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São divididos em métodos reversíveis e não reversíveis. Métodos irreversíveis: → Esterilização. o Laqueadura o Vasectomia Métodos reversíveis: → Contracepção hormonal parenteral o Injetáveis (combinados e de dose única); o Implante subcutâneo; o Anel vaginal; o Anticoncepção de emergência. → Contracepção hormonal oral o Estrogênio + progestágenos; o Só progestágenos. → DIU o De cobre; o Hormonal; → Métodos de barreira o Preservativo; o Diafragma; o Capuz cervical o Espermicida (barreira química). → Métodos comportamentais o Coito interrompido; o Tabelinha o Billings. MÉTODOS HORMONAIS Anticoncepcionais Combinados Orais (ACO): São formulações de etinilestradiol, valerato de estradiol ou 17-beta-estradiol associados a vários progestogênios. Concentrações iguais no comprimido: monofásico; Concentrações em duas ou três variações: bi ou trifásico. Atuam inibindo a secreção das gonadotrofinas, o que impede a ovulação. O progestogênico inibe a secreção de LH, bloqueando o pico necessário desse hormônio à ovulação. O estrogênico inibe a secreção de FSH, impedindo o desenvolvimento folicular e a emergência do folículo dominante (de Graff). Efeitos: • Endométrio atrófico; • Muco cervical espesso e hostil à ascensão dos espermatozoides; • Transporte tubário prejudicado. Anticoncepcionais progestênicos: Possuem apenas compostos de progesterona na sua composição, já que esse hormônio é suficiente para impedir a gravidez, uma vez que inibe a ovulação. Injetáveis É recomendável para mulheres que não se lembram ou possuem dificuldade para se adaptar aos comprimidos diários, tomando uma dose injetável intravenosa em consultório ginecológico uma vez a cada 3 ou 5 meses, a depender da dose da composição, que pode ser progestênica ou mista. Anel Vaginal: Anel de evastane que é introduzido pela vagina em forma de 8, ou circular, circundando ou não o colo do útero. Tem validade de três semanas, com pausa de 7 dias até iniciar outro ciclo. Possui o mesmo mecanismo de ação dos contraceptivos orais. Adesivo transdérmico: Idem anel vaginal. Aplicação na pele, em locais de baixo atrito. Implante subcutâneo: Bastão etonogestrel, revestido com membrana, de 4cm, aplicado na região (geralmente braquial) subcutânea. MÉTODOS DE BARREIRA Preservativo masculino: É o principal método contraceptivo por ser o mais acessível e de primeira escolha para prevenção das IST. Constitui-se de uma capa de látex resistente que é colocada no pênis ereto, para que quando houver ejaculação, não haja liberação de esperma/sêmen na vagina. Após a ejaculação, o homem, com o pênis ainda ereto, precisa retirar o preservativo com cuidado, evitando que o fluido seminal vase. Após retirar, dá-se um nó no próprio preservativo e descarta-se. Preservativo feminino: É uma bolsa cilíndrica de plástico fino, transparente e suave, limitado por dois anéis flexíveis. Tem os mesmos princípios que o preservativo masculino, porém, é menos prático, mais custoso e incômodo durante o coito, já que pode ser barulhento em algumas posições sexuais. Além disso, é menos eficaz que o masculino. Capuz cervical: Recipiente em forma de “copo descartável de café”, recobrindo de maneira exata a cérvix vaginal, impedindo a ascensão de espermatozoides. Pode permanecer 36h no trato vaginal, porém, precisa ficar no mínimo 6h após o coito. É reutilizável e pode ser usado junto de algum espermicida. Espermicida: Disponível em tabletes de espuma, creme ou geleia, esse produto atua rompendo a membrana celular dos espermatozoides, matando-os ou diminuindo sua motilidade. É melhor relacionado ao uso do diafragma, já que seu uso em preservativos masculinos foi banido por apresentar aumento dos riscos de contaminação por HIV. Diafragma: Dispositivo discoide de látex que é colocado no fundo da vagina, próximo ao colo do útero. O seu uso previne a gravidez, porém, não previne contaminação por IST. Sua eficácia está melhor relacionada diretamente à correta colocação deste dispositivo, e se ele é realmente adequado ao diâmetro vaginal da mulher, sendo necessária a avaliação de um ginecologista. MÉTODOS COMPORTAMENTAIS Método da Tabelinha Consiste em restringir as relações sexuais aos dias que estão fora do período fértil, isto é, fora dos 5 dias que antecedem e precedem a ovulação. Pode ser controlada por aplicativos de celular para facilitar, porém, é um método possivelmente falho e inadequado a quem não deseja ter filhos. Coito interrompido: Consiste na retirada do pênis da vagina no limiar de ejaculação, sendo liberado o sêmen no meio externo. É um método também falho já que espermatozoides não se encontram exclusivamente no esperma, mas sim em todo o trato ejaculatório masculino, podendo ser liberados na vagina durante o coito, antes da ejaculação, por meio dos fluidos lubrificantes das glândulas bulbouretrais. Método de Billings/do muco cervical: Também chamado de método de Billings, baseia-se na identificação do aumento do muco filante pré- ovulatório. A paciente deve realizar o toque vaginal diariamente e ter a capacidade de reconhecer a mudança da característica do muco. O casal