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Evolução da Fotografia

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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Publicidade e Propaganda 
 
 
 
 
 
 
Aula 3 
 
Linguagem Visual 
 
 
 
Professora Sionelly Leite da Silva Lucena 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
 
Introdução 
Conversa inicial 
 
Que bom que estamos juntos novamente. Hoje, vamos discutir a evolução 
social e tecnológica da imagem, tratando em especial da fotografia. 
Começaremos nossa aula apontando alguns aspectos da trajetória evolutiva da 
captura fotográfica, e os efeitos repercutidos no olhar do século XIX, tendo em 
vista a expansão e massificação do equipamento fotográfico. 
Vamos lá! 
 
 
Agora é a vez da professora Sionelly falar sobre a aula de hoje! 
Confira no que está no material on-line! 
 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Um click fotográfico é carregado de muitas histórias: conta-se tanto a 
trajetória dos processos de captura quanto a evolução do olhar dos fotógrafos, 
que interpretam o mundo num recorte de sua escolha. Agora, imagine você, as 
possibilidades de se reparar e construir histórias através de imagens. 
Pois bem, a fotografia é ponte entre o passado e o presente, e nesse traço 
de construção é importante o domínio técnico e a consciência das escolhas no 
momento do click. Os fundamentos básicos da fotografia estão baseados no 
controle da luz que pode ser feito por três ajustes diferentes: ISO, diafragma e 
obturador. 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
No material on-line a professora Sionelly falará um pouco mais sobre as 
características das linguagens da fotografia. Não deixe de assistir! 
PESQUISE 
A idade da luz: a história da câmera escura. 
 
Em plena era vitoriana, no século da expansão de diversos meios e auge 
das transformações da sociedade, vieram as máquinas a vapor, as estradas de 
ferro, o telégrafo, as comunicações, e a fotografia. O primeiro registro fotográfico 
da história, "a primeira fotografia permanente do mundo", foi um registro do 
francês Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833), em 1826 ou 27, em uma 
experiência batizada como heliografia, processo que faz gravação da imagem 
com a luz do sol. 
Foram exigidas cerca de 8 horas de exposição para fixar a paisagem vista 
da janela da oficina de Niépce, e, como dá para ver na Figura 1, a qualidade era 
baixíssima. Veja a figura a seguir! 
 
 
Figura 1 - Considerada a primeira fotografia da história, imagem fixa em 
processo de heliografia 
Fonte: https://www.khanacademy.org/humanities/becoming-modern/early-photography/a/early-photography-
nipce-talbot-and-muybridge 
 
https://www.khanacademy.org/humanities/becoming-modern/early-photography/a/early-photography-nipce-talbot-and-muybridge
https://www.khanacademy.org/humanities/becoming-modern/early-photography/a/early-photography-nipce-talbot-and-muybridge
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
Sabemos que a fotografia como invenção, não teve um único nome, nem 
surgiu do dia para a noite. Ela é uma síntese de descobertas físicas e químicas, 
que vão da Antiguidade aos tempos contemporâneos, até a foto de Niépce. 
Para citar alguns nomes, temos: 
 
 Aristóteles (384-322 a.C.) - que observou a qualidade de projeção da 
imagem do sol em um eclipse parcial, imagem que se projetava no chão, 
ao passar através de um furo em uma folha de árvore. 
 
Em seus registros, há o primeiro apontamento para a câmara escura, a caixa 
que ele observou que, se for colocado algum objeto/cena em frente à câmara 
escura, na parede oposta ao furo da caixa será projetada uma imagem menor e 
invertida, refletindo o objeto. 
Além do filósofo grego, outro importante nome que utilizava a câmara escura 
para projeção em seus desenhos foi o pintor italiano Leonardo da Vinci. 
 
