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ENTROPIA 2ª LEI DA TERMODINÂMICA Limitações da 1ª Lei da Termodinâmica: • Não indicam a direção em que os processos espontâneos ocorrem; • Não diferenciam qualitativamente trabalho e calor - trabalho pode ser transformado em outra forma de energia com eficiência de quase 100%, mas apenas 40% de calor é transformado em trabalho. 2ª Lei: Espontaneidade e Equilíbrio: • Impõe restrições quanto ao sentido espontâneo (sem intervenção externa) das transformações energéticas, • Estabelece condições para o equilíbrio • Determina melhor desempenho teórico dos ciclos, • Avaliam fatores que impedem melhor nível de desempenho teórico Sentido Espontâneo: Mudança que leva a uma dispersão caótica maior da energia total de um sistema isolado (conclusão baseada em observações dos fenômenos naturais); ENUNCIADOS DA 2ª LEI DA TERMODINÂMICA Há diversas formulações da 2a lei da termodinâmica, aparentemente diferentes mas logicamente equivalentes. Estas formulações conduzem ao conceito de entropia. Enunciado de Kelvin e Planck: Eficiência: É impossível uma máquina térmica com rendimento 100% “Nenhum equipamento num processo cíclico pode operar de modo que o único efeito produzido é a conversão completa de calor em trabalho.” ENUNCIADOS DA 2ª LEI DA TERMODINÂMICA Há diversas formulações da 2a lei da termodinâmica, aparentemente diferentes mas logicamente equivalentes. Estas formulações conduzem ao conceito de entropia. Enunciado de Clausius: Espontaneidade: É impossível construir um refrigerador que opere sem receber energia (trabalho). “Qualquer processo que consista somente da transferência de calor de uma fonte mais fria para uma mais quente é impossível” ENUNCIADOS DA 2ª LEI DA TERMODINÂMICA Um processo real se aproxima de um processo ideal reversível: ✓ se ele for lento, ✓ sofrer transformações infinitesimais, com um mínimo de atrito. Todos os processos reais são IRREVERSÍVEIS. Se os processos do ciclo são ditos reversíveis, o ciclo também será reversível. É o rendimento do ciclo ideal reversível.! Qual o máximo rendimento possível? ENUNCIADOS DA 2ª LEI DA TERMODINÂMICA A máquina de Carnot: Máquina térmica descrita por Sadi Carnot que opera de uma forma completamente reversível onde todo calor absorvido é absorvido no reservatório quente e todo calor rejeitado é rejeitado no reservatório frio . Corolários de Carnot: • A eficiência térmica de um ciclo de potência real é sempre menor que a eficiência térmica de um ciclo reversível (máxima eficiência possível) operando entre as mesmas TH e TC • Ciclos térmicos reversíveis que operem entre os mesmos reservatórios térmicos têm a mesma eficiência térmica independente do fluido. irrevrev ENTROPIA 0= T Qrevd Num ciclo a variação de qualquer propriedade é nula. Assim, Q/T é uma propriedade de estado ENTROPIA • “Propriedade intrínseca de um sistema que aumenta quando um sistema recebe calor e diminui quando perde calor. Assim, ΔS dá uma indicação do sentido e da intensidade do fluxo de calor.” • A entropia é uma medida do grau de desordem da matéria e da energia. • Processos adiabáticos reversíveis tem variação de entropia igual a zero (isentrópicos) • A entropia é uma função de estado, sendo uma medida conveniente da perda de capacidade do sistema para produzir trabalho. • Nem todos os processos adiabáticos são processos isentrópicos, somente aqueles de quase- equilíbrio. ENTROPIA =−= 2 1 12 revT Q SSS Num ciclo a variação de qualquer propriedade é nula. Assim, Q/T é uma propriedade de estado Escrevendo como uma integral cíclica, tem-se que para qualquer ciclo reversível: 0= T Qrevd A propriedade assim definida é chamada de ENTROPIA e a ela Rudolf Clausius deu o símbolo S. variação da entropia, S, de qualquer sistema sofrendo um processo reversível ENTROPIA Estudos posteriores desenvolvidos por Clausius demonstraram que, para ciclos irreversíveis, tem-se: Para processos irreversíveis a variação da entropia do sistema se dá não só pela transferência de calor entre sistema e vizinhanças como também pela presença das irreversibilidades inerentes ao sistema. 