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Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período Angin� Definiçã� ➔ Um desconforto no peito de forma previsível e reprodutível em certo nível de esforço por desequilíbrio transitório entre suprimento sanguíneo e demanda metabólica. Epidemiologi� ➔ A DAC é uma das principais responsáveis pela morte de causas naturais no país. Em algumas regiões da cidade, já é a primeira causa de morte. Faz muitos pacientes reduzirem muito a sua qualidade de vida. ➔ Entre 65 a 84 anos - devido ao aumento do risco de aterosclerose (devido a: sedentarismo, tabagismo, resistência à insulina, dieta rica em lipídeos) ➔ 12-14% dos homens; 10-12% das mulheres ➔ FATORES DE RISCO : - O esforço físico, porém não é a única causa de aumento da demanda de oxigênio pelo coração. Qualquer situação que estimule o aumento do trabalho cardíaco pode servir de gatilho. Exemplos: ● Hipertireoidismo ● Arritmias cardíacas, como fibrilação atrial ● Estresse emocional ● Medicamentos ● Crise hipertensiva ● Anemia ➔ Fatores predisponentes : Dieta rica em lipídeos e calorias, sedentarismo, tabagismo, resistência à insulina e envelhecimento. Fisiopatologi� ➔ A angina ocorre quando a demanda de oxigênio pelo miocárdio excede a capacidade das artérias coronárias de suprir a quantidade adequada de sangue. Por isso, a dor é desencadeada aos esforços e estresse emocional. Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período ➔ Isso ocorre quando há obstrução arterial, normalmente devido a arteriosclerose, espasmo da artéria coronariana ou embolia arterial coronariana (rara). ➔ A obstrução coronariana não é totalmente fixa e depende do tônus arterial, sendo este maior durante a manhã. Assim, na maioria das pessoas a angina é mais frequente durante a manhã. ➔ O desbalanço entre a demanda metabólica e a oferta, pode acontecer por ta com muita oferta e pouca demanda, ou muita demanda e nenhuma oferta (IAM) pode ALTERAR a demanda (fazer o coração precisar de mais sangue): aumento da FC (TAQUICARDIA) ➔ Pressão arterial sistólica (coração tem que bater mais forte pra vencer a resistência da PA) ➔ Tensão na parede do miocárdio alta contratilidade do miocárdio. Pode ALTERAR o suprimento sanguíneo ➔ Resistência da artéria coronária (obstrução, não chega o fluxo sanguíneo adequado, causando dor) ➔ Fluxo sanguíneo colateral (aumenta a oferta). Pressão de perfusão da coronária (aumenta a oferta) ➔ FC (Pode aumentar ou diminuir a oferta, taqui fraca aumenta, taqui alta reduz) Logo : ➔ Angina estável, a relação entre carga de trabalho ou demanda e isquemia é, com frequência, relativamente previsível. ➔ Angina instável é angina com piora clínica (p. ex., angina em repouso ou aumento da frequência e/ou intensidade dos episódios). ➔ A obstrução arterial aterosclerótica não é totalmente fixa; ela varia de acordo com as flutuações normais do tônus arterial que ocorrem em todas as pessoas. Dessa forma, um número maior de pessoas desenvolve angina pela manhã, quando o tônus arterial é relativamente elevado. Além disso, a função endotelial anormal pode contribuir para variações do tônus arterial, isto é, no endotélio lesado por ateromas, o estresse por aumento de catecolaminas provoca vasoconstrição em vez de dilatação (resposta normal). À medida que o miocárdio torna-se isquêmico, há queda do pH sanguíneo no seio coronariano, perda de potássio celular, acúmulo de lactato, alterações do ECG e deterioração da função ventricular (tanto sistólica como diastólica). A pressão diastólica do VE geralmente aumenta durante a angina e, às vezes, conduz à congestão pulmonar e dispneia. O mecanismo exato pelo qual a isquemia provoca desconforto não está esclarecido, mas pode envolver estimulação nervosa por metabólitos da hipóxia. Ou seja: Os mecanismos fisiopatológicos que incluem: a. Obstrução por placas ateroscleróticas das artérias coronárias epicárdicas. b. Vasoespasmo focal ou difuso de artérias coronárias. Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período c. Doença microvascular. d. Disfunção ventricular esquerda secundária a infarto do miocárdio prévio e/ou miocárdio hibernante (isquemia crônica). CAUSAS QUE AUMENTAM A DEMANDA METABÓLICA Hipertermia: o paciente com febre vai precisar de mais sangue. Hipertireoidismo Hipertensão Toxicidade simpática Ansiedade Cardiomiopatia hipertrofica Estenose aortica Cardiomiopatia dilatada Taquicardia - CAUSAS QUE REDUZEM O SUPRIMENTO SANGUÍNEO Anemia Anemia falciforme Hipoxemia Toxicidade simpática Hiperviscosidade Tip�� ❖ ESTÁVEL ➔ Caracteriza-se : - Por estenoses fixas ou dinâmicas das artérias epicárdicas (lesão por colocação de stent por exemplo seria uma estenose fixa); - Vai evoluindo/piorando com o tempo-angina estável por disfunção coronariana, perda de potássio celular, acúmulo de lactato, alterações do ECG e deterioração da função ventricular (tanto sistólica como diastólica). - A pressão diastólica do VE geralmente aumenta durante a angina e, às vezes, conduz à congestão pulmonar e dispneia. - O mecanismo exato pelo qual a isquemia provoca desconforto não está esclarecido, mas pode envolver estimulação nervosa por metabólitos da hipóxia. microvascular: - Disfunção microvascular (muito comum em mulheres, em que as coronárias estão normais mas ainda assim tem falta de suprimento sanguíneo) - Angina estável por vasoespasmo: espasmo coronário epicárdico focal ou difuso (dor em repouso repentina com tolerância ao esforço, sem lesão na coronária, so teve um espasmo e fechou) - Possui três critérios: Dor ou desconforto torácico subesternal, provocado pelo esforço ou estresse emocional e aliviado pelo repouso e/ou nitratos em poucos minutos >podendo ser: -angina típica (definitiva): atende aos 3 critérios -angina atípica (provável): atende a 2 critérios -dor não anginosa: 0-1 critério Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período ❖ INSTÁVEL ➔ É a angina com piora clínica (p. ex., angina em repouso ou aumento da frequência e/ou intensidade dos episódios). ➔ É uma das maiores causas cardiovasculares de internação. E, durante a evolução, uma parte desses pacientes desenvolve elevações nos marcadores bioquímicos de dano miocárdico, configurando o quadro de infarto agudo do miocárdio (IAM) sem supradesnível do segmento ST. Essas duas entidades (AI e IAM), quando em conjunto, compõem as síndromes isquêmicas miocárdicas instáveis sem supradesnível do segmento ST (SIMISSST) Quadr� Clínic� ❖ ANGINA INSTÁVEL ➔ Episódios de: Dor ou desconforto subesternal, provocados ou exacerbados por exercício físico e estresse emocional, que aliviam com o repouso e uso de nitroglicerina. ➔ História: -Diante de um homem com > 50 anos, ou uma mulher com > 60 anos de idade, a clássica queixa de desconforto torácico “típico” (dor anginosa) deve ESTABELECER O DIAGNÓSTICO de doença coronariana até prova em contrário! ➔ O adjetivo “típico”, neste caso, se refere à coexistência de três caracteres semiológicos: (1)Sensação de aperto, peso ou pressão retroesternal (às vezes queimação ou pontada, mas raramente “dor”); (2)Início durante esforço físico ou emoções; (3)Alívio após repouso ou nitrato sublingual (em 1-5min). Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período ➔ Pacientes que apresentam essas três características são considerados portadores de dor anginosa típica; os que apresentam duas, como portadores de dor anginosa atípica; e os que apresentam uma, como portadores de dor não-anginosa (mas que, ainda assim, confere risco de coronariopatia, a depender da idade, sexo e outros fatores). ➔ Os episódios são de curta duração, em geral 5–15 min. ➔ Ocorre em pacientes portadores de fatores de risco cardiovascular e na faixa etária de 50–70 anos. ➔ Costuma-se irradiar para ambos os lados do corpo,podendo ser referida em qualquer localização entre a mandíbula e o umbigo, incluindo o dorso (sua irradiação para além desses limites é raríssima). No entanto, o mais “tradicional” é realmente a irradiação para o membro superior esquerdo, em particular sobre a suaface ulnar. OBS.: Um detalhe útil na prática é que a dor isquêmica NÃO SE IRRADIA para o músculo trapézio! Pacientes com dor precordial irradiada especificamente para esta topografia mais provavelmente são portadores de pericardite aguda. A dor referida no trapézio é sinal de irritação do músculo diafragma (na pericardite isso acontece pela contiguidade dessa estrutura com o pericárdio inflamado). ➔ Quando solicitamos ao paciente que localize o desconforto isquêmico, ele esfrega a mão difusamente sobre o esterno ou coloca o punho cerrado no meio do peito (“sinal de Levine” ). OBS.: Os sintomas são exacerbados quando o esforço é realizado após uma refeição ou ocorre em tempo frio; caminhar contra o vento ou ao primeiro contato com o ar frio após sair de um ambiente aquecido pode precipitar uma crise. ➔ Além de esforço físico e das emoções, às vezes a angina é desencadeada pelo decúbito (angina decubitus), despertando o paciente no meio da noite! As explicações para este fenômeno são: (1) No decúbito o retorno venoso aumenta (oriundo do sangue “represado” nos membros inferiores ao longo do dia), fazendo aumentar a pré-carga ventricular e, consequentemente, o trabalho miocárdico (maior demanda de O2) (2) Durante a noite o paciente pode ter uma súbita desoxigenação do sangue (ex.: apneia do sono), o que, além de reduzir a oferta de O2,promove aumento do tônus adrenérgico e taquicardia. ➔ É muito importante compreender que em mulheres, idosos, diabéticos e também em receptores de transplante cardíaco a doença coronariana não raro se manifesta apenas por meio de EQUIVALENTES ANGINOSOS – sinais e Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período sintomas diferentes da angina do peito, porém igualmente indicativos de isquemia miocárdica! Equivalentes anginosos são queixas diferentes do desconforto precordial que refletem as consequências da isquemia miocárdica. Por exemplo: ● Dispneia (queda na fração de ejeção do VE levando à congestão pulmonar), ● Fadiga/tontura/sensação de desmaio (baixo débito cardíaco pelo mesmo motivo), ● Sopro transitório de regurgitação mitral (isquemia dos músculos papilares) e palpitações (taquiarritmias induzidas pela isquemia). ● Náuseas, vômitos, sudorese e palidez também podem representar equivalentes anginosos (sintomas neurovegetativos). ❖ ANGINA INSTÁVEL ➔ Provocada por insuficiente aporte de oxigênio a cardiomiócitos, sem, no entanto, provocar necrose celular. ➔ É definida como angina pectoris (ou equivalente anginoso - como veremos a seguir) e apresenta pelo menos uma das seguintes características: 1) ocorre em repouso (ou mínimo esforço); 2) têm, em geral, duração de 20 minutos (se não for interrompida por nitrato ou outro analgésico); 3) é grave e descrita como dor franca; 4) ocorre em crescendo ( dor com cada vez menos esforço, que é cada vez pior, que passou a acordar o paciente). ➔ A dor torácica é o principal sintoma de isquemia, mas pode se apresentar apenas como equivalente anginoso: dor epigástrica, dispepsia, dispneia, náuseas e vômitos, sudorese, hipotensão e síncope. ➔ Pacientes idosos (> 75 anos de idade), mulheres e portadores de diabetes com doença renal crônica ou demência podem se apresentar mais comumente com equivalentes anginosos no DE, com queixas atípicas, que incluem dor epigástrica, dispepsia, dispneia e, raramente, síncope. Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período ➔ Uma isquemia mais grave, que se caracteriza por: ● Angina de início recente já com classe 3 ou 4. ● Angina que surge em repouso. ● Dor anginosa que dura mais de 20 minutos. ● Dor anginosa que surge de forma imprevisível. ● Angina em crescendo, ou seja, angina previamente diagnosticada que apresenta rápido agravamento, subindo de uma classe para outra em pouco tempo. Diagn�stic� ➔ ANAMNESE cuidadosa e detalhada sobre o desconforto torácico. - História do paciente, caracterização da dor quanto a qualidade, localização, irradiação, duração, fatores desencadeantes, fatores de alívio, sintomas associados; - Exame físico: usualmente normal, com alterações se feito na vigência da dor - Ausculta da 3ª bulha, 4ª bulha ou galope,sopro de regurgitação mitral, desdobramento da 2B e estertoração pulmonar bibasal. Pulsos de MMII diminuídos, endurecimento arterial. ➔ O exame físico pode ser absolutamente normal quando o paciente está em repouso e sem sintomas. Contudo, na vigência do episódio de angina, é possível detectar alterações transitórias, secundárias à disfunção cardíaca induzida pela isquemia. ➔ Pacientes podem apresentar exame físico alterado devido aos fatores de risco, Por exemplo: HAS; obesidade centrípeta e acantose nigricans (resistência à insulina); ➔ Exames complementares são necessários para estratificação de risco de eventos, definição da melhor estratégia terapêutica (invasiva vs. não invasiva) e exclusão de diagnósticos alternativos. Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período ➔ EXAMES SUGESTIVOS DE ANGINA ESTÁVEL • Eletrocardiograma (ECG): ➔ Deve ser realizado em todos os pacientes. ➔ Se for realizado no momento da dor, alterações isquêmicas reversíveis podem ser observadas: onda T discordante do QRS, infradesnível do segmento ST (tipicamente), supradesnível do segmento ST, diminuição da amplitude da onda R, alterações na condução intraventricular, bloqueios de ramo e arritmia. • Investigação laboratorial: Lipidograma (colesterol total, LDL, HDL e triglicérides), glicemia de jejum, hemograma completo e creatinina. Solicitar marcadores de necrose miocárdica, se indicado. Em pacientes em uso de estatinas com queixa de sintomas sugestivos de miopatia dosagem de BNP pode ser considerada em pacientes com suspeita de disfunção ventricular • Radiografia de tórax: fazer em pacientes com insuficiência cardíaca ou evidência de doença pulmonar significativa. • Teste de esforço: realizar naqueles com sintomas de angina ocasionados por DAC com ECG de repouso normal. Tem sensibilidade de 90% e especificidade de 70%. O TE não deve ser solicitado diante de certas LIMITAÇÕES: (1) quando o ECG basal possuir alterações que impeçam a detecção do critério de isquemia (ex.: síndrome de Wol�-Parkinson-White, BRE de 3° grau, marca-passo, infra de ST prévio); (2) quando o paciente for incapaz de se exercitar (ex.: sequelas ortopédicas ou neurológicas, doença arterial periférica grave); (3) quando houver alguma contraindicação específica... CONTRAINDICAÇÕES para o TE são: ➔ Angina em repouso nas últimas 48h ➔ Ritmo cardíaco “instável” ➔ Estenose aórtica grave, miocardite aguda, insuficiência cardíaca não controlada, hipertensão pulmonar grave, endocardite infecciosa ativa, ➔ Fase “aguda” de um IAM (primeiros cinco dias – pelo risco de ruptura da região infartada). ● ANGIOGRAFIA ➔ A angiografia coronariana é o padrão para o diagnóstico da doença coronariana, mas nem sempre é necessária para confirmar o diagnóstico. Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período ➔ Ela é indicada principalmente para localizar e avaliar a gravidade das lesões das artérias coronárias quando se considera a revascularização (ICP ou cirurgia de revascularização miocárdica). Também é possível indicar a angiografia quando é necessário o conhecimento da anatomia coronariana para orientação sobre as necessidades do estilo de vida ou trabalho (p. ex., interrupção das atividades de trabalho ou esportes). ➔ Supõe-se que a obstrução seja fisiologicamente significativa quando o diâmetro do lúmen é reduzido para > 70%. Este grau de redução correlaciona-se bem com a existência de angina de peito, a menos que exista a sobreposição de espasmo ou trombose. ● TC DE CORONÁRIAS Existem duas modalidades de tomografia coronariana: (1) angio-TC de coronárias; (2) TC simples para cálculo do escore de cálcio. - Angio-TC de Coronárias A rápida aquisição de imagens cardíacas com um tomógrafo helicoidal, após injeção endovenosa de contraste iodado, permite o delineamento anatômico das artérias coronárias. Este método é bastante sensívelpara a detecção de aterosclerose coronariana. No entanto, a utilidade de uma angio-TC de coronárias “positiva” é incerta (várias perguntas não são respondidas neste exame, por exemplo: as lesões identificadas estão causando isquemia? Qual é a extensão da área isquêmica? Quais são as repercussões funcionais?) . Logo, tal exame não é feito de rotina na investigação da angina estável. - Escore de Cálcio A calcificação da parede coronariana se relaciona fortemente com a existência de aterosclerose, isto é, diante de um Escore de Cálcio (EC) elevado, é certo que existem placas de ateroma naquela coronária... Todavia, apesar de identificar a aterosclerose com elevada sensibilidade, o EC não possui uma boa correlação com a presença de lesões OBSTRUTIVAS, quer dizer, a mera presença de calcificação não garante a existência de estenose luminal! ● ECOCARDIOGRAMA DE ESTRESSE ➔ Estresse pode ser realizado de 2 formas: ● Estresse físico -> exercício físico Esteira ou bicicleta ergométrica Mais fisiológico, devendo ser realizado quando possível ● Estresse farmacológico - dobutamina Ação B1-adrenérgica que induz taquicardia, produzindo incompatibilidade entre oferta e demanda de oxigênio no miocárdio. Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA ➔ É um excelente método não invasivo para detecção de isquemia ➔ Pode confirmar diagnóstico e fornecer parâmetros prognósticos, como a extensão da área isquêmica e a FEVE ➔ Utiliza radioisótopos (tálio e tecnécio) com os seguintes tipos de estresse: - Estresse farmacológico : Dipiridamol/ Adenosina -> levam a dilatação da microcirculação com roubo de fluxo para áreas normais e isquemia em áreas com estenose Dobutamina-> aumenta o consumo por induzir taquicardia - Estresse físico : esteira ou bicicleta ➔ Os radioisótopos se concentram no tecido miocárdico com boa perfusão, mas não no miocárdio isquêmico, sendo administrados em 2 momentos (estresse e repouso) -> Defeitos perfusionais transitórios: presentes no estresse , mas não no repouso, significam isquemia -> Defeitos perfusionais fixos ou permanentes : presentes em ambas as fases, podem significar infarto prévio (sem tecido viável) ou miocárdio hibernante (com tecido viável) RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ➔ Permite avaliar com precisão a anatomia miocárdica, função e volume ventricular, além da massa miocárdica ➔ Pode realizar 2 protocolos diferentes para a avaliação da angina estável : - RM de estresse com : - Dobutamina (avaliar limitação de contração) - Adenosina ou dipiridamol - Utiliza contraste gadolíneo - Os defeitos perfusionais seguem a mesma lógica da cintilografia - RM com realce tardio: - Também utiliza gadolíneo,. Em áreas de infarto e fibrose, o gadolíneo permanece mais tempo do que áreas normais, por isso permite avaliar infarto prévio. USG INTRAVASCULAR - USIV E FLUXO FRACIONADO DE RESERVA ➔ É realizada com um pequeno cateter usado para obter imagens precisas da placa ateroscletórica, determinação da área transversal da luz e mensuração do vaso ➔ Avalia de forma mais acurada a anatomia e o grau de