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RESUMO COMPLETO DE DIREITO EMPRESARIAL - OAB/ GRADUAÇÃO

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RESUMO COMPLETO DE DIREITO EMPRESARIAL - OAB/
GRADUAÇÃO 
Autor: Gustavo Henrique Cavalcante Marques
Todos os direitos desta edição são reservados ao autor.
Esse e-book faz parte do conteúdo de estudo do Curso: OPERAÇÃO PASSEI NA OAB –
1ª FASE. Acesso ao curso: https://www.udemy.com/course/operacaopasseinaoab/
Proibida a cópia ou reprodução por qualquer meio, inclusive eletrônico, conforme a lei
no 10.695 de 4 de julho de 2003, sem a prévia autorização do autor.
https://www.passeidireto.com/arquivo/93964497
https://www.passeidireto.com/arquivo/93964497
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
DIREITO EMPRESARIAL
Área do Direito privado que versa sobre relações empresariais,
comerciais e de natureza econômica. 
Leis que regulamentam o Direito Empresarial:
Código Civil;
Decreto 57.663/66 (Letra de Câmbio e notas promissórias);
Lei 7.357/85 (Lei cheque);
da Lei 11.101/05 (Recuperação Judicial e Falência);
Lei 9.279/96 (Propriedade Industrial);
Código Comercial 1850;
Outros.
SUJEITOS DE DIREITO 
TODA PESSOA É SUJEITO DE DIREITOS MAS NEM TODOS OS
SUJEITOS DE DIREITO SÃO PESSOAS.
 ≠ 
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
São sujeitos de direito:
Pessoa natural (física) 
Pessoa jurídica personificada 
Pessoa jurídica não personificada (sociedades de fato, massa
falida, espólio, condomínio edilício)
Obs. Espólio = Conjunto de bens que integra o patrimônio
deixado pelo de Cujus (falecido)
Pessoas jurídicas de direito privado:
- Associações: Formadas pela união de indivíduos com o propósito
de realizarem fins não econômicos. A assembleia geral é o órgão
máximo das associações. 
- Sociedades: Sociedades simples ou empresárias, de capital
(comandita por ações e sociedade anônima) ou de pessoas (demais
tipos societários) que exercem atividade econômica visando o lucro.
- Fundações: São entidades resultantes de uma afetação
patrimonial, por testamento ou escritura pública. Para a criação de
uma fundação, há uma série ordenada de etapas que devem ser
observadas, a saber: afetação de bens livres por meio do ato de
dotação patrimonial; instituição por escritura pública ou testamento;
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
elaboração dos estatutos e aprovação dos estatutos; e realização
do registro civil. 
- Partidos Políticos: Possuem liberdade de criação, tendo
autonomia para definir sua estrutura interna, organização e
funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer normas de
fidelidade e disciplina partidária. 
- Organizações religiosas: Se assemelham às associações.
Porém, o § 1º do art. 44 do CC, garante-lhes liberdade de criação,
organização, estruturação interna, sendo vedado ao poder público
negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos.
DA FIGURA DO EMPRESÁRIO
Considera-se empresário quem:
- Exerce profissionalmente atividade econômica organizada para
produzir, circular, comercializar, bens ou serviços;
- É inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis;
- Os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem
legalmente impedidos;
ATENÇÃO: Não se considera empresário quem exerce profissão
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da
profissão constituir elemento de empresa. (Artigo 966 CC).
O incapaz (menor de idade ou que posteriormente se tornou
incapaz) é impedido de iniciar atividade empresarial, contudo pode
continuar, desde que devidamente assistidos ou representados,
com autorização judicial (Artigo 974, CC).
Ver também:
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si
ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da
comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de
outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os
imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de
ônus real.
DOS IMPEDIDOS DE SEREM EMPRESÁRIO
- Servidores Públicos civis federais, estaduais e municipais;
A fim garantir total comprometimento dos servidores, devido a
importância de seus cargos, estes são vedados de acumularem
outros cargos ou funções e, inclusive, de exercerem atividade
empresarial, salvo nos casos previstos em lei. 
