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Introdução ao Direito Societário Geral

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- -1
DIREITO DAS EMPRESAS APLICADO
UNIDADE 1 - DIREITO SOCIETÁRIO GERAL
Saulo Bichara Mendonça
- -2
Introdução
Este capítulo se destina ao estudo do direito societário geral, conceituando a sociedade empresária, distinguindo-
a da sociedade simples, identificando discriminadamente os requisitos e procedimentos registrais necessários
para a consolidação da personalidade jurídica da sociedade.
Sejam simples (associações, fundações, cooperativas, dentre outras) ou empresárias (aquelas que desenvolvem
atividade própria de empresário), o registro em órgão competente é imprescindível para a consolidação da
personalidade jurídica.
A compreensão da definição da personalidade jurídica e seus efeitos proporcionará cognitivamente a distinção
dos limites patrimoniais da sociedade regularmente constituída e dos sócios que dela participam.
Com o estudo deste capítulo, você poderá compreender o propósito de se constituir o patrimônio da sociedade a
partir da consolidação do capital social como parte essencial e específica do patrimônio da sociedade,
caracterizado por ser uno, indivisível e intangível, compreendendo respostas de questões como: o que é uma
sociedade, juridicamente falando? Em que consiste a personalidade jurídica? Quais os efeitos da desconsideração
da personalidade jurídica?
A partir da compreensão dessas distinções e conceitos, você entenderá os objetivos do incidente de
desconsideração da personalidade jurídica, hoje regulamentado pelo Código de Processo Civil e não mais tratado
como mera teoria jurídica.
Vamos começar? Acompanhe e bons estudos!
1.1 Direito Societário Geral
O estudo do Direito Societário exige compreensão do conceito de pessoas jurídicas, conhecidas como uma
espécie de , ou seja, instituições com capacidade atribuída pela ordem jurídica, compostas porficção jurídica
pessoas físicas, mas distintas destas em existência, patrimônio, responsabilidades e atribuições.
Diz-se ficção jurídica, de acordo com a teoria da ficção, segundo a qual a pessoa jurídica não detém existência 
social, mas somente existência ideal, ou seja, é um produto da técnica jurídica com fim de viabilizar negócios
jurídicos variados de acordo com o objeto social de cada instituição criada.
As sociedades regularmente constituídas são pessoas jurídicas, unidades jurídicas com finalidade própria de
acordo com seu objeto social, dotada de capacidade de organização de pessoas e bens (capital) com
responsabilidades e direitos.
Figura 1 - Pessoas jurídicas são ideias sendo concretizadas; no caso das sociedades regularmente constituídas, as 
pessoas jurídicas representam, na prática, a sistematização do encontro de vontades.
Fonte: SIphotography, iStock, 2019.
As pessoas jurídicas podem ser de direito público e de direito privado. As primeiras compreendem os entes
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As pessoas jurídicas podem ser de direito público e de direito privado. As primeiras compreendem os entes
públicos, mas não são objeto desta disciplina. Já as pessoas jurídicas de direito privado são definidas pelo Código
Civil (BRASIL, 2002, ):on-line
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I - As associações;
II - As sociedades;
III - As fundações.
IV - As organizações religiosas;
V - Os partidos políticos.
VI - As empresas individuais de responsabilidade limitada.
Os incisos I, II, III e VI são objetos de estudo no Direito das Empresas, partindo, em regra, do conceito de
sociedade, a exceção da empresa individual de responsabilidade limitada – EIRELI que é uma pessoa jurídica
singular.
Ressalta-se, por oportuno, que as disposições concernentes às associações se aplicam subsidiariamente às
sociedades, objeto do Livro II da Parte Especial do Código Civil.
1.1.1 Conceito de sociedade
O estudo do direito societário se inicia a partir do conceito legal de sociedade, determinado pelo art. 981 do
Código Civil.
VOCÊ QUER LER?
A EIRELI foi regulamentada pela Lei nº 12.441/11, que instituiu o art. 980-A no Código Civil, e
representa espécie de pessoa jurídica destinada ao desenvolvimento individual de atividade
econômica, empresarial ou não, por apenas uma pessoa. Para saber mais, leia o artigo “A
inobservância dos termos fundamentais da teoria da empresa por normas positivadas: Estudo
de caso da EIRELI constituída para fins não empresariais” (MENDONÇA; ARRUDA, 2016),
disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca
/bibli_servicos_produtos/bibli_informativo/bibli_inf_2006/Rev-Juridica-UNICURITIBA_n.
.45.25.pdf
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_informativo/bibli_inf_2006/Rev-Juridica-UNICURITIBA_n.45.25.pdf
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_informativo/bibli_inf_2006/Rev-Juridica-UNICURITIBA_n.45.25.pdf
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_informativo/bibli_inf_2006/Rev-Juridica-UNICURITIBA_n.45.25.pdf
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Percebe-se que o Direito brasileiro adota o princípio da pluralidade societária, segundo o qual as sociedades são
compostas por, pelo menos, duas pessoas, podendo ser pessoas físicas e/ou jurídicas. As sociedades unipessoais
são exceções compreendidas como unipessoalidade societária (art. 1033, inciso IV, do Código Civil) ou
subsidiária integral (art. 251 da Lei nº 6.404/76), sendo a pluralidade de sócios a regra.
Após a união dos interesses dos sócios, constituindo a sociedade em si, parte-se a compreensão da sociedade
personificada ou não personificada, neste sentido, lê-se Rizzardo (2014, p. 27), segundo o qual:
No pertinente às sociedades, presentemente há duas grandes classes: as não personificadas, isto é,
aquelas que, embora com estatutos ou contrato social, não tem o registro; e as personificadas, ou
seja, as com ato constitutivo e o registro. As personificadas, que se subdividem em simples e
empresárias, de modo geral substituem as antigas sociedades civis e comerciais – as primeiras
ficando subsumidas nas simples e as segundas nas empresárias.
Ou seja, a despeito do art. 967 do Código Civil determinar a inscrição do empresário ou sociedade empresária no
Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais do estado da respectiva sede, antes do
início da atividade, reconhece-se a prática da atividade econômica empresarial antes mesmo da realização do
registro.
E, muito embora, o referido dispositivo legal se reporte ao registro de empresa, ele se aplica às sociedades
simples, considerando que o ato de registro tem fins fiscais relevantes para o Estado enquanto titular de tributos.
Dessa forma, para fins fiscais, o registro da sociedade, seja simples ou empresária, é essencial para que se
constitua formalmente a pessoa jurídica e para que se possa exigir desta, pelo Estado, a satisfação pelas
responsabilidades fiscais.
VOCÊ SABIA?
O direito de empresa é regulado em sua base pelo Código Civil, mas não por isso perde sua
autonomia teórica, principiológica, didática e jurídica. Ocorre que o advento do Código Civil,
em 2002, se deu a derrogação do Código Comercial brasileiro de 1850 que ainda tem vigente a
parte relacionada ao direito marítimo. Várias são as críticas a esta tentativa de unificação dos
institutos jurídicos em um único diploma legal, o que deve sofrer nova alteração se o Projeto
de Lei do Senado n° 487, de 2013, for aprovado e sancionado. Havia outro projeto de lei com
objeto semelhante na Câmara dos Deputados, PL 1.572, de 2011, mas foi arquivado.
VOCÊ QUER VER?
As Juntas Comerciais são vinculadas administrativamente ao Departamento Nacional de
Registro Empresarial e Integração – DREI, órgão federal ligado ao Ministério da Indústria e
Comércio. Assista ao vídeo (2017) para saber mais sobre as Juntas Comerciais:
https://www.youtube.com/watch?v=XHD3xDRKV8U.
https://www.youtube.com/watch?v=XHD3xDRKV8U
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responsabilidades fiscais.
1.1.2. Sociedades simples e empresária
A lei distingue a sociedadeempresária da simples por exclusão, o art. 982 do Código Civil determina que
empresária são as sociedades que desenvolvem atividades próprias de empresários nos termos do art. 966, do
referido Código, sendo simples as demais.
Dessa forma, independentemente do tipo de estrutura societária que se adote, dentre os modelos
regulamentados no Código Civil, seu enquadramento como simples ou empresária, em regra, dependerá do
objeto social descriminado, salvo as sociedades por ações (sociedades anônimas ou companhias) que sempre
serão empresárias (art. 2º da Lei nº 6.404/76).
Ou seja, os tipos societários a saber: sociedade em comum, sociedades em conta de participação, sociedade em
nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade em comandita por ações e sociedade limitada podem
desenvolver atividades econômicas empresariais ou simples, de acordo com o disposto, como seu objeto social,
já as sociedades por ações serão sempre sociedades empresárias.
Por essa razão, se justifica o presente no art. 1.150 do Código Civil que trata do registro empresarial,
determinando que o registro da sociedade empresária se realize no Registro Público de Empresas Mercantis a
cargo das Juntas Comerciais e das sociedades simples no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, se a sociedade
simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.
1.1.3. Sociedades de direito e sociedades de fato
Então, temos as sociedades a partir da união de vontades de duas ou mais pessoas dispostas a contribuírem para
um propósito em comum, partilhando lucros ou prejuízos proporcionais aos valores com os quais contribuíram
para a formação da sociedade em si.
Essa intenção dos sócios em compor a sociedade deve ser reduzida a termo em um documento chamado de 
 que, embora tenha parâmetros dispostos em lei, deve refletir a intenção, a perspectiva e ascontrato social
metas dos sócios na idealização do negócio jurídico a ser desenvolvido a partir da relação societária.
Entabulado os termos do contrato social, este deve ser levado a registro no órgão competente de acordo com a
natureza jurídica da sociedade que se formou, momento a partir do qual se verifica a existência regular da
pessoa jurídica, conforme os termos do art. 985 do Código Civil, passando, dessa forma, a representar uma
pessoa jurídica de direito privado, com direitos e obrigações distintos dos direitos e obrigações pessoais dos
seus sócios.
Ressalta-se que o registro das sociedades empresárias, tal como o registro dos empresários individuais e das
EIRELIs, tem objeto social próprio de empresário nos termos do art. 966 do Código Civil, e deve ser realizado nas
Juntas Comerciais do Estado onde for a sede da atividade empresária, conforme regulamenta a Lei nº 8.934/94
que trata do Registro Público de Empresas Mercantis e atividades afins.
Registrada a sociedade, o compromisso dos sócios para com esta se limita ao valor das suas quotas (ou ações, no
caso das sociedades por ações), parcelas representativas de frações do capital social, que, por sua vez, é
representativo do núcleo do patrimônio da sociedade ora constituída.
Assim, tudo começa com a vontade dos sócios de unirem-se para desenvolver determinado negócio jurídico, de
cunho empresarial ou não, para o qual contribuem com valores em espécie ou bens suscetíveis de avaliação
pecuniária destinados à formação do capital social em troca da titularidade de quotas que conferem aos
investidores o de sócios, detentores de direitos e obrigações nos termos da lei, reconhecidos e exigíveis nostatus
estrito molde do contrato social devidamente registrado em órgão competente de acordo com a natureza da
sociedade constituída, se simples ou empresária.
A inexistência do registro do ato constitutivo da atividade empresária, seja desenvolvida através de uma
sociedade ou individualmente como empresário individual, relega os titulares da atividade econômica à
informalidade e as consequências desta, ou seja, a exposição integral do seu patrimônio ao risco do negócio, a
assunção total pelos resultados negativos que a atividade empresária eventualmente obtiver. O registro da
empresa não apenas institui regularmente a pessoa jurídica, mas distingue, delimita o patrimônio da sociedade
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empresa não apenas institui regularmente a pessoa jurídica, mas distingue, delimita o patrimônio da sociedade
(instituída em pessoa jurídica) e o distingue do patrimônio pessoal dos sócios que, em regra, não responde pelos
resultados econômicos da atividade empresária desenvolvida pela sociedade empresária (instituição).
1.2 Conceito de Sociedade Empresarial: noção de 
sociedade como contrato, patrimônio e pessoa jurídica
A sociedade empresária representa um negócio jurídico consolidado pelos sócios que a instituem
contratualmente, de maneira formal e regulamentar, permitindo que, a partir do desenvolvimento das atividades
empresariais, a sociedade em si amplie o seu patrimônio, sendo assim mais nítida a distinção jurídica entre a
sociedade empresária e seus sócios.
Observe que o desenvolvimento da atividade empresária por meio de sociedade exige atenção quanto ao tipo
societário a ser adotado, o que envolve, inclusive, a decisão por desenvolver a referida atividade formal ou
informalmente e verificar se a atividade empresária se enquadrará ou não como pequena empresa.
A pequena empresa é um conceito amplo com vinculação fiscal sobre a atividade econômica desenvolvida, tal
como se verifica na leitura do art. 3º da Lei Complementar nº 123/06, conhecida como Estatuto da Pequena
Empresa, que a define a partir dos resultados econômicos auferidos.
Então, as atividades econômicas (inclusive as simples, não empresárias) podem ser enquadradas como pequenas
empresas desde que sua receita bruta anual se encontre no patamar legal determinado.
Têm-se as pequenas empresas como gênero dos quais são espécies:
a) Microempreendedores individuais – MEI, assim definidos como os empreendedores que exerçam as atividades
de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, através da qual tenha auferido
receita bruta, no exercício social anterior, de até R$ 81.000,00, que seja optante pelo Simples Nacional e que não
esteja impedido de optar pela sistemática nos termos do art. 18-A, §1º da Lei Complementar nº 123/06;
b) Microempresas, que aufiram, em cada exercício social, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00;
c) Empresa de pequeno porte, que aufiram, em cada exercício social, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00.
Assim, independentemente do tipo jurídico de sociedade adotado e da espécie de atividade econômica
desenvolvida (simples ou empresária), o enquadramento como pequena empresa pode se dar verificando a
receita bruta anual auferida.
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A partir desses conceitos, pode-se compreender melhor a sociedade empresária e suas idiossincrasias.
1.2.1. Sociedade empresária
A sociedade empresária, como se viu, é aquela que desenvolve atividade própria de empresário.
O empresário é identificado a partir do conceito insculpido no do artigo 966 do Código Civil,caput
inspirado no artigo 2.082 do italiano [...]. O conceito derivado da legislação pátriaCodice Civile
considera o empresário como agente econômico dedicado profissionalmente ao exercício da
empresa (MENDONÇA, 2017, p. 50).
Nesse sentido, a sociedade empresária deve se dedicar, formalmente, à prática da atividade profissional e
economicamente organizada de produção e/ou circulação de bens e/ou serviços, tendo nesta atividade intuito
de auferir lucro a partir do capital investido, da gestão dos colaboradores da empresa e de atividades de 
.marketing
A sociedade empresária é aquela que tem por objeto a exploração habitual de atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, sempre com escopo de lucro.
Explora, pois, de forma profissional a empresa, resultado de ordenação do trabalho, capital e, por
que não, tecnologia (CAMPINHO, 2016, p. 50).
Mas o desenvolvimento dessa atividade empresarial prescindeuma relação jurídica contratual. O ato que
constitui formalmente a sociedade, denominado contrato social, é uma relação plurilateral, haja vista que todos
os sócios se encontram no mesmo lado da relação jurídica, como se verificará na sequência.
Um grupo de empreendedores informais, composto por jovens que produzem de forma
artesanal materiais para entretenimento de animais domésticos, destinados ao comércio
eletrônico ( ), vê a procura por seus produtos crescer vertiginosamente depois quee-commerce
fazem promoção em uma rede social na qual registraram um positivo. O fato os levoufeedback
a serem procurados por uma grande empresa do segmento de que desejava consolidarpets
parceria para a venda dos produtos com exclusividade por um determinado tempo.
Por essa razão, o grupo opta por regularizar o negócio, mesmo acreditando que, apesar das
perspectivas positivas, ainda se enquadram como pequena empresa. Os jovens, então, buscam
por conhecimentos técnicos para conhecerem melhor os procedimentos legais necessários
para se registrarem como pequena empresa. Eles solicitam um parecer fundamentado que
elucide as dúvidas existentes sobre o tema.
Redija o parecer a partir da análise do Estatuto da Pequena Empresa e discorra sobre as
espécies que compõem este gênero, de forma a dissociar as PMEs das pessoas jurídicas
elencadas em lei, enaltecendo o critério objetivo que o legislador adotou para definir as PMEs.
- -8
1.2.2. Sociedade como contrato
As relações jurídicas consolidadas por meio de contrato têm como escopo a previsão de alternativas e soluções
ante eventuais futuros impasses.
Ao considerar os termos da legislação, quando define a sociedade nos termos do art. 981 do Código Civil, o
legislador idealiza uma relação jurídica pacífica em que as partes envolvidas estão focadas na realização de
atividades em comum que beneficiarão a todos com o resultado alcançado.
Mas, inevitavelmente, pessoas envolvidas em relações jurídicas que se protraem no tempo e no espaço terão que
enfrentar imprevistos e desentendimentos sempre que não for possível equalizar os interesses ante as
demandas e oportunidades que se apresentarem.
Dessa forma, o contrato tem por fim equilibrar a relação entre os signatários evitando que as soluções sejam
buscadas caso a caso, prevendo hipóteses de deslindes para variados e previsíveis impasses de forma a evitar
que a urgência da demanda impeça que se chegue a um consenso, vicie ou leve uma das partes a duvidar da
credibilidade da alternativa encontrada, ensejando um sentimento de injustiça.
Figura 2 - O contrato é um acordo motivado pela vontade autônoma expressa pelos sócios, signatários do 
negócio jurídico.
Fonte: Yurii Andreichyn, Shutterstock, 2019.
Por isso se diz que os contratos são como leis entre as partes que o celebram, porque, tal como as leis, suas
cláusulas são imperativas, abstratas e impessoais, especificamente no contrato social firmado por sócios em uma
sociedade, pois, neste caso, um signatário não está em condição de hipossuficiência em relação ao outro.
Segundo Posner (2010, p. 216), “a razão disso fica clara se compreendermos que a função econômica do direito
contratual moderno é facilitar transações nas quais uma ou ambas as partes levam tempo considerável para
cumprir sua obrigação”.
Dessa forma, o art. 997, do Código Civil, ao determinar que o contrato social pelo qual a sociedade se constitui
seja escrito, particular ou público, autoriza os signatários a estipularem cláusulas de acordo com suas
expectativas ante ao negócio que estão por empreender. O rol de elementos que o citado artigo determina que
exista no contrato social não é taxativo.
A partir dessas considerações, se compreende a razão pela qual se diz que o contrato social é um contrato
- -9
A partir dessas considerações, se compreende a razão pela qual se diz que o contrato social é um contrato
plurilateral, pois seus signatários não almejam contraprestações recíprocas uns contra os outros, como nos
contratos bilaterais, nem se colocam na condição de ceder algo sem contraprestação, como nos contratos
unilaterais.
No contrato social, os sócios se unem, conforme determina a lei, e se obrigam, espontaneamente, a contribuir
para o exercício de atividade empresária, visando partilhar, entre si, os resultados auferidos, então se põem lado
a lado e consolidam a estrutura de uma pessoa jurídica representativa da sociedade que instituíram com o
encontro de suas vontades.
Assim, firmado o contrato social, com as cláusulas indicadas pela lei e com as que os sócios entendem que são
necessárias, tão logo seja registrado na Junta Comercial (no caso das sociedades empresárias) a pessoa jurídica
recém-instituída já detém titularidade patrimonial sobre os bens que se compõem a partir do capital social
subscrito e/ou integralizado pelos sócios.
Ao firmarem o contrato social, os sócios definiram o valor do capital social, bem como em quantas quotas ele se
dividirá e qual será o valor de cada quota; ao subscreverem o contrato social, os sócios se comprometem a
integralizar as quotas nos termos firmados no referido contrato social, integralizando-as efetivamente, passam a
ser titulares das quotas e a sociedade titular do patrimônio registrado em seu nome.
Perceba que a constituição formal da sociedade, por meio de contrato social registrado em órgão competente,
institui uma pessoa jurídica diferente dos sócios, autônoma em relação a eles, detentora de responsabilidade
civil, patrimonial e capacidade jurídica.
1.2.3 Patrimônio societário
O patrimônio societário, ou o patrimônio da sociedade, se constitui a partir do aporte de capital realizado pelos
sócios tão logo integralizem as quotas que subscreveram nos termos do contrato social. Compondo o capital
social, a sociedade é, reconhecidamente, titular de bens, consequentemente titular de obrigações legais de
natureza fiscal, cível, trabalhista, ambiental e administrativa, bem como responsável cível e criminalmente por
atos que praticar em prejuízo de terceiros.
A partir da integralização do capital social, a sociedade detém condições de desenvolver as atividades descritas
na cláusula objeto social e ampliar patrimônio a partir dos resultados verificados.
A proposta da sociedade empresária como uma pessoa jurídica que desenvolva atividade própria de empresário
O estudante de direito percebe, logo no começo do curso, que os conceitos legais, não raras
vezes, encontram exemplos dissonantes na prática, o que pode levá-los a pensar que, na
prática, a teoria talvez seja outra. Assim, considere suas vivências com instituições
empresariais, seja como consumidor, colaborador da empresa (empregado), prestador de
serviço autônomo, ou talvez como empresário propriamente dito, sócio ou mesmo outra forma
específica de vínculo que você possa ter com uma atividade empresária. A partir da sua
experiência pessoal, apresente um resumo acerca dos conceitos de sociedade e empresário,
considerando os termos técnicos e as normas vigentes estudadas. Disserte acerca do conceito
de sociedade empresária indicando exemplos práticos de sociedades empresariais,
construindo um paralelo entre teoria e prática.
- -10
A proposta da sociedade empresária como uma pessoa jurídica que desenvolva atividade própria de empresário
é que o capital investido no desenvolvimento de sua atividade retorne com acréscimo, daí a ideia de lucro, que
representa o retorno remunerado do capital investido e sua persecução por parte dos titulares da atividade
empresária corrobora com o efetivo desenvolvimento da função social da empresa (MENDONÇA, 2012).
Assim, tudo o que for consolidado a partir do efetivo desenvolvimento pela sociedade empresária da atividade
profissional e economicamente organizada destinada à produção e/ou circulação de bens e/ou serviços
corresponderá ao patrimônio da sociedade em si, não se confundindo com o patrimônio pessoal dos sócios;
estes, tão logo integralizem suas quotas, terão direito de participar nos dividendos na proporção de seus
investimentos e nos moldes determinadosno contrato social, isso porque as pessoas físicas distinguem-se das
pessoas jurídicas.
1.2.4. Sociedade a partir da pessoa jurídica
A distinção entre os sócios e a sociedade que constituem se deve porque a instituição societária regular registra
o surgimento da pessoa jurídica representativa da sociedade em si.
Como se verificou no art. 985 do Código Civil, o registro em órgão competente dos atos constitutivos da
sociedade institui a pessoa jurídica que, classicamente, é definida como entidade ou instituição “a quem a ordem
jurídica atribui capacidade para titular direitos e obrigações” (MONTORO, 2008, p. 563).
A despeito de qual teoria se filie para definir a pessoa jurídica, o importante é compreender que o objetivo da
pessoa jurídica é tornar impessoal as relações jurídicas obrigacionais, de forma que possam ser exigíveis mesmo
quando a pessoa física que instituiu a pessoa jurídica não mais responda por ela (seja por ter exercido direito de
retirada da sociedade ou por ter vindo a óbito).
Dessa forma, as obrigações assumidas quando do desenvolvimento da atividade empresarial por meio de uma
sociedade empresária são exigíveis mesmo que seu quadro societário tenha sido alterado, mesmo que seus
instituidores já não mais respondam pelas atividades praticadas. A ideia é que as instituições, as pessoas
jurídicas, sejam atemporais e os produtos ou serviços por elas proporcionados sirvam aos anseios dos
consumidores e de fomento econômico mesmo que seus idealizadores já não mais estejam entre nós.
Compreendendo a importância das pessoas jurídicas no contexto da celebração de negócios jurídicos de cunho
socioeconômicos, se entende a permanência em funcionamento de instituições seculares e a manutenção pelo
tempo do comprometimento com as obrigações patrimoniais assumidas ao longo do desenvolvimento da
atividade empresarial.
VOCÊ SABIA?
Pela Teoria da Ficção, segundo a qual só o homem é uma pessoa real, as instituições são
consideradas pessoas por uma ficção jurídica; já a Teoria Organista considera que o homem só
existe como é por viver em sociedade, de forma que as pessoas jurídicas seriam também
organismos reais. A Teoria da Instituição explica a realidade objetiva da sociedade sem
sacrificar a personalidade própria dos indivíduos, assim teríamos a realidade própria do ser
humano concomitante à realidade objetiva das instituições.
- -11
1.3 Sociedade como patrimônio: Capital social e 
patrimônio. Distinção patrimonial. Distinção entre 
Sociedade Simples e Empresarial. Distinção entre 
Sociedade, Associação e Fundação. Distinção entre 
Sociedade e Empresa
O patrimônio societário se constitui a partir do capital social, mas não se restringe a ele; compõe o patrimônio da
sociedade todo o seu ativo e passivo, correspondente a bens em universalidade de fato, como traz o art. 90 do
Código Civil (BRASIL, 2002).
1.3.1. Capital social e patrimônio
A legislação se refere ao capital social por via transversa, referindo-se às quotas que os sócios que investem na
sociedade têm direito tão logo integralizem o capital social, neste sentido lê-se o art. 1.055 do Código Civil.
Portanto, pode-se definir o capital social, , como o montante de contribuições dos sóciosgrosso modo
para a sociedade, a fim de que ela possa cumprir seu objeto social.
O capital social deve ser sempre expresso em moeda corrente nacional, e pode compreender
dinheiro ou bens suscetíveis de avaliação pecuniária (bens moveis, imóveis ou semoventes;
materiais ou imateriais) (RAMOS, 2017, p. 283).
Subscrito o capital social na celebração do contrato social, impõe-se ao sócio a exigência de sua efetiva
integralização, no caso das sociedades limitadas, a lei impõe responsabilidade solidária a todos os sócios pelo
prazo de cinco anos a contar da data do registro da sociedade no respectivo órgão competente (Junta Comercial
se empresárias e Registro Civil de Pessoas Jurídicas se simples), vendando ainda sua integralização por
prestação de serviços.
A proibição contida no art. 1.055, § 2º, do Código Civil se deve ao fato de ser impossível quantificar, valorizar os
serviços de alguém para fins de integralização do capital social; aceitar ou exigir de alguém que integralize
capital social com serviços corresponde exigir que esta pessoa trabalhe sem contraprestação pecuniária por um
lapso temporal sobre o qual não se encontraria consenso em delimitar.
Assim, integralizado o capital social, logrando êxito a sociedade no desenvolvimento eficaz do seu objeto social,
inevitavelmente seu patrimônio perceberá um crescimento substancial e seus registros contábeis demonstrarão
lucros a serem partilhados entre os sócios na proporção de suas quotas.
- -12
Figura 3 - Representação, de forma ilustrativa e hipotética, que o capital social pode ser fracionado na medida da 
capacidade dos sócios de contribuírem para a composição inicial da sociedade. O capital social poderia ser 
dividido entre quatro sócios na proporção de: 60%, 20%, 10 % e 10%.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2019.
Acaso a sociedade venha a ser dissolvida, total ou parcialmente, caberá o liquidante apurar os haveres para
partilhar entre os sócios o patrimônio líquido, na mesma proporção das quotas que integralizaram, ou seja, em
caso de dissolução da sociedade, deve o responsável pela liquidação patrimonial apurar as obrigações vencidas e
vincendas a quitar, registrar os pagamentos, verificar o saldo patrimonial remanescente e dividir entre os sócios
de forma equivalente ao total de quotas pertencentes a cada um, registrando o histórico das operações em ata de
assembleia de dissolução para fins de dar baixa no registro da pessoa jurídica, extinguindo-a de pleno direito.
Perceba que o procedimento ora apresentado não encontra distinção entre sociedades simples e empresárias; a
despeito da distinção natural entre as espécies societárias ambas desenvolvem atividade econômica, sendo que a
primeira têm propósitos filantrópicos e a última objetiva auferir lucros, porém ambas exigem investimentos e
movimentação financeira, ambas desenvolvem atividades econômicas, com propósitos distintos, mas ainda 
assim uma atividade econômica.
Dessa forma, mesmo as sociedades simples, que não desenvolvem atividade empresária, devem integralizar seu
capital social a partir do investimento dos sócios em quotas sociais.
1.3.2. Sociedade simples e empresária
Ao que se verifica, as sociedades simples e empresárias distinguem-se pela natureza do seu objeto social,
conquanto, ambas, como se verificou, em regra, exigem um investimento financeiro para sua consolidação.
O gênero sociedades simples possui variadas espécies, dentre as quais podem ser citadas: partidos políticos,
sindicatos, associações e fundações, organizações não governamentais, institutos, instituições religiosas, em
regra, são por natureza constituídas sobre os moldes de uma das espécies jurídicas de sociedades
regulamentadas pelo Código Civil.
Nesse instante, as associações e fundações merecem atenção especial ante a regulamentação determinada por lei.
- -13
1.3.3. Associações
As associações são um dos melhores exemplos de sociedades simples, pois se constituem pela união de pessoas
que se organizem para fins não econômicos. Mesmo assim, é inegável o caráter econômico da atividade,
considerando a existência deste em todas as atividades humanas em que se verifique a movimentação
patrimonial.
Por mais que os fins da associação não sejam econômicos, e isso se comprova, inclusive pela inexistência entre os
associados, de direitos e obrigações recíprocos, as atividades que a associação venha a desenvolver, de alguma
forma, exigirá movimentação patrimonial, consequentemente, econômica.
A regulamentação desse instituto em lei registra a liberdade dos associados em delimitar os termos e moldes da
associação, mesmo assim a lei impõe que o seu estatuto social (ato constitutivo da associação) contenha: sua
denominação, os fins e a sede da associação; os requisitos para a vinculação e desvinculação dos associados do
quadro institucional; os direitose deveres dos associados; as fontes de recursos para sua manutenção das
atividades institucionais (elemento de existência essencial que reforça a tese de que, embora não tenha fim
econômico, ainda assim desenvolve atividade de cunho patrimonial); o modo de constituição e de funcionamento
dos órgãos deliberativos e a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas, nos termos
determinados pela Lei nº 11.127, de 2005; e as condições para a alteração das disposições estatutárias e
dissolução da associação.
