feitas com esses dados.
Mas para utilizarmos, precisamos saber o que entra em seu cálculo, para que assim possamos ter seu valor. Tendo três formas de se mensurar o PIB, que iram depender de qual ótica iremos usar para realizar o cálculo.
Óticas do PIB
Para calcularmos qualquer indicador, devemos saber o que ele irá medir, com o PIB não é diferente. No entanto, como ele representa a produção de uma região, e existem mais de um tipo de produção, foram criadas óticas para que possamos separar os indicadores compatíveis. 
Com isso posto, vamos apresentar as óticas, sendo elas a da oferta ou produção (PIB), da renda (RIB) e do consumo (DIB), que consiste na demanda ou dispêndio. Como as três óticas tem o intuído de calcular o mesmo agregado que é o PIB, com base nos agentes econômicos da região, sendo eles as famílias, empresas e o governo para economias com sua presença, de modo que os valores devem ser iguais, com isso teremos uma igualdade de . 
Ótica da oferta/produção
Essa ótica consiste na somatória dos valores adicionados em cada etapa de produção de uma determinada região, tendo o nome de Valor Adicionado Bruto (VAB), representando a diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário. Dessa forma, em uma economia fechada e sem governo, temos que o cálculo do PIB sendo,
Onde , representa o valor da matéria prima inicial, e , representa o valor bruto subtraído da compra dos bens e serviços, no caso o valor adicionado, trazendo assim o indicador a custo de fator. Contudo, a fórmula comumente utilizada para o cálculo por meio dessa ótica leva em consideração uma economia aberta e com a presença de governo, assim tendo a fórmula,
Dessa forma temos o PIB a preço de mercado (), tendo como base a , que é a todo o VAB da região.
Ótica da renda
Por meio dessa ótica realizamos o cálculo do PIB pela soma de todas as rendas dos agentes dentro da região desejada, sendo considerado renda os salários (renda das famílias), juros (renda do capital de empréstimo), lucros (renda do processo produtivo) e aluguéis (renda das instalações físicas). A soma dos indicadores, com exceção dos salários, resulta no Excedente Operacional Bruto (EOB), dessa forma temos que o cálculo com o mercado fechado e sem governo sendo representado pela seguinte formula, 
Temos assim que irá representar a renda real por meio da relação entre lucros e salários, que são os ganhos e os gastos para tal, sendo os juros e aluguéis. Assim tendo a relação de cada agente na economia local, iremos somá-los com o resto da região obtendo o PIB com base no custo de fator. Novamente é necessário adequar nosso cálculo a realidade, trazendo a fórmula com base em uma economia aberta e com governo, para tanto iremos adequá-la ao , ficando assim, 
Ótica da demanda/dispêndio
Por fim, temos uma das principais formas de cálculo, ela consiste na soma dos gastos com bens e serviços realizados pelos agentes econômicos da região desejada. Por meio dessa ótica temos o consumo das famílias, investimentos das empresas, onde se é considerado todo investimento produtivo, ou seja, em aumento de produção, não confundindo com investimento financeiro, que é desde dinheiro não gasto até poupança e o mercado financeiro no geral, e caso a economia seja com governo, levamos em consideração seus gastos, e para uma aberta, também o saldo da balança comercial. De forma simplificada, para uma economia sem governo, teríamos que,
Onde em investimentos, consideramos a Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF), que consiste no investimento em bens de capital, que são os bens utilizados para a produção de outros bens ou serviços, somado a Variação de Estoque (VE), sendo a diferença entre o produzido no período anterior não consumido e o que foi produzido nesse período não consumido. Mas para adequação da realidade, não utilizamos essa fórmula e sim a que leva em consideração uma economia aberta e com a presença de governo, dessa forma temos que,
Onde representa o consumo, o investimento, o gasto do governo e a balança comercial, sendo as exportações e as importações, onde a balança traz a correção do que é de dentro da região enviado para fora e do que é de fora enviado para dentro.
Evolução do PIB
Podemos seguir nessa parte tomando como base os dados do Sistema de Contas Nacionais (SCN), fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tendo como base os últimos anos, no período de 2016 a 2020. Iremos analisar os dados de cada setor (Agropecuária, Industria e Serviços) para tomar como base a ótica da produção, como também a ótica da demanda tendo como base os dados de consumos de cada agente econômico.
