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Angina: Definição, Epidemiologia e Fisiopatologia

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Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
Angin�
Definiçã�
➔ Um desconforto no peito de forma previsível e
reprodutível em certo nível de esforço
por desequilíbrio transitório entre
suprimento sanguíneo e demanda
metabólica.
Epidemiologi�
➔ A DAC é uma das principais
responsáveis pela morte de causas
naturais no país. Em algumas regiões
da cidade, já é a primeira causa de
morte. Faz muitos pacientes reduzirem
muito a sua qualidade de vida.
➔ Entre 65 a 84 anos - devido ao
aumento do risco de aterosclerose
(devido a: sedentarismo,
tabagismo, resistência à insulina, dieta
rica em lipídeos)
➔ 12-14% dos homens; 10-12% das
mulheres
➔ FATORES DE RISCO :
- O esforço físico, porém não é a única
causa de aumento da demanda de
oxigênio pelo coração. Qualquer
situação que estimule o aumento do
trabalho cardíaco pode servir de
gatilho. Exemplos:
● Hipertireoidismo
● Arritmias cardíacas, como
fibrilação atrial
● Estresse emocional
● Medicamentos
● Crise hipertensiva
● Anemia
➔ Fatores predisponentes : Dieta
rica em lipídeos e calorias,
sedentarismo, tabagismo,
resistência à insulina e
envelhecimento.
Fisiopatologi�
➔ A angina ocorre quando a
demanda de oxigênio pelo
miocárdio excede a
capacidade das artérias
coronárias de suprir a
quantidade adequada de
sangue. Por isso, a dor é
desencadeada aos esforços e
estresse emocional.
Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
➔ Isso ocorre quando há obstrução
arterial, normalmente devido a
arteriosclerose,
espasmo da artéria coronariana ou
embolia arterial coronariana (rara).
➔ A obstrução coronariana não é
totalmente fixa e depende do tônus
arterial, sendo este maior durante a
manhã.
Assim, na maioria das pessoas a
angina é mais frequente durante a
manhã.
➔ O desbalanço entre a demanda
metabólica e a oferta, pode acontecer
por ta com muita oferta e pouca
demanda, ou muita demanda e
nenhuma oferta (IAM) pode ALTERAR
a demanda (fazer o coração precisar
de mais sangue): aumento da FC
(TAQUICARDIA)
➔ Pressão arterial sistólica (coração
tem que bater mais forte pra vencer
a resistência da PA)
➔ Tensão na parede do miocárdio alta
contratilidade do miocárdio. Pode
ALTERAR o suprimento sanguíneo
➔ Resistência da artéria coronária
(obstrução, não chega o fluxo
sanguíneo adequado, causando dor)
➔ Fluxo sanguíneo colateral
(aumenta a oferta). Pressão de
perfusão da coronária (aumenta a
oferta)
➔ FC (Pode aumentar ou diminuir a
oferta, taqui fraca aumenta, taqui
alta reduz)
Logo :
➔ Angina estável, a relação entre
carga de trabalho ou demanda e
isquemia é, com frequência,
relativamente previsível.
➔ Angina instável é angina com piora
clínica (p. ex., angina em repouso ou
aumento da frequência e/ou
intensidade dos episódios).
➔ A obstrução arterial
aterosclerótica não é totalmente
fixa; ela varia de acordo com as
flutuações normais do tônus arterial
que ocorrem em todas as pessoas.
Dessa forma, um número maior de
pessoas desenvolve angina pela
manhã, quando o tônus arterial é
relativamente elevado. Além disso, a
função endotelial anormal pode
contribuir para variações do tônus
arterial, isto é, no endotélio lesado
por ateromas, o estresse por
aumento de catecolaminas provoca
vasoconstrição em vez de dilatação
(resposta normal). À medida que o
miocárdio torna-se isquêmico, há
queda do pH sanguíneo no seio
coronariano, perda de potássio
celular, acúmulo de lactato,
alterações do ECG e deterioração
da função ventricular
(tanto sistólica como diastólica). A
pressão diastólica do VE geralmente
aumenta durante a angina e,
às vezes, conduz à congestão
pulmonar e dispneia. O mecanismo
exato pelo qual a isquemia provoca
desconforto não está esclarecido,
mas pode envolver estimulação
nervosa por metabólitos da hipóxia.
