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O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes É assustador o número de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes não só no nosso país, mas também no mundo. O dia nacional de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescente, celebrado no dia 18 de maio, foi instituído oficialmente no Brasil pela lei 9.970/2000, com a finalidade de ajudar a combater este mal que destrói a vida de muitos jovens. Entretanto ela não deve ser vista apenas como uma data simbólica, mas sim como uma forma eficaz, não só de mobilizar e convocar toda a sociedade a participar dessa luta, mas também reafirmar a importância de denunciar e responsabilizar os autores pela violência sofrida pelas crianças e adolescentes. É importante destacar que a violência sexual abrange tanto o abuso sexual quanto a exploração sexual, tipos penais diferentes e tipificados pelo nosso ordenamento jurídico. No abuso sexual a criança é utilizada por adulto, para praticar algum ato de natureza sexual; Na exploração sexual crianças e adolescentes são usados com propósito de troca ou de obter lucro financeiro ou de outra natureza em turismo sexual, tráfico, pornografia, ou também em rede de prostituição. Segundo o relatório da OMS a violência e suas consequências configuram uma violação aos direitos humanos fundamentais, além de serem um grave problema de saúde pública no mundo. De acordo com os estudos os casos de violência sofridos na infância e na adolescência, ocorrem em fases da vida de maior vulnerabilidade, e são, em sua maioria, praticados no âmbito familiar, e encobertos pelo silêncio das vítimas, podendo se durar por meses e até anos. No Brasil, crianças e adolescentes são protegidos por várias normas jurídicas que garantem seus direitos humanos fundamentais. A Constituição Federal estabelece no seu artigo 227, que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida digna livre de explorações, negligencias e violências e crueldades. Nesse mesmo viés temos o artigo 5º do Eca que prevê que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais “. É importante destacar que o ECA sofreu diversas alterações com o objetivo de uma devida adequação para a garantia de proteção da criança e do adolescente. Dentre elas a que considero de maior importância são as introduzidas pela Lei 13.431/2017, uma vez que estabeleceu o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vitima ou testemunha de violência, garantindo dessa forma que no momento que a violência sexual for identificada a criança tenha acesso a um profissional para que possa colaborar e dar encaminhamento correto de acordo com o caso. Outro exemplo que temos de proteção dada a criança é o dispositivo 218-B do Código Penal que trata do favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança, adolescente e vulnerável. Importante destacar também o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-juvenil, que tem como objetivo estabelecer ações que permitam a intervenção técnico, político e financeira para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. Vemos dessa forma que o direito fundamental de proteção as crianças estão protegidas no nosso ordenamento jurídico, entretanto não é bastante ter leis sem coloca-las em pratica. Dessa forma é necessária uma força conjunta de todos, pais, sociedade e Estado para dizimar esse tipo de violência da vida das crianças e adolescentes. Nesse contexto é importante a instituição de uma rede de proteção e acolhimento, massificada em divulgação, investigação, responsabilização e principalmente acolhimento das vítimas. Aqui o papel da escola e dos educadores são fundamentais, pois podem atuar não só como elo de promoção dos direitos, mas também como locais de acolhimento, promovendo um ambiente seguro para a população infanto-juvenil, de modo solidificar e propiciar a oportunidade para eles possam sinalizar qualquer tipo de violência sofrida. Finalizo dizendo que não só escola tem como obrigação legal, ética e humanitária comunicar casos de suspeita ou confirmação de qualquer forma de violência, mas também toda a sociedade, ou seja, qualquer pessoa que tenha conhecimento de alguma ação ou omissão de violência contra crianças ou adolescentes devem denunciar. Ressalto que a investigação deve ficar a cargo dos órgãos competentes e que a privacidade e identidade da criança ou adolescente devem ser sempre preservadas, para evitar constrangimentos. Canais de proteção e denúncia: Disque 100 – Vítimas ou testemunhas de violações de direitos de crianças e adolescentes, como violência física ou sexual Disque 180 – Em casos de violência contra mulheres e meninas, seja violência psicológica, física, sexual causada por pais, irmãos, filhos ou qualquer pessoa. Polícias – número 190. Também é possível acionar as Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher e as de Proteção à Criança e ao Adolescente da sua cidade. Safernet Brasil – A rede recebe denúncias de cyberbullying e crimes realizados em ambiente online. Para denunciar, acesse https://new.safernet.org.br/ Bons Estudos! Malu Chaves 😊 https://new.safernet.org.br/
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