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Relatório do Vídeo- Castração

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CCA 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
DISCIPLINA DE FISIOLOGIA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DO VÍDEO 
Aluno: Pedro Henrique Santos Aguiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2021 
 
Relatório do Vídeo: Efeitos macroscópicos da castração sobre a hipófise e 
glândulas acessórias de ratos. 
1. Introdução 
A reprodução em mamíferos é controlada pelo sistema nervoso e endócrino. Este 
controle depende da interação entre o hipotálamo, a hipófise, e o sistema reprodutor 
formando o conhecido eixo hipotálamo-hipófise-gônada. 
O sistema reprodutor de mamíferos machos possui 2 testículos, onde são produzidos 
os espermatozóides. Quando prontos, os espermatozóides ficam armazenados numa 
estrutura chamada epidídimo e, no momento da ejaculação, eles saem pelo canal deferente 
em direção ao pênis, mas antes disso, ao passar pela porção final do canal, os 
espermatozóides recebem líquido produzido e secretado pela vesícula seminal e pela 
próstata, que são glândulas acessórias do sistema reprodutor masculino. A adição dessas 
secreções forma o que conhecemos como sêmen, e a função delas é dar mobilidade e 
nutrir os espermatozóides O sêmen percorre o ureter passando por dentro do pênis até 
atingir meio externo, momento este conhecido como ejaculação. 
O pênis é o órgão copulador de machos e ,quando cheio de sangue, fica ereto para que 
os espermatozóides possam sair em direção ao sistema reprodutor feminino durante a 
cópula . 
O controle do mecanismo endócrino da reprodução tem início no hipotálamo com a 
secreção do hormônio liberador de gonadotrofina também conhecido como GNRH. O 
GNRH viaja até a hipófise pela circulação porta-hipofisária estimulando a secretar os 
hormônios luteinizantes (LH) e folículo estimulante (FSH). O LH e o FSH caem na 
circulação sistêmica e chegam ao sistema reprodutor, estimulando os testículos a 
produzirem e secretarem o hormônio testosterona. A produção de testosterona estimula a 
produção de espermatozóides e mantém a vesícula seminal e próstata funcionando. Esse 
hormônio também controla a secreção do hormônio GNRH pelo hipotálamo e do 
hormônio LH pela hipófise enquanto a inibina, outro hormônio produzido nos testículos, 
controla a secreção hipofisária de FSH. Este sistema de regulação hormonal é conhecido 
como o sistema de feedback negativo ou de retroalimentação negativa e é responsável 
pela manutenção dos níveis circulantes dos hormônios em concentrações ideais para o 
bom funcionamento do sistema reprodutor. 
2. Materiais e métodos. 
No vídeo são utilizados 4 ratos de laboratório da espécie Ratus norvegicus,: o primeiro 
foi castrado bilateralmente, seus dois testículos foram removidos e foi identificado com 
uma marcação no rabo; o segundo rato também foi castrado bilateralmente, mas recebeu 
reposição exógena de testosterona e foi identificado com duas marcações no rabo; o 
terceiro rato foi castrado unilateralmente, um dos testículos foi removido e recebeu três 
marcações no seu rabo e; o quarto e último rato sofreu incisão cirúrgica mas seus 
testículos ficaram intactos, este animal é usado como o controle experimental e não 
recebeu nenhuma marcação no rabo. 
Os animais são anestesiados com uma mistura do anestésico Cetamina e do relaxante 
muscular Xilazina que são administrados intraperitoneamente. O primeiro rato que foi 
anestesiado é posicionado na mesa cirúrgica em decúbito dorsal e é feito a assepsia da 
sua bolsa escrotal com álcool 70%. Uma incisão é feita na região mediana da bolsa 
escrotal, e através dessa, é introduzida uma tesoura de ponta fina para separar os tecidos 
das camadas subjacentes até a exposição da túnica albugínea. Um dos testículos é 
pressionado contra a abertura cirúrgica e exteriorizado juntamente com uma porção do 
cordão espermático, neste momento é realizada a ligadura ou amarre desse cordão com 
um pedaço de linha cirúrgica e em seguida é feita uma secção distal finalizando a remoção 
do testículo, o mesmo é realizado com o testículo remanescente. Após a castração é feita 
a acomodação dos dois cotos, a sutura da incisão e, por fim, o uso tópico de antisséptico 
no local da sutura para evitar infecções. 
O segundo rato recebe uma castração bilateral , mas ao contrário dos outros, recebe 
testosterona exógena, mesmo não tendo os dois testículos. A testosterona é administrada 
por injeção intramuscular em dose única calculada para manter os níveis fisiológicos 
normais desse hormônio no animal, recebe essa injeção no dia seguinte da cirurgia. 
O terceiro animal é castrado unilateralmente, apenas um testículo é retirado enquanto 
o outro permanece intacto. 
 Por fim, há ainda o animal controle que sofre incisão cirúrgica na bolsa escrotal, mas 
não tem nenhum testículo removido, mesmo sem ser castrado o animal controle passa 
pelo procedimento cirúrgico para descartar um possível afeito da cirurgia nas observações 
posteriores. 
Depois de passar pelas cirurgias os ratos são devolvidos a caixa e quando retornarem 
da anestesia serão separados e mantidos em biotério sem nenhuma restrição alimentar ou 
hídrica. 
Uma semana após a cirurgia, os animais são eutanasiados com dose letal do 
barbitúrico Tiopental e após virem á óbito sofrem laparotomia para localização e 
visualização da próstata e vesícula seminal. 
Comparando-se a próstata e vesícula seminal do primeiro rato com a do animal 
controle observa-se uma nítida diferença de tamanho , devido à falta de testículos. 
Comparando-se o tamanho das glândulas acessórias do segundo rato com o do rato 
controle, não se observa diferença. Pode-se dizer, então, que a atrofia da vesícula seminal 
e próstata não se deve à ausência dos testículos, mas à falta de testosterona pois o rato 2 , 
apesar de não ter testículos, recebeu reposição de testosterona exógena. 
Comparando-se o tamanho da próstata e vesícula seminal do rato controle com o do 
rato terceiro rato observa-se que essas têm tamanhos semelhantes e isso ocorre porque o 
testículo que restou no rato 3 pode regular sua produção de testosterona e possivelmente 
aumentou sua produção para suprir a falta do outro. Assim, o animal 3 , apesar de castrado 
unilateralmente , não sofre atrofia nessas estruturas. 
Comparando-se as glândulas dos ratos 2 e 3 temos a impressão de que estamos 
observando a imagem do rato controle e do castrado bilateralmente. O rato 1 sofre os 
efeitos da ausência total de testosterona e possui suas glândulas acessórias reduzidas em 
relação ao rato 3 que ainda produz esse hormônio mesmo com apenas um testículo. 
Por fim, apenas o rato 1 apresentou variação na sua hipófise quando comparado aos 
outros ratos. A hipófise estaria aumentada pela falta de testosterona e inibina circulante, 
pois , com a falta destes hormônios, a hipófise estaria trabalhando acima do normal para 
estimular a produção dos hormônios que não são produzidos pela falta de testículos. 
3. Conclusão. 
Notou-se que, após a retirada dos testículos, houve redução do tamanho da vesícula 
seminal e próstata, e aumento da glândula hipófise, mas quando a testosterona é 
administrada, essas estruturas retornam ao seu tamanho original. Isso evidencia que os 
testículos são responsáveis por controlar a morfologia dessas estruturas através da 
liberação da testosterona para a circulação, ressaltando a importância desse hormônio no 
desenvolvimento do sistema reprodutor masculino.

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