Figura 2 - Câmara escura: a imagem é observada menor e invertida 
Fonte: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/wp-content/uploads/2012/08/800px-Camera_obscura2-600x372.jpg 
 
Em experimentações químicas, para fixar a imagem, há nomes como o do 
inglês William Henry Fox Talbot (1800–1877), que desenvolveu o sistema 
positivo e negativo da fixação da imagem, batizado de calotipo, o que permitia a 
duplicação da imagem em larga escala. 
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/wp-content/uploads/2012/08/800px-Camera_obscura2-600x372.jpg
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
Outro grande nome é o do francês Louis Jacques Mandé Daguerre (1781-
1851), que batizou sua invenção como daguerreótipo, embora os experimentos 
tivessem sido trabalhados junto a Niépce. Criado em 1837, o daguerreotipo, 
fabricado por Alphonse Giroux, foi o primeiro equipamento fotográfico produzido 
em escala comercial. 
 
Apresentado publicamente em 1839, na França, ano em que o governo 
francês declarou o invento como domínio público, que havia financiado Daguerre 
em seus experimentos. 
 
Com o daguerreótipo, é acelerado o tempo de exposição, possibilitando a 
produção de retratos, em que o fotografado não tivesse que ficar imobilizado por 
minutos, às vezes com a ajuda de um aparato de ferro que o prendia na cintura, 
alinhava o tronco e segurava a cabeça. Tudo para a fotografia não sair tremida, 
devido ao longo tempo de exposição. 
Para que toda essa estrutura não aparecesse, o cenário era disfarçado 
com cortinas, eram colocadas roupas volumosas nos modelos, e outros 
elementos na composição da foto. Já os olhos, que não ficam imóveis por muito 
tempo, precisavam ser retocados à mão, normalmente com lápis nanquim. 
No Brasil, o pioneiro da fotografia é Antoine Hercule Romuald Florence 
(1804–1879), que em 1832 começa a investigar as possibilidades de fixação da 
imagem, por meio da câmara escura e experiências fotoquímicas, dão origem a 
imagens que ele batiza de photographie, em 1833. 
Com as objetivas desenvolvidas por Joseph Maximilian Petzval (1807- 
1891), 16 vezes mais luminosas, o tempo de exposição cairia de 15 minutos para 
algo em torno de 30 segundos. Com o processo mais rápido, a partir de 1842 
foram abertos os primeiros estúdios fotográficos especializados em retratos, que 
foram um sucesso. 
A sociedade posava para ser mostrada em suas organizações sociais e 
políticas, como já aconteciam com as pinturas, só que bem mais rápido do que 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
posar para um quadro. Aliás, os primeiros retratos, pagos pela alta classe 
burguesa da França, quase sempre buscavam referências de pose, luz e 
composição na pintura – esta, que marca o início das artes visuais, assim como 
para a fotografia. 
A partir da câmera de filme, lançada em 1888, desenvolvida por George 
Eastman, a fotografia se torna mais acessível, mais barata e de fácil manuseio. 
A fotografia instantânea, lançada em 1948 por Edwin Land, e a tecnologia digital, 
que produziu suas primeiras imagens em 1965 e foi comercializada a partir de 
1981, são dois pontos de ascensão da fotografia, que está cada vez mais 
acessível, ágil e sofisticada. 
Cada vez menores, os equipamentos estão também cada vez mais 
rápidos, tanto no processo de captura quanto o de compartilhamento com outras 
pessoas. Acessível na palma das mãos, nos celulares, smartphones e tablets, o 
registro é cada vez mais simples, bastando um toque do indicador na tela do 
aparelho, e a imagem está pronta para ser compartilhada em redes sociais que 
reúnem milhões de pessoas do mundo inteiro. 
O “velho” álbum fotográfico se transforma. Armazenando lembranças, 
antes, abertas em encontros familiares e/ou com amigos mais próximos, que se 
acomodavam à sala de estar, rodeando as fotos e suas respectivas histórias; 
atualmente, esses registros vão parar facilmente em computadores e outros 
aparelhos, acessíveis a quase todos que queiram ver e até participar de 
comentários e recados. Assim, seja um recorte de um fato noticioso, uma 
contemplação de uma paisagem,um registro documental, a fotografia narra uma 
parte da história e acomoda valores, participando da construção social e 
histórica, mediando conhecimento e informação, como também entretenimento 
e prazer, tragédias e ciência. 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
7 
Técnica fotográfica 1: composição e enquadramento 
 