Ou seja:
Os mecanismos fisiopatológicos que
incluem:
a. Obstrução por placas
ateroscleróticas das artérias coronárias
epicárdicas.
b. Vasoespasmo focal ou difuso de
artérias coronárias.
Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
c. Doença microvascular.
d. Disfunção ventricular esquerda
secundária a infarto do
miocárdio prévio e/ou miocárdio
hibernante (isquemia crônica).
CAUSAS QUE AUMENTAM A DEMANDA
METABÓLICA
Hipertermia: o paciente com febre vai
precisar de mais sangue.
Hipertireoidismo
Hipertensão
Toxicidade simpática
Ansiedade
Cardiomiopatia hipertrofica
Estenose aortica
Cardiomiopatia dilatada
Taquicardia
- CAUSAS QUE REDUZEM O
SUPRIMENTO SANGUÍNEO
Anemia
Anemia falciforme
Hipoxemia
Toxicidade simpática
Hiperviscosidade
Tip��
❖ ESTÁVEL
➔ Caracteriza-se :
- Por estenoses fixas ou
dinâmicas das artérias
epicárdicas (lesão por
colocação de stent por exemplo
seria uma estenose fixa);
- Vai evoluindo/piorando com o
tempo-angina estável por
disfunção coronariana, perda de
potássio celular, acúmulo de
lactato, alterações do ECG e
deterioração da função
ventricular (tanto sistólica como
diastólica).
- A pressão diastólica do VE
geralmente aumenta durante a
angina e, às vezes, conduz à
congestão pulmonar e dispneia.
- O mecanismo exato pelo qual a
isquemia provoca desconforto
não está esclarecido, mas pode
envolver
estimulação nervosa por
metabólitos da hipóxia.
microvascular:
- Disfunção microvascular
(muito comum em mulheres, em
que as coronárias estão
normais mas ainda assim tem
falta de suprimento sanguíneo)
- Angina estável por
vasoespasmo: espasmo
coronário epicárdico focal ou
difuso (dor em repouso
repentina com
tolerância ao esforço, sem lesão
na coronária, so teve um
espasmo e fechou)
- Possui três critérios:
Dor ou desconforto torácico
subesternal, provocado pelo esforço
ou estresse emocional e aliviado pelo
repouso e/ou nitratos em poucos
minutos >podendo ser:
-angina típica (definitiva): atende aos
3 critérios
-angina atípica (provável): atende a 2
critérios
-dor não anginosa: 0-1 critério
Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
❖ INSTÁVEL
➔ É a angina com piora clínica (p. ex.,
angina em repouso ou aumento da
frequência e/ou intensidade dos
episódios).
➔ É uma das maiores causas
cardiovasculares de internação. E,
durante a evolução, uma parte desses
pacientes desenvolve elevações nos
marcadores bioquímicos de dano
miocárdico, configurando o quadro de
infarto agudo do miocárdio (IAM) sem
supradesnível do segmento ST. Essas
duas entidades (AI e IAM), quando em
conjunto, compõem as síndromes
isquêmicas miocárdicas instáveis sem
supradesnível do segmento ST
(SIMISSST)
Quadr� Clínic�
❖ ANGINA INSTÁVEL
➔ Episódios de:
Dor ou desconforto
subesternal, provocados ou
exacerbados por exercício
físico e estresse emocional,
que aliviam com o repouso e
uso de nitroglicerina.
➔ História:
-Diante de um homem com > 50
anos, ou uma mulher com > 60
anos de idade, a clássica queixa
de desconforto torácico “típico”
(dor anginosa) deve
ESTABELECER O DIAGNÓSTICO
de doença coronariana até
prova em contrário!
➔ O adjetivo “típico”, neste caso,
se refere à coexistência de três
caracteres semiológicos:
(1)Sensação de aperto, peso ou
pressão retroesternal (às vezes
queimação ou pontada, mas
raramente “dor”);
(2)Início durante esforço físico
ou emoções;
(3)Alívio após repouso ou nitrato
sublingual (em 1-5min).
Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
➔ Pacientes que apresentam essas três
características são considerados
portadores de dor anginosa típica; os
que apresentam duas, como portadores
de dor anginosa atípica; e os que
apresentam uma, como portadores de
dor não-anginosa (mas que, ainda
assim, confere risco de coronariopatia, a
depender da idade, sexo e outros
fatores).
➔ Os episódios são de curta duração, em
geral 5–15 min.