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
A lei nº 8.112 de Dezembro de 1990 (dispõe sobre os servidores
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas
federais)
 Art. 117. Ao servidor é proibido:
 X - participar de gerência ou administração de sociedade
privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio,
exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste
artigo não se aplica nos seguintes casos:
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou
indiretamente, participação no capital social ou em sociedade
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e 
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma
do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de
interesses.
- Agentes políticos eletivos e comissionados;
O Presidente da República, Governadores, Ministros, Prefeitos e os
que ocupam cargos comissionados são totalmente impedidos de
exercer atividade empresarial.
Os Senadores, Deputados Federais, Deputados Distritais e
Estaduais e Vereadores, podem exercer atividade empresarial,
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
desde que a empresa não tenha contrato com pessoa jurídica de
Direito Público, conforme Artigo 54, II, a da Constituição Federal. 
- Falidos não reabilitados;
- Os militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias
Militares; 
Art. 35. Ao militar da ativa, ressalvado o disposto nos
parágrafos 2º e 3º deste artigo, é vedado exercer atividades
remuneradas em organizações ou empresas privadas de qualquer
natureza. 
§ 1º Os militares da reserva, quando convocados, ficam
proibidos de tratar nos corpos, repartições públicas civis ou
militares, e em qualquer estabelecimento militar, interesses da
indústria ou comércio, a que estiverem associados. 
§ 2º Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a
gestão de seus bens, desde que não infrinjam o disposto no
presente artigo. § 3º Aos militares cujo ingresso nas Forças
Armadas se faz, após formação técnico-profissional externa,
mediante concurso, no intuito de desenvolver a prática profissional,
é permitido o exercício em caráter particular de atividades técnico-
profissionais remuneradas, no meio civil, desde que não haja
prejuízo para o serviço. (Decreto-Lei n.º 1.029/69, art. 35)
 - Os Penalmente proibidos;
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no
exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem
ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios
negócios.
§ 1o Não podem ser administradores, além das pessoas
impedidas por lei especial, os condenados a pena que vede, ainda
que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime
falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato;
ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional,
contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de
consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem osefeitos da condenação. (Código Civil)
- Os Magistrados;
Art. 36 - É vedado ao magistrado:
I - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial,
inclusive de economia mista, exceto como acionista ou quotista; 
II - exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil,
associação ou fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo
de associação de classe, e sem remuneração; (Lei Complementar
n.35, de 4 de março de 1978 – Lei Orgânica da Magistratura
Nacional)
- Os membros do Ministério Público;
- Os médicos;
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Os médicos que exercerem a profissão com interação ou
dependência de farmácia, laboratório farmacêutico, ótica ou
qualquer organização destinada à fabricação, manipulação ou
comercialização de produtos de prescrição médica de qualquer
natureza, exceto quando se tratar de exercício da medicina do
trabalho, bem como fica impedido o médico de exercer
simultaneamente a Medicina e a Farmácia, bem como obter
vantagem pela comercialização de medicamentos, órteses ou
próteses, cuja compra decorra de influência direta em virtude da
sua atividade profissional. (Código de ética Médico);
- Os Leiloeiros;
- Os devedores do INSS;
- Os incapazes, nas condições já expostas;
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
Até 2011 só existia a figura do Micro Empresário Individual - MEI
para a empresa não societárias. 
Nessa hipótese, o patrimônio do Empresário é confundido com o
patrimônio da empresa e assim este tem responsabilidade ilimitada
perante terceiros. 
A partir do ano de 2011 surgiu a figura do Empresário Individual de
Responsabilidade Limitada – EIRELI. 
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada
será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do
capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a
100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da
expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da
empresa individual de responsabilidade limitada. 
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de
responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única
empresa dessa modalidade
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também
poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade
societária num único sócio, independentemente das razões que
motivaram tal concentração.
§ 4º ( VETADO).
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de
responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços
de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de
direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz
de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à
atividade profissional.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade
limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades
limitadas. (Código Civil)
DAS SOCIEDADES
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que
reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para
o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos
resultados.
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de
um ou mais negócios determinados.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se
empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade
própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as
demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-
se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa.
