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Simulado - PCES - Delegado - Com Gabarito

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Simulado – PC/ES
Delegado
DIREITO PENAL
1. De acordo com a lei penal no tempo e no espaço, 
assinale a alternativa correta.
a. A lei penal mais grave aplica-se ao crime continu-
ado ou ao crime permanente, se a sua vigência é 
posterior à cessação da continuidade ou da per-
manência.
b. A lei excepcional e a lei temporária podem ser ca-
racterizadas como autorrevogáveis e ultrativas, de 
forma que deverão ser aplicadas aos fatos ocorri-
dos durante a sua vigência, mesmo após sua re-
vogação, ainda que prejudiciais ao réu. 
c. Não se aplica a lei brasileira na hipótese de um 
homicídio praticado por John, cidadão americano, 
contra Ramiro, cidadão uruguaio, ocorrido no in-
terior de uma aeronave brasileira de propriedade 
privada, enquanto esta sobrevoava o alto-mar do 
Oceano Atlântico.
d. É considerado crime de extraterritorialidade incon-
dicionada, sujeito à lei brasileira, o crime de tráfico 
de drogas cometido por brasileiro no exterior, ain-
da que o agente lá tenha sido absolvido ou con-
denado.
e. A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena im-
posta no Brasil pelo mesmo crime, quando diver-
sas, mas não poderá ser nela computada, ainda 
que idênticas.
2. Sobre as características da teoria clássica ou na-
turalística e o conceito de conduta do fato típico, mar-
que a alternativa correta.
a. De acordo com a teoria clássica, os elementos psi-
cológicos do dolo e da culpa não se encontram 
alojados no conceito da conduta, os quais, para 
esta teoria, devem ser analisados dentro do con-
ceito da culpabilidade. 
b. Essa teoria tem início em meados do século XX 
e seu idealizador é o jurista alemão Hans Welzel.
c. É adotada pela maioria dos doutrinadores brasileiros.
d. De acordo com essa teoria, o crime pode ser bi-
partite, isto é, ter como elementos o fato típico e 
ilícito, ou tripartite, englobando a culpabilidade no 
conceito de crime. 
e. A teoria cibernética representou uma evolução à 
teoria clássica, pois alterou o conceito de conduta. 
Se, por um lado, a teoria clássica afirmava que a 
conduta é uma ação voluntária que gera alteração 
no mundo externo, a teoria cibernética dispõe que 
a conduta é um comportamento voluntário que 
gera alteração no mundo externo. Assim, a teoria 
cibernética consegue incluir tanto os crimes comis-
sivos como os omissivos no conceito de conduta.
3. No que concerne crime consumado, tentado, ar-
rependimento eficaz, desistência voluntária, arrependi-
mento posterior e princípio da insignificância, assinale 
a alternativa correta.
a. O crime tentado difere do crime consumado porque 
naquele o iter criminis não se completa. Isso por-
que o agente tenta efetuar atos executórios, mas 
não consegue por razões alheias a sua vontade.
b. Marcos, com a intenção de matar Sérgio, efetua 3 
disparos de arma de fogo. Apenas 1 disparo atinge 
Sérgio, o qual começa a sangrar na região do tó-
rax. Arrependido, Marcos presta assistência a Sér-
gio e procura ajuda hospitalar. Todavia, Sérgio não 
resiste aos ferimentos. Apesar do resultado morte 
de Sérgio, Marcos será beneficiado pelo instituto 
do arrependimento posterior.
c. De acordo com o instituto do arrependimento efi-
caz, nos crimes cometidos sem violência ou grave 
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a 
coisa, até o recebimento da denúncia ou da quei-
xa, por ato voluntário do agente, a pena será redu-
zida de um a dois terços.
d. O princípio da insignificância exclui a tipicidade 
material, uma vez que a tipicidade formal encon-
tra-se satisfeita na hipótese fática, mas a conduta 
não possui o condão de gerar lesão ou perigo de 
lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal.
e. Delegado de Polícia não está autorizado a aplicar 
o princípio da insignificância, ainda que presentes 
os requisitos objetivos estabelecidos pela jurispru-
dência pátria.
4. Marcelino, com animus necandi, efetua 1 disparo de 
arma de fogo contra Carlos. Entretanto, por erro na mira, 
atinge Camila, que vem a falecer. Neste caso, Marcelino 
responde como se tivesse praticado o homicídio consu-
mado de Carlos, vítima virtual, e não de Camila, vítima 
real. Qual instituto jurídico se aplica a essa situação?
a. Erro de tipo.
b. Erro determinado por terceiro.
c. Aberratio ictus.
d. Resultado diverso do pretendido.
e. Erro sobre a pessoa.
5. De acordo com o artigo 107 do Código Penal, ex-
tingue-se a punibilidade, exceto:
a. pela prescrição ou decadência.
b. pela anistia ou indulto.
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c. pela morte do agente.
d. pela perempção.
e. pela menoridade penal.
6. Analise a situação hipotética a seguir: Crakeison, 
imputável, sem mais dinheiro para custear o vício em 
drogas, planejou assaltar transeuntes, em via pública. 
Pondo em prática seu plano criminoso, abordou as ví-
timas Suzineide, 21 anos, grávida de 8 meses, e Ro-
mualdo, marido dela, assim que saíram de um esta-
belecimento comercial. Apontando para as vítimas um 
revólver calibre 38, Crakeison ordenou que Romualdo 
lhe entregasse um aparelho celular, que levava em uma 
das mãos. Suzineide, assustada, gritou. Diante disso, 
Crakeison efetuou um disparo contra Suzineide, atingin-
do o abdômen da grávida. Em um ato contínuo, Romu-
aldo conseguiu imobilizar o criminoso, retirando a arma 
de fogo das mãos dele. Imobilizado, Crakeison foi preso 
em seguida, não logrando êxito, portanto, na subtração 
do aparelho celular pretendido. Suzineide foi socorrida, 
porém, em decorrência das lesões sofridas, ela e o bebê 
morreram antes de chegarem ao hospital da cidade. 
Assinale a alternativa que melhor ilustra o enquadra-
mento legal a ser conferido a Crakeison pelo Delegado 
de Polícia com atribuição para a apreciação do caso, 
com base no entendimento consolidado pelo Supremo 
Tribunal Federal. 
a. Latrocínio consumado, agravado pelo fato de ter 
sido praticado contra mulher grávida. 
b. Latrocínio tentado, agravado pelo fato de ter sido 
praticado contra mulher grávida. 
c. Latrocínio consumado, majorado pelo emprego de 
arma e agravado pelo fato de ter sido praticado 
contra mulher grávida. 
d. Homicídio doloso contra Suzineide, qualificado por 
motivo torpe, bem como homicídio culposo contra 
o feto e roubo tentado contra Romualdo, majorado 
pelo emprego de arma. 
e. Homicídio doloso contra Suzineide, qualificado por 
motivo torpe, agravado pelo fato de ter sido prati-
cado contra mulher grávida, homicídio doloso con-
tra o feto e roubo majorado por emprego de arma 
contra Romualdo.
7. Analise as seguintes situações hipotéticas e assi-
nale a alternativa correta. 
a. Viriato amordaça Gezilda, para que ela não grite 
por socorro. Em seguida, pratica conjunção car-
nal com ela, sem perceber que a vítima está se 
engasgando devido à mordaça utilizada por ele. 
Gezilda, que é maior de idade e capaz, morre su-
focada. Viriato deverá responder por estupro e ho-
micídio culposo, em concurso material. 
b. Zezão aborda a vítima Vitinha, maior de idade e 
capaz, em via pública, arrasta-a para um terreno 
abandonado. Ao perceber que será estuprada, Vi-
tinha entra em luta corporal com Zezão e acaba 
sendo morta, porque Zezão efetuou um disparo, 
empregando uma arma de fogo que levava consi-
go. Em seguida, Zezão realiza atos sexuais com 
Vitinha. Nessa hipótese, Zezão responderá tão 
somente pelos crimes de estupro e homicídio qua-
lificado, em concurso material. 
c. Beraldo aborda a vítima Zequinha, 11 anos de 
idade, em via pública, levando-o para um edifício 
em construção, oferecendo a ele dinheiro e doces, 
para que Zequinha fizesse sexo oral nele. Após o 
ato, com medo de ser identificado, Beraldo mata 
Zequinha com uma pedrada na cabeça. Beraldo 
deverá responder pelo crime de estupro de vulne-
rável, qualificado pela morte de Zequinha. 
d. Tiburcio, imputável, tio de Adalgisa, 9 anos de 
idade, em uma ocasião em que foi visitar a irmã, 
mãe da menor, aproveitou-se de um momento em 
que esteve sozinho com Adalgisa, tirou a roupa da 
menina e pediu que fizesseposes sensuais, foto-
grafando-a em tal condição. No mesmo dia, po-
rém mais tarde, oferecendo a ela doces, fez com 
que praticasse sexo oral nele. Tibúrcio responderá 
pela prática de estupro de vulnerável, em concur-
so material com o crime previsto no artigo 240 do 
Estatuto da Criança e do Adolescente, ambos os 
delitos em suas formas majoradas pela condição 
de ser tio da menor. 
e. Tyrapele, cirurgião plástico, anestesiou a paciente 
Suzi, 25 anos, e, em seguida, praticou ato libidino-
so diverso da conjunção carnal com ela, aprovei-
tando-se de que Suzi estava inconsciente e sem 
condições de oferecer resistência. Nesse caso, 
praticou o crime denominado violação sexual me-
diante fraude.