aterosclerose nas coronárias. ➔ Usado durante ou após intervenção percutânea nas coronárias para avaliar estenose e determinar se o stent foi posicionado CINEANGIOCORONARIOGRAFIA Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período ➔ O diagnóstico definitivo, a avaliação anatômica de sua gravidade e suas repercussões no desempenho cardíaco ainda requerem cateterismo cardíaco. ➔ São consideradas lesões angiograficamente importantes aquelas que apresentam obstrução de 50% ou mais do lúmen arterial ➔ A angiografia coronária deve ser reservada para: - Paciente com diagnóstico de doença obstrutiva permaneça duvidoso; - Sinais de alto risco nos testes não invasivos - Permanência de sintomas com terapia ideal - Pacientes muito sintomáticos com mínimo esforço (classe funcional III e IV da CCS), nos quais a etiologia isquêmica é muito evidente ou a probabilidade de se indicar revascularização miocárdica é alta. Diagn�stic� Diferencia� ➔ Responder logo se ela é instável ou estável, esse é o primeiro diagnóstico diferencial - Se for instável: Internamento - Se for estável: ambulatorial Outros diagnósticos diferenciais: ➔ espasmo esofagiano difuso ➔ doença do refluxo gastroesofágico ➔ pericardite aguda ➔ dor musculoesquelética ➔ tromboembolismo pulmonar ➔ dissecção de aorta Tratament� ANGINA ESTÁVEL ❖ Não farmacológico ➔ Modificação dos fatores de risco (tabagismo, pressão arterial, lipídios) ❖ Farmacológico: ➔ Fármacos antiplaquetários (ácido acetilsalicílico e às vezes clopidogrel, prasugrel ou ticagrelor) ➔ Betabloqueadores: - São fármacos que diminuem a FC, contratilidade miocárdica, condução atrioventricular e atividade ectópica ventricular - Podem aumentar a perfusão em áreas isquêmicas por um aumento no tempo de diástole e da resistência vascular em áreas não isquêmicas ➔ Bloqueadores de canal de cálcio : - Grupos: ● Anlodipino: recomendado em associação com betabloqueador para controle de angina estável sintomática Maria Luiza de Oliveira Soares Turma 01 FITS - 7º Período ● Não - dihidropiridínicos - Verapamil e diltiazem (efeito cronotrópico negativo) - Devem ser evitados com BB devido a risco de bradicardia ➔ Nitratos : - Mecanismo de ação: vasodilatação das artérias coronárias por aumento da liberação de Óxido Nítrico. - Quando tomados por longos períodos, perdem a eficácia, por isso devem ser prescritos com doses assimétricas (evitar de 12/12h ou 8/8h) com períodos livres de 10-14h - Nitratos de ação rápida: Dinitrato de isossorbida (sublingual) e propatilnitrato - Nitroglicerina : ➔ A nitroglicerina é relaxante do músculo liso e um vasodilatador potente. Os principais locais de ação são árvore vascular periférica, especialmente sistema venoso ou de capacitância, e vasos sanguíneos coronarianos. ➔ A nitroglicerina diminui a pressão arterial sistólica e dilata as veias sistêmicas, reduzindo a tensão da parede miocárdica, ou seja, o principal determinante da necessidade miocárdica de oxigênio. ➔ Prescreve-se nitroglicerina sublingual para episódio agudo ou prevenção antes do esforço. Normalmente, o alívio substancial ocorre em 1,5 a 3 minutos, estando completo em aproximadamente 5 minutos, e dura por até 30 minutos. ➔ A dose pode ser repetida a cada 4 ou 5 minutos, até 3 vezes, se o alívio for incompleto. - Nitratos de Ação prolongada: Mononitrato de isossorbida -> restritos à pacientes com angina não controlada por agentes anginosos. Usados se sintomas persistirem após uso de betabloqueador. Efetivos em 1-2h e duram 4-6h. ➔ Inibidores de ECA e estatinas ➔ Revascularização, se os sintomas persistirem apesar do tratamento médico ❖ REVASCULARIZAÇÃO ATC: angioplastia transluminal coronariana; RM: cirurgia de revascularização miocárdica ❖ PREVENÇÃO ● AAS: - Profilaxia secundária (após evento vascular).
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