0 d T Q para todos os ciclos irreversíveis T dQ dSirrev desigualdades de Clausius ENTROPIA I T dQ dSirrev += I 0 Geração de entropia devido às irreversibilidades = dSrev 0 d == T Q dS revrev para todos os ciclos reversíveis ISS revirr += ENTROPIA Se considerarmos o sistema e suas vizinhanças (o universo) como um sistema isolado composto, tem-se que: 0+= sVizinhançaSistemaTotal SSS Para sistemas isolados (dQ = 0): dSirrev > 0 (da eq 3) OBSERVAÇÃO: Para processos que envolvem apenas transferência de calor pode-se calcular a variação de entropia dos processos irreversíveis também como dQ/T. e dSirrev = I (da eq 4) ENTROPIA ➢ Qualquer processo evolui no sentido do aumento da entropia total (sistema + vizinhanças) ➢ Quando o processo cíclico se aproxima da reversibilidade Corolário: “Nenhum processo no qual a entropia total (sistema + vizinhança) diminui é possível” “A energia do universo é constante e a entropia tende a atingir um máximo” ∆𝑆 → 0 “A entropia do sistema ou das vizinhanças pode aumentar ou diminuir. Isto acontece frequentemente nos processos irreversíveis” DETERMINAÇÃO DE ENTROPIA SUBSTÂNCIA PURA Determinação da entropia de substância pura: • Gráficos HS (Mollier) • Gráficos TS • Tabelas de Vapor • Cálculo para a região de duas fases s = sl + x.slv( )1 L VM x M xM= − + UTILIZANDO AS EQUAÇÃO DE ENTROPIA Por definição matemática Para um processo de mudança de fase a temperatura e pressão constantes: 𝑑𝑆 = 𝑑ℎ 𝑇 𝑆𝑣 − 𝑆𝑙 = ℎ𝑣 − ℎ𝑙 𝑇 Tds = dh - vdP PARA SUBSTÂNCIA INCOMPRESSÍVEL 𝑆2 − 𝑆1 = 𝑐𝑃 𝑙𝑛 𝑇2 𝑇1 Exemplo: Considere um sistema composto por água líquida incialmente a 300K e 1 bar, passando por um processo cujo estado final corresponde a 323K e 1 bar. Cp = 4,18 kJ/kg.K PARA GÁS IDEAL A partir de um valor de referência 𝑠 𝑇2, 𝑝2 − 𝑠 𝑇1, 𝑝1 = 𝑠 0 𝑇2 − 𝑠 0 𝑇1 − 𝑅𝑙𝑛 𝑃2 𝑃1 Exemplo: Avaliemos a variação da entropia específica, em kJ/kg.K, para o ar admitido como gás ideal de um estado a 300K e 1 bar para um estado a 1000K e 3 bar. PARA GÁS IDEAL PARA GÁS IDEAL PARA GÁS IDEAL Para calor específico constante: 𝑠 𝑇2, 𝑝2 − 𝑠 𝑇1, 𝑝1 = 𝑐𝑃 𝑙𝑛 𝑇2 𝑇1 + 𝑅𝑙𝑛 𝑣2 𝑣1 𝑠 𝑇2, 𝑝2 − 𝑠 𝑇1, 𝑝1 = 𝑐𝑣 𝑙𝑛 𝑇2 𝑇1 − 𝑅𝑙𝑛 𝑃2 𝑃1 Exemplo: Determinemos a variação da entropia específica, em kJ/kg.K para o ar admitido como gás ideal submetido a um processo de 300K e 1 bar para 400 K e 5 bar. Devido ao pequeno intervalo relativo de temperatura, admita um valor constante de cP avaliado a 350K igual a 1,008 kJ/kg.K. VARIAÇÃO DE ENTROPIA EM PROCESSOS INTERNAMENTE REVERSÍVEIS Processos reversíveis =−= 2 1 12 revT Q SSS Entropia aumenta se o sistema recebe calor Entropia diminui se o sistema perde calor T S 𝑄 = න 1 2 𝑇𝑑𝑆 ❖ Etapa 2 → 3: isotérmica Quantidade de calor transferida: Q23 = TH(S3-S2) Q > 0 (entropia aumenta) APLICAÇÃO NO CICLO DE CARNOT ❖ Etapa 1 2: adiabático e isentrópico ❖ Etapa 3 → 4: adiabático e isentrópico ❖ Etapa 4 1: isotérmico Quantidade de calor transferida: Q41 = TH(S1-S4) Q < 0 (entropia diminui) APLICAÇÃO NO CICLO DE CARNOT Exemplo: água, incialmente como líquido saturado a 150°C está contida em um conjunto cilindro-pistão. A água é submetida a um processo que a leva ao estado correspondente de vapor saturado, durante o qual o pistão se move livremente ao longo do cilindro. Considerando que a mudança de estado acontece em virtude do aquecimento da água à medida que esta percorre um processo internamente reversível a pressão e temperatura constante, determine o trabalho e a quantidade de calor transferida por unidade de massa. APLICAÇÃO NO CICLO DE CARNOT TERMODINÂMICA
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