8. Em relação aos crimes contra o patrimônio, assinale 
a alternativa correta, de acordo com entendimento majori-
tário na doutrina e jurisprudência dos tribunais superiores. 
a. Tadeuzinho, menor, subtraiu uma bicicleta de alto 
valor comercial. Após pintá-la, vendeu-a para Es-
pertinhus, contando a respeito da origem ilícita do 
objeto. Nessa hipótese, não está configurada a re-
ceptação, porque o tipo penal exige que a coisa 
adquirida seja produto de crime anterior, e não de 
ato infracional, como é o caso. 
b. Astolfo, proprietário de um açougue clandestino, 
adquiriu, para vender em seu estabelecimento 
comercial, diversos bois abatidos, que deveria sa-
ber serem produto de subtração. Carneiro Ticia-
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ni, agropecuarista, nesta condição, adquiriu uma 
carga de gado nelore, que deveria saber ser pro-
duto de furto. Este responderá pelo crime de re-
ceptação de animal semovente de produção, com 
pena de reclusão de 02 a 05 anos e multa. Aquele 
responderá pelo crime de receptação qualificada, 
com pena de reclusão de 03 a 08 anos e multa. 
c. Ligeirinhus subtraiu a bolsa de Maria Sussa, en-
quanto ela dormia, em um ônibus interurbano. As-
sim agindo, praticou o crime de roubo mediante 
violência imprópria, porque se aproveitou de situa-
ção na qual a vítima não possuía nenhuma capa-
cidade de resistência. 
d. Folgadus, imputável, subtraiu o talão de cheques de 
seu pai, 59 anos, preencheu uma cártula, assinou-
-a e efetuou vultosas compras em estabelecimento 
comercial. Folgadus não responde, em tese, por 
nenhum crime, em função da regra de imunidade 
absoluta, prevista no artigo 181 do Código Penal. 
e. Santina, 60 anos, conheceu Larapius pela inter-
net, passando a manter com ele relacionamento 
amoroso. Alegando dificuldades financeiras, Lara-
pius pediu que Santina depositasse para ele ele-
vada quantia em dinheiro, para que pudesse ir até 
ela. Após o depósito, o perfil da rede social foi de-
sativado e Santina descobriu que tinha sido vítima 
de um scam amoroso. A conduta de Larapius se 
amolda ao crime de estelionato majorado, por ter 
sido praticado contra idosa.
9. Sobre o crime de peculato, previsto no Código Pe-
nal, verifica-se que,
a. na modalidade apropriação, pode se dar em favor 
de terceira pessoa.
b. como regra, admite a aplicação do princípio da in-
significância, segundo a jurisprudência do Supe-
rior Tribunal de Justiça.
c. na modalidade desvio, não admite coautoria.
d. na modalidade culposa, a reparação do dano an-
tes de sentença irrecorrível reduz à metade a pena 
imposta.
e. na modalidade furto, é prescindível que o agente 
se valha da facilidade que lhe proporciona a quali-
dade de funcionário.
10. De acordo com o Código Penal, há homicídio qua-
lificado quando for cometido
a. por grupo de extermínio.
b. para assegurar a impunidade de outro crime.
c. estando o ofendido sob a imediata proteção da au-
toridade.
d. contra pessoa menor de quatorze ou maior de 
sessenta anos.
e. por milícia privada, sob o pretexto de prestação de 
serviço de segurança.
11. É crime inafiançável, segundo a Constituição da 
República Federativa do Brasil:
a. transportar arma de fogo de uso permitido, sem au-
torização e em desacordo com determinação legal.
b. ter em depósito, para consumo pessoal, drogas 
sem autorização e em desacordo com determina-
ção legal.
c. tentar constranger alguém, mediante grave amea-
ça, a ter conjunção carnal.
d. constranger alguém, mediante violência com o em-
prego de arma, e com o intuito de obter para si in-
devida vantagem econômica, a fazer alguma coisa.
e. injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade, com a uti-
lização de elementos referentes à raça, cor ou etnia.
12. Sobre o crimes contra a honra, previstos no Códi-
go Penal, tem-se o seguinte:
a. não constitui calúnia, difamação ou injúria punível 
a ofensa irrogada em juízo, na discussão da cau-
sa, pela parte ou por seu procurador.
b. o querelado que, antes da sentença, se retrata 
cabalmente da calúnia, difamação ou injúria fica 
isento de pena.
c. as penas aos crimes de calúnia, difamação ou in-
júria aumentam-se de um terço se qualquer dos 
crimes é cometido contra pessoa maior de 60 
(sessenta) anos ou portadora de deficiência.
d. se, de referências, alusões ou frases, se infere ca-
lúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido 
pode pedir explicações em juízo.
e. nos crimes de calúnia, difamação ou injúria, admi-
te-se a exceção da verdade.
13. Sobre o crime de furto, previsto no artigo 155 do 
Código Penal, tem-se o seguinte:
a. a lei penal admite, em certas hipóteses, ação pe-
nal pública condicionada à representação para o 
crime de furto.
b. o Superior Tribunal de Justiça admite a aplicação, 
no furto qualificado pelo concurso de agentes, da 
majorante do roubo.
c. o Superior Tribunal de Justiça entende que a exis-
tência de sistema de vigilância realizado por moni-
toramento eletrônico torna impossível a configura-
ção do crime de furto.
d. a expressão “pequeno valor”, requisito para o re-
conhecimento do furto privilegiado, equivale, na 
jurisprudência, a “valor insignificante”.
e. a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça 
não admite o reconhecimento do privilégio nas hi-
póteses de furto qualificado.
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14. Historicamente, a expressão venditio fumi é identi-
ficada com o crime de
a. tráfico de influência (CP, art. 332).
b. contrabando (CP, art. 334).
c. usurpação de função pública (CP, art. 328).
d. estelionato (CP, art. 171).
e. falsificação de moeda (CP, art. 289).
15. No que concerne aos crimes contra a dignidade 
sexual, é correto afirmar que
a. dadas as condições de evolução social, não se 
pune atualmente a violação sexual mediante frau-
de nem a sedução.
b. o crime de favorecimento da prostituição ou ou-
tra forma de exploração sexual de maiores de 18 
anos não vulneráveis só é punido se o agente tem 
intuito de lucro.
c. o crime de assédio sexual, por expressa disposi-
ção legal fruto de ativismo jurídico, é punido mais 
gravemente se cometido por homem contra mu-
lher do que vice-versa.
d. é fato típico induzir menor de 14 (quatorze) anos 
a presenciar ato libidinoso diverso da conjunção 
carnal, a fim de satisfazer lascívia própria.
e. apenas pessoas dignas são objeto de proteção 
penal, excluídas as pessoas que voluntariamente 
se entregam à má vida ou a práticas sexuais pro-
míscuas.
16. Na hipótese de um servidor público ser condenado 
pelo crime de tortura qualificada pelo resultado morte 
a uma pena de doze anos de reclusão, referida conde-
nação acarretará a perda do cargo, função ou emprego 
público e a interdição para seu exercício por
a. cinco anos.
b. dez anos.
c. doze anos.
d. vinte e quatro anos.
e. trinta e seis anos.
17. É correto afirmar, a respeito do crime de disparo 
de arma de fogo, previsto na Lei n. 10.826/2003 (Esta-
tuto do Desarmamento), que
a. é inafiançável, de perigo abstrato e que não admi-
te a suspensão condicional do processo.
b. se trata de crime comum, de perigo abstrato e que 
não admite a suspensão condicional do processo.
c. se trata de crime próprio, afiançável e que admite 
a suspensão condicional do processo.
d. não admite a suspensão condicional do processo, 
é afiançávele trata-se de crime de mão própria.
e. é inafiançável, de perigo concreto e que admite a 
suspensão condicional do processo.
18. Acerca dos crimes hediondos, marque a alternati-
va CORRETA.
a. São considerados hediondos o infanticídio e o estupro.
b. A tentativa de homicídio simples ou de homicídio 
qualificado constitui-se crime hediondo.
c. É possível a liberdade provisória aos autores de 
crimes hediondos e equiparados.
d. Dependendo da gravidade do crime, é cabível ao 
juiz classificar o crime como hediondo.
e. Tratando-se de crime hediondo ou equiparado, o 
condenado por crime de tortura, em qualquer mo-
dalidade, deverá iniciar o cumprimento da pena 
em regime fechado.
19. Após a Segunda Guerra Mundial, adotada e pro-
clamada a Declaração Universal dos Direitos Huma-
nos, os direitos inerentes à pessoa humana passam 
a ser protegidos mundialmente. No Brasil, os atos de 
tortura e as tentativas de praticar atos dessa natureza 
são coibidos. Marque abaixo a alternativa CORRETA 
quanto ao crime de tortura.
a. O crime de tortura é inafiançável, embora suscetí-
vel de graça ou anistia.
b. Se o crime de tortura é cometido contra maior de 
60 (sessenta) anos, aumenta-se a pena em de 1/3 
(um terço) até a metade.
c. Se o crime de tortura é cometido por agente pú-
blico, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) até 
a metade.
d. Não se constitui crime de tortura o constrangi-
mento de alguém com o emprego de violência ou 
grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico, em 
razão de discriminação racial ou religiosa.
e. Constitui crime de tortura: constranger alguém 
com emprego de violência ou grave ameaça, 
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o 
objetivo de obter alguma informação, declaração 
ou confissão.
20. Sabe-se que a interceptação de comunicações 
telefônicas é, atualmente, prova bastante utilizada em 
investigação criminal, inclusive para a própria instrução 
processual penal. Sobre o tema, marque a alternati-
va CORRETA.
a. A ordem da interceptação de comunicações telefô-
nicas depende da ordem da autoridade policial e, 
em seguida, para instrução processual, submete 
ao juiz competente para validação.
b. A interceptação de comunicações telefônicas tem, 
mesmo que sejam possíveis outros meios dispo-
níveis, o objetivo de corroborar com os demais 
meios de prova.
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c. Não é permitida a interceptação de comunicações 
telefônicas quando não houver indícios razoáveis 
da autoria ou participação em infração penal.
d. É permitida a interceptação de comunicações tele-
fônicas quando o fato investigado constituir infra-
ção penal punida com pena de detenção.
e. Mesmo que estejam presentes os pressupostos 
que autorizam a interceptação de comunicações 
telefônicas, é inadmissível que o pedido seja formu-
lado verbalmente, nem que seja excepcionalmente.
