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Moore capítulo 7 - Anatomia

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Carollayne Mendonça Rocha 
CAPÍTULO 7 
• CRÂNIO 
O crânio é o esqueleto da cabeça. Uma série de ossos forma suas duas partes: neurocrânio e viscerocrânio. O neurocrânio é a caixa óssea do encéfalo e das meninges 
cranianas. Também contém as partes proximais dos nervos cranianos e a vasculatura do encéfalo. O neurocrânio em adultos é formado por oito ossos: frontal, 
etmoide, esfenoide, occipital, temporal e parietal. O neurocrânio tem um teto em forma de cúpula, chamada calvária, e um assoalho. Os ossos que formam a calvária 
são basicamente planos (frontal, temporal e parietal). Os ossos da base do crânio são basicamente irregulares e têm grandes partes planas (esfenoide e temporal). O 
etmoide é um osso irregular que forma uma parte mediana pequena do neurocrânio, mas faz parte principalmente do viscerocrânio. A maioria dos ossos da calvária 
é unida por suturas entrelaçadas fibrosas; entretanto, durante a infância, alguns ossos (esfenoide e occipital) são unidos por cartilagem hialina (sincondroses). 
A medula espinal mantém a continuidade com o encéfalo através do forame magno. O viscerocrânio forma a parte anterior do crânio e consiste nos ossos que 
circundam a boca (maxila e mandíbula), nariz/cavidade nasal, e a maior parte das órbitas. O viscerocrânio é formado por 15 ossos irregulares: mandíbula, etmoide, 
vômer, maxilas; conchas nasais inferiores; e zigomáticos, palatinos, ossos nasais e lacrimais. As maxilas representam a maior parte do esqueleto facial superior, 
formando o esqueleto da arcada dentária superior, que está fixada à base do crânio. A mandíbula forma o esqueleto da arcada dentária inferior, que é móvel porque 
se articula com a base do crânio nas articulações temporomandibulares. Vários ossos do crânio (frontal, temporal, esfenoide e etmoide) são ossos pneumáticos, 
contendo espaços aéreos, provavelmente para reduzir seu peso. O volume total dos espaços aéreos nesses ossos aumenta com a idade. 
Na posição anatômica, o crânio está orientado de modo que a margem inferior da órbita e a margem superior do poro acústico externo do meato acústico externo 
de ambos os lados situam-se no mesmo plano horizontal. Essa referência craniométrica padrão é o plano orbitomeático (plano horizontal de Frankfort). 
• Vista frontal do crânio 
A vista frontal (facial) ou anterior do crânio é formada pelos ossos frontal e zigomático, órbitas, região nasal, maxila e mandíbula. Em alguns adultos pode-se ver uma 
sutura frontal (sutura metópica) persistente ou remanescente, na linha mediana da glabela. A interseção dos ossos frontal e nasal é o násio. O osso frontal também 
se articula com o lacrimal, etmoide e esfenoide; uma parte horizontal do osso (parte orbital) forma o teto da órbita e uma porção do assoalho da parte anterior da 
cavidade do crânio. 
 
 
 Carollayne Mendonça Rocha 
 
 
Em alguns crânios, tem um forame ou incisura supraorbital que dá passagem ao nervo e aos vasos supraorbitais. Logo acima da margem supraorbital há uma crista, o 
arco superciliar, que se estende lateralmente de cada lado da glabela. Em geral, mais proeminente nos homens. Os zigomáticos, que formam as proeminências das 
bochechas, situam-se nas paredes inferior e lateral das órbitas, apoiados sobre as maxilas. As margens anterolaterais, as paredes, o assoalho e grande parte das 
margens infraorbitais das órbitas são formados por esses ossos quadriláteros. Um pequeno forame zigomaticofacial perfura a face lateral de cada osso. 
Os zigomáticos articulam-se com o frontal, o esfenoide, o temporal e a maxila. Inferiormente aos ossos nasais está a abertura piriforme. O septo nasal ósseo pode ser 
observado através dessa abertura, dividindo a cavidade nasal em partes direita e esquerda. Na parede lateral de cada cavidade nasal há as conchas nasais. As maxilas 
formam o esqueleto do arco dental superior; seus processos alveolares incluem as cavidades (alvéolos) dos dentes e constituem o osso que sustenta os dentes 
maxilares. As duas maxilas são unidas pela sutura intermaxilar no plano mediano. As maxilas circundam a maior parte da abertura piriforme e formam as margens 
infraorbitais medialmente. Elas têm uma ampla conexão com os zigomáticos lateralmente e um forame infraorbital, inferior a cada órbita, que dá passagem ao nervo 
e aos vasos infraorbitais. A mandíbula é um osso em formato de U que tem um processo alveolar que sustenta os dentes mandibulares. Consiste em uma parte 
horizontal, o corpo, e uma parte vertical, o ramo. Inferiormente aos segundos dentes pré-molares estão os forames mentuais para os nervos e vasos mentuais. A 
 Carollayne Mendonça Rocha 
protuberância mentual, que forma a proeminência do queixo, é uma elevação óssea triangular situada em posição inferior à sínfise da mandíbula, a união óssea onde 
se fundem as metades da mandíbula do lactente. 
 
• Vista lateral do crânio 
A vista lateral do crânio é formada pelo neurocrânio e viscerocrânio. Os principais constituintes do neurocrânio são a fossa temporal, o poro acústico externo do 
meato acústico externo e o processo mastoide do temporal. Os principais constituintes do viscerocrânio são a fossa infratemporal, o arco zigomático e as faces 
laterais da maxila e mandíbula. Os limites superior e posterior da fossa temporal são as linhas temporais superior e inferior; o limite anterior é representado pelo 
frontal e pelo zigomático; e o limite inferior é o arco zigomático. A margem superior desse arco corresponde ao limite inferior do hemisfério cerebral. O arco 
zigomático é formado pela união do processo temporal do zigomático com o processo zigomático do temporal. Na parte anterior da fossa temporal, há uma área 
clinicamente importante de junções ósseas: o ptério. Em geral, ele é indicado por suturas que formam um H e unem o frontal, o parietal, o esfenoide (asa maior) e o 
temporal. Menos comum é a articulação de frontal e temporal; às vezes há um ponto de encontro dos quatro ossos. O poro acústico externo é a entrada do meato 
acústico externo, que leva à membrana timpânica. O processo mastoide do temporal situa-se póstero-inferiormente ao poro acústico externo do meato. Antero-
medialmente ao processo mastoide há o processo estiloide do temporal. A fossa infratemporal é um espaço irregular situado inferior e profundamente ao arco 
zigomático e à mandíbula e posteriormente à maxila. 
 
 
• Vista occipital do crânio 
A vista occipital ou posterior do crânio é formada pelo occipúcio, partes dos parietais e partes mastóideas dos temporais. Em geral, a protuberância occipital externa 
é palpada com facilidade no plano mediano, mas às vezes (sobretudo nas mulheres), é imperceptível. Um ponto craniométrico definido pela extremidade da 
protuberância externa é o ínio. A crista occipital externa desce da protuberância em direção ao forame magno, a grande abertura na parte basilar do occipital. A linha 
nucal superior, que forma o limite superior do pescoço, estende-se lateralmente a partir de cada lado da protuberância; a linha nucal inferior é menos evidente. No 
 Carollayne Mendonça Rocha 
centro do occipúcio, o lambda indica a junção das suturas sagital e lambdóidea. Às vezes o lambda é palpado como uma depressão. Pode haver um ou mais ossos 
suturais (ossos acessórios) no lambda ou perto do processo mastoide. 
• Vista superior (vertical) do crânio 
A vista superior do crânio, em geral um pouco oval, alarga-se em sentido póstero-lateral nas eminências parietais. Em algumas pessoas as eminências frontais 
também são visíveis, conferindo à calvária uma aparência quase quadrada. A sutura coronal separa o frontal e os parietais, a sutura sagital separa os parietais e a 
sutura lambdóidea separa os parietais e temporais do occipital. O bregma é o ponto de referência craniométrico formado pela interseção das suturas sagital e 
coronal. O vértice, o ponto mais alto da calvária, está perto do ponto médio da sutura sagital. 
 
O forame parietal é uma abertura pequena e inconstantelocalizada na região posterior do parietal, perto da sutura sagital; pode haver dois forames parietais. A 
maioria dos forames irregulares e muito variáveis encontrados no neurocrânio consiste em forames emissários que dão passagem às veias emissárias, responsáveis 
pela conexão entre as veias do couro cabeludo e os seios venosos da dura-máter. 
• Vista inferior da base do crânio 
A base do crânio é a parte inferior do neurocrânio e viscerocrânio menos a mandíbula. A vista inferior da base do crânio é constituída pelo arco alveolar da maxila; 
pelos processos palatinos das maxilas; e pelo palatino, esfenoide, vômer, temporal e occipital. A parte anterior do palato duro é formada pelos processos palatinos 
da maxila e a parte posterior, pelas lâminas horizontais dos palatinos. A margem posterior livre do palato duro projeta-se posteriormente no plano mediano como a 
espinha nasal posterior. Posteriormente aos dentes incisivos centrais está a fossa incisiva, uma depressão na linha mediana do palato duro na qual se abrem os 
canais incisivos. Os nervos nasopalatinos direito e esquerdo partem do nariz através de um número variável de canais incisivos e forames. Na região póstero-lateral 
estão situados os forames palatinos maior e menor. Superiormente à margem posterior do palato há duas grandes aberturas: os cóanos, separados pelo vômer. 
Encaixado entre o frontal, o temporal e o occipital está o esfenoide, formado por um corpo e três pares de processos: asas maiores, asas menores e processos 
pterigoides. As asas maiores e menores do esfenoide estendem-se lateralmente a partir das faces laterais do corpo do osso. As asas maiores têm faces orbital, 
temporal e infratemporal observadas nas vistas facial, lateral e inferior do exterior do crânio e as faces cerebrais são observadas nas vistas internas da base do 
crânio. Os processos pterigoides, formados pelas lâminas lateral e medial, estendem-se em sentido inferior, de cada lado do esfenoide, a partir da junção do corpo e 
das asas maiores. O sulco para a parte cartilagínea da tuba auditiva situa-se medial à espinha do esfenoide, abaixo da junção da asa maior do esfenoide com a parte 
petrosa do temporal. As depressões na parte escamosa do temporal, denominadas fossas mandibulares, acomodam os côndilos mandibulares quando a boca está 
fechada. A parte posterior da base do crânio é formada pelo occipital, que se articula com o esfenoide anteriormente. 
 
 Carollayne Mendonça Rocha 
As quatro partes do occipital são dispostas ao redor do forame magno, o elemento mais visível da base do crânio. As principais estruturas que atravessam esse 
grande forame são: a medula espinal; as meninges do encéfalo e da medula espinal; as artérias vertebrais; as artérias espinais anteriores e posteriores; e a raiz 
espinal do nervo acessório (NC XI). Nas partes laterais do occipital há duas grandes protuberâncias, os côndilos occipitais, por intermédio dos quais o crânio articula-
se com a coluna vertebral. A grande abertura entre o occipital e a parte petrosa do temporal é o forame jugular, por onde emergem do crânio a veia jugular interna 
(VJI) e vários nervos cranianos (NC IX ao NC XI). A entrada da artéria carótida interna no canal carótico situa-se imediatamente anterior ao forame jugular. Os 
processos mastoides são locais de fixação muscular. O forame estilomastóideo, que dá passagem ao nervo facial (NC VII) e à artéria estilomastóidea, situa-se 
posteriormente à base do processo estiloide. 
• Vista superior da base do crânio 
A face superior da base do crânio tem três grandes depressões: as fossas anterior, média e posterior do crânio, que formam o assoalho côncavo da cavidade do 
crânio. A fossa anterior do crânio está situada no nível mais alto, e a fossa posterior está no nível mais baixo. 
• FOSSA ANTERIOR DO CRÂNIO 
As partes inferior e anterior dos lobos frontais do encéfalo ocupam a fossa anterior do crânio, a mais superficial das três fossas do crânio. Essa fossa é formada pelo 
frontal anteriormente, o etmoide no meio, e o corpo e as asas menores do esfenoide posteriormente. A parte maior da fossa é formada pelas partes orbitais do 
frontal, que sustentam os lobos frontais do encéfalo e formam os tetos das órbitas. Essa superfície tem impressões sinuosas dos giros orbitais dos lobos frontais. A 
crista frontal é uma extensão óssea mediana do frontal. Em sua base está o forame cego do frontal, que dá passagem a vasos durante o desenvolvimento fetal, mas 
se torna insignificante depois do nascimento. A crista etmoidal é uma crista óssea mediana e espessa, situada posteriormente ao forame cego, que se projeta 
superiormente a partir do etmoide. De cada lado dessa crista está a lâmina cribriforme do osso etmoide, semelhante a uma peneira. Seus muitos forames pequenos 
dão passagem aos nervos olfatórios (NC I), que seguem das áreas olfatórias das cavidades nasais até os bulbos olfatórios do encéfalo, situados sobre essa lâmina. 
• FOSSA MÉDIA DO CRÂNIO 
A fossa média do crânio, em forma de borboleta, tem uma parte central formada pela sela turca no corpo do esfenoide e grandes partes laterais deprimidas de cada 
lado. A fossa média do crânio situa-se póstero-inferiormente à fossa anterior do crânio, separada dela pelas cristas esfenoidais salientes lateralmente e o limbo 
esfenoidal no centro. As cristas esfenoidais são formadas principalmente pelas margens posteriores salientes das asas menores dos esfenoides, que se projetam 
sobre as partes laterais das fossas anteriormente. Os limites mediais das cristas esfenoidais são os processos clinoides anteriores, duas projeções ósseas pontiagudas. 
 
 Carollayne Mendonça Rocha 
 
 
Uma crista com proeminência variável, o limbo esfenoidal, é o limite anterior do sulco pré-quiasmático transversal, que se estende entre os canais ópticos direito e 
esquerdo. Os ossos que formam as partes laterais da fossa são as asas maiores do esfenoide e as partes escamosas dos temporais lateralmente, e as partes petrosas 
dos temporais posteriormente. As partes laterais da fossa média do crânio sustentam os lobos temporais do encéfalo. O limite entre as fossas média e posterior do 
crânio é a margem superior da parte petrosa do temporal lateralmente, e uma lâmina plana de osso, o dorso da sela do esfenoide, medialmente. A sela turca é a 
formação óssea em formato de sela situada sobre a face superior do corpo do esfenoide, que é circundada pelos processos clinoides anteriores e posteriores. 
Clinoide significa “pé de cama”, e os quatro processos circundam a fossa hipofisial, o “leito” da hipófise. A sela turca tem três partes: 
 
 Carollayne Mendonça Rocha 
 
Na verdade, a A. carótida interna e os plexos simpático e venoso acompanhantes seguem horizontalmente (e não verticalmente) através da área do forame lacerado, 
um artefato de crânios secos, que é fechado por cartilagem em vida. 
 
O tubérculo da sela: uma elevação mediana, que varia de pequena a proeminente e forma o limite posterior do sulco préquiasmático e o limite anterior da fossa 
hipofisial. A fossa hipofisial: uma depressão mediana no corpo do esfenoide que acomoda a hipófise. O dorso da sela: uma lâmina quadrada de osso que se projeta 
superiormente a partir do corpo do esfenoide. Forma o limite posterior da sela turca, e seus ângulos superolaterais proeminentes formam os processos clinoides 
posteriores. 
De cada lado do corpo do esfenoide, quatro forames, que formam uma meia-lua, perfuram as raízes das faces cerebrais das asas maiores dos esfenoides; estruturas 
que atravessam os forames: 
Fissura orbital superior: Situada entre as asas maior e menor, abre-se anteriormente para o interior da órbita. Forame redondo: Situado posteriormente à 
extremidade medial da fissura orbital superior, segue um trajeto horizontal até uma abertura na face anterior da raiz da asa maior do esfenoide para a fossa 
pterigopalatina, uma estrutura óssea entre o esfenoide, a maxilae os palatinos. Forame oval: Um grande forame póstero-lateral ao forame redondo; abre-se 
inferiormente na fossa infratemporal. Forame espinhoso: Situado póstero-lateralmente ao forame oval e se abre na fossa infratemporal perto da espinha do 
esfenoide 
O forame lacerado não faz parte da meia-lua de forames. Esse forame irregular situa-se póstero-lateralmente à fossa hipofisial e é um artefato de um crânio seco. Em 
vida, é fechado por uma lâmina de cartilagem. Apenas alguns ramos da artéria meníngea e pequenas veias atravessam verticalmente a cartilagem, transpondo este 
 Carollayne Mendonça Rocha 
forame. A artéria carótida interna e seus plexos simpático e venoso acompanhantes atravessam a face superior da cartilagem, e alguns nervos atravessam-na 
horizontalmente, seguindo até um forame em seu limite inferior. Na face anterossuperior da parte petrosa do temporal há um estreito sulco do nervo petroso maior, 
que se estende em sentido posterior e lateral a partir do forame lacerado. Também há um pequeno sulco do nervo petroso menor. 
• FOSSA POSTERIOR DO CRÂNIO 
A fossa posterior do crânio, a maior e mais profunda das três, aloja o cerebelo, a ponte e o bulbo. É formada principalmente pelo occipital, mas o dorso da sela do 
esfenoide marca seu limite anterior central, e as partes petrosa e mastóidea dos temporais formam as “paredes” anterolaterais. 
A partir do dorso da sela há uma inclinação acentuada, o clivo, no centro da parte anterior da fossa que leva ao forame magno. Posteriormente a essa grande 
abertura, a fossa posterior do crânio é parcialmente dividida pela crista occipital interna em grandes impressões côncavas bilaterais, as fossas cerebelares. A crista 
occipital interna termina na protuberância occipital interna formada em relação à confluência dos seios, uma fusão dos seios venosos durais. Sulcos largos mostram o 
trajeto horizontal do seio transverso e do seio sigmóideo em formato de S. Na base da crista petrosa do temporal está o forame jugular, que dá passagem a vários 
nervos cranianos além do seio sigmóideo que sai do crânio como a veia jugular interna (VJI). Anterossuperiormente ao forame jugular está o meato acústico interno 
para os nervos facial (NC VII) e vestibulococlear (NC VIII) e a artéria do labirinto. O canal do nervo hipoglosso (NC XII) situa-se superiormente à margem antero-lateral 
do forame magno. 
• Paredes da cavidade do crânio 
A espessura das paredes da cavidade do crânio varia nas diferentes regiões. Em geral, são mais finas nas mulheres, nas crianças e nos idosos. Os ossos tendem a ser 
mais finos em áreas bem cobertas por músculos, como a parte escamosa do temporal. As áreas finas de osso podem ser vistas em radiografias ou segurando-se um 
crânio seco contra uma luz forte. A maioria dos ossos da calvária é formada por lâminas interna e externa de osso compacto, separadas por díploe. A díploe consiste 
em osso esponjoso, que contém medula óssea vermelha durante a vida, e através dela passam canais formados por veias diploicas. A lâmina interna do osso é mais 
fina do que a externa, e algumas áreas têm apenas uma fina lâmina de osso compacto sem díploe. A substância óssea do crânio é distribuída de modo desigual. 
Ossos planos e relativamente finos proporcionam a resistência necessária para manter as cavidades e proteger seu conteúdo. Entretanto, além de abrigar o encéfalo, 
os ossos do neurocrânio são locais de fixação proximal dos fortes músculos da mastigação que se fixam distalmente na mandíbula; logo, grandes forças de tração 
atravessam a cavidade nasal e as órbitas, situadas entre eles. Assim, partes espessas dos ossos cranianos formam pilares mais fortes ou reforços que conduzem as 
forças, passando ao largo das órbitas e da cavidade nasal. Os principais são o reforço frontonasal, que se estende da região dos dentes caninos entre as cavidades 
nasal e orbital até a parte central do frontal, e o reforço arco zigomático – margem orbital lateral, que vai da região dos molares até a parte lateral do frontal e o 
temporal. Do mesmo modo, reforços occipitais conduzem as forças recebidas lateralmente ao forame magno provenientes da coluna vertebral. Talvez para 
compensar o osso mais denso necessário nesses reforços, algumas áreas do crânio que não sofrem tanto estresse mecânico são pneumatizadas. 
 
• Regiões da cabeça 
A cabeça é dividida em regiões para permitir a comunicação exata acerca da localização das estruturas, lesões ou afecções. Com exceção da região auricular, que 
compreende a orelha externa, os nomes das regiões neurocranianas da cabeça correspondem aos ossos ou acidentes ósseos subjacentes: regiões frontal, parietal, 
occipital, temporal e mastóidea. A parte viscerocraniana inclui a região facial, que é dividida em cinco regiões bilaterais e três medianas associadas aos elementos 
superficiais (regiões oral e da bochecha), passando por estruturas de tecidos moles mais profundas (parotideomassetérica), até as estruturas ósseas (orbital, 
infraorbital, nasal, zigomática e mentual). 
• Traumatismo cranioencefálico 
O TCE é uma importante causa de morte e incapacidade. Suas complicações incluem hemorragia, infecção e lesão do encéfalo (p. ex., concussão) e dos nervos 
cranianos. O comprometimento do nível de consciência é a manifestação mais comum. Os TCE são mais frequentes em jovens, entre 15 e 24 anos. As causas de TCE 
variam, mas destacam-se os acidentes com automóveis e motocicletas. 
• Fraturas da maxila e dos ossos associados 
Dr. Léon-Clement Le Fort classificou três tipos comuns de fraturas da maxila: Fratura Le Fort I: uma grande variedade de fraturas horizontais da maxila, que seguem 
superiormente ao processo alveolar maxilar, cruza o septo nasal ósseo e possivelmente as lâminas do processo pterigoide do esfenoide. Fratura Le Fort II: segue das 
partes póstero-laterais dos seios maxilares (cavidades nas maxilas) em sentido superomedial através dos forames infraorbitais, lacrimais ou etmoides até a ponte do 
nariz. Assim, toda a parte central da face, inclusive o palato duro e os processos alveolares, é separada do restante do crânio. Fratura Le Fort III: fratura horizontal 
 Carollayne Mendonça Rocha 
que atravessa as fissuras orbitais superiores, o etmoide e os ossos nasais, e segue em direção lateral através das asas maiores do esfenoide e das suturas 
frontozigomáticas. A fratura concomitante dos arcos zigomáticos separa a maxila e os zigomáticos do restante do crânio. 
• Fraturas da mandíbula 
Em geral, a fratura da mandíbula é dupla, e frequentemente em lados opostos; assim, se for constatada uma fratura, deve-se procurar outra. Por exemplo, muitas 
vezes um golpe forte na mandíbula causa a fratura do colo e do corpo da mandíbula na região do dente canino oposto. As fraturas do processo coronoide da 
mandíbula são raras e, de modo geral, únicas. As fraturas do colo da mandíbula costumam ser transversais e podem estar associadas à luxação da articulação 
temporomandibular (ATM) ipsilateral. As fraturas do ângulo da mandíbula geralmente são oblíquas e podem acometer a cavidade óssea ou o alvéolo do 3º dente 
molar. As fraturas do corpo da mandíbula amiúde atravessam o alvéolo de um dente canino. 
• Desenvolvimento do crânio 
Os ossos da calvária e algumas partes da base do crânio desenvolvem-se por ossificação intramembranosa. A maior parte da base do crânio se desenvolve por 
ossificação endocondral. Por ocasião do nascimento, os ossos da calvária são lisos e unilaminares; não há díploe. As eminências frontal e parietal são bastante 
proeminentes. O crânio de um recém-nascido é desproporcionalmente grande em comparação com as outras partes do esqueleto; mas a face é pequena em 
comparação com a calvária, e corresponde a cerca de um oitavo do crânio. No adulto, o esqueleto da face representa um terço do crânio. O grande tamanho da 
calvária em lactentes resulta do crescimento e desenvolvimento precoces do encéfalo e dos olhos. 
O desenvolvimentorudimentar da face faz com que as órbitas pareçam relativamente grandes. A pequenez da face é consequência do desenvolvimento rudimentar 
da maxila, da mandíbula e dos seios paranasais; da ausência de dentes irrompidos e do pequeno tamanho das cavidades nasais. As metades do frontal no recém-
nascido são separadas pela sutura frontal, o frontal e os parietais são separados pela sutura coronal e as maxilas e mandíbulas são separadas pela sutura intermaxilar 
e sínfise mandibular, respectivamente. Os processos mastoide e estiloide estão ausentes. Como não há processos mastoides ao nascimento, ao emergirem dos 
forames estilomastóideos os nervos faciais estão próximos da superfície. Assim, podem ser lesados por fórceps durante um parto difícil ou mais tarde por uma 
incisão posterior à orelha. A formação dos processos mastoides é gradual durante o primeiro ano à medida que os músculos esternocleidomastóideos completam 
seu desenvolvimento e tracionam as partes petromastóideas dos temporais. Os ossos da calvária de um recém-nascido são separados por membranas fibrosas. Os 
maiores desses espaços estão situados entre os ângulos dos ossos planos e incluem os fontículos anterior e posterior e os pares de fontículos anterolaterais e 
posterolaterais. A palpação dos fontículos durante a lactância, sobretudo do anterior e do posterior, permite ao médico determinar: O progresso do crescimento do 
frontal e dos parietais; o grau de hidratação de um lactente; o nível de pressão intracraniana. O fontículo anterior, o maior de todos, tem formato de losango ou 
estrela; os limites anteriores são as metades do frontal e os limites posteriores, os parietais. Assim, está localizado na junção das suturas sagital, coronal e frontal, o 
futuro local do bregma. Até os 18 meses de idade, os ossos adjacentes já se fundiram e o fontículo anterior não é mais palpável ao exame clínico. Ao nascimento, o 
frontal é dividido em duas metades, cuja união começa no 2º ano. Na maioria dos casos, a sutura frontal se fecha por volta do 8º ano. Entretanto, cerca de 8% das 
pessoas têm um remanescente da sutura frontal, a sutura metópica. Em um número muito menor de casos, há persistência de toda a sutura. A sutura persistente 
não deve ser interpretada como fratura em uma radiografia ou outra técnica de imagem. O fontículo posterior é triangular e limitado pelos parietais anteriormente e 
o occipital posteriormente. Está localizado na junção das suturas lambdóidea e sagital, o futuro local do lambda. O fontículo posterior começa a se fechar durante os 
primeiros meses depois do nascimento; e, ao fim do 1º ano, é pequeno e impalpável ao exame clínico. Os fontículos antero-lateral e póstero-lateral, cobertos pelo 
músculo temporal, fundem-se durante o primeiro ano de vida e são menos importantes clinicamente do que os fontículos medianos. As metades da mandíbula 
fundem-se no início do 2º ano de vida. Em geral, não há fusão das duas maxilas e dos ossos nasais. 
A consistência mole dos ossos cranianos nos fetos e suas frouxas conexões nas suturas e fontículos permitem que o crânio seja moldado durante o parto. Durante a 
passagem do feto através do canal do parto, as metades do frontal tornam-se planas, o occipital é alongado e um parietal cavalga ligeiramente o outro. Alguns dias 
após o parto o formato do crânio neonatal volta ao normal. A resiliência dos ossos cranianos de lactentes permite que resistam a forças que causariam fraturas em 
adultos. As suturas fibrosas da calvária também permitem o aumento do crânio durante a infância. O aumento do tamanho da calvária é mais acentuado durante os 
primeiros dois anos, o período de desenvolvimento mais rápido do encéfalo. A capacidade da calvária normalmente aumenta durante 15 a 16 anos. Depois disso, 
geralmente o tamanho aumenta pouco ao longo de 3 a 4 anos em virtude do espessamento ósseo. 
• Craniossinostose e malformações cranianas 
O fechamento prematuro das suturas cranianas acarreta várias malformações cranianas. Não se conhece a causa, mas os fatores genéticos parecem ser importantes. 
A hipótese prevalente é de que o desenvolvimento anormal da base do crânio gera forças exageradas sobre a dura-máter, que compromete o desenvolvimento 
normal das suturas cranianas. Essas malformações são mais comuns nos homens e muitas vezes estão associadas a outras anomalias ósseas. O tipo de malformação 
varia de acordo com as suturas que se fecham prematuramente. O fechamento prematuro da sutura sagital, no qual o fontículo anterior é pequeno ou está ausente, 
resulta em um crânio longo, estreito e cuneiforme, distúrbio denominado escafocefalia. Quando o fechamento prematuro da sutura coronal ou lambdóidea é 
unilateral, há torção e assimetria do crânio, um distúrbio chamado de plagiocefalia. O fechamento prematuro da sutura coronal resulta em um crânio alto, 
semelhante a uma torre, conhecido como oxicefalia ou turricefalia. Este último tipo de malformação craniana é mais comum nas mulheres. Em geral, o fechamento 
prematuro das suturas não afeta o desenvolvimento encefálico. 
• FACE E COURO CABELUDO 
• Face 
A face é a superfície anterior da cabeça, da fronte ao queixo e de uma orelha à outra. A face determina nossa identidade como ser humano. O formato básico da face 
é determinado pelos ossos subjacentes. A individualidade resulta principalmente da variação anatômica: diferenças do formato e proeminência relativa dos 
acidentes ósseos do crânio; deposição de tecido adiposo; da cor e dos efeitos do envelhecimento sobre a pele; e abundância, natureza e distribuição dos pelos na 
face e no couro cabeludo. O tamanho relativamente grande dos corpos adiposos da bochecha em lactentes impede seu colapso durante a sucção e produz a 
aparência bochechuda. Os ossos da face crescem por mais tempo do que os da calvária. O crescimento do etmoide, das cavidades orbitais e das partes superiores das 
cavidades nasais está quase completo aos 7 anos de idade. A expansão das órbitas e o crescimento do septo nasal deslocam as maxilas em sentido ínfero-anterior. O 
crescimento da face é considerável na infância, quando os seios paranasais se desenvolvem e os dentes permanentes irrompem. Usamos os músculos faciais para 
produzir pequenas alterações nos elementos que constituem a expressão facial. 
 Carollayne Mendonça Rocha 
• Couro cabeludo 
O couro cabeludo é formado por pele e tecido subcutâneo, que cobrem o neurocrânio desde as linhas nucais superiores no occipital até as margens supraorbitais do 
frontal. Lateralmente, o couro cabeludo estende-se sobre a fáscia temporal até os arcos zigomáticos. O couro cabeludo tem cinco camadas, sendo que as três 
primeiras são muito próximas e se movem como uma só. As cinco camadas são: 
Pele: fina, exceto na região occipital; contém muitas glândulas sudoríferas e sebáceas, além de folículos pilosos. A irrigação arterial é abundante e há boa drenagem 
venosa e linfática. Tecido conectivo: forma a tela subcutânea espessa, densa e ricamente vascularizada, bem suprida por nervos cutâneos. Aponeurose (aponeurose 
epicrânica): a lâmina tendínea larga e forte que cobre a calvária e é o local de fixação dos ventres musculares que convergem da fronte e do occipúcio e dos 
temporais de cada lado. Juntas, essas estruturas constituem o epicrânio músculo-aponeurótico. O ventre frontal do músculo occipitofrontal puxa o couro cabeludo 
anteriormente, enruga a fronte e eleva os supercílios; o ventre occipital do músculo occipitofrontal puxa o couro cabeludo posteriormente, alisando a pele da fronte. 
O músculo auricular superior eleva a orelha. Todas as partes do epicrânio são inervadas pelo nervo facial. Tecido conectivo frouxo: uma camada esponjosa contendo 
espaços virtuais, que podem ser distendidos por líquido em caso de lesão ou infecção. Essa camada permite o livre movimento do couro cabeludo propriamente dito 
sobre a calvária 
 
Pericrânio: uma camada densa de tecido conectivo que forma o periósteo externo doneurocrânio. Está firmemente fixado, mas pode ser arrancado com facilidade 
do crânio de pessoas vivas, exceto nos locais onde é contínuo com o tecido fibroso nas suturas do crânio 
• Músculos da face e do couro cabeludo 
Os músculos da face estão na tela subcutânea da parte anterior e posterior do couro cabeludo, face e pescoço. Eles movimentam a pele e modificam as expressões 
faciais para exprimir humor. A maioria dos músculos se fixa ao osso ou fáscia e atua mediante tração da pele. Todos os músculos da expressão facial desenvolvem-se 
a partir do mesoderma nos segundos arcos faríngeos. Durante o desenvolvimento embrionário há formação de uma lâmina muscular subcutânea que se estende 
sobre o pescoço e a face, levando consigo ramos do nervo do arco (o nervo facial, NC VII) para suprir todos os músculos formados a partir do arco. A lâmina muscular 
diferencia-se em músculos que circundam os orifícios da face, atuando como mecanismos esfincterianos e dilatadores que também criam diversas expressões faciais. 
Em vista de sua origem embriológica comum, muitas vezes há fusão do músculo platisma e dos músculos da face, com entrelaçamento de suas fibras. 
• MÚSCULOS DO COURO CABELUDO, DA FRONTE E DOS SUPERCÍLIOS 
O músculo occipitofrontal é digástrico e plano, e seus ventres occipital e frontal têm um tendão comum, a aponeurose epicrânica. Como a aponeurose é uma camada 
do couro cabeludo, a contração independente do ventre occipital retrai o couro cabeludo e a contração do ventre frontal o protrai. Agindo simultaneamente, o 
ventre occipital, com fixações ósseas, e o ventre frontal, que não tem fixações ósseas, são sinérgicos; eles elevam os supercílios e produzem rugas transversais na 
fronte, o que cria uma aparência de surpresa. 
 Carollayne Mendonça Rocha 
 
 Carollayne Mendonça Rocha 
 
• MÚSCULOS DA BOCA, DOS LÁBIOS E DAS BOCHECHAS 
Os lábios e o formato e grau de abertura da boca são importantes para a clareza da voz. Além disso, a comunicação vocal é enfatizada pelas expressões faciais. Vários 
músculos alteram o formato da boca e dos lábios durante a fala e também durante atividades como cantar, assobiar e fazer mímica. O formato da boca e dos lábios é 
controlado por um grupo tridimensional complexo de alças musculares, que incluem: 
Músculos elevadores, afastadores e eversores do lábio superior. Músculos depressores, afastadores e eversores do lábio inferior. Músculo orbicular da boca, o 
esfíncter ao redor da boca. Músculo bucinador, na bochecha. 
Em repouso, os lábios ficam em suave contato e os dentes estão próximos. O músculo orbicular da boca, o primeiro da série de esfíncteres associados ao sistema 
digestório, circunda a boca nos lábios, controlando a entrada e a saída através da rima da boca. O músculo orbicular da boca é importante durante a articulação 
(fala). O músculo bucinador é retangular, plano e fino, e se fixa lateralmente aos processos alveolares da maxila e mandíbula, em oposição aos dentes molares, e à 
rafe pterigomandibular, um espessamento tendíneo da fáscia bucofaríngea que separa e dá origem ao músculo constritor superior da faringe posteriormente. O 
músculo bucinador ocupa um plano mais profundo e medial do que os outros músculos da face; passa profundamente à mandíbula, de modo que está mais próximo 
da túnica mucosa da boca do que da pele da face. O músculo bucinador, ativo ao sorrir, também mantém as bochechas tensas, evitando seu pregueamento e lesão 
durante a mastigação. 
Na parte anterior, as fibras do músculo bucinador misturam-se medialmente àquelas do músculo orbicular da boca, e o tônus dos dois músculos comprime as 
bochechas e os lábios contra os dentes e gengivas. A contração tônica do músculo bucinador e principalmente do músculo orbicular da boca oferece resistência 
suave, porém contínua, à tendência de inclinação externa dos dentes. Na presença de um lábio superior curto, ou de afastadores que anulam essa força, os dentes 
tornam-se tortos ou protrusos. Os músculos orbicular da boca e bucinador atuam juntamente com a língua para manter o alimento entre as faces oclusais dos dentes 
durante a mastigação e evitar o acúmulo de alimento no vestíbulo da boca. O músculo bucinador também ajuda as bochechas a resistirem às forças geradas pelo 
assobio e sucção; o músculo recebeu esse nome porque comprime as bochechas ao soprar. Vários músculos dilatadores irradiam-se dos lábios e ângulos da boca, 
como os raios de uma roda, retraindo as várias margens da rima da boca em conjunto, em grupos ou de modo individual. Lateralmente aos ângulos da boca ou 
comissuras labiais, fibras de até nove músculos da face se entrelaçam ou se fundem em uma formação muito variável e multiplanar denominada modíolo, que é a 
principal responsável pelas covinhas observadas em muitos indivíduos. O músculo platisma é uma lâmina larga e fina de músculo na tela subcutânea do pescoço. As 
margens anteriores dos dois músculos cruzam-se sobre o queixo e se fundem aos músculos da face. Agindo a partir de sua fixação superior, o músculo platisma 
tensiona a pele, produz sulcos cutâneos verticais, conduz grande tensão e libera a pressão sobre as veias superficiais. Atuando a partir de sua fixação inferior, o 
músculo platisma ajuda a abaixar a mandíbula e abaixa os ângulos da boca, como ao fazer uma careta. 
• MÚSCULOS DA ABERTURA DA ÓRBITA 
A função das pálpebras é proteger os bulbos do olho contra lesões e luz excessiva. As pálpebras também distribuem as lágrimas e mantêm a córnea úmida. O 
músculo orbicular do olho fecha as pálpebras e enruga a fronte verticalmente. Suas fibras formam círculos concêntricos em torno da margem orbital e das pálpebras. 
A contração dessas fibras estreita a rima das pálpebras e auxilia o fluxo de líquido lacrimal por meio do início da união das pálpebras na parte lateral, fechando a rima 
das pálpebras na direção latero-medial. O músculo orbicular do olho tem três partes: 
 Carollayne Mendonça Rocha 
Parte palpebral: originada no ligamento palpebral medial e localizada principalmente nas pálpebras, as quais fecha suavemente para evitar o ressecamento da 
córnea. Parte profunda: passa posteriormente ao saco lacrimal e movimenta as pálpebras medialmente, auxiliando a drenagem das lágrimas. Parte orbital: 
sobrejacente à margem orbital e fixada ao frontal e à maxila medialmente, fecha as pálpebras com firmeza para proteger os bulbos dos olhos contra a luz e a poeira. 
A contração das três partes do músculo orbicular do olho fecha os olhos com firmeza. 
• MÚSCULOS DO NARIZ E DAS ORELHAS 
Os músculos do nariz sinalizam comportamentos respiratórios. De resto esses músculos têm importância relativamente pequena nos seres humanos, exceto em 
termos de expressão facial e no campo especializado da cirurgia plástica estética. Os músculos das orelhas são ainda menos importantes nos seres humanos. 
• Nervos da face e do couro cabeludo 
O nervo trigêmeo (NC V) é o principal responsável pela inervação cutânea (sensitiva) da face e da parte anterossuperior do couro cabeludo; e o nervo facial (NC VII) é 
o responsável pela inervação motora dos músculos faciais. 
• NERVOS CUTÂNEOS DA FACE E DO COURO CABELUDO 
O nervo trigêmeo (V) origina-se na face lateral da ponte do mesencéfalo por meio de duas raízes: motora e sensitiva. Essas raízes são comparáveis às raízes motoras 
(anteriores) e sensitivas (posteriores) dos nervos espinais. A raiz sensitiva do NC V consiste em processos centrais de neurônios pseudounipolares localizados em um 
gânglio sensitivo (gânglio trigeminal) na extremidade distal da raiz, que é contornado pelos axônios neuronais multipolares que formam a raiz motora. O NC V é o 
nervo sensitivo da face e o nervo motor dos músculos da mastigação e de vários pequenos músculos. Os prolongamentos periféricos dos neurônios do gânglio 
trigeminal constituem as três divisões do nervo: o nervo oftálmico (V1), o nervo maxilar (V2) e o componente sensitivo do nervo mandibular (NC V3).Esses nervos 
são nomeados de acordo com as principais áreas onde terminam: olho, maxila e mandíbula, respectivamente. As duas primeiras divisões são apenas sensitivas. O 
nervo mandibular é principalmente sensitivo, mas também recebe as fibras motoras (axônios) da raiz motora do NC V, que supre principalmente os músculos da 
mastigação. Os nervos cutâneos do pescoço superpõem-se aos da face. Os ramos cutâneos de nervos cervicais oriundos do plexo cervical estendem-se sobre a face 
posterior do pescoço e do couro cabeludo. O nervo auricular magno em particular inerva a face inferior da orelha externa e grande parte da região 
parotideomassetérica da face. 
 
