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Guerra da Crimeia (1853-1856)
Com o início da Guerra da Crimeia, milhares de soldados foram trabalhar em hospitais no tratamento aos feridos em conflito. O exército britânico não permitia a contratação de enfermeiras, o que dificultou os cuidados aos combatentes e gerou um estado de negligência.
Por conta das condições desumanas, o ministro Sidney Herbert foi muito pressionado pela opinião pública e teve de tomar medidas para tentar melhorar a imagem do exército britânico. Como conhecia Florence, ele pediu que ela formasse uma equipe e se juntasse às tropas para atender os militares.
A contribuição mais famosa de Florence Nightingale veio durante a Guerra da Crimeia, que se tornou seu foco central quando chegaram notícias à Grã-Bretanha sobre as terríveis condições dos feridos. Em 21 de outubro de 1854, ela e uma equipe de 38 enfermeiras mulheres voluntárias que ela treinou, incluindo sua tia Mai Smith, e quinze freiras católicas (mobilizadas por Henry Edward Manning) foram enviadas (sob a autorização de Sidney Herbert) para o Império Otomano. 
Em 1854, Florence tornou-se a chefe de enfermagem em Scutari, na Turquia. Ela encontrou os soldados em péssimo estado e um quadro deficiente de utensílios para higiene pessoal e alimentação. Com seu conhecimento profissional adquirido até então, ela reforçou a limpeza do local, expôs os militares ao ar fresco, criou um plano de alimentação adequado a cada tipo de doente e enfatizou a importância do repouso. Depois que Nightingale enviou um apelo para The Times pedindo por uma solução do governo para o mau estado das instalações, o governo britânico encomendou a Isambard Kingdom Brunel o projeto de um hospital pré-fabricado que fosse construído na Inglaterra e pudesse ser enviado para os Dardanelos. O resultado foi o Hospital Renkioi, uma instalação civil, que, sob a gestão do Dr. Edmund Alexander Parkes, teve uma taxa de mortalidade menor do que um décimo da de Scutari.
O empenho de Florence e sua equipe foi satisfatório, já que se estima que a mortalidade tenha caído de 42,7% para 2,2%, o que rendeu a ela reconhecimento internacional. Durante o seu primeiro inverno em Scutari, 4.077 soldados morreram. Dez vezes mais soldados morreram de doenças como tifo, febre tifoide, cólera e disenteria do que por ferimentos de batalha. Com a superlotação, esgotos defeituosos e falta de ventilação a Comissão Sanitária teve de ser enviada pelo governo britânico para Scutari em março de 1855, quase seis meses depois da chegada de Florence Nightingale. A comissão descarregou os esgotos e melhorou a ventilação. As taxas de mortalidade foram drasticamente reduzidas, embora alguns escritos refiram também que ela não reconheceu a higiene como a causa predominante das mortes na época e, por outro lado, também nunca clamou por crédito de ajudar a reduzir a taxa de mortalidade.
Com base no que vivenciou na Guerra da Crimeia, Florence publicou as “Notas sobre questões que afetam a saúde, eficiência e Administração Hospitalar do Exército Britânico”, uma obra com mais de 800 páginas. A publicação teve frutos, como a criação da Comissão Real de Saúde do Exército.
Florence também utilizou a estatística em seus estudos para poder apresentar dados aos membros do exército. Ela usou o chamado diagrama de área polar, gráfico precursor ao de pizza, para exemplificar a contagem de mortes por mês, por exemplo. Com isso, ela foi a primeira mulher a integrar a Sociedade Real de Estatística.
Logo a seguir vemos uma pintura de um flagrante de batalha da Guerra da Criméia.

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