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Carcinoma Basocelular

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Carcinoma Basocelular (CBC)
Definição
Tumor com com células semelhantes às basais da epiderme, de crescimento lento e capacidade invasiva localizada. Metástases são raras e o prognóstico é o melhor dentre as neoplasias cutâneas. 
Epidemiologia
· Neoplasia mais comum dentre os cânceres de pele (mais de 50%). 
· 90% é após os 30 anos de idade, com predomínio no sexo feminino (58%). 
· Sua frequência aumenta proporcionalmente à claridade da pele. 
Etiologia
Relacionada com radiações, substâncias químicas como derivados do alcatrão e arsênico e, em casos raros, cicatrizes antigas. É intimamente ligada a exposições intermitentes à radiação solar. 
A síndrome do nervo basocelular apresenta mutações no gene patched que propiciam o surgimento da neoplasia nesses indivíduos, pelo fato de que esse gene codifica uma proteína que serve como receptor no processo de supressão tumoral. 
O gene Hedgehod e sua família atua no processo de homeostase tecidual, renovação celular e manutenção das células tronco. Uma mutação em um desses genes (principalmente o Shh) propicia a carcinogênese.
A proteína Hh se liga a Patched 1 (PTCH1). Na ausência de Hh a PTCH inibe a proteína Smoothened (SMO). Caso essa não seja inibida ela transmite um sinal por via da SUFU que ajuda no equilíbrio da ativação e desativação das famílias das GLI. Pode haver mutações no alelo PTCH1 ou no gene que codifica SMO que também promovem o processo neoplásico. 
Histologia
O tumor é indiferenciado/sólido em sua maioria e depende de tecido conjuntivo para crescimento. O que faz com que as metástases sejam raras. A velocidade de multiplicação é rápida, assim como a morte celular e, portanto, o tumor expande lentamente. 
É possível encontrar o carcinoma basoescamoso que é aquele com características de CBC e CEC. Em 90% dos casos esta no polo cefálico e é mais agressivo, com maior chance de matastizar. É importante ser diferenciado de carcinoma misto, pois esse não tem áreas de transição. 
Clínica
A lesão mais característica é a perolada, que é frequente. Podendo ocorrer na lesão toda ou apenas em sua borda. Na superfície podem aparecer telangectasias. Pode haver ulceração. Apresentações menos comuns são do tipo vegetante e ulcerovegetantes. A evolução comum é de pápula para globosa ou nodular e, finalmente, ulcerada. A forma ulcerada de invasão rápida também é chamada de terebante e é menos comum, assim como a apresentação em plano cicatricial que cresce centrifugamente. A localização é cefálica (90%, dentre essas 27% nasal), em tronco ou em membros. 
A forma superficial é representada por área oval eritematosa lembrando o lúpus. A borda é nítida e ocorre mais no tronco. Já a forma fibrosante se assemelha a uma placa de esclerodermia, a superfície é lisa e brilhante com cor amarelada. Apresente dureza a palpação. A manifestação pigmentada recebe esse nome pela grande quantidade de melanina. 
Caso as lesões sejam solitárias ou múltiplas com aspecto mole, localizadas no dorso pode se tratar de uma apresentação fibroepitelial. 
Algumas síndromes também são importantes na clínica como: 
· Síndrome do nevo basocelular: aparecimento na infância de tumores que aumentam em número e tamanho, essas lesões lembram nevos. A síndrome engloba depressões puntiforme na região palmoplantar, cistos na mandíbula, anormalidades nas costelas, espinha bífic, calcificações da foice do cérebro e até retardo mental. A mutação é no receptor PTCH de forma hereditária. 
· Síndrome do nervo basocelular linear unilateral: é uma variante que se apresenta com inúmeros tumores em distribuição linear desde o nascimento. 
· Síndrome de Bazex: ao nascimento já está presente a atrofodermia folicular e desenvolvimento de basaliomas na face, localizadas em dorsos palmoplantares. Hipoidrose pode ocorrer. 
Diagnóstico
Deve ser suspeitado se a lesão característica sangra aos mínimos traumas. O exame histopatológico é decisivo e a dermatoscopia essencial. 
Evolução e prognóstico.
Evolução é lenta e o prognóstico só é ruim dependendo da localização (destruição de órbita por exemplo). 
Tratamento
Varia com o tipo de lesão. Para lesões menores de 1 cm podem ser feitas curetagem simples ou eletrodessecação e curetagem. Nas CBC superficiais a imiquimode a 5%, 5-fluorouracila ou terapia fotodinâmica são eficazes. Criocirurgia é indicada para tumores menores que 1 cm na zona H da face. 
A exérese cirúrgica é a melhor opção, se margens bem definidas pode ser extrapolados apenas 4 a 5 mm. Caso CBC maior que 2 cm com padrão agressivo a margem de excisão aumenta para 5 a 15 mm e a congelação peroperatória é indicada. A radioterapia está bem indicada em pacientes muito idosos, debilitados ou com alto risco cirúrgico.
Uma conduta expectante pode ser adotada nos casos incompletamente excisados (apenas bordas laterais) e que não se trate de um tumor recorrente, histologicamente agressivo ou em região anatômica crítica, com maior chance de recidiva (H da face).
Vismodegibe é um inibidor da proteína SMO e pode ser usado em CBC inoperáveis ou metastáticos na dose de 150mg/dia.
Referência
Esse documento é um resumo exclusivo do tema a partir da referência a seguir e foi utilizado para estudo individual. 
AZULAY, Rubem David. Dermatologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 2080 p.

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