➔ Ocorre em pacientes portadores de
fatores de risco cardiovascular e na
faixa etária de 50–70 anos.
➔ Costuma-se irradiar para ambos os
lados do corpo,podendo ser referida
em qualquer localização entre a
mandíbula e o umbigo, incluindo o
dorso (sua irradiação para além desses
limites é raríssima). No entanto, o mais
“tradicional” é realmente a irradiação
para o membro superior esquerdo, em
particular sobre a suaface ulnar.
OBS.: Um detalhe útil na prática é que a
dor isquêmica
NÃO SE IRRADIA para o músculo
trapézio!
Pacientes com dor precordial irradiada
especificamente para esta topografia
mais provavelmente são portadores de
pericardite aguda. A dor referida no
trapézio é sinal de irritação do músculo
diafragma (na pericardite isso
acontece pela contiguidade dessa
estrutura com o pericárdio inflamado).
➔ Quando solicitamos ao paciente que
localize o desconforto isquêmico, ele
esfrega a mão difusamente sobre o
esterno ou coloca o punho cerrado no
meio do peito (“sinal de Levine” ).
OBS.: Os sintomas são exacerbados
quando o esforço é realizado após
uma refeição ou ocorre em tempo
frio; caminhar contra o vento ou ao
primeiro contato com o ar frio após
sair de um ambiente aquecido pode
precipitar uma crise.
➔ Além de esforço físico e das
emoções, às vezes a angina é
desencadeada pelo decúbito
(angina decubitus),
despertando o paciente no meio
da noite! As explicações para
este fenômeno são:
(1) No decúbito o retorno
venoso aumenta (oriundo
do sangue “represado”
nos membros inferiores
ao longo do dia), fazendo
aumentar a pré-carga
ventricular e,
consequentemente, o
trabalho miocárdico
(maior demanda de O2)
(2) Durante a noite o
paciente pode ter uma
súbita desoxigenação do
sangue (ex.: apneia do
sono), o que, além de
reduzir a oferta de
O2,promove aumento do
tônus adrenérgico e
taquicardia.
➔ É muito importante compreender que
em mulheres, idosos, diabéticos e
também em receptores de transplante
cardíaco a doença coronariana não
raro se manifesta apenas por meio de
EQUIVALENTES ANGINOSOS – sinais e
Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
sintomas diferentes da angina do peito,
porém igualmente indicativos de
isquemia miocárdica! Equivalentes
anginosos são queixas diferentes do
desconforto precordial que refletem
as consequências da isquemia
miocárdica. Por exemplo:
● Dispneia (queda na fração de ejeção
do VE levando à congestão pulmonar),
● Fadiga/tontura/sensação de
desmaio (baixo débito cardíaco pelo
mesmo motivo),
● Sopro transitório de regurgitação
mitral (isquemia dos músculos
papilares) e palpitações (taquiarritmias
induzidas pela isquemia).
● Náuseas, vômitos, sudorese e palidez
também podem representar
equivalentes anginosos (sintomas
neurovegetativos).
❖ ANGINA INSTÁVEL
➔ Provocada por insuficiente
aporte de oxigênio a
cardiomiócitos, sem, no
entanto, provocar necrose
celular.
➔ É definida como angina
pectoris (ou equivalente
anginoso - como veremos a
seguir) e apresenta pelo menos
uma das seguintes
características:
1) ocorre em repouso (ou
mínimo esforço);
2) têm, em geral, duração de 20
minutos (se não for
interrompida por nitrato ou
outro analgésico);
3) é grave e descrita como dor
franca;
4) ocorre em crescendo ( dor
com cada vez menos esforço,
que é cada vez pior, que passou
a acordar o paciente).
➔ A dor torácica é o principal
sintoma de isquemia, mas pode
se apresentar apenas como
equivalente anginoso: dor
epigástrica, dispepsia,
dispneia, náuseas e vômitos,
sudorese, hipotensão e
síncope.
➔ Pacientes idosos (> 75 anos de
idade), mulheres e portadores
de diabetes com doença renal
crônica ou demência podem se
apresentar mais comumente
com equivalentes anginosos no
DE, com queixas atípicas, que
incluem dor epigástrica,
dispepsia, dispneia e, raramente,
síncope.
Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
➔ Uma isquemia mais grave, que
se caracteriza por:
● Angina de início recente
já com classe 3 ou 4.