TIPOS SOCIETÁRIOS
Sobre as sociedades temos as personalizadas e as não
personalizadas. 
Personalizadas - São aquelas registradas, dotadas de
personalidade jurídica:
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DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
- Na Junta Comercial: sociedade empresária. 
- No Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas: sociedade
simples (não empresária).
- Na OAB: para as sociedades de advogados. 
Não personalizadas: Não possui personalidade jurídica, uma vez
que não possui registro. São sociedades comuns, de fato ou
irregulares cujos sócios respondem ilimitada e solidariamente. 
DAS SOCIEDADES NÃO PERSONALIZADAS
Sociedade comum/de fato/ irregular (Artigos 986 / 990 CC)
Os sócios respondem ilimitada e solidariamente. São sociedades
sem personalidade jurídica e sem registro. 
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-
á a sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto
neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele
forem compatíveis, as normas da sociedade simples.
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros,
somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas
os terceiros podem prová-la de qualquer modo.
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio
especial, do qual os sócios são titulares em comum.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão
praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo
de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o
conheça ou deva conhecer.
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente
pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto
no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.
Sociedade em conta de participação (artigos 991 a 995 do CC)
Não há personalidade jurídica na sociedade em conta de
participação, podendo ser registrada ou não. 
Nesse tipo societário há a figura do sócio ostensivo (o que exerce
a atividade empresarial, em seu nome individual, responsável
perante terceiros) e o sócio oculto/participante (o que não aparece
perante terceiros, investidor, este sócio só responde perante o sócio
ostensivo. 
Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade
constitutiva do objeto social é exercida unicamente pelo sócio
ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva
responsabilidade, participando os demais dos resultados
correspondentes.
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o
sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio
participante, nos termos do contrato social.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação
independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os
meios de direito.
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os
sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer
registro não confere personalidade jurídica à sociedade.
Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão
dos negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas
relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder
solidariamente com este pelas obrigações em que intervier.
Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a
do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de
participação relativa aos negócios sociais.
§ 1o A especialização patrimonial somente produz efeitos em
relação aos sócios.
§ 2o A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da
sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá
crédito quirografário.
§ 3o Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às
normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais
do falido.
Art. 995. Salvo estipulação emcontrário, o sócio ostensivo não
pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação,
subsidiariamente e no que com ela for compatível, o disposto para a
sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas
relativas à prestação de contas, na forma da lei processual.
Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as
respectivas contas serão prestadas e julgadas no mesmo processo.
DAS SOCIEDADES PERSONALIZADAS
Sociedade em nome coletivo (artigos 1039 / 1.044 CC)
Possui personalidade jurídica. A sociedade em nome coletivo pode
ser simples ou empresária, dependendo da atividade que exercer.
Nesse tipo societário os sócios são necessariamente pessoas
físicas que respondem ilimitada e solidariamente perante terceiros.
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na
sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios,
solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.
Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante
terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime
convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.
Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas
normas deste Capítulo e, no que seja omisso, pelas do Capítulo
antecedente.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações
referidas no art. 997, a firma social.
Art. 1.042. A administração da sociedade compete
exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, nos limites do
contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes.
Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de
dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do
devedor.
Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando:
I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente;
II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida
judicialmente oposição do credor, levantada no prazo de noventa
dias, contado da publicação do ato dilatório.
Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por
qualquer das causas enumeradas no art. 1.033 e, se empresária,
também pela declaração da falência.
Sociedade comandita simples (art. 1045/ 1.051 do CC) 
Pode ser uma sociedade empresária ou simples dependendo da
atividade que exercer. 
Nesse tipo societário, há duas categorias de sócios:
O Sócio comanditado: Somente pessoa física, responsáveis
solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais;
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
O Sócio comanditário: Pode ser pessoa física ou jurídica. Obrigado
somente pelo valor de sua quota.
Sociedade limitada (Artigos 1.052 /1.087 CC)
Sociedade em que os sócios respondem limitadamente ao capital
social da empresa. 
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada
sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem
solidariamente pela integralização do capital social.
