Buscar

Aula 05 - 16 08 2017

Prévia do material em texto

DIREITO DO TRABALHO I – AULA 05 – 16.08.2017
Correção do trabalho aplicado na aula passada:
Questão nº 1: 
A) O caso da Súmula 51 envolve duas fontes do direito do trabalho que são sucessivas. Um regulamento que revoga outro regulamento.
O princípio da inalterabilidade só pode ser aplicado quando forem fontes autônomas, aquelas que nascem da relação direta entre as partes.
No exemplo da Súmula 51, é cláusula regulamentar, que está estabelecida no regulamento de empresas, que são fontes especiais.
Neste caso, deve ser aplicado o Princípio in dubio pro operário.
B) O princípio da proteção não é só uma ferramenta jurídica. Ele tem fundamento também nas questões sociais e históricas.
Questão nº 2: Por aplicação dos princípios, a hierarquia das normas é flexibilizada, para que sempre aquilo que é mais benéfico à parte hipossuficiente seja aplicado ao caso. Um exemplo é uma negociação coletiva produzindo uma norma mais benéfica ao trabalhador do que a Constituição.
CARACTERIZAÇÃO DA RELAÇÃO DE EMPREGO
A justiça do trabalho é competente para processar e julgar ações oriundas da relação de trabalho (Art. 114, I, CF).
Na nossa doutrina, relação de trabalho é gênero, enquanto relação de emprego é uma espécie.
1 – A caracterização da relação de emprego se extrai do art. 2º, caput, e do art 3º da CLT.
A relação e emprego se estabelece a partir da verificação de condições fático-jurídicas, são elas:
1 – Pessoalidade: entende-se que o trabalhador é infungível e que a sua condição de trabalho é intransmissível. A relação de emprego é personalíssima no que diz respeito ao empregado. Ele não pode ser substituído por outra pessoa.
A exceção à essa característica da pessoalidade é o caso de substituição legal do trabalhador. A lei pode autorizar substituições do empregado, desde que cumpridas algumas formalidades. Por exemplo, quando um trabalhador está afastado ou de férias. Porém, é temporário.
Pessoa física: a relação de emprego tem dois sujeitos, aquele que trabalha e aquele que contrata o trabalhador. O empregado só pode ser pessoa física. Enquanto o empregador pode ser pessoa física ou jurídica.
Não existe pessoalidade à figura do empregador. Ou seja, eu posso mudar a pessoa jurídica sem que isso acabe com a relação de emprego. Artigos 10 e 448 da CLT disciplinam a substituição do empregador.
2 – Não eventualidade: essa condição decorre do princípio da continuidade da relação de emprego. Ou seja, o interesse do direito do trabalho é que a relação de emprego permaneça no tempo. A regra do direito do trabalho é que não tem prazo final para a sua contratação. Excepcionalmente, os contratos vão ter prazo (contrato a termo).
3 – Onerosidade: para toda prestação laboral existirá uma contraprestação pecuniária. Existe possibilidade, segundo a CLT (Art. 459, CLT), do pagamento ser por dia, por semana, por quinzena ou por mês. O pagamento pode ser fixo ou calculado em fórmula variável (art. 483, CLT). O pagamento pode ser em espécie ou em utilidade (458, CLT).
4 – Subordinação: “É uma situação jurídica em que o empregado submete-se e acolhe o poder de direção da parte contrária”. A subordinação é a característica principal entre empregado e empregador. O empregador determina o trabalho, os procedimentos, a jornada de trabalho, dentre outros. A subordinação corresponde a um dado de natureza material ou objetiva. Ou seja, o empregador só pode dirigir o modo de produção, ele não pode determinar aspectos subjetivos.
Da mesma forma como existe o poder de direção do empregador, existe o direito de resistência do empregado.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes