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MATERIAIS DE MOLDAGEM

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Bianca Coradello Marchezi 2019/1 
MATERIAIS DE MOLDAGEM
	O molde tem como finalidade reproduzir as estruturas bucais com o máximo de precisão e detalhes. Um modelo deve ser uma representação precisa das estruturas orais, o que requer um molde preciso.
	O alginato é um material hidrófilo, barato e de fácil manipulação, porém consiste em um material mole, pouco estável e com pouca fidelidade à estrutura copiada.
REQUISITOS PARA UM BOM MOLDE
	Para produzir réplicas precisas dos tecidos intra ou extraorais, os materiais de moldagem devem:
1. Ser suficientemente fluidos para que se adaptem aos tecidos orais
2. Ser suficientemente viscoso, para ficar contidos na moldeira
3. Ser capazes de se transformar (tomar presa) em um sólido borrachóide ou rígido na boca em um tempo razoável (menor que 7 min)
4. Ser resistentes à distorção ou rasgamento quando removidos da boca
5. Ser dimensionalmente estáveis por um tempo suficiente para permitir que um ou mais modelos sejam construídos
6. Ser biocompativeis
7. Apresentar um bom custo benefício em termos do tempo gasto na obtenção do molde e quanto aos custos dos equipamentos e materiais utilizados
8. Facilidade de manipulação e vazamento
9. Ser atóxico
10. Ter odor e sabor agradáveis
11. Bom tempo de trabalho e de presa
12. Capacidade de copia de detalhes
- escoamento adequado em fase de trabalho (fluidez intermediária)
- ter compatibilidade química com os tecidos bucais
13. Flexibilidade adequada
14. Resistência ao vazamento
15. Recuperação elástica
16. Esabilidade dimensional
17. Compatibilidade química com materiais de desinfecção e com gesso.
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM
· MECANISMO DE PRESA
· REVERSÍVEL
· Os materiais reversíveis amolecem quando aquecidos e se solidificam levemente acima da temperatura corpórea sem que ocorra reação química.
· Ex: ágar e godiva
· IRREVERSÍVEL
· Implica que reações químicas ocorreram e que o material não pode retornar ao estado prévio.
· Ex: alginato, gesso para moldagem, os materiais de moldagem elastomericos e pasta de moldagem de óxido de zinco – eugenol (OZE).
· PROPRIEDADES MECANICAS
· RÍGIDOS OU ANELÁSTICOS
· Um material rígido é altamente resistente à flexão e sofre fartura repentinamente sob tensão, de forma semelhante ao giz. 
· Ex: gesso para moldagem, ceras, godivas, pasta de moldagem de óxido de zinco – eugenol (OZE).
· Indicado para obtenção de molde de mandíbulas edentulas ou tecidos moles, porque na consistência adequada eles não comprimem os tecidos durante o assentamento da moldeira.
· A godiva é utilizada com frequência na construção de moldeiras utilizadas na confecção de próteses totais.
· ELÁSTICOS
· O termo elástico significa que o material é flexível e pode ser deformado, retomando a sua forma original quando a tensão for eliminada.
· Ex: ágar, alginato e elastômeros
· Os materiais elásticos são capazes de produzir com precisão as estruturas moles e duras da boca, incluindo retenções e espaços interproximais.
· HIDROCOLÓIDES
· REVERSÍVEIS: em desuso no Brasil pois precisam de aparatos especiais; apresentam baixa e/ou alta viscosidade dependendo da variação de temperatura.
Ex: ágar (polissacarídeo, extraído de alguns tipos de algas);
· IRREVERSÍVEIS: ex: alginato – material de moldagem elástico para uso odontológico, baseado no ácido algínico.
Muito utilizado por dentistas
Os pacotes de alginato contém sílica, componente higroscópico, por isso devem ser armazenados em ambientes fechados
COMPOSIÇÃO DO ALGINATO
Alginato de sódio, potássio ou trietanolamina
Carga (terra diatomácea ou óxido de zinco)
A terra diatomácea age como uma carga para aumentar a resistência e a rigidez do gel do alginato. Ela também produz uma textura lisa e garante a formação de uma superfície firme e não pegajosa no gel. 
O óxido de zinco também age como carga e tem alguma influencia sobre as propriedades físicas e tempo de presa do gel.
· Sulfato de cálcio di-hidratado: reagente que fornece íons cálcio para a reticulação do sal
· Fosfato de sódio: retardador para controlar o tempo de presa – confere tempo de trabalho.
· Fosfato de potássio
· Fluoreto de potássio e titânio: acelerador para a presa do gesso usado no preenchimento do molde, visando garantir uma superfície densa e dura no modelo.
· Silicofluoreto de sódio
· Indicadores de cor também são adicionados em algumas formulações para revelar o estágio de sorção de presa
OBS: quando o pó no frasco de alginato é agitado, há a suspensão de partículas de sílica e para evitar a suspensão dessas partículas, os fabricantes introduziram um alginato “sem poeira” devido a adição de polietilenoafical ou poliproleno glical.