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste
Capítulo, pelas normas da sociedade simples.
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência
supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade
anônima.
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou
desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social
respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco
anos da data do registro da sociedade.
§ 2o É vedada contribuição que consista em prestação de
serviços.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Art. 1.056. A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo
para efeito de transferência, caso em que se observará o disposto
no artigo seguinte.
§ 1o No caso de condomínio de quota, os direitos a ela
inerentes somente podem ser exercidos pelo condômino
representante, ou pelo inventariante do espólio de sócio falecido.
§ 2o Sem prejuízo do disposto no art. 1.052, os condôminos de
quota indivisa respondem solidariamente pelas prestações
necessárias à sua integralização.
Sociedade anônima (Artigos 1.088 e 1.089 do CC e Lei
6.404/1976)
Trata-se de uma sociedade empresária, de capital e não de
pessoas, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço
de emissão das ações que subscrever ou adquirir.
 
Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital
divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente
pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir.
Art. 1.089. A sociedade anônima rege-se por lei especial,
aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as disposições deste Código. 
Sociedade em Comandita por Ações (Artigo 1.090/ 1.092 CC e
Lei 6.404/1976)
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital
dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade
anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste Capítulo,
e opera sob firma ou denominação.
Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar
a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente
pelas obrigações da sociedade.
§ 1o Se houver mais de um diretor, serão solidariamente
responsáveis, depois de esgotados os bens sociais.
§ 2o Os diretores serão nomeados no ato constitutivo da
sociedade, sem limitação de tempo, e somente poderão ser
destituídos por deliberação de acionistas que representem no
mínimo dois terços do capital social.
§ 3o O diretor destituído ou exonerado continua, durante dois
anos, responsável pelas obrigações sociais contraídas sob sua
administração.
Art. 1.092. A assembléia geral não pode, sem o consentimento
dos diretores, mudar o objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe
o prazo de duração, aumentar ou diminuir o capital social, criar
debêntures, ou partes beneficiárias.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Sociedade Cooperativa (Artigos 1.093/ 1.096 CC e Lei
5.764/1971)
Art. 3° Celebram contrato de sociedade cooperativa as
pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou
serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito
comum, sem objetivo de lucro.
Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com
forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a
falência, constituídas para prestar serviços aos associados,
distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes
características:
 I - adesão voluntária, com número ilimitado de associados,
salvo impossibilidade técnica de prestação de serviços;
 II - variabilidade do capital social representado por quotas-
partes;
 III - limitação do número de quotas-partes do capital para
cada associado, facultado, porém, o estabelecimento de critérios de
proporcionalidade, se assim for mais adequado para o cumprimento
dos objetivos sociais;
 IV - incessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros,
estranhos à sociedade;
 V - singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais,
federações e confederações de cooperativas, com exceção das que
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
exerçam atividade de crédito, optar pelo critério da
proporcionalidade;
 VI - quorum para o funcionamento e deliberação da
Assembléia Geral baseado no número de associados e não no
capital;
 VII - retorno das sobras líquidas do exercício,
proporcionalmente às operações realizadas pelo associado, salvo
deliberação em contrário da Assembléia Geral;VIII - indivisibilidade dos fundos de Reserva e de Assistência
Técnica Educacional e Social;
 IX - neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e
social;
 X - prestação de assistência aos associados, e, quando
previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa;
 XI - área de admissão de associados limitada às
possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de
serviços. (Lei 5.764/1971)
Sociedades CoLigadas (Artigos 1.097 / 1.101 CC)
Art. 1.097. Consideram-se coligadas as sociedades que, em
suas relações de capital, são controladas, filiadas, ou de simples
participação, na forma dos artigos seguintes.
Art. 1.098. É controlada:
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
I - a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a
maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembléia
geral e o poder de eleger a maioria dos administradores;
II - a sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente,
esteja em poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por
sociedades ou sociedades por esta já controladas.
Art. 1.099. Diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo capital
outra sociedade participa com dez por cento ou mais, do capital da
outra, sem controlá-la.