● Angina que surge em
repouso.
● Dor anginosa que dura
mais de 20 minutos.
● Dor anginosa que surge
de forma imprevisível.
● Angina em crescendo, ou
seja, angina previamente
diagnosticada que
apresenta rápido
agravamento, subindo
de uma classe para
outra em pouco tempo.
Diagn�stic�
➔ ANAMNESE cuidadosa e
detalhada sobre o desconforto
torácico.
- História do paciente,
caracterização da dor quanto
a qualidade, localização,
irradiação,
duração, fatores
desencadeantes, fatores de
alívio, sintomas associados;
- Exame físico:
usualmente normal,
com alterações se feito
na vigência da dor
- Ausculta da 3ª bulha,
4ª bulha ou
galope,sopro de
regurgitação mitral,
desdobramento da 2B
e estertoração
pulmonar bibasal.
Pulsos de MMII
diminuídos,
endurecimento arterial.
➔ O exame físico pode ser
absolutamente normal quando
o paciente está em repouso e
sem sintomas. Contudo, na
vigência do episódio de angina,
é possível detectar alterações
transitórias, secundárias à
disfunção cardíaca induzida
pela isquemia.
➔ Pacientes podem apresentar
exame físico alterado devido
aos fatores de risco, Por
exemplo: HAS; obesidade
centrípeta e acantose nigricans
(resistência à insulina);
➔ Exames complementares são
necessários para estratificação
de risco de eventos, definição
da melhor estratégia
terapêutica (invasiva vs. não
invasiva) e exclusão de
diagnósticos alternativos.
Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
➔ EXAMES SUGESTIVOS DE ANGINA
ESTÁVEL
• Eletrocardiograma (ECG):
➔ Deve ser realizado em todos os
pacientes.
➔ Se for realizado no momento da
dor, alterações isquêmicas
reversíveis podem ser observadas:
onda T discordante do QRS,
infradesnível do segmento ST
(tipicamente), supradesnível do
segmento ST, diminuição da
amplitude da onda R, alterações
na condução intraventricular,
bloqueios de ramo e arritmia.
• Investigação laboratorial:
Lipidograma (colesterol total,
LDL, HDL e triglicérides),
glicemia de jejum, hemograma
completo e creatinina. Solicitar
marcadores de necrose
miocárdica, se indicado. Em
pacientes em uso de estatinas
com queixa de sintomas
sugestivos de miopatia
dosagem de BNP pode ser
considerada em pacientes com
suspeita de disfunção
ventricular
• Radiografia de tórax: fazer
em pacientes com insuficiência
cardíaca ou evidência de
doença pulmonar significativa.
• Teste de esforço: realizar
naqueles com sintomas de
angina ocasionados por DAC
com ECG de repouso normal.
Tem sensibilidade de 90% e
especificidade de 70%.
O TE não deve ser solicitado
diante de certas
LIMITAÇÕES:
(1) quando o ECG basal possuir
alterações que impeçam a
detecção do critério de isquemia
(ex.: síndrome de
Wol�-Parkinson-White, BRE de
3° grau, marca-passo, infra de
ST prévio);
(2) quando o paciente for
incapaz de se exercitar (ex.:
sequelas ortopédicas ou
neurológicas, doença arterial
periférica grave);
(3) quando houver alguma
contraindicação específica...
CONTRAINDICAÇÕES para o TE
são:
➔ Angina em repouso nas
últimas 48h
➔ Ritmo cardíaco “instável”
➔ Estenose aórtica grave,
miocardite aguda,
insuficiência cardíaca
não controlada,
hipertensão pulmonar
grave, endocardite
infecciosa ativa,
➔ Fase “aguda” de um IAM
(primeiros cinco dias –
pelo risco de ruptura da
região infartada).
● ANGIOGRAFIA
➔ A angiografia coronariana é o
padrão para o diagnóstico da
doença coronariana, mas nem
sempre é necessária para
confirmar o diagnóstico.
Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
➔ Ela é indicada principalmente para
localizar e avaliar a gravidade das
lesões das artérias coronárias quando
se considera a revascularização (ICP ou
cirurgia de revascularização
miocárdica). Também é possível indicar
a angiografia quando é necessário o
conhecimento da anatomia
coronariana para orientação sobre as
necessidades do estilo de vida ou
trabalho (p. ex., interrupção das
atividades de trabalho ou esportes).
