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PROVA CC: 421 até 499 EXTINÇÃO DOS CONTRATOS Modo normal: cumprimento das obrigações. Comprova-se o pagamento pela quitação fornecida pelo credor (Art. 320). Duas formas de extinguir os contratos Extinção normal > Cumprimento das obrigações (quitação) > art 320 CC Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. Modo anormal: as prestações não podem ser cumpridas por fatos anteriores, contemporâneos ou supervenientes à formação do contrato. Resilião Bilateral (ART472 CC) > Distrato: Firmando um contrato com a francy, eu sendo a compradora, em determinado momento euvejo quenão vou conseguir pagar as parcelas daquela coisa movel. No momento que eu não teno mais como cumprir com as minhas obrigações eu vou pedir o Distrato. Então eu chego com a francy e peço por este distrato, que é bilateral. Assim formalizamos um novo contrato para extinguir o contrato já existente. Resilição unilateral (ART 473 CC) > Quando falamos por exemplo em um contrato trabalhista: Empregado vs Empregador. Eu como empregador eu quero demitir omeu empregado (Demissão do empregado), este contrato está sendo extinguindo de forma unilateral, o empregado apenas será notificado. Clausula resolutiva (ART 474 CC) > Quando houver o inadimplemento por parte do devedor. Há duas formas de cláusula resolutiva a expressa e a tácita. ART 475 > CREDOR: ele pode pedir a extinção do contrato, isso se ele não quiser exigir o cumprimento. DETALHE: o devedor está sendo inadimplente. Nos dois casos cabe indenização por perdas e danos. 476 CC > Excessão de contrato não cumprido > Fatos anteriores ou contemporâneos aos contratos: podem gerar a nulidade absoluta ou a nulidade relativa: A nulidade absoluta decorre de transgressão a preceito de ordem pública e impede que o contrato produza efeitos desde a sua formação (ex tunc), A nulidade relativa ou anulabilidade dos contratos advêm da imperfeição da vontade, são casos de vícios de consentimento ou sociais, dos contratos celebrados sem seus requisitos legais, entre outros. Não extinguirá o contrato enquanto não se mover ação que a decrete, sendo ex nunc os efeitos da sentença. LEMBRETE: CASOS DE NULIDADE ABSOLUTA: -ART. 166 E ART. 167 DO CCB. -ATO CELEBRADO PESSOALMENTE POR PESSOA ABSOLUTAMENTE INCAPAZ. -ATO CUJO OBJETO É ILÍCITO, IMPOSSÍVEL E INDETERMINÁVEL. OBJETO ILÍCITO- É AQUELE PROIBIDO PELA LEI. EXEMPLO: AÇÃO TRABALHISTA PARA COMPROVAÇÃO DE VÍNCULO POR “APONTADOR DE JOGO DE BICHO”. (POR SER CONTRAVENÇÃO PENAL, O OBJETO É ILÍCITO). OBJETO IMPOSSÍVEL – SE O OBJETO DO CONTRATO É IMPOSSÍVEL DE REALIZAR-SE É NULO. EXEMPLO: CONTRATO CUJO OJETO SERIA DAR A VOLTA EM 2 DIAS AO REDOR DA TERRA. CASOS DE NULIDADE RELATIVA: -ART. ART. 171 DO CCB. -ART. 181 DO CCB. Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por incapacidade relativa do agente; II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga. A nulidade relativa ou anulabilidade dos contratos advêm da imperfeição da vontade, são casos de vícios de consentimento ou sociais, dos contratos celebrados sem seus requisitos legais, entre outros. Não extinguirá o contrato enquanto não se mover ação que a decrete, sendo ex nunc os efeitos da sentença. Causas supervenientes: resolução, resilição ou rescisão contratual. Resolução contratual Descumprimento de uma das prestações. Pode ser voluntária ou involuntária. Voluntária atrai a aplicação da exceção do contrato não cumprido, que também é denominada de cláusula resolutiva. Esta pode ser expressa (determinada no contrato) ou tácita (depende de interpelação da outra parte para ser exercida). Involuntária (decorre de caso fortuito ou força maior). Para a sua ocorrência, exige a impossibilidade material ou jurídica, de caráter objetivo, total, superveniente, definitivo e invencível. Onerosidade excessiva. Resilição contratual (distrato-bilateral(acordo de vontades) – fazer um contrato para extinguir outro já existente) Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. Rescisão contratual sem motivo, desde que acordada pelas partes. Trata-se de um direito subjetivo. Resilição bilateral= acordo de vontades denominado distrato. Resilição unilateral= pode ocorrer apenas em certos contratos, sob a forma de denúncia, revogação, renúncia e resgate. Rescisão contratual Ocorrerá quando houver lesão, ou seja, quando, na formação dos contratos, não houver equilíbrio entre as prestações. Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. Morte de um dos contratantes Só acarreta a dissolução de determinados contratos personalíssimos. Subsistem as prestações cumpridas. Resolução (INADIMPLEMENTO POR PARTE DO DEVEDOR) por Onerosidade Excessiva Só será aplicada caso não exista alguma das formas de extinção anormal do contato discriminadas anteriormente. Seção II Da Cláusula Resolutiva Art. 474. A cláusula resolutiva expressa(escrita ou verbal) opera de pleno direito; a tácita (comportamento ou atitude) depende de interpelação judicial. Requisitos: 1º) O contrato deve ser de execução futura. 2º) Entre a celebração e a execução, deve ocorrer um fato imprevisível e extraordinário. (acontecimentos supervenientes que alterem as circunstâncias de fato do contrato- parte da doutrina também considera também como aqueles fatos que, mesmo que não supervenientes, e que apesar de toda a cautela e prudência das partes, ensejaram alteração no equilíbrio contratual). (Deve haver sempre um equilibrio nas prestações/Desigualdade/Onerosidade Excessiva) 3º) O fato imprevisível e extraordinário deverá causar um ônus excessivo para uma das partes e uma vantagem extrema para a outra. (mudança economica na vida da pessoa) (não pode haver enriquecimento sem causa) O devedor poderá evitar a resolução contratual, oferecendo-se modificar, equitativamente, as condições do contrato. Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. Seção III Da Exceção de Contrato não Cumprido Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la. Seção IV Da Resolução por Onerosidade Excessiva Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. (citação validada/notificação) Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alteradoo modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva. CAPÍTULO IV Do Enriquecimento Sem Causa Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários. Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido. Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes. EXEMPLO1 : Contrato de compra e venda com Francisca: (dona de uma construtora), sra. Francisca: A final do contrato que conste na escritura o nome do meu filho. (VOU DECLARAR AO FINAL DO CONTRATO QUE AS OBRIGAÇÕES E OS DEVERES FICARÃO A CARGO DO MEU FILHO(CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR) 467 CC EXEMPLO2: Se eu prometo um fato em que um terceiro irá cumprir, e se este terceiro não cumprir, eu respondo?? Respondo sim, por perdas e danos, chama-se promessa de fato de terceiro.Obrigação de fazer: Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar. Em um seguro de vida, eu sou a estipulante a francisca é a promitente, o beneficiário o meu marido, da estipulação em favor de terceiro. Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438. Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto: CONTRATO DE COMPRA E VENDA Em regra é bilateral, sinalagmático, pois mesmo cria prestação/obrigações para ambas as partes. Ele não gera efeitos reais porque quando eu faço, quando eu acordo um contrato de compra em venda ele não transfere o domínio do bem alienado.Exemplo, coisa imóvel. Quando eu firmo o contrato de compra e venda, no cartório, faço a escritura, não adiquiri domínio. A transferência do domínio se dará com o registro de imóveis. 1º Este contrato é consensual(ele depende apenas da vontade entre as partes, não vai exigir forma específica). Em regra ele é não solene. Ele vai ser solene quando a lei exigir, exemplo: Venda de bem imóvel. Se o valor do imovel for superior 30 salários minimos esta venda vai ser feita através de escritura pública, logo após registrar o imóvel. Só após o registro éque ele gera efeitos para terceiros(partes interessadas) ONEROSO > Ele é oneroso pois temos que pagar o preço. Transferência de algo do meu patrimônio. OBJETIVO: transferência de um bem do patrimônio de um indivíduo para o outro. Contrato de compra e venda de imóveis com valor acima de 30 vezes o salário mínimo requerem escritura pública. (art. 108) TRADIÇÃO: é o modo de transferência de um bem móvel, o imóvel se transfere com o registro no Cartório de Registro imobiliário. Art. 481, 1226 e 1245. CLASSIFICAÇÃO: bilateral, Oneroso, Translativo, Comutativo (via de regra). FORMA DE EXECUÇÃO: Simultânea ou Diferida Elementos constitutivos: Res (coisa): qualquer coisa passível de apreciação econômica . Bens incorpóreos=cessão Coisa fora do comércio Venda de coisas futuras (contrato aleatório) Nula é a venda de coisa que nunca existiu ou deixou de existir. Preço: deve ser determinado, ou possível de determinação. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro. A fixação do preço pode ser feito tendo por base a taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia e lugar. Se não houver sido estipulado: tabelamento oficial, se não houver, vendas habituais do vendedor. É considerada nula a compra e venda quando a taxação do preço é delegada ao arbítrio exclusivo de uma das partes. Será pro soluto a venda quando a entregue das cártulas representa pagamento definitivo. Será a venda pro solvendo quando a quitação for dada no momento em que se líquida os valores dos títulos de crédito. Consentimento: agente capaz DESPESAS COM O CONTRATO: as partes podem ajustar, mas no silêncio do contrato a despesas da escritura ficam a cargo do comprador e as da tradição a cargo do vendedor. RISCOS: até o momento da tradição os riscos correm por conta do vendedor e os do preço por conta do comprador. Tradição simbólica O vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço se a venda for à vista. No caso de venda a prazo o vendedor pode suspender a entrega da coisa se o comprador cair em insolvência e até que lhe dê garantia de pagar no tempo ajustado. DEFEITO OCULTO NA VENDA DE COISAS CONJUNTAS: nas coisas vendidas conjuntamente o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas VENDA POR AMOSTRA: é toda aquela feita por protótipo, modelo. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato. VENDA AD CORPUS: o que me motivou a compra do bem foi seu corpo e não pela quantidade (ex.: casa, cachoeira..., não importa a metragem). A medida é meramente enunciativa (metragem de aproximadamente...). Geralmente não se tem a medida correta, são medidas naturais. VENDA AD MESURAM: o que leva a declaração de vontade é a medida (o tamanho). Deve se fazer um memorial descritivo (descreve exatamente onde está a propriedade). Pelo princípio da boa-fé contratual, se vender a mais, o vendedor terá direito a diferença. LIMITAÇÕES A COMPRA E VENDA DECORRENTES DA FALTA DE LEGITIMAÇÃO DE UMA DAS PARTES: Venda à descendente: depende do consentimento dos demais. É anulável, prazo de 2 anos para requerer. Regime de casamento: outorga conjugal Compra por pessoa encarregada de zelar pelo interesse do vendedor: Art. 497. Falta de legitimação do condômino para vender a estranho coisa indivisa. RETROVENDA O vendedor se reserva o direito de recobrar, em certo prazo, o imóvel que vendeu restituindo o preço, mais as despesas feitas pelo comprador. É condição resolutiva. O prazo para o retrato é de 03 anos. Transmite-se esse direito a herdeiros e legatários. Sua extinção se dá pelo exercício do direito, pela preclusão do prazo decadencial, pelo perecimento do imóvel e pela renúncia. VENDA A CONTENTO É a venda que se realiza sob a condição de só se tornar perfeita e obrigatória após declaração do comprador de que coisa o satisfaz. Se a venda for realizada sob condição suspensiva, enquanto não existir a manifestação concordante do adquirente, a despeito de haver ocorrido à tradição, o domínio continua com o alienante que sofre as perdas advindas de caso fortuito. Venda sujeito à prova: o comprador deve justificar a não compra art. 510. Venda à gosto: não gostou, não tem justificativa, não sujeita a prova art. 509. PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA Vendedor e comprador ajustam: caso o comprador for vender o bem, deverá oferecer primeiro ao vendedor pelo preço de mercado. _Após o comprador notificar para o exercício de direito de preempção, deve o vendedor inicial, exercer seu direito que caducará se não se manifestar em 3 dias se o bem for móvel e 60 dias se for imóvel. _As partes podem fixar prazos maiores, mas com limites de 180 dias para bens móveis e de 2 anos para bens imóveis. _Se não oferecer preferencialmente ao vendedor não gerará nulidade deverá pagar perda e danos. E se o adquirente agir de má-fé responderá solidariamente com o comprador. Diferenças com a retrovenda: _O prazo para a preferência não pode exceder a 2 anos se bem imóvel e 180 dias se móvel. _Na retrovenda o prazo é de 3 anos e só bens imóveis. _Na retrovenda o negócio original se resolve, no pacto de preferência há uma nova aquisição feita pelo vendedor primitivo ao primitivo comprador. _Na preempção só poderá o vendedor primitivo recomprar a coisa se o proprietário quiser vender e pelopreço que for alcançado no mercado. _A retrovenda passa-se aos herdeiros a preempção não se cede e nem passa a herdeiros. VENDA COM RESERVA DE DOMÍNIO _O alienante reserva para si o domínio da coisa vendida até o memento no qual todo o preço é pago. _Não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa insuscetível de caracterização perfeita, para estremá-la de outras congêneres _O comprador recebe pela tradição a coisa e ingressa de plano no uso e gozo, ficando a aquisição da propriedade subordinada ao pagamento do integral preço. _Não pago o preço, o credor pode optar por cobrar a dívida, ou pedir a devolução da coisa. _Os riscos pela perda e deterioração da coisa são transferidos ao comprador com a tradição. _A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.
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