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Tuberculose -Gênero Mycobacterium

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Gênero Mycobacterium 
 Bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) -> parede 
celular composta por lipídios (hidrofóbica), 
tendo como principal constituinte o ácido 
micólico (50% do peso seco da bactéria) -> 
permite a resistência ao álcool-ácido, ao calor, 
desinfetantes. 
 Gram negativas e Gram positivas perdem 
sua coloração em álcool-ácido, já a 
Mycobacterium não perde a coloração. 
 Bacilos Álcool Ácidos Resistentes são 
coradas de Ziehl-Neelsen -> possuem 
capacidade de resistir a descoloração com 
álcool-ácido -> apresentam coloração 
vermelha (fucsina). 
 Causa a tuberculose. 
 É da família Mycobacteriaceae. 
 Possui 178 espécies e 13 subespécie -> maioria 
não é patogênica (saprófitas). 
 Bacilos pleomórficos (morfologia variada) -> 
retos ou encurvados, cocobacilos, filamentosos 
ou forma ramificadas. 
 Imóveis (sem flagelos). 
 Não esporulados. 
 Não capsulado. 
 Aeróbios estritos ou microaerófilos (baixa 
oxigenação) 
 Crescimento lento em cultura. 
 pH 6,8-7,0 
 Intracelular facultativo -> macrófagos. 
 São resistentes a desinfetantes, necessitando 
de exposição por 3 horas para serem 
eliminados. 
 Alguns Mucobacterium são causadores de 
doenças extremamente perigosas -> 
manipulação e isolamento desses patógenos 
requer laboratórios equipados. 
 Se dividem em grupos de acordo com a 
patogenia: 
1. Complexo Mycobacterium turberculosis 
(CMTB/MTBC) -> causa tuberculose -> M. 
tuberculosis (homem) e M. bovis (bovinos e 
outros mamíferos) -> ambas zoonóticas. 
2. Complexo Mycobacterium avium -> 
acometem aves e bovinos (M. avium subsp 
paratuberculosis -> causa doenças 
intestinais como paratuberculose)-> não é 
zoonótica. 
3. Mycobacterium leprae -> lepra em humanos. 
4. Mycobacterium não causadores de 
tuberculose (MCT) 
Doença tuberculose 
 Doença de caráter zoonótico, infecciosa, 
contagiosa crônica. 
 Caracterizada pelo desenvolvimento 
progressivo de lesões nodulares (tubérculos), 
principalmente em linfonodos e pulmão -> 
crescimento/desenvolvimento lento. 
 Doença de notificação obrigatória de casos 
confirmados (PNCEBT). 
 Não há tratamento nem vacinação para 
bovinos e bubalinos. 
 Em animais positivos, não há tratamento -> 
ocorre o sacrifício. 
@cacielli 
 