21. A Força Nacional está atuando legalmente em Sal-
vador. O civil “X”, irmão de um policial militar do Estado 
de São Paulo que integra a Força Nacional, residente 
na referida cidade, se envolveu em acidente de trânsi-
to sem vítimas, ao abalroar o veículo do condutor “Y”. 
Após se identificar como irmão do militar do Estado in-
tegrante da Força Nacional, foi violentamente agredido 
por “Y”, que confessou ter assim agido apenas por sa-
ber dessa condição. As agressões provocaram lesões 
corporais gravíssimas no civil “X”. Diante do exposto, é 
correto afirmar que o crime praticado por “Y”
a. não é considerado hediondo, pois a legislação 
contempla apenas o crime de homicídio doloso 
perpetrado contra o militar do Estado.
b. é considerado hediondo, apenas por se tratar de 
uma lesão corporal dolosa de natureza gravíssima, 
independentemente da condição da eventual vítima.
c. não é considerado hediondo, pois a legislação não 
contempla lesão corporal dolosa de natureza gra-
víssima como crime hediondo.
d. é considerado hediondo, pois o civil “X” foi vítima 
de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima 
apenas por ser irmão de militar do Estado em ra-
zão de sua função.
e. somente seria considerado hediondo se o crime 
de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima 
fosse perpetrado contra o próprio militar do Estado 
em razão de sua função.
22. O juiz, na fixação das penas previstas na Lei n. 
11.343/2006, considerará, com preponderância sobre o 
previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quan-
tidade da substância ou do produto, a personalidade e
a. os motivos do agente.
b. a culpabilidade do agente.
c. os antecedentes do agente.
d. a conduta social do agente.
e. a condição financeira do agente.
23. Dispõe a Lei n. 11.343/2006, em seu art. 28, que quem 
adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer 
consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal ou regulamen-
tar, será submetido às seguintes penas: I – advertência 
sobre os efeitos das drogas; II – prestação de serviços à 
comunidade; III – medida educativa de comparecimento 
a programa ou curso educativo. Referida lei dispõe ainda 
que as penas previstas nos incisos II e III do caput do refe-
rido artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de
a. quatro meses e, em caso de reincidência, serão 
aplicadas pelo prazo máximo de oito meses.
b. cinco meses e, em caso de reincidência, serão 
aplicadas pelo prazo máximo de dez meses.
c. três meses e, em caso de reincidência, serão apli-
cadas pelo prazo máximo de seis meses.
d. dois meses e, em caso de reincidência, serão apli-
cadas pelo prazo máximo de quatro meses.
e. um mês e, em caso de reincidência, serão aplica-
das pelo prazo máximo de dois meses.
24. Quanto à natureza jurídica do art. 28, que trata do 
porte de drogas para consumo pessoal, prevalece, no 
Supremo Tribunal Federal, o entendimento de que:
a. houve uma descriminalização formal e transforma-
ção em infração sui generis.
b. houve uma descriminalização substancial e trans-
formação em infração do direito judicial sancionador.
c. houve uma descriminalização substancial e trans-
formação em infração sui generis.
d. houve uma despenalização e descriminalização 
formal e substancial.
e. houve uma despenalização e manutenção do sta-
tus de crime.
25. Considerando o disposto na Lei n. 11.343/2006 e 
o posicionamento jurisprudencial e doutrinário domi-
nantes sobre a matéria regida por essa lei, assinale a 
opção correta.
a. Em processo de tráfico internacional de drogas, basta 
a primariedade para a aplicação da redução da pena.
b. Dado o instituto da delação premiada previsto nessa 
lei, ao acusado que colaborar voluntariamente com 
a investigação policial podem ser concedidos os be-
nefícios da redução de pena, do perdão judicial ou 
da aplicação de regime penitenciário mais brando.
c. É vedada à autoridade policial a destruição de 
plantações ilícitas de substâncias entorpecentes 
antes da realização de laudo pericial definitivo, por 
perito oficial, no local do plantio.
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d. Para a configuração da transnacionalidade do deli-
to de tráfico ilícito de drogas, não se exige a efetiva 
transposição de fronteiras nem efetiva coautoria ou 
participação de agentes de estados diversos.
e. O crime de associação para o tráfico se consuma 
com a mera união dos envolvidos, ainda que de 
forma individual e ocasional.
PROCESSO PENAL
26. O modelo processual penal brasileiro costuma ser 
considerado misto, também conhecido como modelo fran-
cês. Historicamente, os modelos mais extremos pendiam 
entre o inquisitivo e o inglês. Diante disso, qual dispositivo 
do Código de Processo Penal não pode ser considerado 
como norte dessa classificação de sistema misto?
a. Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito poli-
cial será iniciado: I – de ofício; II – mediante requi-
sição da autoridade judiciária ou do Ministério Pú-
blico, ou a requerimento do ofendido ou de quem 
tiver qualidade para representá-lo.
b. Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o 
sigilo necessárioà elucidação do fato ou exigido 
pelo interesse da sociedade.
c. Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado depen-
derá sempre de despacho nos autos e somente 
será permitida quando o interesse da sociedade 
ou a conveniência da investigação o exigir.
d. Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será pro-
movida por denúncia do Ministério Público, mas 
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do 
Ministro da Justiça, ou de representação do ofendi-
do ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
e. Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a 
fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – or-
denar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a pro-
dução antecipada de provas consideradas urgentes 
e relevantes, observando a necessidade, adequação 
e proporcionalidade da medida; II – determinar, no 
curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a 
realização de diligências para dirimir dúvida sobre 
ponto relevante (Incluído pela Lei n. 11.690, de 2008).
27. São reconhecidos princípios do Direito Processual 
Penal, exceto:
a. princípio da verdade real, princípio da eficácia da 
ordem pública e princípio da imparcialidade do juiz.
b. princípio da paridade de armas, princípio da per-
suasão racional e princípio da publicidade.
c. princípio do contraditório, princípio da iniciativa 
das partes e princípio do devido processo legal.
d. princípio da presunção da inocência, princípio da não 
admissão de provas ilícitas e princípio do favor rei.
e. princípio da legalidade, princípio da oficialidade e 
princípio da brevidade processual.
28. No inquérito policial, não se admite contraditório 
e existe limitação à ampla defesa. Em verdade, estes 
princípios processuais serão amplamente exercidos no 
curso da ação penal – leia-se ação penal condenatória 
–, cabendo, no inquérito policial, uma forma simplifica-
da ou mitigada de contraditório. Assim, marque a alter-
nativa incorreta.
a. Após o indiciamento, tem o indiciado prerrogativa 
de ter, por seu advogado ou pessoalmente se o 
requerer, ciência de oitivas que se vão realizar, 
visando exercício de seu direito a formular per-
guntas aos ouvidos, as quais serão acatadas pela 
autoridade policial caso as tenha por oportunas.
b. Pode a vítima, porque parte em sentido estrito 
da relação jurídico-material, dar azo à produção 
probatória.
c. É dever funcional do Delegado de Polícia dirigir-se 
à cena do crime e garantir a preservação do local 
para realização de perícia.
d. Deve o Delegado de Polícia inquirir o preso em 
flagrante sobre certas questões pessoais de sua 
vida privada, independentemente da natureza do 
ilícito, especialmente sobre seus filhos e sobre sua 
vida individual, familiar e social.
e. É permitida a solicitação de prazo adicional para 
conclusão das investigações, diante de fatos de 
difícil elucidação, salvo quando preso o indiciado.
29. Sobre a lei processual penal, marque a alternativa 
errada.
a. Não é facultado a Estado da Federação criar re-
curso, mas poderá regulamentar recurso criado 
por lei federal.
b. A regra da novatio legis in mellius é tipicamente 
de Direito Penal, mas admitida para questões de 
prisão preventiva e fiança.
c. A lei processual tem aplicação imediata, mas se 
salvaguardam os atos pretéritos realizados sob a 
égide da lei antiga.
d. Normas processuais e normas procedimentais 
não se confundem, inclusive sob o aspecto da fon-
te material de suas produções, uma vez que estas 
últimas estão arroladas não nas competências pri-
vativas da União, mas nas competências concor-
rentes entre União, Estados e Distrito Federal.
e. Não admite analogia, porquanto ligada ao poder 
punitivo do Estado e, assim, regida pela interpre-
tação estrita de suas locuções.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
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Delegado
30. A evolução do Direito Processual Penal gerou cer-
tas dificuldades de interpretação do sistema, uma vez 
que o Código de Processo Penal adveio da década de 
1940, e assim de ares ditatoriais; e a Constituição Fe-
deral, de clima de redemocratização. Representam tal 
choque dialético, exceto:
a. a alteração do artigo 366 do Código de Proces-
so Penal, que, após reforma legislativa, trouxe a 
suspensão do curso do processo e da prescrição 
caso o réu, citado por edital, não comparecesse 
pessoalmente nem constituísse defensor.
b. a inquisitividade e o sigilo do inquérito policial e o 
direito de vista aos autos do inquérito policial do 
advogado do investigado.
c. a possibilidade de prisão preventiva, que é mo-
dalidade de prisão sem pena criminal e, portanto, 
anterior ao trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória.
d. a alteração do artigo 186 do Código de Processo 
Penal, ao qual se acresceu, no ano de 2003, pre-
visão específica para esclarecer que o silêncio do 
réu não poderia ser interpretado em seu prejuízo, 
alterando radicalmente a norma anterior.
e. a proibição de condução coercitiva do investigado 
para fins de interrogatório, conforme recente deci-
são do Supremo tribunal Federal.
31. Julgue as assertivas a seguir. 
I – O comparecimento de vítima a Delegacia de 
Polícia é entendido como ato inequívoco de 
representação ou requerimento, que autoriza 
o Delegado de Polícia a instaurar inquérito po-
licial em crimes de ação penal pública condi-
cionada e ação penal privada, não se fazendo 
necessária a formalidade especial de colheita 
em termo próprio.
