Análise do Caso de Extradição de Cesare Battisti e a Lei de Migração 13 445/2017- Direito Internacional

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Sobre o Caso de Extradição de Cesare Battisti: 
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/quem-e-o-cesare-battisti-entenda-
o-caso.shtml 
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-165/tratado-de-extradicao-caso-
battisti/ 
https://www.gazetadopovo.com.br/instituto-politeia/tudo-extradicao-cesare-
battisti/ 
Discorra sobre o Instituto da Extradição observando a Constituição Federal de 1988, 
bem como a Lei de Migração 13.445/2017 e o Dec. 9.199/2017. 
A extradição é o ato pelo qual o Estado entrega um indivíduo acusado de 
fato delituoso ou já condenado como criminoso à justiça de outro Estado, 
competente para julgá-lo e puni-lo. É a saída compulsória do estrangeiro, em 
virtude de crime cometido em outro país, que pede para receber de volta o 
cidadão foragido. 
Tem como principal objetivo realizar o princípio da justiça universal, 
evitando a impunidade de atos ilícitos cometidos. Entretanto a decisão de 
extraditar um indivíduo se mantém com o Estado onde ele se encontra, sendo, 
dessa forma, uma decisão regulada pelo direito interno do país requerido. 
No Brasil, a extradição vem regulamentado de forma geral na própria 
Constituição Federal de 1988 no art. 5º, incs. LI e LII, sendo detalhada no Título 
IX da Lei 6.815/1980, chamada de “Lei dos Estrangeiros”. depois revogada pela 
Lei 13.445/2017 (Lei de Migração). 
Existem ainda, além da Constituição Federal, outros diplomas legais que 
regulamentam o conteúdo quanto ao modo de aquisição e perda de 
nacionalidade. São eles: Lei nº 13.445, de 2017, que trata de questões atinentes 
à migração; Decreto-Lei nº 389, de 1938, que trata da nacionalidade; e, ainda, 
Decreto nº 9.199, de 2017, que regulamenta a Lei nº 13.445/2017. 
Na Constituição Federal no artigo 5º, LI, dispõe sobre a impossibilidade 
de extradição do brasileiro, salvo o naturalizado em alguns casos ali expostos. 
Assim, tem-se então a vedação absoluta de extradição do brasileiro nato, já que 
as exceções são trazidas apenas para o naturalizado. Desse modo, será 
possível a extradição de brasileiro naturalizado nos casos de crime comum, 
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/quem-e-o-cesare-battisti-entenda-o-caso.shtml
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https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-165/tratado-de-extradicao-caso-battisti/
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https://www.gazetadopovo.com.br/instituto-politeia/tudo-extradicao-cesare-battisti/
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praticado antes da naturalização, à justificativa de que não se pode buscar na 
naturalização uma espécie de escudo ilegítimo, objetivando-se fugir à aplicação 
da lei penal do Estado requerente. 
A Lei n. 13.445, de 24 de maio de 2017, disciplinou a migração no Brasil 
e estabeleceu princípios e diretrizes para as políticas públicas para o imigrante. 
Também a nova Lei de Migração substituiu a Lei n. 818/49 (regula a aquisição, 
a perda e a reaquisição da nacionalidade e a perda dos direitos políticos) e a Lei 
n. 8.615/80 (Estatuto do Estrangeiro), que tratava o não nacional como uma 
ameaça aos brasileiros e à imigração como uma questão de segurança nacional. 
Está lei estabeleceu princípios e diretrizes para as políticas públicas para 
o imigrante. Também a nova Lei de Migração dispõe sobre os direitos e os 
deveres do migrante e do visitante; regula a entrada e estada no País dos 
migrantes e visitantes; e estabelece princípios e diretrizes para as políticas 
públicas voltadas ao emigrante. 
No que se refere ao Decreto nº 9.199/2017, regulamentou diversos pontos 
da legislação e garante a sua aplicação, foram detalhadas questões práticas da 
Lei, como os requisitos para cada tipo de visto, a disciplina do procedimento de 
reconhecimento da apátrida e a consequente naturalização facilitada, os 
requisitos para obtenção da residência e outros procedimentos administrativos. 
A extradição é embasada no Ordenamento Jurídico brasileiros à luz da 
Constituição Federal, na nova lei de Migração (Lei nº 13.445/17) e no Decreto 
Lei n° 9.199/2017 que regulamenta a Lei n° 13.445/17. Esses dispositivos 
trouxeram uma série de princípios e diretrizes, concessão de direitos e 
garantias aos migrantes, bem como alterações e inovações legislativas 
entende-se que a extradição se revestiu de um caráter humanitário, 
colocando-se como medida de cooperação jurídica harmonizada com a 
estrutura de tratados e convenções, cortes e tribunais de promoção e proteção 
dos direitos humanos.