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ATLS Trauma: Lesão caracterizada por alterações fisiológicas ou estruturais provocada por diversas formas de energia, mecânica, elétrica, térmica, química e irradiação, tira o paciente da homeostase. Cirurgias de pequeno, médio e grande porte também são consideradas traumas, porém traumas programados, aqui vamos falar de traumas acidentais. - Morrem mais de 9 pessoas/min por conta de traumas acidentais - 5,8 mi pessoas/ano: 12% do custo das doenças - Mais de 90% das colisões automobilísticas ocorrem em países em desenvolvimento - Acidentes automob são a maioria - James Styner: Algo está errado com o sistema e este deve ser mudado Ele disse isso pq uma vez sofreu acidente de avião com a família, caíram numa zona rural, o atendimento demorou muito p chegar e quando chegou o hospital não tinha conhecimento suficiente p auxílio devido. Por isso deveria haver a padronização no atendimento do politraumatizado, Princípios do ATLS: 1. Tratar primeiro a maior ameaça à vida: aquilo que mata mais rápido 2. A falta de um dx definitivo nunca deve impedir início de tto 3. Uma história detalhada não é necessária p avaliação de um politrauma P ex: pneumotórax hipertensivo – a suspeita já deve iniciar o tto, não precisa esperar exame de img ATLS: Atendimento inicial dado de forma adequada em tempo hábil pode melhorar o prognóstico dos politraumatizados. Distribuição trimodal das mortes: 1º pico: Seg a min do trauma; p ex ruptura da aorta, coração, tto bem complexo, taxa de morte muito elevada 2º pico: “hora de ouro”, min a horas do trauma; hematoma subdural, epidural, ruptura de baço, fígado, fx pélvica - pct chega instável e as lesões devem ser reconhecidas - pcts mais beneficiados pelo ATLS 3º pico: Dias a semanas do trauma; pctes já receberam atendimento e acabam morrendo num segundo momento, sepse, disfunção múltipla de órgãos. - O ABCDE do trauma tem a ordem de traumas que matam mais rápido. - E: Expor o pct p procurar novas lesões A: VIAS AÉREAS COM CONTROLE DA COLUNA CERVICAL - Assegurar permeabilidade - Deve-se imaginar que todo pct com dificuldade de via área tem uma lesão de cervical até que se prove o contrário - Técnicas de manutenção das VAS: “Chin lift”; “jaw thrust”, o 2º é o mais usado pq geralmente tem colar cervical, se houver lesão não dá p promover a hipertextensão pq pode lesionar medula - Prestar atenção em pcts com nível de consciência alterado - Colocar colar cervical em TODO pct politraumatizado - Trauma supraclavicular OU nível de consciência alterado: Colar cervical sempre - Autorização a retirar o colar: pcts conscientes, após palpação de coluna cervical e não houve dor e após rx de cervical sem lesões – nenhum desses 3 critérios dá 100% de garantia, o ideal é fazer tomografia ou ressonância - Manobras: Aspirar secreções e remover corpos estranhos Elevação do queixo ou tração da mandíbula Cânula oro ou nasofaríngea: Cânula de Guedel – muito usada, ventila bem, só usa em pct com nível de consciência rebaixado, pq o pct com consciência intacta ele protege sua VA automaticamente e intubação promove reflexo de vômito; máscara laríngea (pcts com intubação difícil) IOT ou nasotraq Obtenção de VA cirúrgica B: RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO Sinais de obstrução de VA: Agitação, torpor (hipercapnia), tiragem intercostal, ruídos anormais, palpação traqueal p ver se está centrada. Sinais de ventilação inadequada: Sinais de esforço resp, auscultar e verificar FR, ausência de MV, usar oxímetro (não é pq ta acima de 90% que ta ventilando bem) Via aérea definitiva: Tubo colocado na traqueia com balonete insuflado abaixo das cordas vocais, conectado a uma fonte de O2, sob ventilação assistida e com o tubo fixado. - Indicações: Alteração na VA: Impossibilidade de manter VA adequada – lesão por inalação, fx (fratura) facial, hematomas retrofaríngeos Alteração de ventilação: Impossibilidade de manter oxigenação adequada com ventilação por dispositivo de máscara com válvula e balão e O2 – paralisia neuromm, inconsciência Alteração na função neural: Presença de TCE que demande ventilação assistida, necessidade de proteção de vias aéreas contra aspirações ou convulsões persistentes. Proteger a VA pq a base da língua atrapalha - A mais usada é a IOT na VA definitiva: 3 eixos – oral, faríngeo e traqueal, deve-se promover o alinhamento desses eixos para uma IOT de sucesso - Lâmina curva: Lâmina na valécula - Lâmina reta: Abaixo da epiglote 3- Na preoxigenação usa ambu por 3 min 