Um dos atributos da técnica fotográfica é o recorte, ou seja, o espaço que 
será demarcado como a área fotográfica, o assunto selecionado para compor a 
imagem. Dentro dessa escolha, há dois aspectos a ser considerados, que são a 
composição e o enquadramento. 
Vamos começar relembrando esses aspectos, que foram citados nas 
possibilidades técnicas e estéticas da imagem. Relembrando, portanto: 
 
 composição: é a forma como os elementos da imagem são dispostos, 
distribuídos dentro do frame; 
 enquadramento: é o recorte do quadro, que pode ser na vertical, na 
horizontal ou na diagonal. 
Dentro de tais aspectos, a imagem tem sua linguagem, recepção, significação, 
contexto, etc., que lhe são próprios. Vamos exemplificar isso fazendo algumas 
análises fotográficas. 
 
 
Figura 1 
Na Figura 1, vemos três velas acesas em um recipiente. O fundo e a 
superfície têm aspecto liso e brilhoso, trazendo o efeito de reflexo de patê de 
uma das velas. Sobre a composição da imagem, pode-se destacar o 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
posicionamento dos elementos, que estão mais à direita da imagem; todos estão 
postos de forma harmônica e sem desproporções geométricas ou de textura. 
O enquadramento foi tomado em linha reta, ou seja, em frente aos 
elementos, na horizontal, para dar uma sensação de prolongamento dos objetos, 
principalmente ao recipiente onde se encontram as velas. 
 
Já na Figura 2, temos um buquê de flores no centro da imagem. 
 
 
Figura 2 
 
A fotografia foi tomada, assim como a Figura 1, também na horizontal, 
desta vez aproveitando as laterais do ambiente, com as flores e cores, que se 
destacam ao contornar a imagem. A tomada foi de baixo, com a câmera 
posicionada quase no chão, para enfatizar o elemento principal no primeiro 
plano. 
Outra dica para composição e enquadramento é a regra dos terços, que 
consiste em dividir a cena/elementos da imagem em duas linhas horizontais e 
duas linhas verticais. Os quatro pontos de interseção nessas 4 linhas são os 
pontos onde os nossos olhos concentram maior atenção. Em muitos casos o 
ideal é manter o assunto principal em algum desses pontos, o que chamará mais 
a atenção – ou seja, centralizar o elemento da foto não significa uma foto mais 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
equilibrada. Esse recurso não é privilégio das câmeras fotográficas, hoje em dia, 
celulares vêm com essas linhas no visor, para ajudar na hora do clique. 
 
 
http://www.fotografia-arte.com/ 
Técnica fotográfica 2: ISO, obturador e diafragma. 
 
Para se trabalhar a técnica fotográfica no modo Manual do equipamento, 
há que se entender o que pode ser chamado de tríade básica, que seria o 
controle do uso do obturador, do diafragma e o ISO. O controle desses três 
pontos técnicos permite o controle da exposição do sensor/filme à luz, e assim, 
portanto, a quantidade necessária de luz para fixar a imagem na superfície 
exposta. 
 
Se exposta a muita luz, dizemos que a fotografia foi superexposta; e caso 
a exposição à luz seja insuficiente, dizemos que a imagem foi subexposta. 
 
Para entender o controle e a dosagem de luz necessária para a formação 
da imagem no sensor/filme, partimos, então, da tríade básica, que, juntas, 
equilibram a luz: 
 
Subexposta Superexposta 
------------------------------------------ Luz ++++++++++++++++++++++++++ 
http://www.fotografia-arte.com/
 
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10 
Obturador: é equivalente a uma janela que abre e fecha, a partir do 
comando em que se programa o tempo de abertura dessa janela. Pode-se expor 
o sensor/filme a um tempo mais longo ou mais curto de exposição, alternando a 
dosagem de luz e a velocidade com que o registro será capturado. Junto ao 
diafragma, o obturador compõe os olhos da câmera. Conforme visto nas 
possibilidades técnicas e estéticas da imagem, podemos ter: 
 
a) velocidade alta, o que congela os elementos que estão em movimento diante 
da câmera; e 
b) velocidade baixa, que, por sua vez, borra os elementos que se movem. 
 