deve manter relações apenas em dias alternados para que o sêmen não altere a característica do muco. A presença de infecções genitais interfere com a interpretação. O período de abstinência deve ser iniciado quando o muco se tornar fluído e só terminar 4 dias após o último dia de sua presença. MÉTODOS ESTERILIZADORES Laqueadura/Ligamento tubário Consiste no corte ou obstrução das tubas uterinas, impedindo que o ovócito II seja liberado ao útero ou ainda impedindo que o espermatozoide chegue ao ovócito II. É um método considerado irreversível e de difícil reconstrução, sendo orientado para mulheres maiores de 25 anos que já possuem dois filhos ou mais. Vasectomia: Consiste no corte ou obstrução dos canais deferentes da porção escrotal, impedindo a liberação de espermatozoides, sem prejudicar o sistema endócrino. Para que esse método seja realmente eficaz, recomenda- se a abstinência sexual de 30 dias, tanto para recuperação cirúrgica, tanto para que os espermatozoides remanescentes nos tratos espermáticos sejam mortos e reabsorvidos pelo corpo. Após esse período, ainda é preciso realizar o exame de espermograma, para que haja a certeza de ausência de espermatozoides na ejaculação. DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) DIU de cobre: objeto de polipropileno revestido parcialmente por cobre, considerado corpo estranho ao organismo, é um método contraceptivo reversível e duradouro. Seu mecanismo de ação é transformar o ambiente uterino em inóspito ao espermatozoide ou ao possível embrião, por meio de inflamações consecutivas da parede endometrial. Essa inflamação pode causar, além de cólicas e possível aumento do fluxo menstrual, redução da motilidade ou morte dos espermatozoides e do embrião. Por conta do último, é considerado um possível método abortivo pela Igreja. Sistema Intrauterino de Levonorgestrel: Consiste numa estrutura de plástico em forma de T, com um reservatório ao fármaco levonorgestrel, com mecanismo de ação é sobre o muco cervical, com efeitos endometriais, inibição da motilidade espermática, reação a corpo estranho e mecanismos moleculares. Há pequena absorção sistêmica de levonorgestrel, causando efeito mínimo no eixo hipotálamo-hipófise- ovariano, com mais de 85% das mulheres ovulando durante o seu uso. Obs.: Contracepção de Emergência: Utilizada apenas quando a mulher não deseja a gestação, para uso imediato após o coito sem método eficaz, sem método algum, quando se tem a certeza da ineficácia – ou da falha – ou em caso de violência sexual. Tem eficácia de 85%, e possui em sua composição o levonorgestrelisolado ou acetato de ulipristal. Deve ser usada em até 72h após a relação sexual, e mesmo após esse tempo, há chance de 50% de gravidez efetiva. Quanto antes, melhor. O Levonorgestrel atua inibindo o hormônio luteinizante (LH), e dessa forma, prejudicando a formação do corpo lúteo. Sobre os testes de gravidez: O que é o HCG e quais exames correspondem a ele? Existem variações do exame, em como é utilizado. São eles: teste de urina e o hemograma. Ambos conferem a quantidade ou presença do hormônio da gonadotrofina coriônica, o HCG, em sua forma Beta, que é exclusiva desse hormônio e garante mais precisão nos exames. Esse hormônio é produzido pelo embrião, precisamente pelo sinciciotrofoblasto, que é uma camada de células sinciciais que surgem a partir do trofoblasto. Esse hormônio é responsável por manter altas as concentrações de progesterona e estradiol na corrente sanguínea, já que responde por retroalimentação positiva a esses hormônios. A relação mãe-filho inicia no ventre! Primeiros meses de gestação: Sentimento de culpa, desprezo, arrependimento e até ódio ao feto, o que levou a gestante à baixa autoestima e nojo do corpo grávido. Isso sem falar do medo de nascimento de um filho defeituoso, fruto das várias tentativas frustradas de abortamento. Após o quinto mês: Aceitação gradual da gravidez, com persistência dos sentimentos de arraso, tristeza, depreciação. Ao mesmo tempo, nota-se ambivalência afetiva, motivada pelo tato dos chutes fetais, sentindo ao mesmo tempo culpa e pesar pela gravidez, e motivação e alegria com a vindoura chegada do bebê. Do sétimo mês ao parto: Notória persistência de culpa, unida à aceitação crescente da gravidez, além do anseio em ver o filho e livrar-se do corpo grávido. Sendo esse sentimento de culpa não mais pela gravidez, mas sim pelo repúdio ao próprio filho, seguido de inúmeros pedidos de perdão por isso, além da baixa autoestima. Após o nascimento: Mesmo sentindo a aceitação pelo filho, ainda persiste a culpa, o que impedia a mãe a entregar-se inteiramente como tal. Referências: Formas moleculares da gonadotrofina coriônica humana: características, ensaios e uso clínico, de Sebastião Freitas de Medeiro e Robert John Norman, publicado na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, em 2006. Embriologia Clínica, Keith Moore, 10ª ed. Rotinas em Ginecologia, Fernando Freitas, 6ª ed. Afetividade e gravidez indesejada, os caminhos de vínculo mãe-filho Viviane Milbradt, Revista Pensamento Biocêntrico, 2008
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