 Carollayne Mendonça Rocha 
 
 Carollayne Mendonça Rocha 
 
• NERVO OFTÁLMICO 
O nervo oftálmico (NC V1), a divisão superior do nervo trigêmeo, é a menor das três divisões do NC V. Origina-se do gânglio trigeminal como um nervo 
completamente sensitivo e supre a área de pele derivada da proeminência frontonasal embrionária. Ao entrar na órbita através da fissura orbital superior, o NC V1 
trifurca-se em nervos frontal, nasociliar e lacrimal. Com exceção do nervo nasal externo, os ramos cutâneos do NC V1 chegam à pele da face através da abertura da 
órbita. O nervo frontal, o maior ramo produzido pela trifurcação do NC V1, segue ao longo do teto da órbita em direção à abertura da órbita, bifurcando-se 
aproximadamente no meio do caminho para formar os nervos cutâneos supraorbital e supratroclear, distribuídos para a fronte e o couro cabeludo. O nervo 
nasociliar, o ramo intermediário da trifurcação do NC V1, envia ramos para o bulbo do olho e divide-se na órbita em nervos etmoidal posterior, etmoidal anterior e 
infratroclear. Os nervos etmoidais posterior e anterior deixam a órbita, e este último segue um trajeto tortuoso através das cavidades do crânio e nasal. Seu ramo 
terminal, o nervo nasal externo, é um nervo cutâneo que supre a parte externa do nariz. O nervo infratroclear é um ramo terminal do nervo nasociliar e seu principal 
ramo cutâneo. O nervo lacrimal, o menor ramo da trifurcação do NC V1, é basicamente um ramo cutâneo, mas também tem algumas fibras secretomotoras, 
enviadas através de um ramo comunicante, de um gânglio associado ao nervo maxilar para inervação da glândula lacrimal. 
• NERVO MAXILAR 
O nervo maxilar (NC V2), a divisão intermediária do nervo trigêmeo, também se origina como um nervo completamente sensitivo. O NC V2 segue anteriormente a 
partir do gânglio trigeminal e deixa o crânio através do forame redondo na base da asa maior do esfenoide. O nervo maxilar entra na fossa pterigopalatina, onde 
emite ramos para o gânglio pterigopalatino e continua anteriormente, entrando na órbita através da fissura orbital inferior. Dá origem ao nervo zigomático e segue 
anteriormente até o sulco e o forame infraorbitais como o nervo infraorbital. 
 
O nervo zigomático segue até a parede lateral da órbita, dando origem a dois dos três ramos cutâneos do NC V2, os nervos zigomaticofacial e zigomaticotemporal. 
Este último nervo emite um ramo comunicante que leva fibras secretomotoras para o nervo lacrimal. No trajeto até a face, o nervo infraorbital dá origem a ramos 
palatinos, ramos para a túnica mucosa do seio maxilar e ramos para os dentes posteriores. Chega à pele da face através do forame infraorbital na face infraorbital da 
maxila. Os três ramos cutâneos do nervo maxilar suprem a área de pele derivada das proeminências maxilares embrionárias. 
 Carollayne Mendonça Rocha 
 
• NERVO MANDIBULAR 
O nervo mandibular (NC V3) é a divisão maior e inferior do nervo trigêmeo. É formado pela união de fibras sensitivas do gânglio sensitivo com a raiz motora do NC V 
no forame oval na asa maior do esfenoide, através do qual o NC V3 emerge do crânio. O NC V3 tem três ramos sensitivos que suprem a área da pele derivada da 
proeminência mandibular embrionária. Também envia fibras motoras para os músculos da mastigação. O NC V3 é a única divisão do NC V que tem fibras motoras. Os 
principais ramos cutâneos do NC V3 são os nervos auriculotemporal, bucal e mentual. No trajeto até a pele, o nervo auriculotemporal segue profundamente à 
glândula parótida, levando até ela fibras secretomotoras oriundas de um gânglio associado a essa divisão do NC V. 
• NERVOS DO COURO CABELUDO 
A inervação do couro cabeludo anterior às orelhas é feita por ramos de todas as três divisões do NC V, o nervo trigêmeo. Na região posterior às orelhas, a inervação 
provém dos nervos cutâneos espinais (C2 e C3). 
• NERVOS MOTORES DA FACE 
Os nervos motores da face são o nervo facial para os músculos da expressão facial e a raiz motora do nervo trigêmeo/nervo mandibular para os músculos da 
mastigação. Esses nervos também suprem alguns músculos mais profundos. 
• NERVO FACIAL 
O NC VII, o nervo facial, tem uma raiz motora e uma raiz sensitiva/parassimpática (sendo esta última o nervo intermédio). A raiz motora do NC VII supre os músculos 
da expressão facial, inclusive o músculo superficial do pescoço, músculos auriculares, músculos do couro cabeludo e alguns outros músculos derivados do 
mesoderma no segundo arco faríngeo embrionário. Seguindo um trajeto tortuoso através do temporal, o NC VII emerge do crânio através do forame estilomastóideo 
localizado entre os processos mastoide e estiloide. Imediatamente dá origem ao nervo auricular posterior, que segue posterossuperiormente à orelha para suprir o 
músculo auricular posterior e o ventre occipital do músculo occipitofrontal. O tronco principal do NC VII segue anteriormente e é englobado pela glândula parótida, 
na qual forma o plexo intraparotídeo. Este plexo dá origem aos cinco ramos terminais do nervo facial: temporal, zigomático, bucal, marginal da mandíbula e cervical. 
Os nomes dos ramos referem-se às regiões que inervam. O ramo temporal do NC VII emerge da margem superior da glândula parótida e cruza o arco zigomático para 
suprir os músculos auricular superior e auricular anterior; o ventre frontal do músculo occipitofrontal; e, mais importante, a parte superior do músculo orbicular do 
olho. O ramo zigomático do NC VII segue através de dois ou três ramos superiormente e, em especial, inferiormente ao olho para suprir a parte inferior do músculo 
orbicular do olho e outros músculos faciais inferiores à órbita. O ramo bucal do NC VII segue externamente ao músculo bucinador para suprir este músculo e os 
músculos do lábio superior. O ramo marginal da mandíbula do NC VII supre os músculos risório e do lábio inferior e do queixo. Emerge da margem inferior da 
glândula parótida e cruza a margem inferior da mandíbula profundamente ao músculo platisma até chegar à face. Esse ramo segue inferiormente ao ângulo da 
mandíbula em cerca de 20% das pessoas. O ramo cervical do NC VII segue inferiormente a partir da margem inferior da glândula parótida e posteriormente à 
mandíbula para suprir o músculo platisma. 
• Vasculatura superficial da face e do couro cabeludo 
A face é ricamente suprida por artérias superficiais e veias externas, como comprovam o rubor e a palidez. Os ramos terminais de artérias e veias anastomosam-se 
livremente, o que inclui anastomoses através da linha mediana com seus pares contralaterais. 
• ARTÉRIAS SUPERFICIAIS DA FACE 
A maioria das artérias superficiais da face é ramo ou derivada de ramos da artéria carótida externa. A artéria facial é a principal responsável pelo suprimento arterial 
da face. Origina-se da artéria carótida externa e espirala-se até a margem inferior da mandíbula, imediatamente anterior ao músculo masseter. Nesse local a artéria 
está em posição superficial, imediatamente profunda ao músculo platisma. A artéria facial cruza a mandíbula, o músculo bucinador e a maxila enquanto segue sobre 
a face até o ângulo medial do olho, onde se encontram as pálpebras superior e inferior. A artéria facial situa-se profundamente aos músculos zigomático maior e 
levantador do lábio superior. Perto do términode seu trajeto sinuoso através da face, a artéria facial segue cerca de um dedo lateral ao ângulo da boca. A artéria 
facial envia ramos para os lábios superior e inferior, ascende ao longo da lateral do nariz e se anastomosa com o ramo nasal dorsal da artéria oftálmica. Distalmente à 
artéria nasal lateral na região lateral do nariz, a parte terminal da artéria facial é denominada artéria angular. 
 Carollayne Mendonça Rocha 
A artéria temporal superficial é o menor ramo terminal da artéria carótida externa; o outro ramo é a artéria maxilar. A artéria temporal superficial emerge na face 
entre a articulação temporomandibular (ATM) e a orelha, entra na fossa temporal e termina no couro cabeludo dividindo-se em ramos frontal e parietal. Esses ramos 
arteriais acompanham ou seguem muito próximos dos ramos correspondentes do nervo auriculotemporal. A artéria facial transversa origina-se da artéria temporal 
superficial na glândula parótida e cruza a face superficialmente ao músculo masseter, aproximadamente um dedo abaixo do arco zigomático. Divide-se em muitos 
ramos que suprem a glândula parótida e seu ducto, o músculo masseter e a pele da face. Anastomosa-se com ramos da artéria facial. Além das artérias temporais 
superficiais, várias outras artérias acompanham nervos cutâneos na face. As artérias supraorbitais e supratrocleares, ramos da artéria oftálmica, acompanham nervos 
do mesmo nome através dos supercílios e da fronte. A artéria supraorbital continua e supre a parte anterior do couro cabeludo até o vértice. A artéria mentual, o 
único ramo superficial derivado da artéria maxilar, acompanha o nervo do mesmo nome no queixo. 
• ARTÉRIAS DO COURO CABELUDO 
O couro cabeludo tem uma rica vascularização. As artérias seguem na segunda camada do couro cabeludo, a camada de tecido conectivo subcutâneo entre a pele e a 
aponeurose epicrânica. As artérias anastomosam-se livremente com artérias adjacentes e, através da linha média, com a artéria contralateral. As paredes arteriais 
estão firmemente fixadas ao tecido conectivo denso no qual as artérias estão inseridas, o que limita sua capacidade de contração quando seccionadas. Logo, as 
feridas do couro cabeludo estão associadas a hemorragia abundante. 
 
 
 Carollayne Mendonça Rocha 
 
A irrigação arterial provém das artérias carótidas externas por intermédio das artérias occipital, auricular posterior e temporal superficial e das artérias carótidas 
internas por intermédio das artérias supratroclear e supraorbital. As artérias do couro cabeludo levam pouco sangue para o neurocrânio, que é suprido basicamente 
pela artéria meníngea média. 
• VEIAS EXTERNAS DA FACE 
A maioria das veias externas da face é drenada por veias que acompanham as artérias da face. Assim como na maioria das veias superficiais, há muitas variações; O 
retorno venoso da face normalmente é superficial, mas anastomoses com veias profundas, um seio dural e o plexo venoso podem permitir drenagem profunda para 
as veias avalvulares. Assim como as veias em outras partes do corpo, fazem muitas anastomoses, que permitem a drenagem por vias alternativas durante períodos 
de compressão temporária. As vias alternativas incluem vias superficiais e drenagem profunda. As veias faciais, que seguem com as artérias faciais ou paralelas a elas, 
são veias avalvulares responsáveis pela drenagem superficial primária da face. As tributárias da veia facial incluem a veia facial profunda, que drena o plexo venoso 
pterigóideo da fossa infratemporal. Inferiormente à margem da mandíbula, a veia facial se une ao ramo anterior (comunicante) da veia retromandibular. A veia facial 
drena direta ou indiretamente para a veia jugular interna (VJI). No ângulo medial do olho, a veia facial comunica-se com a veia oftálmica superior, que drena para o 
seio cavernoso. A veia retromandibular é um vaso profundo da face formado pela união da veia temporal superficial com a veia maxilar, sendo que esta drena o 
plexo venoso pterigóideo. A veia retromandibular segue posteriormente ao ramo da mandíbula dentro da substância da parótida, superficialmente à artéria carótida 
externa e profundamente ao nervo facial. Quando emerge do polo inferior da glândula parótida, a veia retromandibular divide-se em um ramo anterior, que se une à 
veia facial, e um ramo posterior, que se une à veia auricular posterior, inferiormente à glândula parótida, para formar a veia jugular externa. Essa veia segue em 
direção inferior e superficial no pescoço e deságua na veia subclávia. 
• VEIAS DO COURO CABELUDO 
A drenagem venosa das partes superficiais do couro cabeludo é feita através das veias acompanhantes das artérias do couro cabeludo, as veias supraorbitais e 
supratrocleares. As veias temporais superficiais e veias auriculares posteriores drenam as áreas do couro cabeludo anteriores e posteriores às orelhas, 
respectivamente. Muitas vezes a veia auricular posterior recebe uma veia emissária mastóidea do seio sigmóideo, um seio venoso da dura-máter. As veias occipitais 
drenam a região occipital do couro cabeludo. A drenagem venosa de partes profundas do couro cabeludo na região temporal se faz por meio das veias temporais 
profundas, que são tributárias do plexo venoso pterigóideo. 
 Carollayne Mendonça Rocha 
 
 
• DRENAGEM LINFÁTICA DA FACE E DO COURO CABELUDO 
 Carollayne Mendonça Rocha 
O couro cabeludo não tem linfonodos e, com exceção das regiões parotideomassetérica e da bochecha, a face não tem linfonodos. A linfa do couro cabeludo, da face 
e do pescoço drena para o anel superficial de linfonodos — submentual, submandibular, parotídeo, mastóideo e occipital — localizado na junção da cabeça e 
pescoço. Os vasos linfáticos da face acompanham outros vasos faciais. Os vasos linfáticos superficiais acompanham as veias, e os linfáticos profundos acompanham 
as artérias. Todos os vasos linfáticos da cabeça e do pescoço drenam direta ou indiretamente para os linfonodos cervicais profundos, uma cadeia de linfonodos 
localizada ao longo da VJI no pescoço. A linfa desses linfonodos profundos segue até o tronco linfático jugular, que se une ao ducto torácico no lado esquerdo e à VJI 
ou veia braquiocefálica no lado direito. Resumo da drenagem linfática da face: 
A linfa da parte lateral da face e do couro cabeludo, inclusive das pálpebras, drena para os linfonodos parotídeos superficiais. A linfa dos linfonodos parotídeos 
profundos drena para os linfonodos cervicais profundos. A linfa proveniente do lábio superior e das partes laterais do lábio inferior drena para os linfonodos 
submandibulares. A linfa proveniente do queixo e da parte central do lábio inferior drena para os linfonodos submentuais. 
 
