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RESUMO ANTROPOLGIA

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RESUMO ANTROPOLOGIA 
 
Matheus Santana Pacheco Martins1 
O viés é a base das nossas opiniões e posicionamentos que muitas vezes são 
reproduzidos inconscientemente. A aplicação involuntária de padrões 
comportamentais pode acabar implicando em concepções estereotipadas e 
preconceitos, que podem acabar influenciando e prejudicando a vida individual 
e até profissional nas empresas e nos ambientes corporativos. Alguns desses 
vieses inconscientes são: 
1. Viés de Afinidade: Tendência em avaliar melhor aqueles com quem a 
gente se identifica. Mesma etnia, cor de pele, gênero... 
2. Viés de Percepção: Tendência em acreditar e reforçar estereótipos sem 
base concretas em fatos, como por exemplo julgar a incapacidade 
feminina em assumir cargos de liderança. 
3. Viés Confirmatório: Tendência em favorecer as informações que 
confirmam nossas crenças, ou seja, só se enxerga e acredita naquilo que 
se quer acreditar, como por exemplo a insatisfação por trabalhar com uma 
pessoa de determinada nacionalidade acaba gerando o mesmo 
sentimento de insatisfação para todas as pessoas dessa mesma 
nacionalidade. 
4. Viés de efeito Halo ou Auréola: É a tendência em superestimar uma 
pessoa devida apenas uma característica positiva ignorando todos os 
defeitos restantes. 
5. Viés de efeito grupo: Tendência em seguir o comportamento do grupo 
para não desviar do padrão e causar sentimentos de pertencimento. 
 
RELATIVISMO CULTURAL E DIREITOS HUMANOS 
 
O Relativismo cultural é um tema bastante discutido atualmente, no entanto 
estabelece uma contraposição a uma das principais características dos Direitos 
Humanos, o universalismo. O princípio da Universalidade pressupõe que se 
todas as pessoas são portadoras de Direitos Humanos, implica dizer que elas 
são universais. Logo, por exemplo, são iguais do ponto de vista formal. 
Para Norberto Bobbio, os Direitos Humanos nascem da natureza humana e do 
jusnaturalismo, se formalizam no juspositivismo e por final alcançam sua 
universalidade no Direito Internacional, não pertencem, portanto, a um grupo 
específico de pessoas. Independente dos vínculos culturais, geográficos, éticos 
ou políticos, os Direitos Humanos conferem inerência e universalidade a todos 
os seres humanos. Essa divergência entre o julgamento universal dos Direitos 
 
1 Bacharelando do 4º semestre do curso de Direito pela Faculdade Santíssimo 
Sacramento. 
Humanos e a multiplicidade antropológica defendida pelo Relativismo Cultural, 
acaba gerando alguns questionamentos se os Direitos Humanos são uma 
construção europeia imposta ao resto do mundo, já que as infinitas culturas que 
permeiam a vida humana assumem diferentes códigos de ética e conduta para 
regular os mais variados tipos de relações e papeis desempenhados nela, sendo 
assim uma famosa questão fica em evidencia, “ Os Direitos Humanos 
consideram a multiplicidade cultural?”, ou ainda, “Aspectos Culturais particulares 
realmente existem?”. 
Sendo assim, os Direitos Humanos é um assunto que oscila entre dois polos a 
defesa universal do ser humano e seus direitos fundamentais, e a imposição 
global de uma cultural e código de conduta europeu. No entanto, os relativismo 
culturais incorporado as normas formais ainda podem ser encontrado em alguns 
países, a exemplo do Estatuto do Índio no Brasil, que dá autonomia de 
julgamento e aplicação da pena a própria comunidade indígena, desde que não 
essas penas não sejam cruéis, infamantes ou se finalizem na pena de morte. 
O Relativismo Cultural considera as inúmeras diferenças culturais para distintos 
grupos humanos. Questões históricas, culturais, antropológicas ou sociológicas, 
todas elas alteram a relação das pessoas com os valores por elas defendidos. A 
principal polêmica entre a universalização dos Direitos Humanos e o Relativismo 
Cultural se encerra na dificuldade em se estabelecer a todo e qualquer ser 
humano um único apanhado mínimo de normas que asseguram por sua 
dignidade sem fazer considerações a respeito da sua cultura, localidade, etnia 
ou crença. 
A premissa do Relativismo Cultural acredita na impossibilidade de estabelecer 
um padrão universal de dignidade humana já que a moral é um conceito 
extremamente fluido e metamórfico, se transforma constantemente com o passar 
dos anos e com a multiplicidade cultural. A internacionalização de um agregado 
mínimo de leis que prezam pela dignidade humana abre brechas para 
questionamentos sobre um processo de imposição universal dos costumes e 
tradições europeias. Para os relativistas culturais os direitos humanos 
fundamentais devem estar contidos e individualizados no antro de cada cultura 
e sociedade.

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