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RESUMO COMPLETO DE DIREITO EMPRESARIAL - OAB/ GRADUAÇÃO Autor: Gustavo Henrique Cavalcante Marques Todos os direitos desta edição são reservados ao autor. Esse e-book faz parte do conteúdo de estudo do Curso: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE. Acesso ao curso: https://www.udemy.com/course/operacaopasseinaoab/ Proibida a cópia ou reprodução por qualquer meio, inclusive eletrônico, conforme a lei no 10.695 de 4 de julho de 2003, sem a prévia autorização do autor. https://www.passeidireto.com/arquivo/93964497 https://www.passeidireto.com/arquivo/93964497 OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO DIREITO EMPRESARIAL Área do Direito privado que versa sobre relações empresariais, comerciais e de natureza econômica. Leis que regulamentam o Direito Empresarial: Código Civil; Decreto 57.663/66 (Letra de Câmbio e notas promissórias); Lei 7.357/85 (Lei cheque); da Lei 11.101/05 (Recuperação Judicial e Falência); Lei 9.279/96 (Propriedade Industrial); Código Comercial 1850; Outros. SUJEITOS DE DIREITO TODA PESSOA É SUJEITO DE DIREITOS MAS NEM TODOS OS SUJEITOS DE DIREITO SÃO PESSOAS. ≠ OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO São sujeitos de direito: Pessoa natural (física) Pessoa jurídica personificada Pessoa jurídica não personificada (sociedades de fato, massa falida, espólio, condomínio edilício) Obs. Espólio = Conjunto de bens que integra o patrimônio deixado pelo de Cujus (falecido) Pessoas jurídicas de direito privado: - Associações: Formadas pela união de indivíduos com o propósito de realizarem fins não econômicos. A assembleia geral é o órgão máximo das associações. - Sociedades: Sociedades simples ou empresárias, de capital (comandita por ações e sociedade anônima) ou de pessoas (demais tipos societários) que exercem atividade econômica visando o lucro. - Fundações: São entidades resultantes de uma afetação patrimonial, por testamento ou escritura pública. Para a criação de uma fundação, há uma série ordenada de etapas que devem ser observadas, a saber: afetação de bens livres por meio do ato de dotação patrimonial; instituição por escritura pública ou testamento; OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO elaboração dos estatutos e aprovação dos estatutos; e realização do registro civil. - Partidos Políticos: Possuem liberdade de criação, tendo autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer normas de fidelidade e disciplina partidária. - Organizações religiosas: Se assemelham às associações. Porém, o § 1º do art. 44 do CC, garante-lhes liberdade de criação, organização, estruturação interna, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos. DA FIGURA DO EMPRESÁRIO Considera-se empresário quem: - Exerce profissionalmente atividade econômica organizada para produzir, circular, comercializar, bens ou serviços; - É inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis; - Os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos; ATENÇÃO: Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. (Artigo 966 CC). O incapaz (menor de idade ou que posteriormente se tornou incapaz) é impedido de iniciar atividade empresarial, contudo pode continuar, desde que devidamente assistidos ou representados, com autorização judicial (Artigo 974, CC). Ver também: Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. DOS IMPEDIDOS DE SEREM EMPRESÁRIO - Servidores Públicos civis federais, estaduais e municipais; A fim garantir total comprometimento dos servidores, devido a importância de seus cargos, estes são vedados de acumularem outros cargos ou funções e, inclusive, de exercerem atividade empresarial, salvo nos casos previstos em lei. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO A lei nº 8.112 de Dezembro de 1990 (dispõe sobre os servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais) Art. 117. Ao servidor é proibido: X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses. - Agentes políticos eletivos e comissionados; O Presidente da República, Governadores, Ministros, Prefeitos e os que ocupam cargos comissionados são totalmente impedidos de exercer atividade empresarial. Os Senadores, Deputados Federais, Deputados Distritais e Estaduais e Vereadores, podem exercer atividade empresarial, OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO desde que a empresa não tenha contrato com pessoa jurídica de Direito Público, conforme Artigo 54, II, a da Constituição Federal. - Falidos não reabilitados; - Os militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias Militares; Art. 35. Ao militar da ativa, ressalvado o disposto nos parágrafos 2º e 3º deste artigo, é vedado exercer atividades remuneradas em organizações ou empresas privadas de qualquer natureza. § 1º Os militares da reserva, quando convocados, ficam proibidos de tratar nos corpos, repartições públicas civis ou militares, e em qualquer estabelecimento militar, interesses da indústria ou comércio, a que estiverem associados. § 2º Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o disposto no presente artigo. § 3º Aos militares cujo ingresso nas Forças Armadas se faz, após formação técnico-profissional externa, mediante concurso, no intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido o exercício em caráter particular de atividades técnico- profissionais remuneradas, no meio civil, desde que não haja prejuízo para o serviço. (Decreto-Lei n.