Muito embora os associados devam ter direitos iguais, o estatuto social poderá instituir categorias com
vantagens especiais, assim idealizadas e aprovadas pelos associados em assembleia.
Liberdade semelhante à lei garante aos associados disporem sobre a possibilidade de transmitir a qualidade de
associado a outrem, a princípio intransmissível, mas o estatuto social pode dispor em contrário.
Contudo, em caso de transferência da condição de associado, sendo este titular de quota ou fração ideal do
patrimônio da associação, a transferência daquela condição não importará, de per si, na atribuição da qualidade
de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição em contrário constante no estatuto social.
Ao contrário da transferência da condição de associado, sua exclusão só será admissível quando houver justa
causa. E, tendo esta um conceito genérico, seu reconhecimento deve se dar em procedimento que assegure
direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto social.
Em se tratando de uma sociedade sem fins lucrativos, simples por natureza, a lei garante ao associado defesa no
exercício de direitos ou funções que lhe tenha sido legitimamente conferido no estatuto social, salvo exceções
previstas no próprio ato constitutivo.
Uma vez dissolvida a associação, eventual patrimônio líquido remanescente será destinado à entidade de fins
não econômicos designada no estatuto social; sendo este omisso será necessário que os associados deliberem
sobre qual instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes será destinatária dos
referidos bens e valores.
Poderá, porém, o estatuto social, ou mesmo no silêncio deste, por deliberação dos associados, antes da
destinação dos bens e valores remanescente a outra instituição de fins semelhantes, deliberar por receber
restituição, com atualização do respectivo valor, das contribuições que tiver prestado ao patrimônio da
associação.
Por fim, se não houver no Município, Estado ou Distrito Federal no qual a associação tiver sua sede, instituição
semelhante, o saldo remanescente do seu patrimônio será direcionado à Fazenda Pública do Estado, Distrito
Federal ou da União.
1.3.4. Fundações
No que tange às fundações, sua instituição deve ser realizada por escritura pública ou testamento, dotação
especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Clique abaixo para saber como pode ser constituída sua instituição.
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Fundações podem ser constituídas para fins de:
assistência social; cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; educação; saúde; segurança
alimentar e nutricional; defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável; pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de
gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; promoção da ética, da
cidadania, da democracia e dos direitos humanos e atividades religiosas.
Se os bens destinados à constituição da fundação forem insuficientes, estes poderão ser incorporados por outra
fundação que se proponha a fim igual ou semelhante, salvo se de outro modo dispuser o instituidor.
Uma vez constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, será o instituidor obrigado a transferir-lhe a
propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, do contrário serão registrados em nome da fundação
por mandado judicial.
Aqueles a quem o instituidor declinar a aplicação do patrimônio, tão logo tome ciência do encargo, deverão
formular o estatuto social da fundação e submetê-lo à aprovação da autoridade competente. Se o estatuto social
não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou não havendo prazo por ele determinado não o for
elaborado em 180 dias, esta incumbência caberá ao Ministério Público do Estado onde for a sede da fundação.
Alterações no estatuto social da fundação exigirão deliberação por dois terços dos competentes para gerir e
representar a fundação; não se verifique contrariedade ou desvirtuação dos fins desta; e aprovação pelo
Ministério Público, no prazo máximo de 45 dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público denegar, poderá
o juiz supri-la, a requerimento do interessado.
Tornando-se ilícita, inexequível ou inútil a finalidade da fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o
Ministério Público, ou qualquer interessado, poderá promover sua extinção, incorporando-se o seu patrimônio
em outra fundação designada pelo juiz, desde que se proponha a fim igual ou semelhante a fundação extinta,
salvo disposição em contrário no ato estatuto social.
1.4 Personalidade Jurídica: Noção, Efeitos, Limitação de 
responsabilidade, Teorias, Desconsideração, Hipóteses no 
Direito brasileiro
A personalidade jurídica, como se verificou no tópico 1.2.4, consiste em uma criação jurídica destinada a
viabilizar negócios jurídicos a médio e longo prazo, proporcionando garantias e tutelando direitos de terceiros
de boa-fé que entabulem contratos variados com as pessoas jurídicas através de seus representantes legais.
Dessa forma, quando se procede ao registro do ato constitutivo da sociedade (simples ou empresária) tornamos
as relações impessoais e passamos a exigir a satisfação dos direitos e cumprimento dos deveres de forma
institucional, o que representa melhor tutela dos interesses das partes, haja vista que as instituições
transcendem seus instituidores e a lei não permite, em regra, que os responsáveis legais se desvinculem sem o
efetivo cumprimento de suas obrigações regulamentares e legais.
Assim, uma vez que se procede na forma do art. 985 do Código Civil, atentando ao art. 1.150 do mesmo diploma
legal, institui-se a limitação patrimonial em favor dos instituidores e sócios da sociedade e passa-se a exigir desta
a responsabilidade pelos negócios jurídicos entabulados em seu nome e sob sua responsabilidade, uma vez que a
pessoa jurídica goza de autonomia patrimonial, responsabilidade civil e penal e capacidade processual.
- -15
Figura 4 - Uma das maiores relevâncias em se constituir regularmente uma sociedade é instituir a limitação do 
patrimônio pessoal dos sócios ante aos compromissos financeiros a serem assumidos pela atividade 
desenvolvida pela sociedade em si.
Fonte: arka38, Shutterstock, 2019.
Contudo, apesar de autônoma em relação aos seus sócios, a pessoa jurídica ainda representa uma ficção jurídica,
uma criação do sistema jurídico para viabilizar determinadas relações negociais.
Tal fato pode proporcionar o uso indevido da pessoa jurídica, em descordo com a lei ou com o ato constitutivo,
em detrimento do interesse de terceiros de boa-fé, acarretando o locupletamento ilícitos de sócios ou
administradores. Em razão desse fato, pensou-se na possibilidade de desconsiderar a personalidade jurídica.