II – Falecendo o ofendido, ou sendo declarado au-
sente, o direito de representação é transmitido 
ao cônjuge, descendente, ascendente e irmão.
III – As fundações, associações ou outras entidades 
legalmente constituídas serão representadas 
por seus diretores e sócios-gerentes, indepen-
dentemente do disposto no respectivo contrato 
ou estatuto, já que é questão de ordem pública.
Estão corretas:
a. I. 
b. I e II.
c. II e III.
d. II.
e. I e III.
32. Sabe-se que o conhecimento da notícia de crime, 
notadamente conhecida pela expressão latina notitia 
criminis, faz instaurar a persecutio criminis extra judi-
cio. Não se pode afirmar o seguinte:
a. Notitia criminis de cognição imediata ou direta: 
aquela que o Delegado de Polícia toma, por meio 
de suas atividades regulares, conhecimento de 
possível crime.
b. Notitia criminis de cognição mediata ou indireta: 
aquela que leva apontado fato delituoso ao conheci-
mento do Delegado de Polícia mediante provocação.
c. Notitia criminis de cognição coercitiva: fato penal-
mente relevante chega ao conhecimento do Dele-
gado de Polícia mediante apresentação de pessoa 
presa em flagrante.
d. Notitia criminis inqualificada: aquela em que, dife-
rentemente da qualificada (isto é, de cognição me-
diata), inexiste, em princípio, qualquer pessoa que 
se responsabilize por ela. Vale dizer, é imprestável 
para fundamentar medidas cautelares.
e. Nenhuma das alternativas.
33. Na qualidade de autoridade policial, o Delegado 
de Polícia:
a. realiza função de governo, eminentemente jurídi-
ca, mas também de natureza policial.
b. visa apurar as circunstâncias, a materialidade e a 
autoria de infrações penais.
c. poderá requisitar perícias, informações, documen-
tos e dados que visem à apuração dos fatos. Res-
salvam-se os atos que se submetem a reserva de 
jurisdição, bem como toda informação acessória a 
estes (acessório segue o principal).
d. poderá ser transferido por ato do superior hierár-
quico, desde que concorde o Delegado-Geral.
e. promoverá o indiciamento por ato fundamentado, 
em avaliação técnico-jurídica, que avaliará a presen-
ça de indícios de autoria e a materialidade. Sendo 
esses últimos requisitos também para o recebimento 
da denúncia, deve o Ministério Público requisitar o 
indiciamento juntamente com o oferecimento da de-
núncia, se não tiver sido formalmente indiciado.
34. A queixa ou denúncia:
a. deverá sempre prefaciar as peças de informação, 
principalmente o inquérito policial, porquanto este 
é a justa causa por excelência das ações penais 
no sistemajurídico brasileiro, independentemente 
de impingir ao juiz o conhecimento dos elementos 
de convicção aí colhidos sem contraditório. 
b. deverá acompanhar o inquérito policial, porque 
não há no Brasil o sistema de provas tarifadas. 
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Delegado
Assim, sendo um documento o inquérito policial, 
e sendo possível ao juiz condenar o réu com base 
apenas em documentos, pode o inquérito policial, 
com todos os sólidos e seguros elementos de in-
formação colhidos em seu bojo, constituir a fonte 
única da sentença condenatória.
c. será prescindível nos casos de contravenção, 
diante do artigo 26 do Código de Processo Penal, 
porque este textualmente assim o prevê: “A ação 
penal, nas contravenções, será iniciada com o 
auto de prisão em flagrante ou por meio de porta-
ria expedida pela autoridade judiciária ou policial.”.
d. poderá ser arquivada (a denúncia) se, no curso da 
ação penal, sobrevier retratação à representação 
do ofendido, em crimes de ação pública condicio-
nada, assumindo, pois, natureza jurídica de perda 
superveniente do interesse de agir.
e. atestado da autoridade policial da área em que resi-
dir o pretenso querelante não é suficiente para o juiz 
entender por sua pobreza e nomeá-lo advogado.
35. Sobre a ação penal, tem-se que:
a. o Ministério Público, como titular da ação penal 
pública, deve apontar o denunciado com nitidez, 
sempre se referindo a ele por seu nome completo, 
já que o réu se defende de fatos.
b. a queixa pode ser dada por procurador com pode-
res gerais para o foro – cláusula ad judicia et extra.
c. o prazo para oferecimento da denúncia é de cinco 
dias para indiciado preso, e de quinze dias para 
indiciado solto ou afiançado, da data do recebi-
mento dos autos pelo órgão do MP, sendo permi-
tido somar o prazo máximo para encerramento do 
inquérito pelo delegado e o prazo máximo para 
oferecimento de denúncia para fins de verificação 
de eventual excesso de prazo.
d. a renúncia ao direito de queixa em relação a um 
dos autores não beneficiará os demais se móvel 
da renúncia for puramente subjetivo.
e. o Ministério Público, por ser titular da ação penal 
pública, não deve se manifestar acerca da indivi-
sibilidade da ação penal privada, tema que lhe é 
estranho.
36. Acerca de provas em Direito Processual Penal, jul-
gue as seguintes afirmativas.
I – No caso de suspensão do processo diante de 
citação por edital (artigo 366 do CPP), não é 
possível, em regra, a antecipação de prova 
testemunhal, independentemente de alega-
ções de esquecimento genéricas.
II – No caso de suspensão do processo diante de 
citação por edital (artigo 366 do CPP), é pos-
sível a antecipação de prova testemunhal do 
agente da lei, sendo válida a alegação de plu-
ralidade de casos semelhantes.
III – Salvo especial motivo, descabe realização de 
exame para identificação de voz captada em 
interceptação telefônica.
a. Apenas a I está correta.
b. Apenas a II está correta.
c. A I e a III estão corretas.
d. A II e a III estão corretas.
e. Todas estão corretas.
37. Ainda sobre provas, sabe-se que o devido processo 
legal material é orientação fundamental de justiça e propor-
cionalidade para o Direito Processual Penal, que tem como 
corolário a vedação a provas ilícitas – princípio constitucio-
nal expresso. Com efeito, marque a alternativa correta.
a. O exame de constatação de substância entorpe-
cente é suficiente para lavratura de auto de prisão 
em flagrante, recebimento da inicial e condenação 
por tráfico de drogas, já que elemento técnico ela-
borado por expert.
b. O exame de corpo de delito será imprescindível 
nos crimes não transeuntes, sendo impossível 
substituí-lo por outros meios de prova caso desa-
pareçam os vestígios, porque inadmissível conde-
nar um inocente.
c. Após entrar em vigor o Marco Civil da Internet, dei-
xou de ser lícita a colheita de conversas por apli-
cativos que façam uso da rede mundial de com-
putadores, como o WhatsApp, bem como SMS e 
mensagens de texto.
d. Laudo químico-toxicológico (definitivo) e laudo de 
constatação (provisório) não se confundem e jamais 
terão um os requisitos do outro, portanto jamais – 
nem excepcionalmente – este substituirá aquele.
e. Causa de aumento de emprego de arma de fogo 
depende de apreensão e, cumulativamente, exa-
me pericial de eficiência do referido objeto vulne-
rante para majoração da pena.
38. A polícia investigativa realiza verdadeira instrução 
provisória em seu trabalho. Por isso, o Código de Pro-
cesso Penal Militar expõe o inquérito policial militar – e 
o mesmo se há de dizer do inquérito policial regrado 
pelo Código de Processo Penal – assim: “O inquérito 
policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos 
termos legais, configure crime militar, e de sua autoria. 
Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade 
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precípua é a de ministrar elementos necessários à pro-
positura da ação penal.” (artigo 9º, CPPM). Com isso 
em mente, marque a alternativa correta.
a. O flagrante retardado ou postergado exige autori-
zação judicial para ser implementado.
b. Sendo direito do acusado, pode ter ele consigo 
advogado para assisti-lo. Porém, sendo mera fa-
culdade, não há qualquer prejuízo a prisão em 
flagrante se obstada pela autoridade policial sua 
presença, salvo sob o ponto de vista administrati-
vo-disciplinar desta.
c. O juiz não pode decretar prisão preventiva de ofí-
cio no curso do inquérito policial. Assim, ao rece-
ber as peças de prisão em flagrante, não poderá 
convertê-la ex officio em prisão preventiva se não 
houver provocação do Ministério Público ou repre-
sentação da autoridade policial.
d. A conversão de prisão em flagrante em preventiva 
não supre a ausência de audiência de custódia, a 
qual foi elevada a direito fundamental de qualquer 
pessoa presa. Portanto, tal ausência é vício de or-
dem pública e impõe decretação de nulidade da 
constrição da liberdade.
e. O flagrante esperado não se confunde com fla-
grante preparado; aquele revela eficaz apuração; 
e este, abuso da polícia. Consequentemente, 
aquele não macula a prova colhida, diversamente 
deste último, que inclusive obsta qualquer sanção 
jurídico-penal.
39. Diante de ter sido adotado o modelo de processo de 
partes, o sistema brasileiro tende a aproximar-se do mo-
delo inglês no curso da ação penal. Nem por isso perde 
seu caráter misto, isto é, traços de um e do outro (siste-
ma inquisitivo). Diante disso, julgue as assertivas abaixo, 
realizando a soma do valor de cada alternativa correta.
I – O inquérito policial não poderá orientar o julga-
dor a prolatar sentença condenatória, porque 
seus elementos informativos não foram colhi-
dos em contraditório (valor 1).
II – Os elementos de informação colhidos no in-
quérito policial podem simplesmente ser repe-
tidos em juízo e assim avalizar sentença con-
denatória. (valor 2)
III – Admite-se em direito a técnica do contraditório 
diferido, que, desta forma, faz com que docu-
mentos e perícias sejam compreendidos como 
prova em sentido estrito. (valor 3)
IV – O princípio democrático faz repugnante e, por 
isso, inconstitucional fazer pessoa responder 
a ação penal diante do in dubio pro societate. 
(valor 2)
a. 3
b. 4
c. 5
d. 6
e. 2
40. Sobre as provas em Direito Processual Penal, 
marque a alternativa incorreta.
a. O reconhecimento fotográfico não está previsto no 
corpo do Código de Processo Penal, por isso não 
pode ser acatado como verdadeira prova, diante 
da estrita legalidade. Será mero elemento íntimo 
do julgador.
b. Os antecedentes criminais são suficientes para de-
monstrar reincidência delitiva, dispensável certidão.
c. É possível interrogatório policial por meio de gra-
vação audiovisual.
d. A captação de prova oral por meio audiovisual 
prescinde de degravação ou transcrição do conte-
údo dos depoimentos.
e. As fontes de prova podem dividir-se em formais, 
ou seja, a coisa ou a pessoa, e em materiais, inter-
rogatório,reconhecimento de coisa e de pessoa, 
documental etc.
41. “O advogado é indispensável à administração da 
justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações 
no exercício da profissão, nos limites da lei.” (artigo 133 
da Constituição Federal). A Advocacia é um dos pilares 
do Estado Democrático de Direito, e fundamental para 
atender-se ao postulado de Justiça da persecução pe-
nal. Isto posto, avalie as afirmativas:
I – Advogado, no exercício do elevado mister, 
apenas será preso em flagrante por crime ina-
fiançável.
II – Advogado não comete, no exercício de suas 
atividades, injúria ou difamação, porém, diante 
de decisão do Supremo Tribunal Federal, po-
derá incorrer em desacato.
III – Advogado preso por inadimplemento de pen-
são alimentícia não permanecerá em sala de 
estado-maior.
Está(ão) correta(s):
a. I, apenas.
b. II, apenas
c. I e II, apenas
d. I, II e III.
e. I e III, apenas.
42. Juiz natural é princípio constitucional que visa ga-
rantir ao réu processo justo diante de julgador justo. 
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Delegado
Acerca da competência penal, julgue as afirmações:
1 – O Código de Processo Penal adota, por regra, a 
teoria do resultado. Porém, a Lei n. 9.099/1995 adota 
a teoria da ação.
2 – Crime cometido pela internet será de competência 
federal sempre.
3 – Pode o juiz reconhecer, de ofício, nulidade relativa 
em Processo Penal.
a. Apenas a 1 está correta.
b. Apenas a 1 e a 2 estão corretas.
c. Apenas a 2 está correta.
d. Apenas a 2 e a 3 estão corretas.
e. Todas estão corretas.
43. Sobre competência, marque a incorreta.
a. Para estabelecer o foro prevalente nos casos de 
continência e prevenção, primeiro prevalecerá a 
do Júri; após, sucessivamente, o local da prática 
da infração mais grave, onde houver maior núme-
ro de infrações e prevenção.
b. Não se aplica à Justiça Federal, havendo conexão 
entre crime federal e crime estadual, a regra de pre-
valência do local da infração de maior gravidade.
c. Para aferir a competência do juizado especial, 
devem ser computadas causas de aumento e de 
diminuição.
d. Em casos de desvio de verba pública no âmbito 
municipal, é da competência da Justiça Federal se 
a verba for incorporada pelo ente, e é da Justiça 
Estadual se a verba for repassada, ainda que su-
jeita a prestação de contas perante o TCU.
e. As atribuições da Polícia Federal são maiores que 
a competência criminal da Justiça Federal.
44. Sobre execução penal, julgue as seguintes alter-
nativas: 
I – Na execução penal, a execução de julgados e 
os respectivos incidentes daqueles com foro 
por prerrogativa de função dar-se-á pelo pró-
prio prolator da decisão, e não pelas Varas de 
Execução Penal criadas segundo as leis de 
organização judiciária locais.
II – Diante de pena criminal aplicada pela Justiça 
Federal, pela Justiça Militar ou pela Justiça 
Eleitoral, será competente o Juízo Estadual 
das Execuções Penais.
III – O Juízo competente para executar pena res-
tritiva de direito e livramento condicional, no 
caso de legítima alteração de domicílio do 
sentenciado, será alterado para o novo local, 
diante da regra do foro de domicílio do réu.
a. Estão corretas I, II e III.
b. Estão corretas I e II.
c. Estão corretas I e III.
d. Está correta apenas a I.
e. Estão corretas II e III.
45. Acerca das nulidades, marque a alternativa incorreta.
a. Reconhecimento de pessoa, diferentemente do 
reconhecimento fotográfico, possui regramento 
próprio no Código de Processo Penal, razão pela 
qual eventual irregularidade tornará imprestável o 
ato, devendo ser desentranhado dos autos.
b. Irregularidades ocorridas no curso do inquérito po-
licial não têm o condão de atingir a ação penal con-
denatória, nem mesmo ser a apuração presidida 
por Delegado de Polícia genitor ou irmão da vítima.
c. Nulidades absolutas, a par das nulidades relati-
vas, exigem demonstração do prejuízo para serem 
anuladas: pas de nullité sans grief.
d. Sendo o prazo de interposição de apelação de 5 
dias segundo o Código de Processo Penal, caso 
tal recurso seja manejado em 10 dias pela Defen-
soria Pública, não haverá que se falar em irregula-
ridade do recurso (intempestividade).
e. Não há nulidade na inversão da oitiva de teste-
munhas de acusação e defesa, se realizadas por 
meio de carta precatória. Haverá, por outro lado, 
nulidade se a inversão, mesmo por carta precató-
ria, referir-se ao interrogatório do réu de maneira 
que seja ouvido antes das testemunhas.
46. Acerca da prisão em flagrante, julgue as alternati-
vas a seguir.
I – Delegado de Polícia que receba apresentação 
de pessoa presa por “vender droga”, venda 
esta que foi realizada a agente policial disfar-
çado, que a solicitou, será indevida, mas facil-
mente corrigível diante das condutas de “guar-
dar, ter consigo, armazenar e expor a venda”.
II – Companheiro que, no âmbito da convivência 
familiar, comete vias de fato contra sua com-
panheira não está sujeito a prisão em flagran-
te, porque é contravenção penal e há salva-
guardada do artigo 41 da Lei n. 11.340/2006: 
“Art. 41. Aos crimes praticados com violência 
doméstica e familiar contra a mulher, indepen-
dentemente da pena prevista, não se aplica a 
Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995”.
III – O crime trazido no art. 24-A da Lei Maria da 
Penha (“Descumprir decisão judicial que de-
fere medidas protetivas de urgência previstas 
nesta Lei: pena – detenção, de 3 (três) me-
ses a 2 (dois) anos”.) permite a prisão em fla-
http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/LEIS/L9099.htm
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Delegado
grante, lavrada pela autoridade policial; bem 
assim, presentes os requisitos legais, deverá 
o Delegado de Polícia arbitrar fiança.
a. Estão corretas I, II e III.
b. Estão corretas I e II.
c. Estão corretas I e III.
d. Estão corretas II e III.
e. Está correta apenas I.
47. A atuação do Delegado de Polícia é fundamental 
para o sistema de justiça criminal. Ciente das obriga-
ções e das consequências previstas em direito para 
sua atuação, julgue as alternativas.
I – Homologada a transação penal, no âmbito do 
Juizado Especial Criminal, é cabível imedia-
to oferecimento de denúncia pelo Ministério 
Público ou requisição de inquérito policial no 
caso de descumprimento dos termos daquela.
II – Investigado que se atribui falsa identidade pe-
rante autoridade policial, porque possui maus 
antecedentes, comete crime, e não há que se 
falar em exercício de autodefesa como ex-
pressão da vedação à autoincriminação.
III – Inquéritos policiais em andamento não permi-
tem majoração da pena-base por maus ante-
cedentes ou conduta social inadequada, po-
rém podem constituir elemento valorativo na 
decretação de prisão preventiva.
a. Estão corretas I, II e III.
b. Estão corretas I e II.
c. Estão corretas I e III.
d. Estão corretas II e III.
e. Está correta apenas I.
48. A postura ética dos funcionários públicos e a lisu-
ra da Administração no Direito Brasileiro são garantias 
constitucionais do indivíduo, como expressão da digni-
dade da pessoa humana (artigo 1º, inciso III, da Consti-
tuição Federal), e dever da Administração Pública e do 
Estado Brasileiro, mercê dos princípios da legalidade e 
do devido processo legal – ou até mesmo, em última 
análise, em atenção ao objetivo fundamental da Repú-
blica Federativa do Brasil de construir sociedade livre, 
justa e solidária (artigo 3º, inciso I, da Constituição Fe-
deral). Diante disso, marque as alternativas:
I – A entrada em domicílio sem ordem judicial de-
manda, mesmo que venha a ser encontrada 
arma ou droga em situação flagrancial, fun-
dadas razões, sob pena de responsabilização 
dos agentes.
II – O Delegado de Polícia possui funções rele-
vantes no Direito Processual Civil e deve agir 
com estrita observância da lei, como nas hipó-
teses de arrecadação de bens em heranças 
jacentes e de coisas alheias perdidas.
III – É possível a exclusão de policial, em processo 
administrativo disciplinar, independentemente 
do curso de ação penalcondenatória sobre os 
mesmos fatos.
a. Estão corretas I, II e III.
b. Estão corretas I e II.
c. Estão corretas I e III.
d. Estão corretas II e III.
e. Está correta apenas I.
49. Diante da gravidade do inquérito policial, dentro do 
Direito Brasileiro, julgue as questões abaixo.
I – No curso do inquérito policial, deve o Delega-
do de Polícia representar pelo sequestro de 
bens obtidos com proventos da infração, não 
sendo providência exclusiva da ação penal.
II – O arquivamento de inquérito policial, por haver 
reconhecimento de excludente de ilicitude, não 
faz coisa julgada material; assim, é possível 
prosseguir nas investigações caso o Delegado 
de Polícia tenha notícia de outras provas.
III – O arquivamento de inquérito policial, por reco-
nhecimento de atipicidade, faz coisa julgada 
material, não sendo possível tornar-se a in-
vestigar o mesmo fato independentemente do 
surgimento de novas provas.
a. Estão corretas I, II e III.
b. Estão corretas I e II.
c. Estão corretas I e III.
d. Estão corretas II e III.
e. Está correta apenas I.