➔ Supõe-se que a obstrução seja
fisiologicamente significativa quando o
diâmetro do lúmen é reduzido para >
70%. Este grau de redução
correlaciona-se bem com a existência
de angina de peito, a menos que exista
a sobreposição de espasmo ou
trombose.
● TC DE CORONÁRIAS
Existem duas modalidades de tomografia
coronariana:
(1) angio-TC de coronárias;
(2) TC simples para cálculo do escore de
cálcio.
- Angio-TC de Coronárias
A rápida aquisição de imagens cardíacas
com um tomógrafo helicoidal, após
injeção endovenosa de contraste
iodado, permite o delineamento
anatômico das artérias coronárias.
Este método é bastante sensívelpara a
detecção de aterosclerose
coronariana.
No entanto, a utilidade de uma
angio-TC de coronárias
“positiva” é incerta (várias
perguntas não são respondidas
neste exame, por exemplo: as
lesões identificadas estão
causando isquemia? Qual é a
extensão da área isquêmica?
Quais são as repercussões
funcionais?) . Logo, tal exame
não é feito de rotina na
investigação da angina
estável.
- Escore de Cálcio
A calcificação da parede
coronariana se relaciona
fortemente com a existência de
aterosclerose, isto é, diante de
um Escore de Cálcio (EC)
elevado, é certo que existem
placas de ateroma naquela
coronária... Todavia, apesar
de identificar a aterosclerose
com elevada sensibilidade, o EC
não possui uma boa correlação
com a presença de lesões
OBSTRUTIVAS, quer dizer, a
mera presença de calcificação
não garante a existência de
estenose luminal!
● ECOCARDIOGRAMA DE
ESTRESSE
➔ Estresse pode ser realizado de 2
formas:
● Estresse físico -> exercício
físico
Esteira ou bicicleta ergométrica
Mais fisiológico, devendo ser
realizado quando possível
● Estresse farmacológico -
dobutamina
Ação B1-adrenérgica que induz
taquicardia, produzindo
incompatibilidade entre oferta e
demanda de oxigênio no
miocárdio.
Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO
MIOCÁRDICA
➔ É um excelente método não
invasivo para detecção de
isquemia
➔ Pode confirmar diagnóstico e
fornecer parâmetros
prognósticos, como a extensão
da área isquêmica e a FEVE
➔ Utiliza radioisótopos (tálio e
tecnécio) com os seguintes tipos
de estresse:
- Estresse farmacológico :
Dipiridamol/ Adenosina ->
levam a dilatação da
microcirculação com roubo de
fluxo para áreas normais e
isquemia em áreas com
estenose
Dobutamina-> aumenta o
consumo por induzir taquicardia
- Estresse físico : esteira ou
bicicleta
➔ Os radioisótopos se concentram
no tecido miocárdico com boa
perfusão, mas não no miocárdio
isquêmico, sendo administrados
em 2 momentos (estresse e
repouso)
-> Defeitos perfusionais
transitórios: presentes no
estresse , mas não no repouso,
significam isquemia
-> Defeitos perfusionais fixos
ou permanentes : presentes em
ambas as fases, podem
significar infarto prévio (sem
tecido viável) ou miocárdio
hibernante (com tecido viável)
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
➔ Permite avaliar com precisão a
anatomia miocárdica, função e
volume ventricular, além da
massa miocárdica
➔ Pode realizar 2 protocolos
diferentes para a avaliação da
angina estável :
- RM de estresse com :
- Dobutamina (avaliar limitação
de contração)
- Adenosina ou dipiridamol
- Utiliza contraste gadolíneo
- Os defeitos perfusionais seguem
a mesma lógica da cintilografia
- RM com realce tardio:
- Também utiliza gadolíneo,. Em
áreas de infarto e fibrose, o
gadolíneo permanece mais
tempo do que áreas normais,
por isso permite avaliar infarto
prévio.
USG INTRAVASCULAR - USIV E FLUXO
FRACIONADO DE RESERVA
➔ É realizada com um pequeno
cateter usado para obter
imagens precisas da placa
ateroscletórica, determinação
da área transversal da luz e
mensuração do vaso
➔ Avalia de forma mais acurada
a anatomia e o grau de
aterosclerose nas coronárias.
