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AV1 - estudo de caso - fichamento de jurisprudência - para correção

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 
PROF. NADINE SALOMON 
AV1 – ESTUDO DE CASO (FICHAMENTO DE JURISPRUDÊNCIA) 
 
Aluno(a): 
 
Data: 
 
Leia atentamente o caso real selecionado dos repositórios de jurisprudência do 
Tribunal de Justiça de Santa Catarina e preencha a tabela a seguir com as 
informações solicitadas. 
 
1. Partes (Autor/Réu – 
Agravante/Agravado): 
 
2. Fatos da causa: 
3. Objeto do recurso: 
4. Fundamentos do acórdão: 
5. Frase lapidar: 
 
JURISPRUDÊNCIA ADAPTADA 
 
Agravo de Instrumento n. 4029611-23.2019.8.24.0000, de Turvo 
Relator: Desembargador Carlos Adilson Silva 
 
RELATÓRIO 
 
Trata-se de agravo por instrumento interposto por Cerealista Aliançan Ltda. 
Contra decisão interlocutória que, em sede de "ação anulatória de débito fiscal" 
ajuizada em face do Estado do Rio Grande do Sul (autos n. 0302172-
32.2018.8.24.0076), indeferiu pedido de produção de prova testemunhal e pericial, por 
entender que "por ser a matéria debatida nos presentes autos de natureza 
eminentemente jurídica, é suficiente, ao julgamento da lide, a prova documental 
colacionada pelas partes (art. 443, II, CPC)" (fl. 1.826 do processo de origem). 
 Em suas razões recursais, sustenta o agravante que é cabível o agravo em razão 
da taxatividade mitigada pela urgência decorrente da inutilidade do julgamento da 
questão em recurso de apelação. 
 Foi indeferido o pedido de tutela antecipada. 
 Sem contrarrazões, os autos foram posteriormente redistribuídos a este Relator. 
 Lavrou parecer pela douta Procuradoria-Geral de Justiça o Exmo. Sr. Dr. Basílio 
Elias De Caro, opinando pelo não conhecimento do recurso. 
Este é o relatório. 
 
VOTO 
 
De plano, não se afigura cabível o presente recurso, uma vez que a matéria 
objeto da decisão agravada não se enquadra no rol taxativo previsto no art. 1.015 do 
CPC/15: 
 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que 
versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua 
revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à 
execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias 
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no 
processo de execução e no processo de inventário. 
 
Também não é o caso de aplicação da taxatividade mitigada assentada 
recentemente pelo STJ no julgamento do REsp 1.696.396 e REsp 1.704.520 (TEMA 
988/STJ). 
 É que não está evidenciada nenhuma urgência na análise do reclamo, sobretudo 
porque o indeferimento do pedido de produção das provas não conduz, 
necessariamente, à improcedência do pedido. 
 A insurgência agora manifestada no agravo poderá ser examinada com 
profundidade em eventual recurso de apelação, invocando-se a preliminar de 
cerceamento de defesa, conforme previsto no art. 1.009, § 1º, do diploma processual: 
 
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. 
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito 
não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser 
suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, 
ou nas contrarrazões. 
 
Por oportuno, extrai-se do parecer ministerial: 
 
"[...] Não fosse a falta de urgência para a análise da pretensão recursal, o fato é que as 
provas destinam-se à formação do convencimento do Magistrado, cabendo ao julgador 
decidir sobre a necessidade de produção de determinada prova, com base em uma 
análise mais aprofundada acerca da suficiência do conjunto probatório constante dos 
autos, sendo que o acerto dessa decisão, sobre o deferimento ou indeferimento 
de determinada prova, possui relação muito estreita com a própria conclusão que 
será adotada na sentença, motivo pelo qual o recurso de apelação se mostra como 
sendo o momento mais adequado a apreciação dessas questões envolvendo alegação 
de cerceamento de defesa, e não o Agravo de Instrumento, interposto em uma fase 
ainda inicial do processo. 
Esse entendimento não afasta a possibilidade de analisar o acerto de decisão que 
versa sobre matéria probatória em Agravo de Instrumento, desde que fique evidenciada 
a urgência, o que, como dito, não é o caso dos autos, que contam com mais de 
1500 laudas de documentação, sendo a prova documental, via de regra, em ações 
semelhantes, suficiente para apreciar a regularidade dos lançamentos fiscais 
impugnados." [grifou-se] 
 
