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Resumo P2 – Gnosia Antraquinônicos e derivados -As antraquinonas são quimicamente definidas como substâncias fenólicas derivadas da dicetona do antraceno -São sintetizadas pela via do acetato malonato (acetil-CoA-malonato) por condensação -Antronas e os antranóis são os primeiros derivados antranóides -Antraquinona vem do antraceno: antranol ⇄ antrona ⇄ antraquinona (redução na primeira e oxidação na segunda) *Maior atividade biológica → molécula mais reduzida e vai ↓ à medida que a molécula vai sendo oxidada → antranol > antrona > antraquinona -Todas as drogas que possuem antraquinona devem ser consumidas secas → se consumir a droga fresca a atividade biológica é exacerbada e passa a ser tóxica. -Planta fresca x droga Planta fresca: glosídeos de antronas monoméricas Heterosídeos e formas reduzidas → antronas e antranóis Droga seca: há oxidação que faz com que os glicosídeos de antronas monoméricas se transformem em glicosídeos antraquinônicos e uma dimerização faz com que sejam formados os glicosídeos de diantronas Formas oxidadas em maior concentração → antraquinonas e diantronas -Substituintes Posição 1 e 8: -OH → atividade laxativa Posição 3: -COOH ou CH2OH ou CH3 Glicosídeos (heterosídeos) -OH: O-glicosídeos C-10: C-glicosídeos -Agliconas (não estão ligadas em açúcar) -Diantronas (ainda não estão ligadas a açúcar) -Heterosídeos antraquinônicos (necessariamente duas moléculas de açúcar) -Propriedades Formas livres (agliconas ou geninas) São sólidos, coloridos: amarelos, alaranjados Pouco solúveis em água Solúveis em solventes polares Heterosídeos Solúveis em água e em mistura hidroalcoólica Insolúveis em solventes apolares -Identificação Reação de Bornträger Empregada para detectar agliconas antraquinônicas, sendo negativa para heterosídeos Reação baseada na solubilidade dos derivados antraquinônicos livres nos solventes orgânicos imiscíveis com a água (Solventes polares) e na solubilidade dos respectivos fenolatos alcalinos na água Quando em solução nos hidróxidos alcalinos → coram-se de vermelho ou rosa (dependendo da concentração dos compostos antraquinônicos na amostra analisada) → o precipitado é a aglicona livre (solubilizada em água após adição de NH4OH → ↑polaridade). Revelador: KOH → 520 nm UV -Ações farmacológicas e usos Laxativa → intensidade depende da dose Responsáveis pela ação → derivados hidroxi-antracênicos → O-glicosídeos de diantronas e antraquinonas e também C-glicosídeos de antronas Formas reduzidas são 10 vezes mais ativas que as oxidadas Geninas livres presentes na droga não têm atividade Indicação: como laxantes em prisões de ventre medicamentosas, na preparação de exames radiológicos e colonoscópicos, pré e pós-cirurgias ano-retais, patologias anais dolorosas Estudos têm demonstrado atividade de algumas naftoquinonas contra Leishmania e Trypanosoma cruzi Colagogo: saída da bile Purgante em doses elevadas Mecanismo de ação → ingestão de chá da planta seca → redução no cólon → ação das β gluconas → ↑ motilidade intestinal Inibição na Na+/K+/ATPase e água Atuam na musculatura intestina Inibição do canal de Cl- -Drogas Aloe sp → aloína, aloinosídeo Rheum officinale e R. palmatum → senosídeos A e B Cassia sp. → senosídeos A,B,C e D Rhamnus purshiana → cascarosídeos, barbaloína Rhammus frangula → frangulosídeos e glicofrangulosídeos Cassia angustifolia ou Cassia senna (Sene ou Senna) Uso: laxante Partes usadas: folhas e frutos Princípios ativos: diantronas glicosiladas Os frutos dessecados devem conter, no mínimo, 4% de derivados antracênicos e os folíolos dessecados devem conter, no mínimo, 2.5% de glicosídeos Rhamnus purshiana (Rhamnaceae) (Cáscara sagrada) Uso: laxante e colagogo Partes usadas: cascas do tronco Princípios ativos: cascarosídeos → as cascas frescas devem ser estocadas por no mínimo um ano antes do processamento Padrão: aloína Eluente: Acetato de etila:metanol:água (100:13,5:10) Revelador: KOH/UV 365nm Aloe barbadensis, A. ferox, A. africana (Babosa, Aloe) Uso: cicatrizante e no tratamento de queimaduras Partes usadas: látex dessecado das folhas Princípios ativos: aloinosídeos A e B Padrão: Aloína e aloe-emodina Eluente: Acetato de etila:metanol:água (100:13,5:10) Saponinas -Os glicosídeos saponosídicos têm este nome devido ao fato de formarem espuma abundante quando agitados com água (do latim sapo = sabão). Possuem: Uma parte com característica lipofílica (triterpeno ou esteroide) Uma parte com característica hidrofílica (açúcares) -Interesse farmacêutico: Adjuvante em formulações Componentes ativos em drogas vegetais Matéria-prima para síntese de esteróides -Têm gosto amargo e acre e os medicamentos que os contêm geralmente são esternutatórios (provocam espirros) e irritantes para as mucosas. -São compostos não nitrogenados que se dissolvem em água originando soluções afrógenas (espumantes), por diminuição da tensão superficial do líquido. Apresentam ainda as propriedades de emulsionar óleos e de produzir hemólise. Esta última deve-se à capacidade do glicosídeo de se combinar com as moléculas de colesterol presentes na membrana dos eritrócitos, perturbando o equilíbrio interno-externo e promovendo a ruptura da célula com consequente liberação da hemoglobina. -Quimicamente, constituem um grupo heterogêneo, sendo classificados em glicosídeos saponosídicos do tipo esteroide (p.ex., hecogenina) e do tipo triterpênico (p.ex., ácido glicirretínico). -A caracterização das saponinas em uma amostra vegetal pode ser feita de maneira simples, com base na consequência da ação tensoativa de seus glicosídeos: investiga-se o poder espumante ou hemolítico de um macerado ou decocção aquosa da droga. Reação com ácidos minerais, aldeídos aromáticos ou sais de metais produzindo compostos corados Pela ação hemolítica: realizada em tubo de ensaio contendo sangue, após centrifugação, a presença de sobrenadante avermelhado caracteriza liberação de hemoglobina. Diminuição da tensão superficial → realizado com o extrato aquoso obtido a partir do decocto do vegetal → após agitação energética do extrato filtrado em tubo de ensaio, a formação de espuma, que não desaparece com a adição de um ácido mineral diluído, indica a presença de saponinas -Os fármacos que apresentam esses princípios ativos são: quilaia (parte interna das cascas de caule de Quillaja saponaria Molina, Quillajaceae); alcaçuz (rizomas e raízes de Glycyrrhiza glabra L., Fabaceae); ginseng (raízes de Panax quinquefolius L. e P. ginseng C. A. Mey., Araliaceae); castanheiro-da-índia (cascas de caules de Aesculus hippocastanum L., Sapindaceae); dioscórea (tubérculos de Dioscorea sp., Dioscoreaceae); polígala (raízes de Polygala senega L., Polygalaceae) → ação expectorante salsaparrilha → ação diurética ginseng nacional. -Classificação → podem ser classificadas pelo seu caráter ácido, básico e neutro Saponinas esteroidais neutras → encontradas quase que exclusivamente em monocotiledôneas Saponinas esteroidais básicas → encontradas principalmente no gênero Solano Saponinas triterpênicas (mais frequentemente encontradas na natureza) → principalmente em dicotiledôneas Cardiotônicos -Drogas cardioativas possuem em sua composição glicosídeos cardiotônicos, que são compostos que atuam diretamente no miocárdio, sendo utilizados principalmente no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. -Quimicamente, as agliconas (ou geninas) desse grupo caracterizam-se pelo núcleo fundamental do ciclopentanoperidrofenantreno e são divididas em dois grupos de acordo com o anel lactônico