Diafragma: é uma estrutura da lente formada por várias lâminas 
metálicas que regulam a entrada de luz, assim como se comporta a íris do olho 
humano. A abertura é medida em um valor numérico, o f/stop, sempre 
antecedido por um “f/” (f/2, f/5.6, f/16, por exemplo). 
 
A abertura se refere à profundidade de campo e à nitidez da imagem, no 
que se concentra a abertura do diagrama, que são hastes que se fecham em 
formato de espiral. Quando se ajusta o f/stop, está se aplicando o tamanho da 
abertura dele, que pode variar entre a abertura máxima, que é 1, e a mínima, 
que varia de equipamento para equipamento, mas geralmente vai de 22 a 44. 
 
 
 
 
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ISO: o ISO, por sua vez, refere-se à sensibilidade da exposição do 
sensor/filme. Quanto maior a sensibilidade, mais luz será recebida pelo 
sensor/filme. Para este ajuste, é indicado para lugares que possuam pouca 
luminosidade, como algumas ruas à noite, ou ambientes fechados. Já a menor 
sensibilidade é indicada para lugares muito luminosos, ou para que a imagem 
não possua seu “grão” ampliado. 
 
Para entender esses três conceitos técnicos, vamos analisar as imagens 
abaixo: 
Figura 1 
 
Na Figura 1, temos uma cena de praia – há identificação pelo mar, pela 
areia e céu. Percebe-se que a imagem foi registrada no pôr do sol, portanto, a 
luz é quase escassa. Para que a foto saia nos ajustes perfeitos (o que é relativo, 
claro), é necessário que a exposição se dê no controle do diafragma e a 
velocidade mais alta do obturador. Aqui, a prioridade técnica foi aplicada no 
obturador e no diafragma, o que se nota pelas nuvens que não perderam seu 
formato, e no movimento do mar, congelado, com ondas estáticas e nítidas. 
E mais: houve equilíbrio do diafragma, que está mais fechado, como se 
vê pela profundidade de campo; e a não granulação, mostrando que: 
1) o ISO está baixo, ou 
2) a câmera não granula em condições altas do ISO. 
 
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Figura 2 
 
Na Figura 2, temos uma cena urbana: dezenas de pessoas andando 
numa rua, e no centro da imagem um corredor, ou parte da rua/calçada. A 
técnica utilizada aqui é oposta à Figura 1. O diafragma está aberto, provocando 
desfoque em grande parte da imagem. Já o obturador está com velocidade alta, 
garantindo o congelamento das pessoas, que andam na rua. O ISO não pode 
ser calculado a olho nu, sem os dados da imagem. 
Aprenda mais sobre esses assuntos, lendo o artigo indicado “A insustentável 
leveza do clique fotográfico“ e também assistindo ao vídeo da professora 
Sionelly. 
 
Saiba mais 
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/viewFile/14
65/1211 
 
 
Antes de continuar, preste atenção ao que a professora Sionelly tem a 
dizer sobre esse assunto, acessando o material on-line. 
 
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/viewFile/1465/1211
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/viewFile/1465/1211
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
13 
 
Técnica fotográfica 3: foco e white balance. 
 
Outros dois pontos importantes da técnica fotográfica são o controle do 
foco e do balanço de branco. O ajuste do foco se refere basicamente à 
profundidade de campo, ou seja, a medida que ofoco pode alcançar o objeto, 
pode ser parcial ou completo. Por exemplo, como visto em outra aula, se o 
fotógrafo quiser restringir o foco a uma pequena parte do elemento, ele vai utilizar 
uma técnica específica para transmitir tal sensação, nos ajustes do foco e do 
diafragma. 
Observe as seguintes imagens: 
 
A captura, sendo registrada com pouca profundidade de campo, trará um 
efeito de desfoque. 
 
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Se o fotógrafo quiser capturar um elemento completamente focado, ele 
deverá articular uma grande profundidade de campo. 
 