1.4.1. Desconsideração da personalidade jurídica
A então teoria da desconsideração da personalidade jurídica ( ) tinha como objetivo coibir adisregard doctrine
fraude contra credores, terceiros de boa-fé, sem pôr em dúvida a regra de separação dos patrimônios da pessoa
jurídica (sociedades e EIRELI) e dos sócios (ou instituidor da EIRELI). Assim, o intuito da teoria é preservar a
pessoa jurídica de seus membros, sem, contudo, deixar de valorizar o interesse de terceiros.
A referida teoria era conhecida e aplicada de duas formas. Clique abaixo para conhecê-las:
a) teoria maior segundo a qual exige-se requisitos específicospara a desconsideração da personalidade jurídica:
abuso caracterizado pelo desvio de finalidade ou confusão patrimonial praticado por algum (ou todos) dos sócios.
b) teoria menor pela qual basta que haja o inadimplemento para que o juiz possa determinar a desconsideração
da personalidade jurídica e, consequentemente, acessar aos bens dos sócios.
- -16
Há ainda a teoria invertida que visa a coibir o desvio de bens, em que o devedor é controlador de uma sociedade
para a qual transfere seus bens pessoais visando fraudar seus credores pessoais.
1.4.2. Desconsideração da personalidade jurídica no Direito Brasileiro: 
incidente de desconsideração da personalidade jurídica
A princípio, quando o incidente de desconsideração da personalidade jurídica era tratado como teoria da
desconsideração da personalidade jurídica, tínhamos o art. 28 da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa e Proteção
do Consumidor) que tratava o tema de forma restrita às relações de consumo.
O revogado art. 18, Lei n° 8.884/94, também tratou do tema, até ser revogado pela Lei nº 12.529/11, que
mencionou a possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica no seu art. 34, sempre que fosse
necessário proteger a ordem econômica.
O art. 4°, Lei n° 9.605/98, por sua vez, não apresenta simbiose com os parâmetros da teoria maior, considera que
não basta que a personalidade jurídica constitua mero obstáculo, é imperioso o abuso e a fraude para aplicação
da desconsideração da personalidade jurídica com meio de tutelar direitos ambientais.
Em 2002, o Código Civil no seu art. 50 incorporou efetivamente a teoria da desconsideração da personalidade
jurídica ao direito brasileiro.
De 1990 a 2002, a variedade de leis e interpretações não permitiram uma aplicação muito efetiva do instituto,
fato que parece ter inspirado o legislado em 2015, quando da atualização do Código de Processo Civil, que em
seu capítulo IV, regulamentou o incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
Desde então, o incidente de desconsideração da personalidade jurídica poderá ser instaurado a pedido da parte
ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo, observando os pressupostos previstos em lei.
VOCÊ QUER LER?
Leia a jurisprudência RMS 12872/SP (STJ-RMS, 2002) e REsp 63652/SP (STJ - REsp, 2001) e
compreenda como os magistrados aplicam a temática estudada.
VOCÊ O CONHECE?
Nancy Andrighi é ministra do Superior Tribunal de Justiça e ex-corregedora nacional do
Conselho Nacional de Justiça e subscreve vários julgados sobre o tema da desconsideração da
personalidade jurídica que podem ser pesquisados no Superior Tribunal de Justiça.
- -17
A nova regra aplica-se também nas hipóteses de desconsideração inversa da personalidade jurídica, motivada
pelas mesmas razões.
Agora, resta nítido que o incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento,
tal como no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial, a despeito de
poder ser requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica em si.
Exige-se que o requerimento demonstre o preenchimento dos pressupostos legais específicos para
desconsideração da personalidade jurídica: abuso da autonomia da personalidade jurídica e confusão
patrimonial.
Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis
no prazo de 15 dias, concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória,
cabendo agravo interno, se a decisão for proferida pelo relator.
Acolhido o pedido de desconsideração da personalidade jurídica, a alienação ou a oneração de bens, havida em
fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.
Recentemente, nova alteração se mostra possível em relação ao art. 50 do Código Civil, em razão da Medida
Faça uma pesquisa nos Tribunais sobre jurisprudências relacionadas à desconsideração da
personalidade jurídica e, a partir dos resultados encontrados, disserte sobre os pontos
principais verificados nos precedentes encontrados. Sua pesquisa pode ser facilitada ao
acessar este link que concentra todos os Tribunais do país dentre outros acervos jurídicos:
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/?ref=navbar.
CASO
“Suponhamos que, em um determinado segmento de mercado, competem quatro sociedades
anônimas, cada qual com sua própria composição societária. Não há nenhum acionista de uma
delas que possua qualquer participação no capital de outra. Imaginemos, então, que o
controlador da empresa mais forte, Darcy, proponha aos controladores das concorrentes um
acordo, mediante o qual ele passe a ter o direito de escolher seus administradores, e ofereça,
em troca, a garantia de rentabilidade mínima da empresa. Quer dizer, se a sociedade não gerar
pelo menos determinado patamar de dividendos, Darcy pagará a diferença. Feito o acordo, são
escolhidos administradores diferentes para cada companhia. Não há, portanto, venda de ações,
permanecendo o mesmo quadro de acionistas de todas as concorrentes. Nesse cenário,
considerar as sociedades como pessoas jurídicas distintas, em obediência ao princípio da
autonomia, importa identificar, no referido segmento de mercado, mais de uma sociedade
empresária em competição. Quer dizer, se há quatro concorrentes, descabe cogitar monopólio.
Contudo, é inegável que Darcy, por meio de acordo com os controladores, domina o mercado,
podendo, por exemplo, determinar aos administradores que indicou para cada companhia a
majoração concertada dos preços, sem risco de perda de clientela” (COELHO, 2015, p. 58).
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/?ref=navbar
- -18
Recentemente, nova alteração se mostra possível em relação ao art. 50 do Código Civil, em razão da Medida
Provisória nº 881, de 30 de abril de 2019, conhecida como a MP da liberdade econômica pretende que a redação
do artigo em tela.
Em sendo aprovado a proposta de redação constante na referida Medida Provisória, o teor da desconsideração
da personalidade jurídica constante no Código Civil estará mais ajustado com o incidente de desconsideração da
personalidade jurídica regulamentado pelo Código de Processo Civil, o que facilita a melhor interpretação e
consequente aplicação da norma jurídica.