insaturado ligado ao C-17: pentacíclico (cardenólido) ou hexacíclico (bufadienólido),indicados nas estruturas abaixo. Os glicosídeos do grupo cardenólido são os mais importantes na medicina. -A glicona, ligada na aglicona em C-3 beta, é composta de até quatro unidades de açúcar, incluindo glucose e ramnose juntamente com outros desoxiaçúcares, por exemplo, 2,6-didesoxi-hexoses (digitoxose) ou seus 3-O-metil éteres (cimarose). -A ação farmacológica é observada quando o princípio ativo está sob a forma de glicosídeo; a atividade inata reside nas agliconas (geninas), mas os açúcares conferem maior solubilidade e aumentam o poder de fixação dos glicosídeos ao músculo cardíaco. Por superdosagem esses compostos são muito tóxicos, o que torna necessário rigoroso controle da posologia dos princípios ativos. A droga exibe como efeito a soma da ação dos vários constituintes ativos que são de difícil separação. -Para caracterização desses compostos, usam-se reações que evidenciam isoladamente partes da molécula do glicosídeo, como: reações de caracterização dos esteroides (Pesez e Liebermann), reações relacionadas com o anel lactônico pentacíclico (Baljet e Raymond) desoxiaçúcares (Keller-Kiliani e xantidrol). -As drogas cardiotônicas mais importantes são: estrofanto: sementes de Strophanthus kombe Oliver, S. hispidus DC. e S. gratus (Wall et Hook) Baill., Apocynaceae; espirradeira: folhas de Nerium oleander L., Apocynaceae; convalária: rizomas e raízes dessecadas de Convallaria majalis L., Asparagaceae; cila: bulbos de Urginea maritima (L.) Baker, Asparagaceae e dedaleira. Alcalóides -Substâncias naturais básicas, caracterizadas principalmente pela presença de um N heterocíclico, que pode se apresentar como amina secundária, terciária, amida ou sal de amônio quaternário -O átomo de N é oriundo de aminoácido (alcaloides verdadeiros) -Maior grupo fitoquímico (em número de substâncias) -Estrutura química de difícil definição, pois são formados a partir de diferentes origens biossintéticas, e sendo transportados para outras células podem sofrer modificações -Ocorrência Semente, raiz, rizoma, cascas, folhas, fruto ou flor ou em todo o vegetal; Encontrados principalmente nas angiospermas, de modo mais frequente nas dicotiledôneas, nas famílias Anonaceae, Apocynaceae, Lauraceae, Loganiaceae, Papaveraceae, Rubiaceae, Rutaceae, Solanaceae São de rara ocorrência me bactérias, algas, fungos e líquens Representantes no reino animal, como sapos da América Central e peixes -Propriedades físico-químicas Átomo de nitrogênio (azoto) confere o caráter básico dos alcaloides Por ser trivalente, apresenta um par de elétrons livres (conferem basicidade) nas ligações → podem interagir com prótons (H+) formando pontes de hidrogênio e, consequentemente, sais Os sais de alcaloides possuem elevada hidrossolubilidade, enquanto a forma básica é praticamente insolúvel em água Alcalóides oxigenados: geralmente sólidos brancos, cristalinos, inodoros e não voláteis Alcalóides não oxigenados: líquidos, odoríferos e voláteis (nicotina e coniina). São pouco ou nada hidrossolúveis, porém são solúveis em solventes orgânicos (éter, clorofórmio e outros apolares). -Funções nos vegetais Reguladores de crescimento, do metabolismo interno e da reprodução Equilíbrio iônico Proteção contra raios ultra violeta Proteção contra ação de microorganismos Reserva de átomos de nitrogênio Agentes de desintoxicação e transformação simples de outras substâncias nocivas ao vegetal -Métodos de extração (extração do componente de interesse → não há caracterização) Baseado no caráter básico dos alcaloides e o fato de sua existência nas plantas como sais de ácidos orgânicos ou como combinações solúveis com outras substâncias Sua solubilidade em diferentes solventes varia em