• Anatomia de superfície da face 
Os supercílios são áreas lineares de pelos sobre a margem orbital superior. A região sem pelos entre os supercílios está sobre a glabela, e as cristas proeminentes que 
se estendem lateralmente de cada lado acima dos supercílios são os arcos superciliares. As pálpebras são pregas musculofibrosas móveis situadas sobre o bulbo do 
olho. Unem-se nos ângulos medial e lateral do olho em cada extremidade da rima das pálpebras situada entre as pálpebras. A prega epicântica* (epicanto) é uma 
dobra cutânea que cobre o ângulo medial do olho em algumas pessoas, principalmente em asiáticos. As depressões superior e inferior às pálpebras são os sulcos 
suprapalpebral e infrapalpebral. 
O formato do nariz varia consideravelmente. O nariz externo tem um ápice proeminente e é contínuo com a fronte na raiz (ponte) do nariz. A margem anterior 
arredondada entre a raiz e o ápice é o dorso do nariz. Inferiormente ao ápice, a cavidade nasal de cada lado abre-se anteriormente através de uma narina, limitada 
medialmente pelo septo nasal e lateralmente por uma asa do nariz. Os lábios circundam a abertura da boca, a rima da boca. A margem vermelha do lábio marca o 
início da zona de transição entre a pele e a túnica mucosa do lábio. A pele dazona de transição não tem pelos e é fina, o que aumenta sua sensibilidade e confere 
uma cor diferente da cor da pele adjacente da face. A junção lateral dos lábios é a comissura dos lábios; o ângulo entre os lábios, medial à comissura, que aumenta 
quando a boca se abre e diminui quando a boca se fecha, é o ângulo da boca. A parte mediana do lábio superior apresenta um tubérculo, superiormente ao qual há 
um sulco superficial, o filtro, que se estende até o septo nasal. As pregas musculofibrosas dos lábios continuam lateralmente como bochechas, que também contêm 
o músculo bucinador e o corpo adiposo da bochecha. A bochecha é separada dos lábios pelo sulco nasolabial, que segue obliquamente entre as asas do nariz e o 
ângulo da boca. É mais fácil observar esses sulcos quando a pessoa está sorrindo. O lábio inferior é separado da protuberância mentual pelo sulco mentolabial. Os 
lábios, as bochechas e o queixo do homem maduro têm pelos como parte das características sexuais secundárias, a barba. 
• Lesões do couro cabeludo 
Como se originam nas laterais da cabeça, as artérias do couro cabeludo são bem protegidas por tecido conjuntivo denso e se anastomosam livremente, um couro 
cabeludo parcialmente descolado pode ser reposicionado com chance razoável de cicatrização desde que um dos vasos permaneça intacto. Durante uma 
craniotomia vinculada, as incisões geralmente são convexas e voltadas para cima, e a artéria temporal superficial é incluída no retalho de tecido. Muitas vezes o 
couro cabeludo propriamente dito, as três primeiras camadas, é considerado clinicamente como uma única camada porque estas permanecem juntas quando se faz 
um retalho do couro cabeludo durante a craniotomia e quando parte do couro cabeludo é arrancada. Os nervos e vasos do couro cabeludo entram na parte inferior e 
ascendem através da segunda camada até a pele. Logo, retalhos de couro cabeludo com pedículo cirúrgico são feitos de forma que permaneçam fixados 
inferiormente para preservar os nervos e vasos, promovendo uma boa cicatrização. As artérias do couro cabeludo levam pouco sangue para a calvária, que é irrigada 
basicamente pelas artérias meníngeas médias. Portanto, a perda do couro cabeludo não causa necrose dos ossos da calvária. 
• Infecções do couro cabeludo 
A camada de tecido conjuntivo frouxo é a área de perigo do couro cabeludo, porque há fácil disseminação de pus ou sangue nela. A infecção nessa camada também 
pode passar para a cavidade do crânio através de pequenas veias emissárias, que atravessam os forames parietais na calvária, e chegam a estruturas intracranianas 
como as meninges. A infecção não passa para o pescoço, porque os ventres occipitais do músculo occipitofrontal fixam-se ao occipital e às partes mastóideas dos 
temporais. Também não se dissemina lateralmente além dos arcos zigomáticos, porque a aponeurose epicrânica é contínua com a fáscia temporal que se fixa a esses 
arcos. Uma infecção ou líquido pode entrar nas pálpebras e na raiz do nariz porque o músculo occipitofrontal se insere na pele e na tela subcutânea, e não se fixa ao 
osso. A pele da pálpebra é a mais fina do corpo e é delicada e sensível. Em face da natureza frouxa da tela subcutânea nas pálpebras, até mesmo uma lesão 
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relativamente pequena ou inflamação pode resultar em acúmulo de líquido, que causa edema palpebral. Golpes na região periorbital geralmente causam lesão dos 
tecidos moles porque os tecidos são esmagados contra a margem forte e relativamente saliente. Assim, “olhos roxos” (equimose periorbital) podem ser causados por 
lesão do couro cabeludo e/ou fronte. A equimose decorre do extravasamento de sangue para a tela subcutânea e para a pele das pálpebras e regiões adjacentes. 
• Paralisia dos músculos faciais 
A lesão do nervo facial (NC VII) ou de seus ramos causa paralisia de alguns ou de todos os músculos faciais no lado afetado (paralisia de Bell). Há flacidez da área 
afetada e distorção da expressão facial, que parece passiva ou triste. A perda do tônus do músculo orbicular do olho causa eversão da pálpebra inferior. Assim, o 
líquido lacrimal não se espalha sobre a córnea, impedindo a lubrificação adequada, hidratação e lavagem da superfície da córnea. Isso torna a córnea vulnerável à 
ulceração. A consequente cicatriz na córnea pode comprometer a visão. Se a lesão causar enfraquecimento ou paralisia dos músculos bucinador e orbicular da boca, 
haverá acúmulo de alimento no vestíbulo da boca durante a mastigação, em geral exigindo a remoção contínua com um dedo. Quando os músculos esfíncteres ou 
dilatadores da boca são afetados, o deslocamento da boca (queda do ângulo) é causado pela contração sem oposição de músculos faciais contralaterais e pela 
gravidade, resultando em gotejamento de alimento e saliva pelo canto da boca. O enfraquecimento dos músculos labiais afeta a fala em virtude de redução da 
capacidade de produzir sons labiais (B, M, ou P). As pessoas afetadas não conseguem assobiar nem tocar um instrumento de sopro. Secam os olhos e a boca com 
frequência com um lenço para limpar o líquido (lágrimas e saliva), que escorre da pálpebra e da boca; o líquido e o ato de secar constantemente podem resultar em 
irritação cutânea localizada. 
• Lesões do nervo facial 
A lesão dos ramos do nervo facial causa paralisia dos músculos faciais (paralisia de Bell), com ou sem perda do paladar nos dois terços anteriores da língua ou 
alteração da secreção das glândulas lacrimais e salivares. As lesões perto da origem do NC VII na ponte do encéfalo ou proximais à origem do nervo petroso maior 
resultam em perda das funções motora, gustatória e autônoma. As lesões distais ao gânglio geniculado, mas proximais à origem do nervo corda do tímpano, 
produzem a mesma disfunção, exceto pelo fato de não haver comprometimento da secreção lacrimal. As lesões perto do forame estilomastóideo causam apenas 
perda da função motora. A paralisia do nervo facial tem muitas causas. A causa atraumática mais comum é a inflamação do nervo facial perto do forame 
estilomastóideo, não raro em virtude de uma infecção viral. Isso causa edema e compressão do nervo no canal facial. A lesão do nervo facial pode ser ocasionada 
pela fratura do temporal; a paralisia facial é evidente logo após a lesão. No caso de secção total do nervo, as chances de recuperação plena, ou mesmo parcial, são 
remotas. De modo geral, há melhora do movimento muscular quando a lesão do nervo é causada por traumatismo craniano contundente; mas a recuperação pode 
não ser completa. A paralisia do nervo facial pode ser idiopática, mas não raro sucede a exposição ao frio, como ocorre ao andar de carro ou dormir com a janela 
aberta. A paralisia facial pode ser uma complicação cirúrgica; logo, é imprescindível identificar o nervo facial e seus ramos durante a cirurgia. O nervo facial é mais 
evidente quando emerge do forame estilomastóideo; se necessário, pode ser usada estimulação elétrica para confirmação. A paralisia do nervo facial também pode 
estar associada à manipulação dentária, vacinação, gravidez, infecção por HIV , doença de Lyme e infecções da orelha média. Como os ramos do nervo facial são 
superficiais, estão sujeitos a lesão por instrumentos perfurocontundentes e por projéteis de arma de fogo, cortes e tocotraumatismo : uma lesão do ramo zigomático 
do NC VII causa paralisia, inclusive perda do tônus do músculo orbicular do olho na pálpebra inferior. A paralisia do ramo bucal do NC VII causa paralisia do músculo 
bucinador e da porção superior dos músculos orbicular da boca e do lábio superior. Pode haver paralisia do ramo marginal da mandíbula do NC VII quando é feita 
uma incisão ao longo da margem inferior da mandíbula. A lesão desse causa paralisia da parte inferior dos músculos orbicular da boca e do lábio inferior 
• Lacerações do couro cabeludo 
As lacerações do couro cabeludo são o tipo mais comum de traumatismo craniano que exige cuidados cirúrgicos.Essas feridas sangram abundantemente porque as 
artérias que entram na periferia do couro cabeludo sangram pelas duas extremidades em razão das anastomoses abundantes. As artérias não se retraem quando 
laceradas porque são mantidas abertas pelo tecido conjuntivo denso presente na segunda camada do couro cabeludo. Espasmos do músculo occipitofrontal podem 
aumentar o afastamento das margens das feridas no couro cabeludo. O sangramento das lacerações do couro cabeludo pode ser fatal se não for controlado. 
• MENINGES CRANIANAS 
As meninges cranianas são membranas de revestimento do encéfalo imediatamente internas ao crânio. As meninges cranianas: 
Protegem o encéfalo. Compõem a estrutura de sustentação das artérias, veias e seios venosos. Encerram uma cavidade preenchida por líquido, o espaço 
subaracnóideo, que é fundamental para a função normal do encéfalo. As meninges são formadas por três camadas de tecido conectivo membranáceo: 
Dura-máter: camada fibrosa externa espessa e resistente. Aracnoide-máter: camada fina intermediária. Pia-máter: delicada camada interna vascularizada. 
As camadas intermediária e interna são membranas contínuas que, juntas, formam a leptomeninge. A aracnoide-máter é separada da pia-máter pelo espaço 
subaracnóideo, que contém líquido cerebrospinal (LCS). Esse espaço preenchido por líquido ajuda a manter o equilíbrio do líquido extracelular no encéfalo. O LCS é 
um líquido transparente que tem constituição semelhante à do sangue; provê nutrientes, mas tem menor concentração de proteínas e concentração diferente de 
íons. O LCS é produzido pelos plexos corióideos dos quatro ventrículos do encéfalo. Esse líquido deixa o sistema ventricular e entra no espaço subaracnóideo entre a 
aracnoide e a pia-máter, onde protege e nutre o encéfalo. 
• Dura-máter 
A dura-máter, uma membrana bilaminar, densa e espessa também é denominada paquimeninge. Está aderida à lâmina interna da calvária. As duas camadas da dura-
máter craniana são uma camada periosteal externa, formada pelo periósteo que cobre a face interna da calvária, e uma camada meníngea interna, uma membrana 
fibrosa forte e contínua no forame magno com a parte espinal da dura-máter que reveste a medula espinal. A camada periosteal externa da dura-máter adere à face 
interna do crânio; sua fixação é resistente ao longo das linhas de sutura e na base do crânio. A camada periosteal externa é contínua nos forames cranianos com o 
periósteo na face externa da calvária. Essa camada externa não é contínua com a dura-máter da medula espinal, que tem apenas uma camada meníngea. Exceto nos 
locais em que há seios durais e invaginações, a camada interna da meninge está intimamente fundida à camada periosteal, sendo impossível a separação. As 
camadas externa e interna fundidas da dura-máter sobre a calvária podem ser facilmente arrancadas dos ossos do crânio. Na base do crânio, as duas camadas da 
dura-máter estão firmemente fixadas e é difícil separá-las dos ossos. Em vida, essa separação na interface dural-craniana só ocorre em caso de doença, criando um 
espaço extradural real (cheio de sangue ou líquido). 
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• INVAGINAÇÕES OU REFLEXÕES DA DURA-MÁTER 
A camada meníngea interna da dura-máter é de sustentação refletida a partir da camada periosteal externa da dura-máter para formar invaginações durais. As 
invaginações de dura-máter dividem a cavidade do crânio em compartimentos, formando divisões parciais entre algumas partes do encéfalo e oferecendo suporte 
para outras partes. As invaginações da dura-máter incluem: Foice do cérebro; Tentório do cerebelo; Foice do cerebelo; Diafragma da sela. 
A foice do cérebro, a maior invaginação da dura-máter, está situada na fissura longitudinal do cérebro que separa os hemisférios cerebrais direito e esquerdo. A foice 
do cérebro está fixada no plano mediano à face interna da calvária, a partir da crista frontal do frontal e crista etmoidal do etmoide anteriormente até a 
protuberância occipital interna posteriormente. Termina tornando-se contínua com o tentório do cerebelo. O tentório do cerebelo, a segunda maior invaginação da 
dura-máter, é um septo largo, em formato de meia-lua, que separa os lobos occipitais dos hemisférios cerebrais do cerebelo. O tentório do cerebelo fixa-se na parte 
rostral aos processos clinoides do esfenoide, na parte rostrolateral à parte petrosa do temporal, e na parte póstero-lateral à face interna do occipital e parte do 
parietal. A foice do cérebro fixa-se ao tentório do cerebelo e o mantém elevado, conferindo aparência semelhante à de uma tenda. O tentório do cerebelo divide a 
cavidade do crânio em compartimentos supratentorial e infratentorial. O compartimento supratentorial é dividido em metades direita e esquerda pela foice do 
cérebro. A margem anteromedial côncava do tentório do cerebelo é livre, produzindo uma abertura denominada incisura do tentório através da qual o tronco 
encefálico estende-se da fossa posterior até a fossa média do crânio. A foice do cerebelo é uma invaginação vertical da dura-máter situada inferiormente ao tentório 
do cerebelo na parte posterior da fossa posterior do crânio. Está fixada à crista occipital interna e separa parcialmente os hemisférios do cerebelo. O diafragma da 
sela, a menor invaginação da dura-máter, é uma lâmina circular de dura, que fica suspensa entre os processos clinoides, formando um teto parcial sobre a fossa 
hipofisial no esfenoide. O diafragma da sela cobre a hipófise nessa fossa e tem uma abertura para a passagem do infundíbulo e das veias hipofisiais. 
• SEIOS VENOSOS DA DURA-MÁTER 
Os seios venosos da dura-máter são espaços revestidos por endotélio entre as lâminas periosteal e meníngea da dura. Formam-se nos locais onde os septos durais se 
fixam ao longo da margem livre da foice do cérebro e em relação às formações do assoalho do crânio. Grandes veias da superfície do encéfalo drenam para esses 
seios e a maior parte do sangue do encéfalo drena finalmente através deles para as VJI. O seio sagital superior situa-se na margem fixada convexa da foice do 
cérebro. Começa na crista etmoidal e termina perto da protuberância occipital interna na confluência dos seios, um local de reunião dos seios sagital superior, reto, 
occipital e transverso. O seio sagital superior recebe as veias cerebrais superiores e comunica-se de cada lado, através de aberturas semelhantes a fendas, com as 
lacunas venosas laterais, expansões laterais do seio sagital superior. As granulações aracnóideas são prolongamentos em tufo da aracnoide-máter que se salientam 
através da lâmina meníngea da dura-máter para os seios venosos durais, principalmente as lacunas laterais, e afetam a transferência de LCS para o sistema venoso. 
Granulações aracnóideas aumentadas (corpos de Pacchioni) podem causar erosão do osso, formando depressões chamadas de fovéolas granulares na calvária. 
Geralmente são observadas na vizinhança dos seios sagital superior, transverso e alguns outros seios venosos da dura-máter. As granulações aracnóideas são 
adaptadas estruturalmente para o transporte de LCS do espaço subaracnóideo para o sistema venoso. O seio sagital inferior é muito menor do que o seio sagital 
superior. Segue na margem livre côncava inferior da foice do cérebro e termina no seio reto. O seio reto é formado pela união do seio sagital inferior com a veia 
cerebral magna. Segue em sentido ínfero-posterior ao longo da linha de fixação da foice do cérebro até o tentório do cerebelo, onde se une à confluência dos seios. 
Os seios transversos seguem lateralmente a partir da confluência dos seios, formando um sulco nos occipitais e nos ângulos póstero-inferiores dos parietais. Os seios 
transversos seguem ao longo das margens do tentório do cerebelo fixadas póstero-lateralmente e, depois, tornam-se os seios sigmóideos à medida que se 
aproximam da face posterior das partes petrosas dos temporais. O sangue recebido pela confluência dos seios é drenadopelos seios transversos, mas raramente de 
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forma igual. Em geral, o seio esquerdo é dominante. Os seios sigmóideos seguem trajetos em forma de S na fossa posterior do crânio, formando sulcos profundos no 
temporal e no occipital. Cada seio sigmóideo segue anteriormente e depois continua inferiormente como a VJI após atravessar o forame jugular. O seio occipital 
situa-se na margem fixada da foice do cerebelo e termina superiormente na confluência dos seios. O seio occipital comunica-se inferiormente com o plexo venoso 
vertebral interno. 
 