 Sensibiliza o animal: terá resposta 
imunológica, mas não está infectado -> M. 
avium e M. tuberculosis sensibiliza, mas não 
causa tuberculose. 
Mycobacterium bovis 
 Zoonose de elevada prevalência 
EPIDEMIOLOGIA 
 Espécie suscetível: bovinos, bubalinos, suínos, 
caprinos, equinos, ovinos, cães, gatos e 
homem. 
 Os bovinos são os animais mais susceptíveis. 
 Os mamíferos silvestres são reservatórios. 
 Aves são resistentes. 
 Distribuição mundial: maior prevalência em 
países em desenvolvimento. 
 Introdução da doença: 
 Aquisição de animais infectados. 
 Participação em eventos. 
 Proximidade com rebanhos infectado. 
 Animais domésticos, homens e animais 
silvestres. 
TRANSMISSÃO 
 Fonte de infecção: animais doentes ou 
infectados. 
 Vias de eliminação: gotículas e secreções 
respiratórias, leite, colostro, sêmen, fezes e 
urina. 
 Vias de transmissão: aerossóis, pastagens, 
água e alimentos contaminados. 
 Portas de entrada: trato respiratório, trato 
digestivo, mucosas e pele lesada. 
PATOGENIA 
 Fontes de infecção -> infectam portas de 
entrada. 
 Se multiplica no citoplasma de macrófagos. 
 Impede a fusão de lisossomos com os 
fagossomos -> impedem que ocorra a 
fagocitose. 
 Atração de muitas células de defesa para 
região, que não conseguem realizar a 
fagocitose, atraindo mais células (pelas 
citocinas) -> a morte dos macrófagos, acúmulo 
de células inflamatória e fibrina formam um 
granuloma (tubérculo) -> doença crônica. 
 O granuloma possui uma cápsula fibrosa, que 
impede ação de antibióticos. 
 É uma resposta celular -> bactéria entra nos 
macrófagos e atraem mais células. 
 Tuberculose pulmonar: lesões na faringe, trato 
respiratório e linfonodos locais. Do parênquima 
pulmonar até linfonodo mediastino. 
 Tuberculose entérica: lesões nos linfonodos da 
orofaringe e mesentérica. 
 Tuberculose miliar (forma generalizada); 
tubérculos pequenos na serosa dos órgãos, 
invasão do parênquima pulmonar e hepático, 
parênquima da glândula mamária. 
 Causa lesões em pulmões, linfonodos. 
 Forma generalizada: lesões em baço, rins, 
útero, ovários, testículos, cápsula 
suprarrenais, cérebro, medula espinhal. 
@cacielli 
 Aspecto das lesões: amarelada em bovinos e 
esbranquiçada em bubalinos. Tem forma 
granulomatosa purulenta, cápsula fibrosa, 
necrose caseosa com ou sem calcificação. 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 Animais infectados assintomáticos. 
 Animais doentes -> forma miliar -> febre 
discreta e inconstante, apatia, alterações do 
apetite, emagrecimento rápido, 
comprometimento pulmonar, caquexia e morte. 
 Evolução orgânica crônica -> manifestação 
digestória -> emagrecimento progressivo. 
 Evolução orgânica crônica -> manifestação 
respiratória -> emagrecimento, intolerância ao 
exercício, cansaço, aumento dos linfonodos 
retrofaríngeos e supraescapulares, tosse 
crônica e descarga nasal mucopurulenta. 
 Mastite tuberculosa: consequente da forma 
disseminada, progressão da doença, eliminação 
pelo leite. 
PERDAS ECONÔMICAS 
 Redução de desempenho. 
 Diminuição de produção de leite. 
 Descarte precoce. 
 Eliminação de animais de alto valor. 
 Condenação de carcaças. 
 Morte de animais. 
 Perda de credibilidade da unidade de criação. 
DIAGNÓSTICO 
 Clínico e epidemiológico -> suspeitas que devem 
ser confirmados por laboratório. 
 Laboratorial direto: presença do agente 
etiológico -> isolamento em meio de cultura e 
identificação bioquímica ou PCR. 
 Laboratorial indireto: tuberculinização 
(hipersensibilidade tardia do tipo IV), RIFI e 
ELISA. 
 Métodos indiretos (oficiais do PNCEBT): 
 Teste de prega caudal (TPC): apenas para 
bovinos de corte para fins de triagem -> 
caso positivo tem que fazer o TCC. Teste 
positivo: ocorre aumento de tamanho no 
local. Utilizado tuberculina bovis. 
 Teste cervical simples (TCS): bovinos e 
bubalinos. Utilização da tuberculina bovis 
 Teste cervical comparativo (TCC): utiliza 
tuberculina avium e tuberculina bovis. É 
confirmativo 
OBS: tuberculina avium é utilizado para eliminar 
falso-positivo, pois o animal pode ter entrado em 
contato com M. avium e dar positivo no TCS e 
TPC. Assim, comparasse o aumento do edema 
entre as duas tuberculinas. 
 Causa de reações falso-negativo: 
 Bovinos testados antes do 
desenvolvimento de hipersensibilidade de 
tipo retardado (até 30 dias após infecção) 
não reagem. 
 Vacas no início pós-parto podem não 
responder ao teste. 
 Infecções recentes. 
 Desnutrição do animal. 
 
 
 
@cacielli

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