Art. 1.100. É de simples participação a sociedade de cujo
capital outra sociedade possua menos de dez por cento do capital
com direito de voto.
Art. 1.101. Salvo disposição especial de lei, a sociedade não
pode participar de outra, que seja sua sócia, por montante superior,
segundo o balanço, ao das próprias reservas, excluída a reserva
legal.
Parágrafo único. Aprovado o balanço em que se verifique ter
sido excedido esse limite, a sociedade não poderá exercer o direito
de voto correspondente às ações ou quotas em excesso, as quais
devem ser alienadas nos cento e oitenta dias seguintes àquela
aprovação.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Ocorre a desconsideração da personalidade jurídica por
determinação judicial nos casos em que há desvio de finalidade,
abusos dos sócios ou de confusão patrimonial. 
Art. 50 : Em caso de abuso da personalidade jurídica,
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da
pessoa jurídica. (Código Civil)
Em matéria de Direito ambiental ou Direito do Consumidor, basta a
existência de obstáculo ao pagamento da dívida para a aplicação
da desconsideração.
NOME EMPRESARIAL (ARTIGOS 1.155 / 1.168 CC)
Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a
denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o
exercício de empresa.
Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os
efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples,
associações e fundações.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu
nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação
mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.
Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de
responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os
nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao
nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.
Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis
pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por
seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este
artigo.
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou
denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua
abreviatura.
§ 1o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios,
desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social.
§ 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade,
sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios.
§ 3o A omissão da palavra "limitada" determina a
responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que
assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.
Art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação
integrada pelo vocábulo "cooperativa".
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DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação
designativa do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade
anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente.
Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do
fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom
êxito da formação da empresa.
Art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em
lugar de firma, adotar denominação designativa do objeto social,
aditada da expressão "comandita por ações".
Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter
firma ou denominação.
Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de
qualquer outro já inscrito no mesmo registro.
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de
outros já inscritos, deverá acrescentar designação que o distinga.
Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de
alienação.
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato
entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do
alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de
sucessor.
Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou
se retirar, não pode ser conservado na firma social.
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Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos
das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro
próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do
respectivo Estado.
Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a
todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.
Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para
anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou
do contrato.
Art. 1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a
requerimento de qualquer interessado, quando cessar o exercício
da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a
liquidação da sociedade que o inscreveu.
DO ESTABELECIMENTO
Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado,
para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade
empresária. (Artigo 1.142 CC)
Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios
jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a
sua natureza. . (Artigo 1.143 CC)
O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou
arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a
terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário,
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ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. . (Artigo 1.144 CC)
PROPRIEDADE INTELECTUAL
Visa a proteção de produtos e/ou processos do conhecimento,
sejam estes tangíveis ou intangíveis.
Direito Autoral (Lei 9610/1998):
Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito,
expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte,
tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais
como:
I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;
II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da
mesmanatureza;
III - as obras dramáticas e dramático-musicais;
IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução
cênica se fixe por escrito ou por outra qualquer forma;
V - as composições musicais, tenham ou não letra;
VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as
cinematográficas;
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VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer
processo análogo ao da fotografia;
VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia
e arte cinética;
IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma
natureza;
X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à
geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo,
cenografia e ciência;
XI - as adaptações, traduções e outras transformações de
obras originais, apresentadas como criação intelectual nova;
XII - os programas de computador;
XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias,
dicionários, bases de dados e outras obras, que, por sua seleção,
organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma
criação intelectual.
§ 1º Os programas de computador são objeto de legislação
específica, observadas as disposições desta Lei que lhes sejam
aplicáveis.
§ 2º A proteção concedida no inciso XIII não abarca os dados
ou materiais em si mesmos e se entende sem prejuízo de quaisquer
direitos autorais que subsistam a respeito dos dados ou materiais
contidos nas obras.
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§ 3º No domínio das ciências, a proteção recairá sobre a forma
literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou
técnico, sem prejuízo dos direitos que protegem os demais campos
da propriedade imaterial.
Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de
que trata esta Lei:
I - as idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos,
projetos ou conceitos matemáticos como tais;
II - os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais,
jogos ou negócios;
III - os formulários em branco para serem preenchidos por
qualquer tipo de informação, científica ou não, e suas instruções;
IV - os textos de tratados ou convenções, leis, decretos,
regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais;
V - as informações de uso comum tais como calendários,
agendas, cadastros ou legendas;
VI - os nomes e títulos isolados;
VII - o aproveitamento industrial ou comercial das idéias
contidas nas obras.
Art. 11. Autor é a pessoa física criadora de obra literária,
artística ou científica.
Parágrafo único. A proteção concedida ao autor poderá aplicar-
se às pessoas jurídicas nos casos previstos nesta Lei.
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Art. 12. Para se identificar como autor, poderá o criador da obra
literária, artística ou científica usar de seu nome civil, completo ou
abreviado até por suas iniciais, de pseudônimo ou qualquer outro
sinal convencional.
Art. 13. Considera-se autor da obra intelectual, não havendo
prova em contrário, aquele que, por uma das modalidades de
identificação referidas no artigo anterior, tiver, em conformidade
com o uso, indicada ou anunciada essa qualidade na sua utilização.
Art. 14. É titular de direitos de autor quem adapta, traduz,
arranja ou orquestra obra caída no domínio público, não podendo
opor-se a outra adaptação, arranjo, orquestração ou tradução, salvo
se for cópia da sua.
Art. 15. A co-autoria da obra é atribuída àqueles em cujo nome,
pseudônimo ou sinal convencional for utilizada.
Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de
registro. 
Propriedade Industrial (Lei 9279/1996)
Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial,
considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico
e econômico do País, efetua-se mediante:
I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade;
II - concessão de registro de desenho industrial;
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III - concessão de registro de marca;
IV - repressão às falsas indicações geográficas; e
V - repressão à concorrência desleal.
TÍTULOS DE CRÉDITO 
Título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito
literal e autônomo nele contido e que somente produz efeito quando
preencher os requisitos da lei. 
CARACTERÍSTICAS: 
- Cartularidade: Necessidade do documentos escritos e em
original, não admite cópia autenticada. 
- Literalidade: Apenas o que constar expressamente escrito no
título produz efeito jurídico 
- Abstração: O título não está desvinculado ao negócio jurídico
que lhe deu causa, é autônomo. O vício no negócio jurídico não
afeta o título, salvo má-fé dos credores. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
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Quanto ao modelo: 
Há modelos livres em que a Lei não estabelece um formato exato
e, há modelos vinculados em que a Lei estabelece formato como
é o caso do cheque, por exemplo. 
Quanto à estrutura: 
- Ordem de Pagamento aqui representada pelo cheque, letra de
Câmbio e duplicata mercantil. Promessa de Pagamento
representada pela Nota Promissória que é um Título de Crédito
emitido pelo devedor, sob a forma de promessa de pagamento, a
determinada pessoa (beneficiário ou favorecido), de certa quantia
em certa data. 
Quanto às hipóteses de emissão: 
- Causal como a própria palavra sugere, para sua emissão e
circulação é indispensável que esteja vinculado a uma determinada
ocorrência prévia, ou seja, uma causa prevista na legislação
específica. 
- Não-causal ou abstrato representando títulos de créditos cuja
existência não está vinculada a nenhum fato posterior ou anterior.
São exemplos de títulos de créditos abstratos, o cheque e a Nota
Promissória os quais podem ser emitidos para representar
quaisquer obrigações, não dependendo da causa que os originou. 
Quanto à circulação: 
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- Ao portador que são os títulos de crédito no qual não consta
nenhuma identificação do seu credor, sendo, portanto,
transmissíveis por mera tradição ou entrega do título, não sendo
necessário o Endosso para sua transferência, podendo de forma
prática ser transferidos, indeterminadamente, considerado o seu
prazo prescricional. 
- Nominativo que são os títulos que identificam o seu credor. Sendo
nominativo, pode ser “ à ordem” ou “não à ordem”. 
TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE
 
Cheque: É uma ordem de pagamento à vista, sacada em favor do
próprio emitente ou em favor de terceiros. 
O prazo de apresentação do cheque é de 30 dias caso a emissão
do cheque tenha ocorrido na praça de pagamento. Entretanto, se a
emissão ocorreu em outra praça, o prazo é de 60 dias. 
Sujeitos do cheque:
 
- Sacador (emitente): é a pessoa que emite (saca) o cheque. 
- Sacado (banco): é o banco que recebe o cheque tendo o dever de
pagá-lo com base nos fundos à disposição do sacador. 
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- Beneficiário (tomador): é a pessoa em cujo benefício o cheque é
emitido. O tomador pode ser terceiro ou o próprio sacador. 
Nota Promissória: Como o nome mesmo sugere, é uma promessa
de pagamento, constituindo compromisso escrito e solene pelo qual
alguém se obriga a pagar a outrem certa soma em dinheiro.
Aplicam-se à nota promissória os dispositivos relativos à letra de
câmbio, com exceção daqueles que se referem ao aceite e a
duplicidade. Ademais, a nota promissória é título literal e abstrato.
Importa frisar que a nota promissória é diferente da letra de câmbio,
fundamentalmente, no seguinte aspecto:a nota promissória é
promessa de pagamento, enquanto a letra de câmbio é ordem de
pagamento. 
Sujeitos: 
- Emitente (OU AINDA SACADOR, SUBSCRITOR OU
PROMITENTE): é a pessoa que emite a nota promissória, na
qualidade de devedor do título. 
- Beneficiário (CREDOR OU TOMADOR): é a pessoa que se
beneficia da nota promissória, na qualidade de credor do título. 
Letra de Câmbio: Ordem de pagamento à vista ou a prazo e é
criada através do ato chamado de saque. O sacador dirige-se ao
sacado com o objetivo de que este pague a importância nela
consignada a um terceiro chamado tomador. 
Sujeitos: 
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- Sacador (emitente): quem faz o saque, quando da criação da letra
de câmbio. É quem dá a ordem de pagamento. 
- Sacado (pessoa a quem a ordem de pagamento é dirigida): quem
deve efetuar o pagamento - Beneficiário: ou tomador, é quem
receberá o pagamento.
Duplicata: A duplicata é o título de crédito emitido com fundamento
em obrigação proveniente de compra e venda comercial ou
prestação de serviços. 
Sujeitos: 
- Sacador: o vendedor da mercadoria, ou o prestador do serviço. 
- Sacado: o comprador. 
FALÊNCIA (Lei 11.101/2005)
Para a decretação da falência a empresa deve se encontrar em
situação de crise econômico-financeira que julgue não atender aos
requisitos para pleitear sua recuperação judicial. 
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
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I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento,
obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos
protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta)
salários-mínimos na data do pedido de falência;
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita
e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de
plano de recuperação judicial:
a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de
meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos;
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de
retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou
alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor
ou não;
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o
consentimento de todos os credores e sem ficar com bens
suficientes para solver seu passivo;
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o
objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar
credor;
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída
anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados
suficientes para saldar seu passivo;
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f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos
suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou
tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu
principal estabelecimento;
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no
plano de recuperação judicial.
§ 1o Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o
limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I do
caput deste artigo.
§ 2o Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os
créditos que nela não se possam reclamar.
§ 3o Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de
falência será instruído com os títulos executivos na forma do
parágrafo único do art. 9o desta Lei, acompanhados, em qualquer
caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar
nos termos da legislação específica.
§ 4o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o pedido
de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que
se processa a execução.
§ 5o Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, o pedido
de falência descreverá os fatos que a caracterizam, juntando-se as
provas que houver e especificando-se as que serão produzidas. (Lei
11.101/05)
A falência pode ser requerida:
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- pelo próprio devedor (Autofalência - artigos 105/ 107 Lei
11.101/05)
- pelo cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o
inventariante;
– pelo cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato
constitutivo da sociedade;
- por qualquer credor.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
A recuperação judicial objetiva viabilizar a recuperação da empresa
que está em situação de crise econômico-financeira, e assim
permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos
trabalhadores e dos interesses dos credores. 