 É como vem decidindo esta Corte: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. 
TRANSPORTE DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS. DECISÃO QUE INDEFERIU A 
PRODUÇÃO DE PROVA TESTEMUNHAL EM RAZÃO DA APRESENTAÇÃO 
INTEMPESTIVA DO ROL DE TESTEMUNHAS. RECURSO DA REQUERIDA. 
IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO CABÍVEL 
TÃO SOMENTE CONTRA DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS PREVISTAS NO ROL 
TAXATIVO DO ART. 1.015, DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. DECISÃO 
IMPUGNADA QUE NÃO SE ENQUADRA NAS HIPÓTESES ELENCADAS. 
RECURSO NÃO CONHECIDO. (TJSC, Agravo de Instrumento n. 4009941-
67.2017.8.24.0000, de Videira, rel. Denise Volpato, Sexta Câmara de Direito Civil, j. 15-
08-2017). [grifou-se] 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA QUE INDEFERIU O PEDIDO DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA 
TÉCNICA. RECURSO DO EMBARGANTE. INSURGÊNCIA TOCANTE AO 
INDEFERIMENTO DA PROVA PERICIAL. IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO. 
HIPÓTESE NÃO PREVISTA NO ROL TAXATIVO DO ARTIGO 1.015, DO CÓDIGO 
DE PROCESSO CIVIL. RECURSO NÃO CONHECIDO. (TJSC, Agravo de Instrumento 
n. 4018253-32.2017.8.24.0000, de Lages, rel. Denise Volpato, Sexta Câmara de Direito 
Civil, j. 19-06-2018). [grifou-se] 
 
Com efeito, decisão interlocutória que versa sobre o indeferimento de produção 
de prova testemunhal e pericial, via de regra, não comporta a interposição de agravo 
por instrumento, uma vez que não se enquadra no rol taxativo do art. 1.015 do 
CPC/15, tampouco é coberta pela preclusão, devendo ser examinada com 
profundidade como preliminar de futuro e eventual recurso de apelação (art. 1.009, § 
1º, do CPC/15). 
 À vista do exposto, voto no sentido de não conhecer do recurso, porquanto 
incabível. 
 Este é o voto. 
 
Gabinete Desembargador Carlos Adilson Silva 
 
EMENTA: 
 
AGRAVO POR INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL. DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA QUE INDEFERIU A PRODUÇÃO DE PROVA TESTEMUNHAL E 
PERICIAL. NÃO CABIMENTO. ROL TAXATIVO DO ART. 1.015 DO CPC/15. 
TAXATIVIDADE MITIGADA RECENTEMENTE ASSENTADA PELO STJ NO 
JULGAMENTO DO RESP 1.696.396 E RESP 1.704.520 (TEMA 988/STJ). 
INAPLICABILIDADE À HIPÓTESE. URGÊNCIA NÃO DEMONSTRADA. INSURGÊNCIA 
AGORA MANIFESTADA NO AGRAVO QUE PODERÁ SER EXAMINADA COM 
PROFUNDIDADE ENQUANTO PRELIMINAR DE FUTURO E EVENTUAL RECURSO 
DE APELAÇÃO (ART. 1.009, § 1º, DO CPC/15). RECURSO NÃO CONHECIDO. 
Via de regra, decisão interlocutória que versa sobre o indeferimento de produção de 
prova não comporta a interposição de agravo por instrumento, uma vez que não se 
enquadra no rol taxativo previsto no art. 1.015 do CPC/15, tampouco é coberta pela 
preclusão, devendo ser examinada com profundidade enquanto preliminar de futuro e 
eventual recurso de apelação (art. 1.009, § 1º, do CPC/15). 
 
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento n. 
4029611-23.2019.8.24.0000, da comarca de Turvo Vara Única em que é Agravante 
Cerealista AliançaLtda e Agravado Estado do Rio Grande do Sul e outro. 
 A Segunda Câmara de Direito Público decidiu, por votação unânime, 
não conhecer do recurso. Custas legais. 
 O julgamento, realizado nesta data, foi presidido pelo Exmo. Sr. Des. Francisco 
Oliveira Neto, com voto, e dele participou o Exmo. Sr. Des. Sérgio Roberto Baasch 
Luz. 
 
Florianópolis, 24 de novembro de 2020.

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