O seio cavernoso, um grande plexo venoso, está localizado de cada lado da sela turca, sobre a face superior do corpo do esfenoide, que contém o seio esfenoidal. O 
seio cavernoso consiste em um plexo venoso com paredes extremamente finas, que se estende anteriormente da fissura orbital superior até o ápice da parte petrosa 
do temporal posteriormente. Recebe sangue das veias oftálmica superior e inferior, veia cerebral média superficial e seio esfenoparietal. Os canais venosos nesses 
seios comunicam-se entre si através de canais venosos anteriores e posteriores ao pedículo da hipófise — os seios intercavernosos — e algumas vezes através de 
veias inferiores à hipófise. Os seios cavernosos drenam em sentido póstero-inferior através dos seios petrosos superior e inferior e veias emissárias para os plexos 
basilar e pterigóideo. Em cada seio cavernoso estão a artéria carótida interna com seus pequenos ramos, circundados pelo plexo carótico de nervo(s) simpático(s), e 
o nervo abducente (NC VI). Os nervos oculomotor (NC III) e troclear (NC IV), mais duas das três divisões do nervo trigêmeo (NC V) estão embutidos na parede lateral 
do seio. A artéria, que conduz o sangue aquecido proveniente do centro do corpo, atravessa o seio, que está cheio de sangue mais frio que retornou dos capilares da 
periferia do corpo, o que permite a troca de calor para conservar energia ou resfriar o sangue arterial. Diz-se que as pulsações da artéria no seio cavernoso 
promovem a propulsão de sangue venoso do seio, assim como a gravidade. Os seios petrosos superiores iniciam-se nas extremidades posteriores das veias que 
formam o seio cavernoso e seguem até os seios transversos no local onde esses seios curvam-se inferiormente para formar os seios sigmóideos. Cada seio petroso 
superior está situado na margem anterolateral fixa do tentório do cerebelo, que se fixa à margem superior da parte petrosa do temporal. Os seios petrosos inferiores 
também começam na extremidade posterior do seio cavernoso inferiormente. Cada seio petroso inferior segue em um sulco entre a parte petrosa do temporal e a 
parte basilar do occipital. Os seios petrosos inferiores drenam o seio cavernoso diretamente para a transição do seio sigmóideo para a VJI no forame jugular. O plexo 
basilar une os seios petrosos inferiores e comunica-se inferiormente com o plexo venoso vertebral interno. As veias emissárias unem os seios venosos durais às veias 
fora do crânio. Embora não tenham válvulas e o sangue possa fluir nas duas direções, o fluxo geralmente se faz na direção oposta ao encéfalo. O tamanho e o 
número de veias emissárias variam; muitas veias pequenas não têm nome. As crianças e alguns adultos têm uma veia emissária frontal. Atravessa o forame cego do 
crânio, unindo o seio sagital superior às veias do seio frontal e cavidades nasais. Uma veia emissária parietal, que pode ser bilateral, atravessa o forame parietal na 
calvária, unindo o seio sagital superiormente às veias externas a ele, sobretudo aquelas no couro cabeludo. A veia emissária mastóidea atravessa o forame 
mastóideo e une cada seio sigmóideo à veia occipital ou auricular posterior. Também pode haver uma veia emissária condilar posterior, que atravessa o canal 
condilar, unindo o seio sigmóideo ao plexo venoso suboccipital. 
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• VASCULATURA DA DURA-MÁTER 
As artérias da dura-máter fornecem mais sangue para a calvária do que para a dura-máter. O maior desses vasos, a artéria meníngea média, é um ramo da artéria 
maxilar. Entra no assoalho da fossa média do crânio através do forame espinhoso, segue lateralmente na fossa, e vira-se em sentido supero-anterior sobre a asa 
maior do esfenoide, onde se divide em ramos anterior e posterior. O ramo frontal da artéria meníngea média segue superiormente até o ptério e depois se curva 
posteriormente para ascender em direção ao vértice do crânio. O ramo parietal da artéria meníngea média segue em sentido póstero-superior e ramifica-se sobre a 
face posterior do crânio. Pequenas áreas de dura-máter são supridas por outras artérias: ramos meníngeos das artérias oftálmicas, ramos das artérias occipitais e 
pequenos ramos das artérias vertebrais. As veias da dura-máter acompanham as artérias meníngeas, amiúde em pares. As veias meníngeas médias acompanham a 
artéria meníngea média, deixam a cavidade do crânio através do forame espinhoso ou forame oval e drenam para o plexo venoso pterigóideo. 
• INERVAÇÃO DA DURA-MÁTER 
A dura-máter dos assoalhos das fossas anterior e média do crânio e do teto da fossa posterior do crânio é inervada por ramos meníngeos que se originam direta ou 
indiretamente do nervo trigêmeo (NC V). Existem três divisões do NC V (V1, V2 e V3), e cada um deles contribui com um ramo ou ramos meníngeos. Os ramos 
meníngeos anteriores dos nervos etmoidais (NC V1) e os ramos meníngeos dos nervos maxilar (NC V2) e mandibular (NC V3) suprem a dura-máter da fossa anterior 
do crânio. Os dois últimos nervos também suprem a dura-máter da fossa média do crânio. Os ramos meníngeos do NC V2 e NC V3 são distribuídos como plexos 
periarteriais que acompanham os ramos da artéria meníngea média. 
 
 Carollayne Mendonça Rocha 
 
A dura-máter que forma o teto da fossa posterior do crânio e a parte posterior da foice do cérebro é suprida pelo nervo tentorial (ramo do oftálmico), enquanto a 
parte anterior da foice do cérebro é inervada por ramos ascendentes dos ramos meníngeos anteriores. A dura-máter do assoalho da fossa posterior do crânio recebe 
fibras sensitivas dos gânglios espinais de C2 e C3 conduzidas por aqueles nervos espinais ou por fibras que são transferidas para os nervos vago (NC X) e hipoglosso 
(NC XII) e seguem em direção central com eles. As terminações sensitivas são mais numerosas na dura-máter ao longo de cada lado do seio sagital superior e no 
tentório do cerebelo do que no assoalho do crânio. As fibras de dor são mais numerosas nos locais onde artérias e veias seguem na dura-máter. A dor originada na 
dura-máter geralmente é referida, percebida como cefaleia originada nas regiões cutânea ou mucosa supridas pelo nervo cervical ou pela divisão do nervo trigêmeo 
envolvido. 
• Aracnoide-máter e pia-máter 
A aracnoide-máter e a pia-máter (leptomeninges) desenvolvem-se a partir de uma única camada de mesênquima que circunda o encéfalo embrionário e forma as 
partes parietal (aracnoide) e visceral (pia) da leptomeninge. A derivação da aracnoide-pia de uma única camada embrionária é indicada no adulto pelas numerosas 
trabéculas aracnóideas, semelhantes a teias, que passam entre a aracnoide e a pia-máter e que conferem à aracnoide seu nome. As trabéculas são formadas por 
fibroblastos achatados, de formato irregular, que formam pontes no espaço subaracnóideo. A aracnoide e a pia-máter são contínuas na parte imediatamente 
proximal à saída de cada nervo craniano da dura-máter. A aracnoide craniana contém fibroblastos, fibras de colágeno e algumas fibras elásticas. Embora fina, a 
espessura da aracnoide é suficiente para que seja manipulada com pinça. A aracnoide avascular, embora esteja intimamente aplicada à lâmina meníngea da dura-
máter, não está fixada à dura-máter; é mantida contra a face interna da dura-máter pela pressão do LCS no espaço subaracnóideo. A pia-máter craniana é membrana 
ainda mais fina do que a aracnoide; é muito vascularizada por uma rede

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