Evolução do PIB
 Por meio da taxa de evolução do PIB temos um diagnóstico de como está nossa economia, levando em conta todos os fatores, com isso, temos ciências de como está a evolução, estagnação ou recessão da região.
	Período
	PIB (por milhão)
	Taxa de aumento
	2016
	6.269.328
	-3,3%
	2017
	6.585.479
	1,3%
	2018
	7.004.141
	1,8%
	2019
	7.407.024
	1,4%
	2020
	7.447.858
	-4,1%
Com isso vemos após a saída de uma recessão em 2016, onde por motivos políticos voltamos a apresentar um crescimento, mesmo embora tímido, para uma nova queda em decorrência da pandemia.
Ótica da produção
Como explicado anteriormente ela consiste em a somatória dos impostos com a produção dos setores da economia da região, dessa maneira podemos analisar o desempenho de cada setor e seu impacto na economia.
	Período
	Variação Agropecuária
	Variação Industria
	Variação Serviços
	Variação Impostos
	2016
	-3,3%
	-3,5%
	-1,8%
	-3,6%
	2017
	8,3%
	1,0%
	2,0%
	3,2%
	2018
	5,0%
	0,3%
	1,9%
	1,5%
	2019
	0,0%
	0,8%
	1,6%
	2,2%
	2020
	0,1%
	0,2%
	-3,5%
	-2,4%
Dessa maneira vemos mais detalhadamente a variação de cada setor, dessa maneira temos que em 2016 o único setor que apresentou uma queda mais acentuada sendo o setor de serviços. Já no ano seguinte o único setor que teve um crescimento mais acentuado sendo o industrial enquanto o agropecuário apresentou sua maior alta, se mantendo da forma no ano seguinte. Já em 2019 temos os primeiros indícios de estagnação onde o setor agropecuário deixou de apresentar alta onde somente os impostos apresentaram a maior alta. Já em 2020 com a pandemia seguimos a tendencia, porém com o início da queda, onde o mais impactado sendo o setor de serviços.
Ótica da demanda
Por fim temos uma avalição de como está o consumo da região, dessa maneira podendo ver o impacto da confiança no setor, principalmentepelo consumo indicando como está a confiança dos agentes para o futuro, para um investimento maior em expansão ou prazer.
	Período
	Variação do Consumo das Famílias
	Variação do Consumo do Governo
	Variação do Consumo das Empresas
	Variação da Exportação
	Variação da Importação
	2016
	-2,6%
	0,2%
	-9,2%
	-4,7%
	-3,9%
	2017
	3,4%
	-0,1%
	1,5%
	8,1%
	8,6%
	2018
	1,8%
	0,5%
	6,6%
	7,0%
	8,8%
	2019
	2,2%
	-0,6%
	2,3%
	-4,0%
	1,4%
	2020
	-4,5%
	-4,7%
	2,4%
	-2,7%
	-14,5%
Dessa forma vemos que em 2016 o consumo e a balança comercial apresentavam um alto índice negativo com exceção do consumo do governo que manteve próximo a estabilidade, porém no ano seguinte com variações políticas, temos um aumento do consumo dos agentes teve os aumentos, com o do governo se mantendo estável, com o cenário se repetindo em 2018. Já em 2019, temos um a desaceleração da balança comercial, com o resto mantendo o cenário. Já em 2020 com o cenário de pandemia se instaurando, temos a desaceleração da economia, onde apenas as empresas mantiveram seu crescimento, muito devido a taxa baixa dos juros.
Bibliografia
Sistema de Contas Nacionais Trimestrais – São Paulo, edição 4º trimestre de 2020. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível em < https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/contas-nacionais.html>. Acessado em 14 de maio de 2021
REIS, Tiago. PIB: o que é o Produto Interno Bruto e como ele é calculado? Suno, 2017. Disponível em < https://www.suno.com.br/artigos/pib-produto-interno-bruto/#:~:text=O%20PIB%20%C3%A9%20calculado%20a,da%20oferta%20e%20da%20renda.> . Acesso em 08 de maio de 2021.

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