Exposições a longo prazo pela inalação dessas partículas finas de sílica podem causar silicose e hipersensibilidade pulmonar.
REAÇÃO DE PRESA (PROCESSO DE GELEIFICAÇÃO)
· A presa do hidrocolóide à base de alginato é um processo de articulação de ácidos algínicos com íons cálcio
· Reação sol-gel pode ser descrita como uma reação do alginato solúvel com íons cálcio do sulfato de cálcio e a formação de um alginato de cálcio insolúvel. A produção do alginato de cálcio é tão rápida que não permite um tempo de trabalho suficiente. Um retardador é adicionado na composição para prolongar o tempo de trabalho
(A) reação de presa do alginato
(B) controle do tempo de presa pela limitação da disponibilidade de íons cálcio
 a estratégia empregada é que os íons cálcio irão reagir preferencialmente com os íons fosfato na solução. Assim, a reação rápida entre os íons cálcio e o alginato solúvel é adiada até que os íons fosfato de sódio se esgotem. Por isso, a concentração de fosfato de sódio determina o tempo de presa.
· Alginato de presa rápida baixa concentração de fosfato de sódio
· Alginato de presa lenta alta concentração de fosfato de sódio
PROPRIEDADES BILÓGICAS
	Inicialmente, o material de moldagem deve fluir livremente e molhar o tecido a medida que é injetado para conseguir uma boa adaptação e, então resistir ao escoamento que possa afasta-lo das áreas de interesse. O mesmo procedimento irá facilitar o espalhamento de materiais com viscosidade alta sobre a moldeira e fará com que eles fiquem retidos na moldeira. Este fenômeno é chamado de afinamento sob cisalhamento.
	Essencialmente, um material que apresente afinamento sob cisalhamento se torna menos viscoso sob tensão e recupera sua viscosidade quando em repouso sobre p tecido ou sobre a moldeira
	Existem duas categorias de fenômenos de afinamento sob cisalhamento:
· Pseudoplasticidade: um material pseudoplastico apresenta viscosidade decrescente com o aumento da tensão de cisalhamento e recupera sua viscosidade imediatamente após a redução da tensão de cisalhamento.
· Tixotropia: um material tixotropico não flui até que energia suficiente na forma de uma força de impacto ou força de vibração seja aplicada para recuperar a tensão de escoamento do material. Em repouso, ele leva um tempo especifico para readquirir seu estado viscoso inicial.
· ELASTICIDADE OU VISCOELASTICIDADE
· Os materiais de moldagem elastomericos são materiais viscoelasticos
· A medida que é removido da boca, um material de moldagem que sofre alguma deformação, mas é importante que ele retorna suas dimensões pre-remoção.
· Um molde com um limite de elasticidade suficiente alto, não deveria sofrer deformação permanente.
· A remoção do molde deve ser rápida já que a deformação varia diante do tempo e da força/ intensidade aplicada.
OBS: a resistência ao rasgamento do alginato é baixa, sendo conferisa pela rede de ligações cruzadas e pela presença da terra diatomácea e/ou óxido de zinco. As áreas interproximais e subgengivais apresentam maiores chances de rasgar.
· HIDROFIZAÇÃO
· O alginato consiste em um hidrocoloide hidrofílico, ou seja, apresenta afinidade com a água, o alginato apresenta uma estabilidade dimensional ruim, pois esse material “sofre” sinérese e embebição. Por isso, o alginato deve ser guardado em ambiente vedado.
· O molde pode ser guardado no saquinho de cachorro quente
· O uso de materiais de moldagem mais hidrofóbicospode levar a uma alta incidência de vazios na superfície do molde de gesso.
· BIOCOMPATIBILIDADE
· O mais provável problema de biocompatibilidade causado por elastômeros ocorre quando um fragmento de material de moldagem fica aprisionado no sulco gengival do paciente. Um corpo estranho de material de moldagem pode causar uma inflamação gengival severa que pode ser diagnosticada erroneamente como um efeito adverso do preparo dentário ou da cimentação.
ERROS MAIS COMUNS
1. Superfície do molde rugosa ou irregular
Geleificação deficiente e/ou incompleta causada pela remoção prematura do molde na boca.
Proporção água/pó muito baixa
Mistura/espatulação incorreta dos componentes
2. Rasgamento 
O rasgamento pode ocorrer devido a espessura inadequada, contaminação com umidade e a remoção prematura da boca
3. Bolhas externas
As bolhas externas ocorrem devido a incorporação de ar durante a mistura/espatulação e devido a geleificação prematura.
4. Poros efeitos irregulares
Causado pela umidade ou resíduos na superfície dos dentes
5. Modelo de gesso com a superfície rugosa ou com aspecto de giz
Causado pela limpeza inadequada do molde, excesso de água que não foi removido do molde; separação prematura entre molde e modelo, relação pó/água incorreta.
Modelo de gesso deixado por muito tempo no molde de alginato (frágil).
6. Distorção
Causada por: molde não vazado imediatamente; movimentação inadequada da moldeira durante a geleificação; remoção prematura do molde da boca (não há a formação de todas as ligações); remoção incorreta do molde da boca

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