50. Realize a soma dos valores atribuídos a cada item 
correto e marque a alternativa com o resultado final.
I – É possível ação penal privada subsidiária da 
pública quando o Ministério Público requisitar 
diligências internas ao órgão, porque não in-
terrompe o prazo de lei. (valor 1)
II – A conduta do Ministério Público posterior ao 
surgimento do direito de queixa subsidiária – 
ou seja, promoção de arquivamento e requisi-
ção de diligências à Autoridade Policial – não 
prejudica sua propositura. (valor 2)
III – A execução provisória de acórdão penal con-
denatório proferido em grau recursal, ainda 
que sujeito a recurso especial, extraordinário 
ou embargos infringentes, é legítima. (valor 3)
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Delegado
a. 3.
b. 4.
c. 5.
d. 6.
e. 7.
DIREITO ADMINISTRATIVO
51. Acerca dos diferentes critérios adotados para a 
conceituação do direito administrativo, marque o item 
correto sobre o conceito que explica a Escola do Ser-
viço Público.
a. O direito administrativo se esgota nos atos prati-
cados pelo Poder Executivo. Contudo, exclui os 
atos do Poder Legislativo e do Judiciário no exer-
cício de atividade administrativa, restringindo, so-
bremaneira, o direito administrativo ao âmbito do 
Poder Executivo.
b. O direito administrativo é o conjunto de normas e 
princípios que norteiam o atendimento dos fins do 
Estado.
c. O direito administrativo é o conjunto de normas e 
princípios que regem a Administração Pública.
d. Distinção entre atividades de autoridade e ativida-
des de gestão. No primeiro caso, o Estado atua 
com autoridade sobre os particulares, com poder 
de império, por um direito exorbitante do comum; 
por outro lado, nas atividades de gestão, o Estado 
atua em posição de igualdade com os cidadãos, 
regendo-se pelo direito privado.
e. O direito administrativo é o ramo do direito que es-
tuda a gestão dos serviços públicos. Teve como 
defensores Duguit, Jèze e Bonnard. Segundo 
essa teoria, qualquer atividade prestada pelo Es-
tado é serviço público.
52. Marque o item que não representa exceção ao 
princípio do sistema inglês.
a. Justiça desportiva.
b. Habeas data.
c. Contra omissão ou ato da Administração Pública, 
o uso da reclamação só será admitido após esgo-
tamento das vias administrativas.
d. Arbitragem.
e. Exigibilidade de prévio requerimento administrati-
vo como condição para o regular exercício do di-
reito de ação, para que se postule judicialmente a 
concessão de benefício previdenciário.
53. Marque o item abaixo que não representa a Admi-
nistração Pública em sentido objetivo.
a. Poder de polícia.
b. Intervenção.
c. Órgãos e entidades públicas.
d. Fomento.
e. Serviços públicos.
54. Marque o item incorreto.
a. Pelo princípio da legalidade, o administrador está, 
em toda a sua atividade funcional, sujeito aos man-
damentos da lei. Enquanto na vida particular é lícito 
fazer tudo o que a lei não proíba, na Administração 
Pública só é lícito fazer aquilo que a lei autoriza.
b. A criação de cargos públicos e de órgãos públicos 
são decorrência do princípio da reserva legal.
c. O art. 37, § 1º, da CF, que proíbe que constem 
nome, símbolos ou imagem que caracterizem pro-
moção pessoal de autoridades ou servidores pú-
blicos em publicidade de atos, programas, obras, 
serviços e campanhas dos órgãos públicos, decor-
re do princípio da publicidade.
d. A Súmula Vinculante n. 13 dispõe: “A nomeação 
de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, in-
clusive da autoridade nomeante ou de servidor da 
ção, chefia ou assessoramento, para o exercício de 
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na Administração Pública Direta 
e Indireta em qualquer dos poderes da União, dos 
estados, do Distrito Federal e dos municípios, com-
preendido o ajuste mediante designações recípro-
cas, viola a Constituição Federal”. Essa súmula de-
corre do princípio da moralidade e impessoalidade.
e. Foram excluídas, pelo STF, do alcance da veda-
ção da súmula vinculante que veda o nepotismo 
as nomeações para cargos de natureza política.
55. Tendo em vista os princípios do Direito Administra-
tivo, marque o item incorreto.
a. Para alcançar a proporcionalidade, uma conduta 
deve ser: i) adequada: o meio utilizado deve ser 
o correto, em vista do fim que se deseja alcançar 
(o meio deve ser apto a atingir o fim a que se des-
tina); ii) necessária/exigibilidade: a conduta deve 
ser a menos gravosa em relação aos bens envol-
vidos; iii) proporcionalidade em sentido estrito: as 
vantagens devem superar as desvantagens (pro-
porcionalidade entre o grau de restrição a um di-
reito e o grau de realização do direito contraposto).
b. O motivo do ato e sua motivação não se confundem.
c. A motivação deve ser prévia ou concomitante.
d. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos 
(ECT) tem o dever jurídico de motivar, em ato for-
mal, a demissão de seus empregados.
e. O TCU está submetido ao prazo de 5 anos para 
fazer o registro da aposentadoria.
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Delegado
56. Quando a atividade é prestada por meio de ór-
gãos, significa que o próprio ente político executa, sem 
intermediários, determinada atividade; é o mesmo que 
o ente realizar diretamente aquela função. Tendo em 
vista o instituto da desconcentração e descentraliza-
ção, marque a alternativa correta.
a. Os órgãos são centros de competência, sem per-
sonalidade jurídica própria, instituídos para o de-
sempenho de funções estatais por meio de seus 
agentes, cuja atuação é imputada à pessoa a que 
pertencem.
b. A criação de órgãos resulta da descentralização, 
que é uma distribuição interna de competências, 
dentro da mesma pessoa jurídica.
c. A descentralização pode ser por delegação, quan-
do o Estado cria uma pessoa jurídica (entidade 
administrativa) que integra a Administração indi-
reta (autarquias, fundações, empresas públicas e 
sociedades de economia mista).
d. Administração indireta é o conjunto de órgãos pú-
blicos que integram as pessoas jurídicas políticas 
(União, Estados, DF e Municípios) para a execução 
de atividades administrativas de forma centralizada.
e. Não é possível a criação de entidades da Adminis-
tração indireta no Poder Judiciário e Legislativo.
57. Marque o item correto que corresponde ao concei-
to de organizações sociais.
a. São entidades criadas e administradas por empre-
sa pública ou sociedade de economia mista (Ex.: 
Transpetro, Braspetro, BB Cartões, BB Segurida-
de, Cobra Tecnologia).
b. São entidades de direito privado, sem fins lucrati-
vos, que recebem qualificação mediante celebra-
ção de contrato de gestão.
c. Trata-se de uma qualificação dada a autarquia ou 
fundação que, por meio do contrato de gestão com 
o órgão da Administração direta a que esteja vin-
culada, amplia sua autonomia para a melhoria da 
eficiência e redução de custos.
d. São pessoas jurídicasformadas exclusivamente 
por entes da Federação, nos termos do art. 241 da 
CF e da Lei n. 11.107/2005, para a prestação de 
serviços públicos, na forma de gestão associada.
e. São pessoas jurídicas de direito público, criadas 
por lei específica para o desempenho de ativida-
des típicas de Estado.
58. Sobre os atos administrativos, marque o item 
correto.
a. O ato administrativo é espécie de ato jurídico em sen-
tido estrito, decorrente da categoria do fato jurídico.
b. O silêncio administrativo representa um ato admi-
nistrativo.
c. Competência é o poder atribuído ao agente público 
para o desempenho específico de suas funções.
d. O excesso de poder é uma das formas de abuso 
de poder, que pode ocorrer pelo excesso, violan-
do a competência, ou pelo desvio, infringindo a fi-
nalidade do ato administrativo. O desvio de poder 
ocorre quando o agente público, embora inicial-
mente competente para a prática do ato, se exce-
de no exercício de suas atribuições.
e. Ocorre a figura do funcionário de fato quando uma 
pessoa se apropria da função para praticar atos 
que são próprios dessa função.
59. A Empresa Boa Limpeza fez contrato de prestação 
de serviços de limpeza com a Administração Pública. 
No entanto, a citada empresa não cumpriu o contrato 
firmado. Assim, a Administração Pública aplicou pena-
lidade de multa à empresa. Nesse caso, qual poder ad-
ministrativo foi manifestado?
a. Disciplinar.
b. Vinculado.
c. De polícia.
d. Discricionário.
e. Regulamentar.
60. Tendo em vista o entendimento do STF e do STJ, 
marque o item incorreto.
a. A falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
b. A utilização, em processo administrativo disciplinar, 
da prova emprestada produzida no processo crimi-
nal independe do trânsito em julgado da sentença 
penal condenatória, pois o resultado final do pro-
cesso penal não repercute na esfera administrativa.
c. O STF já teve a oportunidade de se manifestar 
sobre a indelegabilidade do poder de polícia aos 
particulares, quando entendeu que os conselhos 
de fiscalização profissional tiveram a natureza de 
direito público alterada para personalidade de di-
reito privado, com a Lei n. 9.648/1998. Entendeu 
o Tribunal que pessoa de direito privado não pode 
exercer o poder de polícia.
d. O STJ entendeu possível a delegação a particulares 
a pessoa de direito privado de atos de fiscalização e 
consentimento decorrentes do poder de polícia. 
e. O STF entendeu que as guardas municipais não 
têm competência para fiscalizar o trânsito, lavrar 
auto de infração de trânsito e impor multas.
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Delegado
61. Conforme a Lei n. 8.666/1993, marque abaixo o 
caso de licitação dispensável.
a. Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, con-
cessão de direito real de uso, locação ou permis-
são de uso de bens imóveis residenciais cons-
truídos, destinados ou efetivamente utilizados no 
âmbito de programas habitacionais ou de regulari-
zação fundiária de interesse social desenvolvidos 
por órgãos ou entidades da Administração Pública.
b. Para aquisição de materiais, equipamentos ou gêne-
ros que só possam ser fornecidos por produtor, em-
presa ou representante comercial exclusivo, vedada 
a preferência de marca, devendo a comprovação de 
exclusividade ser feita mediante atestado fornecido 
pelo órgão de registro do comércio do local em que 
se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo 
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, 
ainda, pelas entidades equivalentes.
c. Para a contratação de serviços técnicos, de natu-
reza singular, com profissionais ou empresas de 
notória especialização, vedada a inexigibilidade 
para serviços de publicidade e divulgação.
d. Para contratação de profissional de qualquer setor 
artístico, diretamente ou por meio de empresário 
exclusivo, desde que consagrado pela crítica es-
pecializada ou pela opinião pública.
e. Na aquisição de bens e contratação de serviços 
para atender aos contingentes militares das Forças 
Singulares brasileiras empregadas em operações 
de paz no exterior, necessariamente justificadas 
quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou exe-
cutante e ratificadas pelo Comandante da Força.
62. Para a construção de uma nova delegacia de Polí-
cia Civil em Vila Velha, foi estimado que o valor da con-
tratação seria de R$ 5.000.000,00. Nesse caso, qual a 
modalidade de licitação indicada?
a. Convite.
b. Contratação direta.
c. Concorrência.
d. Pregão.
e. Tomada de preços.
63. Marque a alternativa incorreta.
a. Os contratos administrativos regulam-se pelas 
suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, 
aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios 
da teoria geral dos contratos e as disposições de 
direito privado.
b. São cláusulas necessárias em todo contrato as 
que estabeleçam, entre outras, o regime de exe-
cução ou a forma de fornecimento.
c. A duração dos contratos regidos por esta lei ficará 
adstrita à vigência dos respectivos créditos orça-
mentários, exceto apenas quanto à prestação de 
serviços a serem executados de forma contínua, 
que poderão ter a sua duração prorrogada por 
iguais e sucessivos períodos com vistas à obten-
ção de preços e condições mais vantajosas para a 
Administração, limitada a sessenta meses.
d. É vedado o contrato com prazo de vigência inde-
terminado.
e. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados 
nas repartições interessadas, as quais manterão 
arquivo cronológico dos seus autógrafos e regis-
tro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a 
direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por 
instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo 
juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.
64. Acerca dos bens públicos, analise o caso concreto 
e marque o item correto. 
Em um terreno do Estado do Espírito Santo, havia 
uma escola pública. No entanto, foi construída nova 
escola pública, e o prédio ficou desativado. A Secre-
taria de Segurança Pública resolve, então, destinar o 
antigo prédio da escola para ser sede de uma delega-
cia de polícia.
a. Como a escola passou para um novo prédio, o 
imóvel antigo tornou-se um bem de uso comum.
b. Não é possível a antiga escola virar uma delega-
cia, pois os bens públicos não podem ter a sua 
destinação alterada.
c. O prédio da antiga escola era classificado como 
bem de uso especial, passando, posteriormente, 
a ser classificado como bem dominical, e, depois, 
com a instalação da delegacia, voltou a ser bem 
de uso especial.
d. Bem de uso comum do povo destina-se à pres-
tação do serviço administrativo, por exemplo, 
edifícios ou terrenos destinados a serviço ou es-
tabelecimento da Administração federal, estadual, 
distrital ou municipal.
e. Como a antiga escola ficou desativada, seria pos-
sível sua aquisição mediante usucapião.
65. Quanto ao tema responsabilidade civil do Estado, 
marque o item correto.
a. As pessoas jurídicas de direito público e as de direi-
to privado prestadoras de serviços públicos respon-
derão pelos danos que seus agentes, nessa quali-
dade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo.
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Delegado
b. As pessoas jurídicas de direito público e as de di-
reito privado responderão pelos danos que seus 
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o respon-
sável nos casos de dolo ou culpa.
c. As pessoas jurídicas de direito público responde-
rão pelos danos que seus agentes, nessa qualida-
de, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo 
ou culpa.
d. As pessoas jurídicas de direito público e as de di-
reito privado prestadoras de serviços públicos res-
ponderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o di-
reito de regresso contra o responsável nos casos 
de culpa.
e. As pessoas jurídicas de direito público e as de di-
reitoprivado prestadoras de serviços públicos res-
ponderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o di-
reito de regresso contra o responsável nos casos 
de dolo ou culpa.
66. Quanto ao tema de intervenção do Estado na pro-
priedade, marque o item incorreto.
a. A servidão administrativa é o direito real público 
que autoriza o poder público a usar a propriedade 
imóvel para permitir a execução de obras e servi-
ços de interesse coletivo. 
b. A requisição é uma modalidade de intervenção es-
tatal quando o Estado utiliza bens móveis, imóveis 
e serviços particulares, em situação de perigo pú-
blico iminente.
c. A ocupação temporária é instituto típico de utili-
zação de propriedade imóvel, pois seu objetivo é 
permitir que o Poder Público deixe alocado, em ter-
reno desocupado, máquinas, equipamentos, aloja-
mento de operários ou instrumentos do gênero.
d. As limitações administrativas são determinações 
de caráter específico que o Poder Público impõe 
a proprietários determinados, para o fim de con-
dicionar a propriedade ao atendimento da função 
social, consistindo em obrigações positivas, nega-
tivas ou permissivas.
e. O tombamento é a forma de intervenção na pro-
priedade em que o poder público protege o patri-
mônio cultural brasileiro.
67. Quanto ao tema responsabilidade civil do Estado, 
marque o item correto.
a. O servidor público em atividade pode também ser 
vítima da ação estatal.
b. O STJ entende que os juros devem ser fixados no 
percentual de 12% ao ano.
c. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, o candi-
dato cuja nomeação tardia decorreu de decisão 
judicial tem direito à indenização pelo tempo que 
aguardou a solução definitiva pelo Judiciário.
d. Segundo a orientação jurisprudencial do STJ, a 
Administração Pública não pode ser condenada 
ao pagamento de indenização pelos danos cíveis 
causados por uma ação de seus agentes, mesmo 
que consequentes de causa excludente de ilicitu-
de penal (ex.: legítima defesa putativa).
e. O Estado não tem responsabilidade pelos atos 
praticados por agente de fato, pois, para que fique 
configurada a responsabilidade estatal, o agente 
deve ser servidor concursado.
68. Segundo a CF, é vedada a adoção de requisitos e 
critérios diferenciados para a concessão de aposenta-
doria aos abrangidos pelo regime próprio dos servido-
res públicos:
a. ressalvados, nos termos definidos em leis comple-
mentares, os casos de servidores portadores de 
deficiência e maiores de 75 anos de idade.
b. ressalvados, nos termos definidos em leis comple-
mentares, os casos de servidores portadores de 
deficiência e da área da saúde.
c. sem exceção.
d. ressalvados, nos termos definidos em leis comple-
mentares, os casos de servidores portadores de de-
ficiência, que exerçam atividades de risco e cujas 
atividades sejam exercidas sob condições especiais 
que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
e. ressalvados, nos termos definidos em leis comple-
mentares, os casos de servidores portadores de de-
ficiência, que exerçam atividades de risco e cujas 
atividades sejam exercidas sob condições especiais 
que prejudiquem a saúde ou a integridade física e 
nos demais casos fixados em lei complementar.
69. Com relação às disposições constitucionais sobre 
servidores públicos na CF, marque o item correto.
a. Lei disporá sobre a concessão do benefício de 
pensão por morte, que corresponderá à totalidade 
da remuneração do ex-servidor.
b. É assegurado o reajustamento dos benefícios 
para preservar-lhes, em caráter permanente, o 
valor real, conforme critérios estabelecidos em lei 
complementar.
c. São estáveis após três anos de efetivo exercício 
os servidores nomeados para cargo de provimen-
to efetivo em virtude de concurso público.
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d. Como condição para a aquisição da estabilidade, 
é obrigatória a avaliação especial de desempenho 
por comissão instituída por 5 membros, sendo um 
deles do Ministério da Economia.
e. A remuneração e o subsídio dos ocupantes de car-
gos, funções e empregos públicos da Administração 
direta, autárquica e fundacional, dos membros de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de 
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os 
proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, 
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as 
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, 
não poderão exceder o subsídio mensal, em espé-
cie, dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
70. Tendo em vista o entendimento consolidado pelo 
STF e pelo STJ, marque o item correto.
a. A falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
b. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente 
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o se-
gundo grau, inclusive, da autoridade nomeante ou 
de servidor da mesma pessoa jurídica investido em 
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para 
o exercício de cargo em comissão ou de confiança 
ou, ainda, de função gratificada na Administração 
Pública direta e indireta em qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante de-
signações recíprocas, viola a Constituição Federal.
c. Pela falta residual, não compreendida na absolvi-
ção pelo juízo criminal, não se admite a punição 
administrativa do servidor público.
d. É válido condicionar a renovação da licença de 
veículo ao pagamento de multa, da qual o infrator 
não foi notificado.
e. O portador de visão monocular não tem direito de 
concorrer, em concurso público, às vagas reserva-
das aos deficientes.
CRIMINOLOGIA
71. Em relação ao conceito e aos objetos de estudo 
da criminologia, é correto afirmar que
a. a criminologia é o ramo das ciências criminais que 
define as infrações penais (crimes e contraven-
ções) e comina as respectivas sanções (penas e 
medidas de segurança).
b. a criminologia extrapola a análise do controle so-
cial formal do crime, preocupando-se também com 
os sistemas informais, e, sob um ponto de vista 
crítico, pode até mesmo defender a extinção de 
alguns crimes para determinadas condutas.
c. após os inúmeros equívocos e abusos cometidos 
a partir das visões lombrosianas, a criminologia 
moderna afastou-se do estudo sobre o criminoso, 
pois funda-se em conceitos democráticos e res-
peita os direitos fundamentais da pessoa humana.
d. o estudo do crime por parte da criminologia tem por 
objetivo principal a análise de seus elementos obje-
tivos e subjetivos indispensáveis à tipificação penal.
e. a preocupação com o estudo da vítima motivou a 
criação da criminologia como ciência autônoma, 
sendo este, por consequência, seu primeiro objeto 
de estudo.