º 1.029/69, art. 35) - Os Penalmente proibidos; OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios. § 1o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem osefeitos da condenação. (Código Civil) - Os Magistrados; Art. 36 - É vedado ao magistrado: I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista; II - exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, e sem remuneração; (Lei Complementar n.35, de 4 de março de 1978 – Lei Orgânica da Magistratura Nacional) - Os membros do Ministério Público; - Os médicos; OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Os médicos que exercerem a profissão com interação ou dependência de farmácia, laboratório farmacêutico, ótica ou qualquer organização destinada à fabricação, manipulação ou comercialização de produtos de prescrição médica de qualquer natureza, exceto quando se tratar de exercício da medicina do trabalho, bem como fica impedido o médico de exercer simultaneamente a Medicina e a Farmácia, bem como obter vantagem pela comercialização de medicamentos, órteses ou próteses, cuja compra decorra de influência direta em virtude da sua atividade profissional. (Código de ética Médico); - Os Leiloeiros; - Os devedores do INSS; - Os incapazes, nas condições já expostas; EMPRESÁRIO INDIVIDUAL Até 2011 só existia a figura do Micro Empresário Individual - MEI para a empresa não societárias. Nessa hipótese, o patrimônio do Empresário é confundido com o patrimônio da empresa e assim este tem responsabilidade ilimitada perante terceiros. A partir do ano de 2011 surgiu a figura do Empresário Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. § 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. § 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade § 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. § 4º ( VETADO). § 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO § 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. (Código Civil) DAS SOCIEDADES Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais. Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera- se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. TIPOS SOCIETÁRIOS Sobre as sociedades temos as personalizadas e as não personalizadas. Personalizadas - São aquelas registradas, dotadas de personalidade jurídica: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO - Na Junta Comercial: sociedade empresária. - No Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas: sociedade simples (não empresária). - Na OAB: para as sociedades de advogados. Não personalizadas: Não possui personalidade jurídica, uma vez que não possui registro. São sociedades comuns, de fato ou irregulares cujos sócios respondem ilimitada e solidariamente. DAS SOCIEDADES NÃO PERSONALIZADAS Sociedade comum/de fato/ irregular (Artigos 986 / 990 CC) Os sócios respondem ilimitada e solidariamente. São sociedades sem personalidade jurídica e sem registro. Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se- á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples. Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo. Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer. Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade. Sociedade em conta de participação (artigos 991 a 995 do CC) Não há personalidade jurídica na sociedade em conta de participação, podendo ser registrada ou não. Nesse tipo societário há a figura do sócio ostensivo (o que exerce a atividade empresarial, em seu nome individual, responsável perante terceiros) e o sócio oculto/participante (o que não aparece perante terceiros, investidor, este sócio só responde perante o sócio ostensivo. Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade. Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier. Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais. § 1o A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios. § 2o A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário. § 3o Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido. Art. 995. Salvo estipulação emcontrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual. Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas serão prestadas e julgadas no mesmo processo. DAS SOCIEDADES PERSONALIZADAS Sociedade em nome coletivo (artigos 1039 / 1.044 CC) Possui personalidade jurídica. A sociedade em nome coletivo pode ser simples ou empresária, dependendo da atividade que exercer. Nesse tipo societário os sócios são necessariamente pessoas físicas que respondem ilimitada e solidariamente perante terceiros. Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um. Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Capítulo e, no que seja omisso, pelas do Capítulo antecedente. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma social. Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes. Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor. Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando: I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente; II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor, levantada no prazo de noventa dias, contado da publicação do ato dilatório. Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033 e, se empresária, também pela declaração da falência. Sociedade comandita simples (art. 1045/ 1.051 do CC) Pode ser uma sociedade empresária ou simples dependendo da atividade que exercer. Nesse tipo societário, há duas categorias de sócios: O Sócio comanditado: Somente pessoa física, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO O Sócio comanditário: Pode ser pessoa física ou jurídica. Obrigado somente pelo valor de sua quota. Sociedade limitada (Artigos 1.052 /1.087 CC) Sociedade em que os sócios respondem limitadamente ao capital social da empresa. Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples. Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima. Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio. § 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade. § 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 1.056. A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência, caso em que se observará o disposto no artigo seguinte. § 1o No caso de condomínio de quota, os direitos a ela inerentes somente podem ser exercidos pelo condômino representante, ou pelo inventariante do espólio de sócio falecido. § 2o Sem prejuízo do disposto no art. 1.052, os condôminos de quota indivisa respondem solidariamente pelas prestações necessárias à sua integralização. Sociedade anônima (Artigos 1.088 e 1.089 do CC e Lei 6.404/1976) Trata-se de uma sociedade empresária, de capital e não de pessoas, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. Art. 1.089. A sociedade anônima rege-se por lei especial, aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as disposições deste Código. Sociedade em Comandita por Ações (Artigo 1.090/ 1.092 CC e Lei 6.404/1976) OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste Capítulo, e opera sob firma ou denominação. Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade. § 1o Se houver mais de um diretor, serão solidariamente responsáveis, depois de esgotados os bens sociais. § 2o Os diretores serão nomeados no ato constitutivo da sociedade, sem limitação de tempo, e somente poderão ser destituídos por deliberação de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social. § 3o O diretor destituído ou exonerado continua, durante dois anos, responsável pelas obrigações sociais contraídas sob sua administração. Art. 1.092. A assembléia geral não pode, sem o consentimento dos diretores, mudar o objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de duração, aumentar ou diminuir o capital social, criar debêntures, ou partes beneficiárias. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Sociedade Cooperativa (Artigos 1.093/ 1.096 CC e Lei 5.764/1971) Art. 3° Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características: I - adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo impossibilidade técnica de prestação de serviços; II - variabilidade do capital social representado por quotas- partes; III - limitação do número de quotas-partes do capital para cada associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade, se assim for mais adequado para o cumprimento dos objetivos sociais; IV - incessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhos à sociedade; V - singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas, com exceção das que OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da proporcionalidade; VI - quorum para o funcionamento e deliberação da Assembléia Geral baseado no número de associados e não no capital; VII - retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às operações realizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da Assembléia Geral;VIII - indivisibilidade dos fundos de Reserva e de Assistência Técnica Educacional e Social; IX - neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social; X - prestação de assistência aos associados, e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa; XI - área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de serviços. (Lei 5.764/1971) Sociedades CoLigadas (Artigos 1.097 / 1.101 CC) Art. 1.097. Consideram-se coligadas as sociedades que, em suas relações de capital, são controladas, filiadas, ou de simples participação, na forma dos artigos seguintes. Art. 1.098. É controlada: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO I - a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembléia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores; II - a sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente, esteja em poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas. Art. 1.099. Diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo capital outra sociedade participa com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem controlá-la. Art. 1.100. É de simples participação a sociedade de cujo capital outra sociedade possua menos de dez por cento do capital com direito de voto. Art. 1.101. Salvo disposição especial de lei, a sociedade não pode participar de outra, que seja sua sócia, por montante superior, segundo o balanço, ao das próprias reservas, excluída a reserva legal. Parágrafo único. Aprovado o balanço em que se verifique ter sido excedido esse limite, a sociedade não poderá exercer o direito de voto correspondente às ações ou quotas em excesso, as quais devem ser alienadas nos cento e oitenta dias seguintes àquela aprovação. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Ocorre a desconsideração da personalidade jurídica por determinação judicial nos casos em que há desvio de finalidade, abusos dos sócios ou de confusão patrimonial. Art. 50 : Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. (Código Civil) Em matéria de Direito ambiental ou Direito do Consumidor, basta a existência de obstáculo ao pagamento da dívida para a aplicação da desconsideração. NOME EMPRESARIAL (ARTIGOS 1.155 / 1.168 CC) Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa. Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura. Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo. Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura. § 1o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social. § 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios. § 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade. Art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo "cooperativa". OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente. Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa. Art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma, adotar denominação designativa do objeto social, aditada da expressão "comandita por ações". Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação. Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar designação que o distinga. Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação. Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor. Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma social. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial. Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato. Art. 1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de qualquer interessado, quando cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da sociedade que o inscreveu. DO ESTABELECIMENTO Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. (Artigo 1.142 CC) Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. . (Artigo 1.143 CC) O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. . (Artigo 1.144 CC) PROPRIEDADE INTELECTUAL Visa a proteção de produtos e/ou processos do conhecimento, sejam estes tangíveis ou intangíveis. Direito Autoral (Lei 9610/1998): Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesmanatureza; III - as obras dramáticas e dramático-musicais; IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma; V - as composições musicais, tenham ou não letra; VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas; OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia; VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética; IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza; X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência; XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova; XII - os programas de computador; XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual. § 1º Os programas de computador são objeto de legislação específica, observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis. § 2º A proteção concedida no inciso XIII não abarca os dados ou materiais em si mesmos e se entende sem prejuízo de quaisquer direitos autorais que subsistam a respeito dos dados ou materiais contidos nas obras. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO § 3º No domínio das ciências, a proteção recairá sobre a forma literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou técnico, sem prejuízo dos direitos que protegem os demais campos da propriedade imaterial. Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de que trata esta Lei: I - as idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemáticos como tais; II - os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios; III - os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de informação, científica ou não, e suas instruções; IV - os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais; V - as informações de uso comum tais como calendários, agendas, cadastros ou legendas; VI - os nomes e títulos isolados; VII - o aproveitamento industrial ou comercial das idéias contidas nas obras. Art. 11. Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica. Parágrafo único. A proteção concedida ao autor poderá aplicar- se às pessoas jurídicas nos casos previstos nesta Lei. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Art. 12. Para se identificar como autor, poderá o criador da obra literária, artística ou científica usar de seu nome civil, completo ou abreviado até por suas iniciais, de pseudônimo ou qualquer outro sinal convencional. Art. 13. Considera-se autor da obra intelectual, não havendo prova em contrário, aquele que, por uma das modalidades de identificação referidas no artigo anterior, tiver, em conformidade com o uso, indicada ou anunciada essa qualidade na sua utilização. Art. 14. É titular de direitos de autor quem adapta, traduz, arranja ou orquestra obra caída no domínio público, não podendo opor-se a outra adaptação, arranjo, orquestração ou tradução, salvo se for cópia da sua. Art. 15. A co-autoria da obra é atribuída àqueles em cujo nome, pseudônimo ou sinal convencional for utilizada. Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro. Propriedade Industrial (Lei 9279/1996) Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se mediante: I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; II - concessão de registro de desenho industrial; OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO III - concessão de registro de marca; IV - repressão às falsas indicações geográficas; e V - repressão à concorrência desleal. TÍTULOS DE CRÉDITO Título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido e que somente produz efeito quando preencher os requisitos da lei. CARACTERÍSTICAS: - Cartularidade: Necessidade do documentos escritos e em original, não admite cópia autenticada. - Literalidade: Apenas o que constar expressamente escrito no título produz efeito jurídico - Abstração: O título não está desvinculado ao negócio jurídico que lhe deu causa, é autônomo. O vício no negócio jurídico não afeta o título, salvo má-fé dos credores. CLASSIFICAÇÃO: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO Quanto ao modelo: Há modelos livres em que a Lei não estabelece um formato exato e, há modelos vinculados em que a Lei estabelece formato como é o caso do cheque, por exemplo. Quanto à estrutura: - Ordem de Pagamento aqui representada pelo cheque, letra de Câmbio e duplicata mercantil. Promessa de Pagamento representada pela Nota Promissória que é um Título de Crédito emitido pelo devedor, sob a forma de promessa de pagamento, a determinada pessoa (beneficiário ou favorecido), de certa quantia em certa data. Quanto às hipóteses de emissão: - Causal como a própria palavra sugere, para sua emissão e circulação é indispensável que esteja vinculado a uma determinada ocorrência prévia, ou seja, uma causa prevista na legislação específica. - Não-causal ou abstrato representando títulos de créditos cuja existência não está vinculada a nenhum fato posterior ou anterior. São exemplos de títulos de créditos abstratos, o cheque e a Nota Promissória os quais podem ser emitidos para representar quaisquer obrigações, não dependendo da causa que os originou. Quanto à circulação: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO - Ao portador que são os títulos de crédito no qual não consta nenhuma identificação do seu credor, sendo, portanto, transmissíveis por mera tradição ou entrega do título, não sendo necessário o Endosso para sua transferência, podendo de forma prática ser transferidos, indeterminadamente, considerado o seu prazo prescricional. - Nominativo que são os títulos que identificam o seu credor. Sendo nominativo, pode ser “ à ordem” ou “não à ordem”. TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE Cheque: É uma ordem de pagamento à vista, sacada em favor do próprio emitente ou em favor de terceiros. O prazo de apresentação do cheque é de 30 dias caso a emissão do cheque tenha ocorrido na praça de pagamento. Entretanto, se a emissão ocorreu em outra praça, o prazo é de 60 dias. Sujeitos do cheque: - Sacador (emitente): é a pessoa que emite (saca) o cheque. - Sacado (banco): é o banco que recebe o cheque tendo o dever de pagá-lo com base nos fundos à disposição do sacador. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO - Beneficiário (tomador): é a pessoa em cujo benefício o cheque é emitido. O tomador pode ser terceiro ou o próprio sacador. Nota Promissória: Como o nome mesmo sugere, é uma promessa de pagamento, constituindo compromisso escrito e solene pelo qual alguém se obriga a pagar a outrem certa soma em dinheiro. Aplicam-se à nota promissória os dispositivos relativos à letra de câmbio, com exceção daqueles que se referem ao aceite e a duplicidade. Ademais, a nota promissória é título literal e abstrato. Importa frisar que a nota promissória é diferente da letra de câmbio, fundamentalmente, no seguinte aspecto:a nota promissória é promessa de pagamento, enquanto a letra de câmbio é ordem de pagamento. Sujeitos: - Emitente (OU AINDA SACADOR, SUBSCRITOR OU PROMITENTE): é a pessoa que emite a nota promissória, na qualidade de devedor do título. - Beneficiário (CREDOR OU TOMADOR): é a pessoa que se beneficia da nota promissória, na qualidade de credor do título. Letra de Câmbio: Ordem de pagamento à vista ou a prazo e é criada através do ato chamado de saque. O sacador dirige-se ao sacado com o objetivo de que este pague a importância nela consignada a um terceiro chamado tomador. Sujeitos: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO - Sacador (emitente): quem faz o saque, quando da criação da letra de câmbio. É quem dá a ordem de pagamento. - Sacado (pessoa a quem a ordem de pagamento é dirigida): quem deve efetuar o pagamento - Beneficiário: ou tomador, é quem receberá o pagamento. Duplicata: A duplicata é o título de crédito emitido com fundamento em obrigação proveniente de compra e venda comercial ou prestação de serviços. Sujeitos: - Sacador: o vendedor da mercadoria, ou o prestador do serviço. - Sacado: o comprador. FALÊNCIA (Lei 11.101/2005) Para a decretação da falência a empresa deve se encontrar em situação de crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial. Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial. § 1o Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I do caput deste artigo. § 2o Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os créditos que nela não se possam reclamar. § 3o Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9o desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislação específica. § 4o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução. § 5o Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, o pedido de falência descreverá os fatos que a caracterizam, juntando-se as provas que houver e especificando-se as que serão produzidas. (Lei 11.101/05) A falência pode ser requerida: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO - pelo próprio devedor (Autofalência - artigos 105/ 107 Lei 11.101/05) - pelo cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; – pelo cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade; - por qualquer credor. RECUPERAÇÃO JUDICIAL A recuperação judicial objetiva viabilizar a recuperação da empresa que está em situação de crise econômico-financeira, e assim permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores. O Artigo 48 da Lei 11.101/05 estabelece os seguintes requisitos para requerer a recuperação: - Deve ser realizada pela empresa; - Deve exercer atividade há mais de dois anos; – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial; - Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. A lei também prevê formas em que a empresa conseguirá a Recuperação: Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros: I – concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas; II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de quotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente; III – alteração do controle societário; IV – substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos administrativos; OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO V – concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar; VI – aumento de capital social; VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados; VIII – redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva; IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro; X – constituição de sociedade de credores; XI – venda parcial dos bens; XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica; XIII – usufruto da empresa; XIV – administração compartilhada; XV – emissão de valores mobiliários; XVI – constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor. OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO A Lei prevê também um plano de Recuperação Judicial especial para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte possibilitando o parcelamento da dívida com os credores quirografários em até 36 meses, sendo a primeira em 180 dias, com juros de 12% ao ano. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL A empresa que preencher os mesmos requisitos da Recuperação Judicial poderápropor e negociar com seus credores o seu plano de recuperação extrajudicial, administrativamente, não podendo abranger créditos tributários, trabalhistas, fiduciários adiantamento de contrato de câmbio. ARTIGOS PARA LER Artigo 1150 do CC, artigo 44 do CC, artigo 18A da Lei Complementar 123/2006, artigo 968 do CC, Artigo 1166 do CC, artigo 32 da Lei 8934/94, artigos 1190 e 1191 do CC, Artigos 1142/1148 do CC, Artigo 980A do CC e artigo 50 do CC, Artigos 8/18 da Lei 9.279/96, artigo 68/71 da Lei 9.279/96, artigos 122/126 da Lei 9.279/96, Artigo 982 parágrafo único do CC, artigo 1150 e 998 do CC, artigos 986/990 do CC, artigos 991/996 do CC, artigo 1031 do CC, artigos 1052/1087 do CC, artigo 1055 §1º do CC, artigo 1055 §1º do CC, artigo 1052 do CC, artigo 50 do CC, artigo 1058 e artigo 1004 do CC, 1060/seguintes do CC e 1010/1018 do CC, Artigo 17 do Decreto 57.663/66, artigos 11 a 20 do Decreto OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO 57.663/66, artigo 294 e 296 do CC artigos 30 a 32 do Decreto 57.663/66, artigo 202 inciso III do CC, artigos 75 e 76 do Decreto 57.663/66, artigo 32 da Lei 7.357/85, artigo 59 da Lei 7.357/85, Artigo 1º da Lei 11.101/05, artigo 2º da Lei 11.101/05, artigo 94 incisos I, II e III da Lei 11.101/05, artigo 97 da Lei 11.101/05, artigo 99 da Lei 11.101/05, artigo 105 da Lei 11.101/05, artigo 986 do CC, artigo 3º da Lei 11.101/05, artigo 21 da Lei 11.101/05, artigo 26 da Lei 11.101/05, artigo 35 da Lei 11.101/05, artigo 82 da Lei 11.101/05, artigo 76 da Lei 11.101/05, artigo 84 inciso I da Lei 11.101/05.
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