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REVISÃO PÓS- COLHEITA DO ABACAXI

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REVISÃO: PÓS-COLHEITA
DO ABACAXI
DAIANE SANTOS
INTRODUÇÃO
 
 O abacaxi (Ananas comosus L.) é um fruto composto,
pertencente à família Bromeliaceae e tem considerável valor
comercial, sendo que o seu consumo se dá em função de
suas apreciáveis propriedades sensoriais e nutritivas
(Pinheiro et al. 2005). O fruto é normalmente cilíndrico ou
ligeiramente cônico, constituído por 100 a 200 pequenas
bagas ou frutilhos fundidos entre si sobre o eixo central ou
coração. A polpa apresenta cor branca, amarela ou laranja-
avermelhada (Granada et al. 2004).
 O cultivo desse fruto está disseminado por vários países,
dentre os quais se destaca o Brasil. Dentre as variedades de
abacaxi existente, a “Pérola” é a mais cultivada no Brasil,
uma outra variedade ” Smooth Cayenne ” é mais apreciada
para a exportação. O país está entre os principais produtores
mundiais de frutas (Cunha et al. 2010), entre elas o abacaxi,
devido principalmente às diversidades encontradas, tanto
climáticas quanto de solos, que pemitem que as fruteiras de
clima temperado e subtropical encontrem condições
excelentes para o seu desenvolvimento.
 O transporte de frutos in natura entre grandes distâncias
num país e entre diferentes nações exige métodos de
colheita e pós- colheita, transporte e conservação cada vez
mais eficientes, para que os frutos cheguem à mesa do
consumidor em condições ideais de consumo. A maior parte
da exportação de abacaxi do Brasil é feita na forma de fruta
fresca, exigindo cuidados especiais nas fases de colheita, e
pós-colheita (Thé, 2001).
 O conhecimento da fisiologia do abacaxi é importante para
conservação do fruto, e para seu manuseio durante as etapas
de pós-colheita uma vez que fornece subsídios técnicos que
visam à ampliação do tempo de armazenamento e à melhor
qualidade do produto. Diante do exposto o objetivo do
presente trabalho é descrever as etapas que envolvem o
processo pós – colheita do abacaxi desde o momento da
colheita até sua comercialização.
 
1
DESENVOLVIMENTO
Colheita
 O abacaxi não amadurece após a colheita, sendo portando
necessário sua colheita após seu completo desenvolvimento
fisiológico. A concentração de açúcares deve ser medida com um
refratômetro e deve ser maior que 19 °Brix no verão e 14,5° Brix no
inverno. Os frutos devem ser colhidos em estádios de maturação
diferentes, de acordo com o seu destino e a distância do mercado
consumidor. Frutos maduros (coloridos e amarelos) são destinados
para mercados mais próximos ou indústrias e os frutos pintados e
verdosos para mercados distantes.
 Frutos destinados ao mercado local e à indústria exigem menos
cuidados, sendo colhidos e imediatamente acondicionados nos
caminhões para o seu transporte. Frutos destinados para o
mercado interno a longas distâncias, são selecionados, colhidos,
transportados em balaios para o caminhão. Antes do seu arranjo
apropriado na carga do caminhão, os frutos são tratados com
solução fungicida à base de tiabendazol ou tiofanato ou captan
sobre a superfície cortada do pedúnculo, usando-se esponja
encharcada com a solução. 
 Frutos destinados à exportação precisam de maiores cuidados no
manejo pós-colheita. Os frutos colhidos são levados para um
galpão de, onde devem são selecionados quanto á maturação,
qualidade, sanidade, peso ou tamanho. É aplicada uma solução
fungicida obedecendo–se rigorosamente à legislação do país
importador, se necessário, o comprimento da coroa do fruto é
reduzido para cinco a 13 cm; caso o importador não aceite o corte
da coroa, deve-se selecionar frutos com coroas de tamanho
adequado.
 
 
 
 
 
 
 
2
Figura 1. Abacaxi em diferentes estágios de maturação. 
DESENVOLVIMENTO
Classificação
 Em geral, os frutos colhidos são acondicionados, no campo, em
caminhões e transportados diretamente para a comercialização.
Entretanto, as exigências por qualidade têm crescido muito, neste
sentido deve-se seguir as seguintes recomendações: Após a colheita
dos frutos, estes devem ser levados para um barracão, chegando lá,
as frutas devem sofrer um acabamento para que sua aparência seja
melhorada e para que o ataque por patógenos seja diminuído. Por
isso, os abacaxis têm o tamanho do seu pedúnculo reduzido de 5-
6cm para 2-3cm e a superfície do corte tratada com desinfetante
para prevenir contra o ataque de fungos e bolores com uma solução
de benomyl a 4.000 ppm, para evitar a podridão negra. 
 A coroa pode ou não ser retirada, mas se a preferência for por
eliminá-la, também deve ser realizado um tratamento desinfetante
na inserção. Os frutos deverão ser submetidos a uma seleção,
eliminado-se aqueles com defeitos. Aqueles que não apresentarem
defeitos devem ser classificados por tamanho e se possível por
maturação. 
 O Programa Brasileiro para a Modernização da Horticultura (2003)
classifica o abacaxi, em função da coloração, em dois grupos: Polpa
amarela (Smooth cayenne ou havaiano), Polpa branca (Pérola e
jupi). Conforme o aspecto externo da coloração, o abacaxi poderá
ter a seguinte classificação: verde ou verdoso (casca
completamente verde), Pintado (centro dos frutilhos amarelo),
colorido (50% dos frutilhos amarelados).
 Quanto ao seu peso, deverá ser classificado de acordo com o
apresentado no Quadro 1, admitindo-se tolerância de até 10%, desde
que as frutas pertençam às classes imediatamente superior e/ou
inferior especificada no rótulo.
 