função do pH, isto é, se encontrado com base ou sal Base: são solúveis em solventes orgânicos não polares tais como benzeno, éter de etila, clorofórmio, diclorometato, acetato de etila Sais: solúveis em solventes polares, como água e soluções ácidas e hidroalcoólicas Eliminação de interferentes lipofílicos como ceras e gorduras → hexano e éter de petróleo → preparação para extração -Reações de identificação Grau de alcalinidade dos alcaloide é variável, dependendo do par de elétrons do nitrogênio, podendo revelar caráter ácido quando este é quartenário. Usualmente, são detectados por meio dos reativos gerais de alcaloides (RGA), com os quais formam turvação a precipitação em meio ácido. -Caracterização CCD Utilização de substâncias padrões → revelação com reagente de Dragendorff ou iodoplatinato de potássio Vantagens → rápida execução, versatilidade, reprodutibilidade, baixo custo Análise qualitativa, semi-preparativa e quantitativa; Análise quantitativa: densitômetros → transforma as manchas de um cromatograma em picos, medindo a área e a intensidade dos sinais (curva padrão) CG/EM Permite a separação de substâncias volatizáveis Alcaloides voláteis → caso dos alcaloides não oxigenados HPLC Determina e dosa os alcaloides Análise quantitativa (determinação do teor do PA): mais eficaz e segura Grande aplicação na análise de PA polares (alcaloides, saponinas, heterosídeos em geral) Vantagens: elevada capacidade de separação Rapidez e reprodutibilidade das análises -Dosagem dos alcaloides totais Gravimetria → consiste em pesar o resíduo de alcaloides totais Volumetria → dosagem ácido-base → alcaloides bases são dosados por uma solução ácida titulada – estimação feita por reagente colorido Espectrofotometria → utilizada para estrutura heteroaromática (indol,quinoleína, isoquinoleína, etc) → medida da intensidade luminosa → espectro emissão/absorção Colorimetria → possível com uma reação colorida específica -Classificação → podem ser classificados quanto Atividade biológica Estrutura química Origem biossintética -Origem biossintética Biossíntese dos alcaloides inclui sempre pelo menos um aminoácido. São também incorporados outras unidades provenientes de piruvato, malonato ou mevalonato. Podem ser classificados em Alcaloides verdadeiros: são aqueles que possuem anel heterocíclico com um átomo de nitrogênio e sua biossíntese se dá através de um aa → ex: quinina Protoalcaloides: são aqueles que o átomo de nitrogênio não pertence ao anel heterocíclico e se originam de um aa → ex: cocaína Pseudoalcaloides: são aqueles que não são derivados de aminoácidos e sim, de terpenos ou esteroides → solarodina (extraída do tomate) São sintetizados no retículo endoplasmático das células vegetais e armazenados em vacúolos das células de reserva. Os principais aa envolvidos na síntese dos alcaloides são: triptofano, fenilalanina, tirosina, ornitina e lisina -Derivados do triptofano: alcaloides indólicos Via do ácido chiquinico São derivados do aa triptofano pela enzima triptofato-descarboxilase, formando triptamina → triptamina se condensa com um monoterpeno, dando origem aos alcaloides indólicos Principais representantes: Reserpina (Rauwolfia serpentina) Liga-se à membrana das vesículas que armazenam noradrenalina (NA) impedindo a entrada da NA para o interior da vesícula. Desta forma a NA permanece no citoplasma celular, onde é metabolizada pela MAO. Isso causa a redução dos níveis de NA na fenda sináptica, e, consequentemente, há diminuição da frequência cardíaca (FC) e da resistência periférica, ocorrendo o controle da hipertensão arterial. Vincristina e Vimblastina (Catharanthus roseus) Fármacos antineoplásicos potentes, extraídos das partes aéreas (folhas, flores e caule) da Vinca Agem inibindo a divisão mitótica das células