72. Assinale a alternativa correta em relação ao méto-
do da criminologia.
a. A criminologia utiliza um método lógico, abstrato 
e dedutivo.
b. A criminologia limita interessadamente a realidade 
criminal (da qual, por certo, só tem uma imagem 
fragmentada e seletiva), observando-a sempre 
sob o prisma do modelo típico estabelecido na 
norma jurídica.
c. A criminologia analisa dados e induz às correspon-
dentes conclusões, porém suas hipóteses se veri-
ficam – e se reforçam – sempre por força dos fatos 
que prevalecem sobre os argumentos puramente 
subjetivos.
d. A criminologia utiliza como método a ordenação 
e a orientação de suas conclusões com apoio em 
uma série de critérios axiológicos (valorativos) fun-
dados no dever-ser.
e. O método básico da criminologia é o dogmático; e 
seu proceder, o dedutivo sistemático.
73. Com relação às escolas e tendências penais, jul-
gue os itens seguintes.
I – De acordo com a escola clássica, a respon-
sabilidade penal é lastreada na imputabilidade 
moral e no livre-arbítrio humano.
II – A escola técnico-jurídica, que utiliza o método 
indutivo ou experimental, apresenta as fases 
antropológica, sociológica e jurídica.
III – A escola correcionalistafundamenta-se na 
proposta de imposição de pena, com caráter 
intimidativo, para os delinquentes normais, e 
de medida de segurança, para os perigosos. 
Para essa escola, o direito penal é a insuperá-
vel barreira da política criminal.
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IV – O movimento de defesa social sustenta a res-
socialização do delinquente, e não a sua neu-
tralização. Nesse movimento, o tratamento 
penal é visto como um instrumento preventivo.
Estão certos apenas os itens
a. I, II e III.
b. II e IV.
c. II, III e IV.
d. III e IV.
e. I e IV.
74. Os objetos de estudo da moderna criminologia es-
tão divididos em
a. três vertentes: justiça criminal, delinquente e vítima.
b. três vertentes: política criminal, delito e delinquente.
c. três vertentes: política criminal, delinquente e pena.
d. quatro vertentes: delito, delinquente, justiça crimi-
nal e pena.
e. quatro vertentes: delito, delinquente, vítima e con-
trole social.
75. Quando a vítima, em decorrência do crime sofrido, 
não encontra amparo adequado por parte dos órgãos 
oficiais do Estado, durante o processo de registro e 
apuração do crime, como, por exemplo, o mau aten-
dimento por um policial, levando a vítima a se sentir 
como um “objeto” do direito, e não como sujeito de di-
reitos, caracteriza-se a
a. vitimização estatal ou oficial.
b. vitimização secundária.
c. vitimização terciária.
d. vitimização quaternária.
e. vitimização primária.
76. Para a aproximação e verificação de seu objeto de 
estudo, a criminologia dos dias atuais vale-se de um 
conceito
a. empírico e interdisciplinar.
b. dedutivo e dogmático.
c. dedutivo e interdisciplinar.
d. dogmático e lógico-abstrato.
e. empírico e lógico-abstrato.
77. ____________ é considerado pai da criminologia, 
por ter utilizado o método empírico em suas pesquisas, 
revolucionando e inovando os estudos da criminalidade.
Assinale a alternativa que preenche corretamente a 
lacuna.
a. Enrico Ferri
b. Cesare Lombroso
c. Adolphe Quetelet
d. Émile Durkheim
e. Cesare Bonesana
78. Em relação às possibilidades de controle social 
formal, informal a alternativo, assinale a opção correta.
a. O Estado laico limita a função de controle social 
informal dos poderes religiosos.
b. A educação representa forma de controle social 
informal.
c. A ação das polícias que extrapola seu rol legal de 
competência é exemplo de controle social alternativo.
d. O poder público é o único titular do controle social 
no âmbito do estado democrático de direito.
e. A família exerce função de controle social idêntica 
ao controle jurídico.
79. É correto afirmar que a criminologia
a. é uma ciência do dever-ser.
b. não é uma ciência interdisciplinar.
c. não é uma ciência multidisciplinar.
d. é uma ciência normativa.
e. é uma ciência empírica.
80. Em busca do melhor sistema de enfrentamento à 
criminalidade, a criminologia estuda os diversos mo-
delos de reação ao delito. A respeito desses modelos, 
assinale a opção correta.
a. De acordo com o modelo clássico de reação ao cri-
me, os envolvidos devem resolver o conflito entre si, 
ainda que haja necessidade de inobservância das re-
gras técnicas estatais de resolução da criminalidade, 
flexibilizando-se leis para se chegar ao consenso. 
b. Conforme o modelo ressocializador de reação ao 
delito, a existência de leis que recrudescem o sis-
tema penal faz que se previna a reincidência, uma 
vez que o infrator racional irá sopesar o castigo 
com o eventual proveito obtido.
c. Para a criminologia, as medidas despenalizado-
ras, com viés reparador à vítima, condizem com 
o modelo integrador de reação ao delito, de modo 
a inserir os interessados como protagonistas na 
solução do conflito.
d. A fim de facilitar o retorno do infrator à sociedade, 
por meio de instrumentos de reabilitação aptos a 
retirar o caráter aflitivo da pena, o modelo dissu-
asório de reação ao crime propõe uma inserção 
positiva do apenado no seio social.
e. O modelo integrador de reação ao delito visa pre-
venir a criminalidade, conferindo especial rele-
vância ao ius puniendi estatal, ao justo, rápido e 
necessário castigo ao criminoso, como forma de 
intimidação e prevenção do crime na sociedade.
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81. A escola criminológica que surgiu no século XIX, 
tendo, entre seus principais autores, Rafaelle Garofalo, 
e que pode ser dividida em três fases (antropológica, 
sociológica e jurídica) é a:
a. Escola Positiva.
b. Terza Scuola Italiana.
c. Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã.
d. Escola Clássica.
e. Escola de Lyon.
82. Sobre as escolas criminológicas, é correto afirmar:
a. A Escola de Chicago fomentou a utilização de mé-
todos de pesquisa que propiciou o conhecimento 
da realidade da cidade antes de se estabelecer a 
política criminal adequada para intervenção estatal.
b. A teoria da rotulação social busca compreender as 
causas da criminalidade por meio do processo de 
aprendizagem das condutas desviantes. 
c. O positivismo criminológico desenvolveu a ideia 
de criminoso nato, aplicável contemporaneamente 
apenas aos inimputáveis. 
d. O abolicionismo penal de Louk Hulsman defende 
o fim da pena de prisão e um direito penal basea-
do em penas restritivas de direito e multa. 
e. A teoria da subcultura delinquente foi o primeiro 
conjunto teórico a empreender uma explicação ge-
neralizadora da criminalidade. 
83. Sobre a teoria da “anomia”, é correto afirmar:
a. É classificada como uma das “teorias de conflito” e 
teve como autores Erving Goffman e Howard Becker.
b. Foi desenvolvida pelo sociólogo americano Edwin 
Sutherland e deu origem à expressão white collar 
crimes.
c. Surgiu em 1890 com a Escola de Chicago e teve o 
apoio de John Rockefeller.
d. Iniciou-se com as obras de Émile Durkheim e Ro-
bert King Merton e significa ausência de lei.
e. Foi desenvolvida por Rudolph Giuliani, também 
conhecida como “Teoria da Tolerância Zero”.
84. Em relação às distintas teorias criminológicas, a 
ideia de que o “desviante” é, na verdade, alguém a 
quem o rótulo social de criminoso foi aplicado com su-
cesso foi desenvolvida pela teoria
a. da anomia.
b. da associação diferencial.
c. da subcultura delinquente.
d. da ecologia criminal.
e. da reação social ou labelling approach.
85. Pode-se afirmar que o pensamento criminológico 
moderno é influenciado por uma visão de cunho funcio-
nalista e uma de cunho argumentativo, que possuem, 
como exemplos, a Escola de Chicago e a Teoria Críti-
ca, respectivamente. Essas visões também são conhe-
cidas como teorias
a. da ecologia criminal e do transtorno.
b. do consenso e do conflito.
c. do conhecimento e da pesquisa.
d. da formação e da dedução.
e. do estudo e da conclusão.
DIREITO CONSTITUCIONAL
86. Marcos passou no vestibular em universidade pú-
blica e foi informado da necessidade de pagamento da 
taxa de matrícula. José pretende cursar ensino técnico 
agropecuário, em instituição que funciona em regime 
de internato, sendo-lhe cobrada taxa de alimentação. 
João ingressou em curso de mestrado, em universida-
de pública, sendo-lhe falado que precisaria pagar algu-
mas mensalidades.
Tendo em conta as situações de cada um dos envolvi-
dos, é certo afirmar que
a. todos precisam pagar os valores que lhes foram 
informados, na medida em que a educação é de-
ver do Estado e responsabilidade de todos, inclu-
sive alunos.
b. nenhum deles deveria pagar os valores exigidos, 
uma vez que o ensino público é gratuito.
c. Apenas Marcos estaria dispensado de pagar a 
taxa de matrícula na universidade em que dese-
ja cursar, devendo José e João pagar os valores 
exigidos.
d. Apenas João precisa pagar os valores devidos, 
sendo Marcos e José dispensados da obrigação 
exigida.
e. Apenas José está dispensado do pagamento.
87. Tendo em vista o texto constitucional e a interpreta-
ção jurisprudencial dada pelo STF aos direitos políticos e 
ao direito de nacionalidade, assinale a alternativa correta.
a. Serão suspensos os direitos políticos de pessoas

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