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Resumo - O direito como meio de controle social ou como instrumento de 
mudança social? 
JORGE RUBEM FOLENA DE OLIVEIRA 
 
Matheus Santana Pacheco Martins1 
O Direito nasce e desenvolve-se em sociedade e para atingir os objetivos desta, 
entre eles destaca-se a paz, a ordem, a segurança e o bem-estar comum, entre 
outros. Não obstante, o Direito mesmo sendo fruto da racionalidade humana para 
que os seus demais interesses fossem alcançados, ele não deve e nem pode se 
manter estático, ele se mantém fluido e flexível ao avanço do tempo e das 
sociedades que o fazem, e é nessa perspectiva que o artigo se aprofunda. 
É indispensável dizer também que à medida que a dinâmica social se atualiza, 
o Direito a acompanha em semelhante ritmo, pois somente assim seria possível 
alcançar o equilíbrio em sociedade. No entanto, para que isso aconteça não 
bastaria apenas a existência do Direito, ele precisaria ser utilizado como forma 
de controle social, e consequentemente como forma de controlar o homem. 
Sendo assim, o Direito é visto também como uma forma de dominação da 
sociedade, pois a submete à um determinado grau de obediência. Dessa 
maneira, aqueles que detêm o poder político aplicariam, à força do punho, a 
sociedade as suas vontades e interesses próprios, e é sob essa ótica que cabe 
pontuar a nítida diferença daquilo que é o Direito formalmente imposto, que seria 
o Direito utilizado como forma de dominação e legitimado pelo Estado, do que é 
o Direito socialmente imperante, este sim significaria a força dos interesses 
populares justamente expressados pelos seus representantes. 
No entanto, ressalve-se que não seriam apenas as leis a única fonte do Direito, 
há outras fortes formas de justificar o Direito, como por exemplo a Doutrina e a 
Jurisprudência. É por meio dessas outras fontes auxiliares que o ideal de justiça 
deve também ser alcançado, não se limitando a apenas uma delas. Sendo 
assim, a jurisprudência criada a partir da interpretação das leis deve ser uma das 
principais armas nas cruzadas contra os donos do poder político, pois somente 
assim o Direito seria também uma ferramenta importante de mudança social. 
Percebe-se, portanto, que o Direito meramente formalizado pode também ser 
instrumento de injustiça quando monopolizado por aqueles que detêm o poder 
político, sendo uma forte arma de dominação e controle social, ameaçando todo 
o processo de evolução da humanidade e do conceito de justiça. Sendo assim, 
cabe as fontes auxiliares do Direito, tais como a doutrina e jurisprudência, regular 
e traçar limites para o agir do poder politico e Estado legislador, pois há um 
grande abismo entre aquilo que se considera o Direito formalmente imposto e o 
Direito socialmente imperante. 
 
1 Bacharelando do 4º semestre do curso de Direito pela Faculdade Santíssimo 
Sacramento.