Síntese
Concluímos a unidade introdutória da disciplina Direito das Empresas Aplicado. Agora você já consegue
compreender a natureza jurídica das pessoas jurídicas e sociedades e tem noção da atividade empresarial a
partir dos parâmetros legais.
Nesta unidade você teve a oportunidade de:
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender o conceito de pessoas jurídicas e as limitações patrimoniais existente entre seus 
instituidores e a pessoa jurídica em si;
• compreender o conceito de sociedade, distinguindo a sociedade simples da sociedade empresária a 
partir dos parâmetros legais;
• compreender as diferenças patrimoniais em se desenvolver a atividade empresária por meio de 
sociedade e como empresário individual ou EIRELI;
• compreender que a personalidade jurídica possui limites legais e patrimoniais que, se desrespeitados 
pelos sócios ou administradores da sociedade, podem levar à consequências jurídicas a partir da 
incidência da desconsideração da personalidade jurídica.
Bibliografia
BRASIL. . Institui o Código Civil. Brasília, DF, 2002. Disponível em: Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
. Acesso em: 8 jul. 2019.http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
BRASIL. . Institui a Declaração de Diretos de LiberdadeMedida Provisória nº 881, de 30 de abril de 2019
Econômica, estabelece garantias de livre mercado, análise de impacto regulatório, e dá outras providências.
Brasília, DF, 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/Mpv/mpv881.
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CAMPINHO, S. : Direito de empresa. 14. ed. rev. e atual. Saraiva: São Paulo, 2016.Curso de direito comercial
COELHO, F. U. : Direito de empresa. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.2 v.Curso de direito comercial
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MENDONÇA, S. B. Função social da empresa. Análise pragmática. , a. 16, n. 23,Revista de Estudos Jurídicos
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MENDONÇA, S. B. : Atividade econômica organizada. Multifoco: Rio de Janeiro, 2017.Empresa
MENDONÇA, S. B.; ARRUDA, P. G. e. A inobservância dos termos fundamentais da teoria da empresa por normas
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. Acesso em: 19 jun. de 2019.pdf
MONTORO, A. F. . 27. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, Introdução à ciência do direito
2008.
O QUE faz a Junta Comercial? 2017. 1 vídeo (3 min 55 segs.). Publicado pelo canal Martins Sociedade Individual
de Advocacia. Disponível em: . Acesso em: 19 jun. 2019.https://www.youtube.com/watch?v=XHD3xDRKV8U
POSNER, R. A. . Trad. Evandro Ferreira e Silva. Rev. da trad. Aníbal Mari. São Paulo:A econômica da justiça
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RAMOS, A. L. S. C. . 7. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017.Direito empresarial
RIZZARDO, A. . 5. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2014.Direito de empresa
STJ-REsp: 63652 SP 1995/0017378-6, Relator: Ministro Barros Monteiro, Data de Julgamento: 13/06/2000, T4 –
Quarta Turma, Data de Publicação: DJ 21/08/2000, p. 134 RMP, vol. 15, p. 522 RSTJ vol. 140, p. 396. .JusBrasil
Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/8195452/recurso-especial-resp-63652-sp-1995-
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STJ-RMS 12872 SP 2001/0010079-1. Relator: Ministra Nancy Andrighi, Data de Julgamento: 24/06/2002, T3
terceira Turma, Data Publicação: DJ 16 dez. 2002, p. 306. . Disponível em: JusBrasil https://stj.jusbrasil.com.br
/jurisprudencia/275822/recurso-ordinario-em-mandado-de-seguranca-rms-12872-sp-2001-0010079-1
. Acesso em: 19 jun. 2019./inteiro-teor-100207997
TJ-DF 07021984120168070000 0702198-41.2016.8.07.0000. Relator: JOÃO EGMONT, Data do Julgamento:16 
/03/2017, 2ª Turma Cível. Publicado no DJE: 22/03/2017. Data de publicação: 22/03/2017. JusBrasil. 
Disponível em: https://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/441777280/7021984120168070000-0702198-
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http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_informativo/bibli_inf_2006/Rev-Juridica-UNICURITIBA_n.45.25.pdf
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/bibli_informativo/bibli_inf_2006/Rev-Juridica-UNICURITIBA_n.45.25.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=XHD3xDRKV8U
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/8195452/recurso-especial-resp-63652-sp-1995-0017378-6
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/8195452/recurso-especial-resp-63652-sp-1995-0017378-6
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/275822/recurso-ordinario-em-mandado-de-seguranca-rms-12872-sp-2001-0010079-1/inteiro-teor-100207997
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/275822/recurso-ordinario-em-mandado-de-seguranca-rms-12872-sp-2001-0010079-1/inteiro-teor-100207997
https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/275822/recurso-ordinario-em-mandado-de-seguranca-rms-12872-sp-2001-0010079-1/inteiro-teor-100207997
https://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/441777280/7021984120168070000-0702198-4120168070000?ref=serp
https://tj-df.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/441777280/7021984120168070000-0702198-4120168070000?ref=serp
	Introdução
	1.1 Direito Societário Geral
	1.1.1 Conceito de sociedade
	1.1.2. Sociedades simples e empresária
	1.1.3. Sociedades de direito e sociedades de fato
	1.2 Conceito de Sociedade Empresarial: noção de sociedade como contrato, patrimônio e pessoa jurídica
	1.2.1. Sociedade empresária
	1.2.2. Sociedade como contrato
	1.2.3 Patrimônio societário
	1.2.4. Sociedade a partir da pessoa jurídica
	1.3 Sociedade como patrimônio: Capital social e patrimônio. Distinção patrimonial. Distinção entre Sociedade Simples e Empresarial. Distinção entre Sociedade, Associação e Fundação. Distinção entre So
	1.3.1. Capital social e patrimônio
	1.3.2. Sociedade simples e empresária
	1.3.3. Associações
	1.3.4. Fundações
	1.4 Personalidade Jurídica: Noção, Efeitos, Limitação de responsabilidade, Teorias, Desconsideração, Hipóteses no Direito brasileiro
	1.4.1. Desconsideração da personalidade jurídica
	1.4.2. Desconsideração da personalidade jurídica no Direito Brasileiro: incidente de desconsideração da personalidade jurídica
	Síntese
	Bibliografia

Outros materiais