neoplásicas na metáfase, impedindo a polimerização da tubulina. A supressão da formação dos microtúbulos conduz à desorganização da formação cromossômica, impedindo, portanto,a multiplicação das células cancerosas. Indicadas para o tratamento de leucemias e de linfomas (Hodgkin e não Hodgkin) Ioimbina (Pausinystalia yohimbe) Extraída da casca da árvore Apesar de ser indicado como estimulante sexual masculino, com ação antagonista dos receptores α-2 Ergotamina (Claviceps purpúrea) Produzida por um fungo, parasita de diversas espécies vegetais, sendo o centeio o mais susceptível Sua ação é decorrente do bloqueio dos receptores α-adrenérgicos e serotoninérgicos, causando vasoconstrição dos vasos sanguíneos da meninge Indicado como antienxaquecoso e contra-indicados para pacientes hipertensos Fisostigmina (Physostigma venenosum) Alcaloide parassimpaticomimético de ação indireta Inibidor reversível da enzima acetilcolinesterase, tendo atividade sobre a musculatura esquelética, facilitando, assim, a transmissão de impulsos na junção neuromuscular Indicações: atonia do intestino e bexiga; miastenia grave (prolongando a duração da ação da acetilcolina na placa motora terminal, consequentemente, aumentando a força muscular); antídoto a agentes bloqueadores neuromusculares (por exemplo, a tubocurarina), atropina e outros anticolinérgicos; agente anti-glaucomatoso, pois favorece a contração do músculo da íris (miose), promovendo o fluxo adequado de humor aquoso, reduzindo a hipertensão intra-ocular -Derivados da fenilalanina/tirosina Núcleo base C6C2N em sua estrutura Aromáticos são formados por esses derivados Vêm da rota do ácido chiquínico Tetra-isoquilinas simples Alcaloides das cactáceas: Peyote Echinococus Mascalina Efeitos químicos: alucinações, visão colorida, alteração na percepção do som Benziltetraisoquinolínicos (ArC2N-C2Ar) Papaver somniferum L.: Papaverina, Papoula Curare → usados em cirurgias Boldo → boldina Morfina: dois anéis de tirosina condensam-se e formam a estrutura base → passa por um intermediário que possui estrutura semelhante à dopamina Cultivo da papoula para o ópio (heroína) Fenetilisoquinolinas Colchicum autumnale, açafrão-do-prado e cólchico → colchicina Isoquinolinas monoterpenas Ipeca, ipecacuanha, Cephaelis ipecacuanha Parte usada: raízes Planta brasileira Usos: emética, expectorante e antiprotozoário -Derivados da ornitina – Alcaloides tropâmicos Derivados da via do acetil-CoA e ciclo do ácido cítrico Atropina Escopolamina Estramônio – Datura estramonium Mandrágora Coca – Erytroxilon coca Lam -Alcaloides pirrolizidínicos Obtidos hoje em dia por síntese Derivados da via do acetil-CoA e ciclo do ácido cítrico Intoxicação em gado → câncer e necrose hepática Senecia maritura Senecia donglasu Senecia vulgares Presentes no confrei ou consuela → Symphytum officinalis Proibido uso oral, somente dermatológico -Metilxantinas Pseudo-alcaloides: não são derivados de aa, mas sim de bases púricas e não possuem N heterocíclico Guaraná, café, teofilina Óleos essenciais -Definição: Princípios imediatos de origem vegetal, próprios de vários grupos de espécies, definíveis por um conjunto de propriedades que permitem sua caracterização, isolamento, entre as quais se destacam: Volatilidade Aroma e sabor Insolubilidade em água (solubilidade limitada) Solubilidade nos solventes orgânicos usuais Instáveis na presença da luz, ar, calor, umidade; Constituição complexa: álcoois, aldeídos, cetonas e ésteres Produzem manchas translúcidas em papel de aspecto gorduroso que desaparecem rapidamente por exposição ao ar Possuem alto índice de refração e a maioria é opticamente ativa -Origem Gimnospermas → raramente encontrados → coníferas Angiospermas monocotiledôneas → Gramíneas (Cymbopogon e Vetiveria) e Zingiberáceas (Alpinia e Curcuma) Angiospermas dicotiledôneas → Plantas ricas em óleos voláteis → Asteraceae, Apiaceae, Lamiaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Piperaceae, Rutaceae -Localização Células isoladas Células epidérmicas Bolsas secretoras: Rutaceae, Pinaceae Pêlos glandulares: Lamiaceae Células parenquimáticas: Lauraceae, Piperaceae Canais oleíferos: Apiaceae -Composição: terpenóides e fenilpropanoides -Terpenóides Via mevalonato (acetil-CoA → via mevalonato) Formam uma grande classe de produtos naturais derivados de unidades isoprênicas (C5) Monoterpenos (10 carbonos) → cânfora, sineol, timol Sesquiterpenos (15 carbonos) → Carolol Alguns diterpenos (20 carbonos) podem não ser encontrados porque na extração são perdidos -Fenilpropanóides Via chiquimato (ácido chiquimico → ácido cinâmico) São substância C6-C3 Eugenol (cravo-da-índia) Anel aromático vem da fenilalanina Existem em menor quantidade nos óleos essenciais do que os terpenóides -Extração Hidrodestilação Aparelho de Clevenger → droga vegetal em contato direto com a água, temperatura deve ser controlada (máx 100ºC) → os vapores de água carream os óleos essenciais (voláteis) → condensam e caem no compartimento onde há separação por diferença de densidade. Pode se usar decantação para uma melhor separação das 2 fases. Arraste a vapor → droga não entra em contato direto com a água (balão separado), ambos estão em aquecimento Solventes orgânicos Aparelho de Sohxlet Normalmente usa-se solventes mais apolares Solvente está separado da amostra Enfloração Extração de pétalas de flores delicadas, que não resistiriam a processos mais agressivos Método antigo Grande parte da obtenção de essências para perfumes franceses Usa gordura (quem ou fria) Demorado (8-10 semanas) Depois do processo → coloca a gordura no álcool que vai separar → óleo vai se solubilizar no álcool Importante evitar o contato da pétala com o ar Expressão ou prensagem Pericarpo dos frutos são prensados → retirados sucos + óleo essencial → mistura óleo + água é separada através de centrifugação, decantação ou destilação → óleos de alta qualidade Retirada dos terpenos dos óleos essenciais (em escala industrial) → ↑ sobrevida do produto Gases supercríticos Fluido supercrítico → estado entre líquido e sólido → CO2 é liquefeito através de compressão → aquecido a 31-33ºC → passa pelo cilindro onde está a droga, fazendo carreamento → passa pela válvula de ↓ pressão → cai em um separador → CO2 retorna ao estado gasoso e será reaproveitado até extrair todo óleo essencial -Funções biológicas Efeitos alelopáticos → geram um efeito de inibição da germinação → Eucalyptus globulus, Artemisia california (α tujona e isotujona), Salvia (cânfora) Atração de polinizadores Proteção contra predadores → mentol e mentona são inibidores de crescimento de vários tipos de larvas Insetos utitilizam para seu crescimento → citroneol (formigas) e α-pineno (cupins) Proteção contra perda de água e aumento da temperatura -Fatores de variabilidade Ar, luz e calor Metais Água e impurezas Ontogênico Ciclo vegetativo Umidade e regime do vento Processo de obtenção → transformações na extração → durante o processo de destilação, a água a acidez e a temperatura podem provocar hidrólise de ésteres, rearranjos, isomerizações e oxidações Órgão da planta Ciclo vegetativo Fatores extrínsecos → Mentha piperita (hortelã-pimenta): mentofurano (dias longos) ou mentol (noites frias) Origem geográfica → Thymus vulgaris L. → Sul da França – Timol; Espanha – Cineol -Controle de qualidade Droga Identificação Pesquisa de princípio ativo e doseamento Óleo essencial Métodos físicos: solubilidade em álcoois densidade relativa, desvio polarimétrico, índice de refração, ponto de congelamento Métodos químicos: índice de acidez, de