 
Nos retratos, para destacar a pessoa, foque nos olhos e utilize uma 
grande abertura para diminuir a profundidade de campo e obter o efeito “fundo 
desfocado”, como, por exemplo, na imagem a segui. 
 
 
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Ao contrário, para trazer a sensação de profundidade, deve-se optar pelo 
diafragma mais fechado, caso a condição de luz seja favorável. Com isso, deve-
se compensar a pouca entrada de luz do diafragma com a velocidade média de 
tempo de abertura do obturador, ou ainda da elevação da sensibilidade ISO. 
Claro que, tudo depende da condição de luz do ambiente. 
 
Importante! 
Foco infinito: Com o foco infinito garantimos que todos os elementos da 
composição da imagem fiquem nítidos, a partir de uma distância mínima, 
indicada no manual do equipamento. Recomenda-se o foco infinito para 
fotografar a lua, fogos de artifício, estrelas e outras cenas noturnas difíceis de 
focar manualmente. 
 
 
Já o balanço de branco ou white balance (WB) seria um processo de 
remoção de cores não reais e se refere a um ajuste que a câmera interpreta a 
luz do ambiente. O WB age de modo a tornar brancos os objetos que aparentam 
ser brancos para os nossos olhos, já que eles são muito bem treinados para 
julgar o que é branco em diferentes situações de luz, o que normalmente não 
 
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16 
acontece nas câmeras digitais. O balanço de branco correto deve calcular a 
"temperatura de cor" de uma fonte de luz. 
Para entender esse processo, precisamos analisar as diferentes 
temperaturas e cores da luz. 
 
 
 
Basicamente, as cores são divididas em frias e quentes, sendo as 
primeiras mais azuladas e as segundas mais puxadas para o vermelho. Quando 
se fala em “bater o branco”, quer dizer que estamos mostrando para a câmera 
qual é o objeto branco naquela cena, para que, com esse cálculo, ela possa 
dosar as demais cores corretamente. Desta maneira, podemos deixar as cores 
da imagem o mais próximo possível do que vemos a olho nu. 
Caso se opte pelo balanço de branco automático, a câmera faz esse 
cálculo sozinha. Isso pode ser uma desvantagem quando acaba ocasionando 
um cálculo errado da temperatura da cor, e assim a imagem fica muito amarelada 
ou muito azulada, deixando a imagem muito fria ou muito quente. As cores da 
imagem podem ser ficar tão diferentes do real que acabarão com, vamos dizer 
assim, a magia do realismo fotográfico. 
 
Vamos analisar as imagens abaixo para entender esse processo. 
 
 
 
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Fotografia com temperatura quente, mais avermelhada. 
 
 
 
Fotografia com temperatura fria, mais azulada. 
 
Agora, assista ao vídeo da professora Sionelly no material on-line e 
aprofunde ainda mais seus conhecimentos sobre Linguagem e leituras 
fotográficas. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
18 
 
Técnica fotográfica 4: iluminação. 
 
A luz é a principal fonte de criação técnica da fotografia, pois sem luz não 
há estímulo visual nem fixação da imagem. A iluminação pode evidenciar um 
elemento, destacando-o dos demais, como também pode alterar sua conotação. 
A princípio, quando se pensa na iluminação, a fotografia desperta beleza 
e realismo quando a luz está bem dosada, seja ao conduzir a luz de forma que 
lembre o objeto/a cena de forma natural a olho nu, sem aberrações e efeitos 
especiais de luz; ou, ao contrário, com uma luz especial, diferente, como se fosse 
um flagrante poético, como na imagem a seguir. 
 
 
Na imagem, identificamos o lugar e a cena. Se trata de uma mulher em 
um restaurante, em almoço ou jantar. A luz do lugar é soft, ou seja, é suave, 
sem trazer uma sombra muito dura ou marcante aos elementos de cena ou à 
personagem. A luz parece ser de janela, natural, mas pode ser uma simulação 
de luz de janela, para causar tal sensação, apenas. 
Todos os elementos estão bem iluminados, do guardanapo ao lado 
inferior esquerdo, ao rosto da personagem, que tem uma sombra mais ao lado 
 
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19 
esquerdo do rosto (direito da imagem), o que nos leva a crer que há luz vindo 
apenas do lado oposto, o esquerdo. 
Ao entrar em cena, a luz conduz a fixação da imagem ao sensor/filme. 
Como visto na aula passada, se dosada excessivamente, a fotografia ficará 
superexposta, e se for escassa, a fotografia estará subexposta. Isso não quer 
dizer que só exista uma única possibilidade de luz para uma cena. Há diferentes 
formas, gostos e estilos de se “fazer a luz”, como diz o jargão fotográfico. 
E isso varia do olhar de um profissional para outro. Há quem, inclusive, 
faça trabalhos que revelem um cuidado especial com a luz, como parte de sua 
linguagem, de forma a exaltá-la como elemento principal. 
 
A fotografia em estúdio permite um maior controle da qualidade, da 
precisão e duração da luz. Há diversos equipamentos e acessórios, dentre eles 
luzes contínuas e flashes, em diferentes dosagens, possíveis de serem 
posicionadas em diferentes ângulos e medidas, surtindo efeitos controláveis e 
esperados. 
A luz pode ser natural, com o sol brilhante, céu limpo; soar diferenças 
quando o sol está alto ou está baixo; a sensível luz do céu, da luz, as estrelas; o 
 
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aproveitamento do céu nublado; as especificidades do nevoeiro, neblina e 
poeira, etc. 
A luz pode ser também artificial, com os postes das ruas, a iluminação de 
estádios, casas, hospitais, interiores, elemento de decoração, a luz destaca e faz 
ver no escuro. Evidencia, forma e informa. A luz é a matéria prima, e pode ser 
usada não apenas como fonte de criação, mas também como diferencial criativo. 
 
TROCANDO IDEIAS 
Percebeu como a construção fotográfica tem seus caprichos? Não é 
apenas um click, ou um simples recorte tomado no automático. Uma mesma 
cena pode ser revelada de diversas formas, a depender dos ajustes e gosto do 
fotógrafo, além, é claro, das condições de luz do ambiente fotográfico. Agora, 
que tal testar esses ajustes em uma câmera? 
Depois de fazer alguns testes compartilhe com seus colegas de curso no 
fórum da disciplina, disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), 
quais foram as suas maiores dificuldades e surpresas. 
NA PRÁTICA 
Agora que você conhece um pouco mais do funcionamento da câmera, 
que tal fotografar? Busque uma câmera que permita manuseio em modo manual 
e faça fotografias do tem que preferir, buscando o ajuste correto e as 
compensações do ISO, do obturador e do diafragma. 
Faça cinco fotografias, anote os ajustes de captura e liste observações de 
melhoras técnicas, apoiando-se na estética da luz, do recorte e demais aspectos 
técnicos vimos até aqui. 
 
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SÍNTESE 
Chegamos ao final da nossa aula. Hoje, vimos que a história da fotografia 
é longa e possui diversos nomes que contribuíram para que conhecêssemos a 
imagem tal como ela é. 
A técnica e sua evolução, por sua vez, trouxeram agilidade do manuseio 
e captura, além do que permitiram que cada vez mais imagens fossem 
registradas, mostrando e revelando recortes do mundo. 
 
 
Veja o resumo de tudoque foi abordado nesta aula, na síntese elaborada 
pela professora Sionelly, na videoaula a seguir. 
 
COMPARTILHANDO 
Que tal continuarmos essa bate-papo com nossos colegas? Você pode 
aproveitar este momento, para compartilhar o que aprendeu até aqui. Quando 
se compartilha o conhecimento, apenas se tem a ganhar, pois construímos uma 
boa sinergia com as pessoas ao nosso redor. 
 
Até a próxima aula! 
REFERÊNCIAS 
 
HEDGECOE, John. O Novo Manual de Fotografia. São Paulo: SENAC, 2005. 
PERSICHETTI, Simonetta. Imagens da fotografia brasileira. São Paulo: 
Estação Liberdade: SENAC São Paulo, 2000, volume 1, 2°edição. 
TRIGO, Thales. Equipamento fotográfico: teoria e prática. São Paulo: SENAC 
São Paulo, 2005.

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