4- Midazolam (sedativo) e succinilcolina (relaxante muscular) 7- Posição correta do tubo é acima da carina traqueal: P saber se ele está bem posicionado deve ser feita a ausculta pulmonar, detecção de CO2 pelo equipamento que mede CO2 e rx de tórax (sempre verificar) Via aérea cirúrgica: - Indicações: Edema de glote Fratura de laringe Hemorragia copiosa Lesões faciais extensas - Cricotireoidostomia por punção: Não é definitiva, inserção de cateter sobre agulha pela MB cricotireoidea em situação de emergência até que VA def seja realizada; essa técnica oxigena o pct por 30-45 min - Cricotireoidosmia cirúrgica: Incisão na pele até a mb cricotir., usa-se uma pinça hemostática p dilatar a abertura e introduz o tubo endotraqueal n 5 ou 6 C: CIRCULAÇÃO - Hemorragia é a principal causa de óbito no trauma - OBS: O que mata mais rápido são A e B- Avaliar: Nível de consciência: Menor perfusão cerebral Cianose: Se presente pode indicar perda de 30% da volemia PA: Diminuição também indica 30% de perda da volemia Pulso: Taquicardia, filiformes, ausentes Diurese: 50ml/h; PVC (pressão venosa central) - Controlar a hemorragia interrompendo o sangramento - A reanimação volêmica agressiva (reposição) e contínua não substitui o controle definitivo da hemorragia, essa melhora costuma ser TEMPORÁRIA. Reposição volêmica: - SEMPRE com solução aquecida, pq além da perda volêmica o pct também vai estar hipotérmico, então colocar soro sem aquecido pode prejudicar mais o pct - RL ou solução fisiológica 0,9% aquecido Adulto: 1-2L Criança: 20ml/kg - Adm excessiva pode exacerbar coagulopatia, acidose, hipotermia e ativar cascata de inflamação - “Sangue no chão + 4 locais”: Tórax, pelve, abdome e coxas (sempre procurar sangramentos nesses locais) Se o pct perdeu sangue ou está no chão OU nesses outros 4 locais Como avaliar a reposição volêmica? Melhora da PVC e circulação cutânea, débito urinário (0,5ml/kg/h) e outros sinais indicativos de choque como taquicardia, taquipneia, se estiverem presentes indicam reposição inadequada. D: AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA - Avaliar nível de consciência, pupilas, rebaixamento (diminuição de O2, se tem lesão cerebral), dx de exclusão (hipoglicemia, álcool e outras drogas) - Fraturas de base de crânio: Ororreia, rinorreia, sinal de Battle (equimose região mastoidea) e sinal de guaxinim (equimose periorbitária) E: EXPOSIÇÃO - Despir o pct - Cobrir p prevenir hipotermia - Cobertores aquecidos - Fluidos aquecidos - Ambiente aquecido Lesões que ameaçam a vida: - Pneumotórax hipertensivo: Pneumotórax com colabamento do parênquima pulmonar, desvio de mediastino, compressão de vasos centrais, redução de retorno venoso - Pneumotórax aberto: Lesão na caixa torácica que equivale a 2/3 da traqueia, o ar em vez de entrar por cima entra pela lesão, pct não ventila - Tórax instável: Fratura de 2 ou mais arcos costais em espaços diferentes, quando o pct inspira em vez de expandir o tórax colaba Lembrar de SEMPRE depois de despir o pct rodar ele em busca de outras lesões - Hemotórax maciço: Sangramento intenso na cavidade pleural, promove colapso pulmonar - Tamponamento cardíaco: Tríade de Beck – abafamento de bulhas, hipotensão e engurgitamento jugular – tto transitório é fazer punção subxifoidep esvaziar pericárdio Medidas auxiliares ao exame primário: - Sondas urinárias e gástricas - “Tubos e dedos em todos os orifícios” - Monitorização: Oximetria, PA, gasometria, ECG Exame secundário: - Exame dos pés à cabeça - Avaliação de todas as regiões do corpo - Exame mais minucioso com mais tempo, pq as lesões que poderiam comprometer a vida de forma aguda já foram resolvidas - História clínica, exame físico completo (AMPLA) A: Alergia prévia M: Medicação P: Passado médico L: Líquidos e alimentos ingeridos A: Ambiente e eventos relacionados ao trauma - Exame neurológico completo - Avaliação perineal: Contusões, hematomas, lacerações, sangramento uretral - Avaliação retal: Sangramento, tônus do esfíncter, integridade da parede intestinal, posição da próstata - Avaliação vaginal: Presença de sangue, lacerações Medidas auxiliares ao exame secundário: - Rx adicional de coluna - TC - Urografia excretora - Angiografia - Rx de extremidades - Ultrassom - Broncoscopia - Esofagoscopia OBS: Fazer esses exames conforme haja dúvida ou necessidade, não fazer todos Reavaliação: - Reavaliações constantes do pct - Monitorização contínua dos sinais vitais, débito urinário, resposta do doente ao tto
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