ésteres, etc Métodos cromatográficos → cromatografia em coluna (fracionamento), cromatografiaem camada fina (identificação), cromatografia em camada gasosa acoplada a EM (obtenção do cromatograma do óleo e da massa os componentes) -Droga x Óleo volátil (Chá x Óleo essencial) Nem sempre terão a mesma atividade Rosmarinus officinalis → alecrim Óleo volátil: antibacteriano Droga vegetal: problemas digestivos Óleos fixos -Também chamados de lipídeos saponificáveis -Definição → é um macronutriente, em forma de ésteres de cadeia longa ou derivados, encontrados em todos os tecidos, principalmente nas membranas celulares e nas células de gordura. -Funções Componentes das membranas celulares, juntamente com as proteínas Reserva de energia Combustível celular Funcionam como isolante térmico sobre a epiderme de muitos animais (tecido adiposo) Funções especializadas (hormônios e vitaminas) -Ácidos graxos Unidades funcionais dos lipídeos Quanto mais insaturado o ácido graxo, menor o seu ponto de fusão A hidrogenação das duplas de uma ácido insaturado → aumento do índice de saturação e consequentemente ↑PF e gordura Na natureza, a maioria dos insaturados tem condições cis, o que provoca diminuição do PF Propriedades físico-químicas dos ácidos graxos AG com mais de 10 átomos de carbono são sólidos a temperatura ambiente Insolúveis na água Visíveis no UV quando apresentam duplas conjugadas Formam sais: sais de metais pesados ou sabões e se tornam hidrossolúveis, umectantes e emulsificantes São esterificáveis e os estéres formados são suficientemente voláteis para serem separados e identificados por CG -O grau de saturação identifica três tipos de gordura pela sua dureza a temperatura ambiente Gorduras saturadas → sólidas a temperatura ambiente, ↑LDL Fontes: óleos e derivados de coco, óleo de algodão, óleo de palma (dendê) Gorduras insaturadas → líquida a temperatura ambiente, reduzem LDL, sem reduzir HDL Fontes: abacate, óleo de canola, azeite de oliva, óleo de girassol, óleo de gergelim, óleo de amendoim Gorduras poli-insaturadas → são líquidas a temperatura ambiente, reduzem LDL e aumentam HDL Fontes: peixe e frutos do mar, soja, óleo de peixe, grãos -Ceras São aqueles cujo álcool apresenta cadeia longa, ou seja, são monoálcoois ou de alto peso molecular Exemplos palmitato de miricila (principal componente da cera de abelha) cerotato de miricila → constituinte da cera de carnaúba palmitato de cetila → principal componente do espermacete da baleia Certos óleos vegetais, incluindo os de milho, arroz e soja, apresentam quantidades suficientes de ceras para tornarem-se turvos quando a temperatura ambiente é baixa Componentes importantes na formulação de produtos como ceras de assoalho, graxas para sapatos, comésticos, velas e sabãos -Lipídeos simples Esterídeos → constituintes não glicerídeos Carotenos: pigmento natural como β-caroteno e licopeno Esteróis → óleo de abóbora, óleo de abacate → estigmasterol, campesterol, avenasterol Tocoferol → excelente antioxidante, abundante nas sementes de girassol e abóbora, nos germes e nos cereais e nas oleaginosas azeitonas, nozes, amêndoa, avelã, macademia, amendoim, castanha e caju → ex: palmitato de α-tocoferol -Lipídeos complexos Fosfolipídeos -Ocorrência Óleos e gorduras vegetais em maior quantidade nas sementes Ceras: partes externas e periféricas das folhas, talos e frutos → proteção -Método de extração Prensa hidráulica (extração por pressão) Extração por Soxhlet Pressão a frio (azeite de oliva virgem) Pressão a quente (azeite de palma) Desmucilagem: elimina fosfolipídeos, proteínas e gomas e outros constituintes que se encontram no azeite Neutralização: neutraliza os AG presentes no azeite bruto Descoloração Desodorização
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