 
 
 
 
3
DESENVOLVIMENTO
Embalagem
 As embalagens quando apropriadas, ajudam a manter a
qualidade dos frutos durante o transporte e a comercialização,
além de melhorar a apresentação do produto. Assim, depois
de corretamente selecionadas, as frutas passam para a etapa
de embalagem, que pode ser feita em caixas de madeira (só
aceitas no mercado nacional) e caixas de papelão. No Brasil
ainda é comumente utilizado o transporte a granel, isto é, sem
qualquer tipo de embalagem, fato esse que não é
recomendado devido às grandes perdas que acontecem.
 As frutas, a serem embaladas, são dispostas verticalmente
nas caixas de papelão e separadas umas das outras por folhas
também de papelão para evitar o atrito entre as mesmas. Os
fundos dessas caixas são forrados com mais uma camada de
papelão e suas laterais possuem orifícios por onde ocorre a
entrada e saída de ar necessários para manter a fruta em boas
condições. A capacidade das caixas varia de acordo com o
tamanho das frutas e comporta em média 6, 12 ou 20 delas,
dependendo do tamanho da caixa. A seguir as caixas podem
ser paletizadas, isto é, agrupadas em pilhas de dimensões
definidas, o que facilitará todas as operações seguintes,
sobretudo o transporte.
Rotulagem
 O rótulo é a identificação do produto e garante sua
rastreabilidade, sendo obrigatória e regulamentada pelo
governo federal. Esta é importante, pois ajuda a identificar o
produto, facilitando o manuseio pelos recebedores.
 
 
 
 
 
4
DESENVOLVIMENTO
Armazenamento
 As caixas com as frutas devem ser armazenadas a uma
temperatura constante, que não pode ser menor que 7°C, pois
podem ocorrer injúrias na casca das frutas causadas pelo frio
excessivo (chilling), nem superior a 10°C, já que acima desta
temperatura a susceptibilidade ao ataque de fungos é
aumentada. A umidade relativa do ar deve estar em torno de
90%. Sob estas condições é possível conservar as frutas por
até quatro semanas.
 
Transporte
 O transporte do abacaxi, geralmente, é feito em caminhões
não refrigerados, a granel. Para não causar injúrias aos frutos,
estes devem ser acolchoados. Na cultivar Pérola pode-se usar
os próprios filhotes, e no caso da Smooth Cayenne, que não
tem filhotes, deve-se utilizar capim. Os frutos devem ser
colocados em camadas alternadas e deve-se cobrir o
caminhão com uma lona, para evitar injúrias causadas pelo
vento. Se o destino das frutas for um local distante do local de
produção, o transporte deve ser feito em caminhões
refrigerados. Porém, se não for possível transportar a carga a
longas distâncias neste tipo de caminhão, pode-se realizar o
transporte à temperatura ambiente, porém à noite, semprecobrindo a carga com uma lona.
5
REFERÊNCIAS
PINHEIRO, A. C. M.; BOAS, E. V. B. V.; LIMA, L. C. PÓS-COLHEITA
DO ABACAXI CV. PÉROLA1. Ciência e Tecnologia de Alimentos,
v. 25, n. 1, p. 32-36, 2005.
GRANADA, G. G.; ZAMBIAZI, R. C.; MENDONÇA, C. R. B. Abacaxi:
produção, mercado e subprodutos. Boletim do Centro de
Pesquisa e Processamento de Alimentos, v. 22, n. 2, p. 405-422,
2004.
THÉ P. M. P. Efeito da associação de tratamento hidrotérmico,
cloreto de cálcio e atmosfera modificada sobre o
escurecimento interno e qualidade do abacaxi cv. Smooth
Cayenne. Tese de Doutorado. Lavras, Universidade Federal de
Lavras. 128p., 2001
CUNHA, H.; CRUZ, S. B.; SILVA. J. A. Comportamento sazonal do
abacaxi (Ananas comosus (L) Merril) comercializado no
mercado atacadista do município do Rio de Janeiro. Niterói:
PesagroRio; Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica,
2010. 32 p.
CUNHA, G. A. P. Embrapa Mandioca e Fruticultura. Cultura do
Abacaxi na região Itaberaba em condições de sequeiro.
Disponível em:
>https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/
Abacaxi/abacaxi_itaberaba/colheita.htm<
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