➔ Usado durante ou após
intervenção percutânea nas
coronárias para avaliar
estenose e determinar se o
stent foi posicionado
CINEANGIOCORONARIOGRAFIA
Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
➔ O diagnóstico definitivo, a
avaliação anatômica de sua
gravidade e suas repercussões
no desempenho cardíaco ainda
requerem cateterismo cardíaco.
➔ São consideradas lesões
angiograficamente importantes
aquelas que apresentam
obstrução de 50% ou mais do
lúmen arterial
➔ A angiografia coronária deve
ser reservada para:
- Paciente com diagnóstico de
doença obstrutiva permaneça
duvidoso;
- Sinais de alto risco nos testes
não invasivos
- Permanência de sintomas com
terapia ideal
- Pacientes muito sintomáticos
com mínimo esforço (classe
funcional III e IV da CCS), nos
quais a etiologia isquêmica é
muito evidente ou a
probabilidade de se indicar
revascularização miocárdica é
alta.
Diagn�stic� Diferencia�
➔ Responder logo se ela é instável
ou estável, esse é o primeiro
diagnóstico diferencial
- Se for instável:
Internamento
- Se for estável:
ambulatorial
Outros diagnósticos diferenciais:
➔ espasmo esofagiano difuso
➔ doença do refluxo
gastroesofágico
➔ pericardite aguda
➔ dor musculoesquelética
➔ tromboembolismo pulmonar
➔ dissecção de aorta
Tratament�
ANGINA ESTÁVEL
❖ Não farmacológico
➔ Modificação dos fatores
de risco (tabagismo,
pressão arterial, lipídios)
❖ Farmacológico:
➔ Fármacos
antiplaquetários (ácido
acetilsalicílico e às vezes
clopidogrel, prasugrel ou
ticagrelor)
➔ Betabloqueadores:
- São fármacos que diminuem a
FC, contratilidade miocárdica,
condução atrioventricular e
atividade ectópica ventricular
- Podem aumentar a perfusão
em áreas isquêmicas por um
aumento no tempo de diástole
e da resistência vascular em
áreas não isquêmicas
➔ Bloqueadores de canal
de cálcio :
- Grupos:
● Anlodipino:
recomendado em
associação com
betabloqueador para
controle de angina
estável sintomática
Maria Luiza de Oliveira Soares
Turma 01 FITS - 7º Período
● Não - dihidropiridínicos
- Verapamil e diltiazem (efeito
cronotrópico negativo)
- Devem ser evitados com BB
devido a risco de bradicardia
➔ Nitratos :
- Mecanismo de ação:
vasodilatação das artérias
coronárias por aumento da
liberação de Óxido Nítrico.
- Quando tomados por longos
períodos, perdem a eficácia, por
isso devem ser prescritos com
doses assimétricas (evitar de
12/12h ou 8/8h) com períodos
livres de 10-14h
- Nitratos de ação rápida:
Dinitrato de isossorbida
(sublingual) e propatilnitrato
- Nitroglicerina :
➔ A nitroglicerina é relaxante do
músculo liso e um vasodilatador
potente. Os principais locais de
ação são árvore vascular
periférica, especialmente sistema
venoso ou de capacitância, e vasos
sanguíneos coronarianos.
➔ A nitroglicerina diminui a pressão
arterial sistólica e dilata as veias
sistêmicas, reduzindo a tensão da
parede miocárdica, ou seja, o
principal determinante da
necessidade miocárdica de oxigênio.
➔ Prescreve-se nitroglicerina
sublingual para episódio agudo ou
prevenção antes do esforço.
Normalmente, o alívio substancial
ocorre em 1,5 a 3 minutos, estando
completo em aproximadamente 5
minutos, e dura por até 30 minutos.
➔ A dose pode ser repetida a cada 4
ou 5 minutos, até 3 vezes, se o alívio
for incompleto.
- Nitratos de Ação prolongada:
Mononitrato de isossorbida ->
restritos à pacientes com angina
não controlada por agentes
anginosos. Usados se sintomas
persistirem após uso de
betabloqueador. Efetivos em
1-2h e duram 4-6h.
➔ Inibidores de ECA e estatinas
➔ Revascularização, se os sintomas
persistirem apesar do
tratamento médico
❖ REVASCULARIZAÇÃO
ATC: angioplastia transluminal
coronariana; RM: cirurgia de
revascularização miocárdica
❖ PREVENÇÃO
● AAS:
- Profilaxia secundária
(após evento vascular).

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