O Artigo 48 da Lei 11.101/05 estabelece os seguintes requisitos
para requerer a recuperação:
- Deve ser realizada pela empresa;
- Deve exercer atividade há mais de dois anos;
– não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por
sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí
decorrentes;
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
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– não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de
recuperação judicial;
- não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de
recuperação judicial com base no plano especial;
- Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio
controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos
nesta Lei.
A lei também prevê formas em que a empresa conseguirá a
Recuperação:
Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a
legislação pertinente a cada caso, dentre outros:
I – concessão de prazos e condições especiais para
pagamento das obrigações vencidas ou vincendas;
II – cisão, incorporação, fusão ou transformação de
sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de quotas
ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da
legislação vigente;
III – alteração do controle societário;
IV – substituição total ou parcial dos administradores do
devedor ou modificação de seus órgãos administrativos;
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V – concessão aos credores de direito de eleição em
separado de administradores e de poder de veto em relação às
matérias que o plano especificar;
VI – aumento de capital social;
VII – trespasse ou arrendamento de estabelecimento,
inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados;
VIII – redução salarial, compensação de horários e redução
da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva;
IX – dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo,
com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro;
X – constituição de sociedade de credores;
XI – venda parcial dos bens;
XII – equalização de encargos financeiros relativos a débitos
de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da
distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se
inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto
em legislação específica;
XIII – usufruto da empresa;
XIV – administração compartilhada;
XV – emissão de valores mobiliários;
XVI – constituição de sociedade de propósito específico para
adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor.
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
A Lei prevê também um plano de Recuperação Judicial especial
para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
possibilitando o parcelamento da dívida com os credores
quirografários em até 36 meses, sendo a primeira em 180 dias, com
juros de 12% ao ano. 
RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL 
A empresa que preencher os mesmos requisitos da Recuperação
Judicial poderápropor e negociar com seus credores o seu plano
de recuperação extrajudicial, administrativamente, não podendo
abranger créditos tributários, trabalhistas, fiduciários adiantamento
de contrato de câmbio. 
ARTIGOS PARA LER
Artigo 1150 do CC, artigo 44 do CC, artigo 18A da Lei
Complementar 123/2006, artigo 968 do CC, Artigo 1166 do CC,
artigo 32 da Lei 8934/94, artigos 1190 e 1191 do CC, Artigos
1142/1148 do CC, Artigo 980A do CC e artigo 50 do CC, Artigos
8/18 da Lei 9.279/96, artigo 68/71 da Lei 9.279/96, artigos 122/126
da Lei 9.279/96, Artigo 982 parágrafo único do CC, artigo 1150 e
998 do CC, artigos 986/990 do CC, artigos 991/996 do CC, artigo
1031 do CC, artigos 1052/1087 do CC, artigo 1055 §1º do CC,
artigo 1055 §1º do CC, artigo 1052 do CC, artigo 50 do CC, artigo
1058 e artigo 1004 do CC, 1060/seguintes do CC e 1010/1018 do
CC, Artigo 17 do Decreto 57.663/66, artigos 11 a 20 do Decreto
OPERAÇÃO PASSEI NA OAB – 1ª FASE – CULTUR
DIREITO EMPRESARIAL - RESUMO
57.663/66, artigo 294 e 296 do CC artigos 30 a 32 do Decreto
57.663/66, artigo 202 inciso III do CC, artigos 75 e 76 do Decreto
57.663/66, artigo 32 da Lei 7.357/85, artigo 59 da Lei 7.357/85,
Artigo 1º da Lei 11.101/05, artigo 2º da Lei 11.101/05, artigo 94
incisos I, II e III da Lei 11.101/05, artigo 97 da Lei 11.101/05, artigo
99 da Lei 11.101/05, artigo 105 da Lei 11.101/05, artigo 986 do CC,
artigo 3º da Lei 11.101/05, artigo 21 da Lei 11.101/05, artigo 26 da
Lei 11.101/05, artigo 35 da Lei 11.101/05, artigo 82 da Lei
11.101/05, artigo 76 da Lei 11.101/05, artigo 84 inciso I da Lei
11.101/05.

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