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Portfólio | Metabolismo | n.7

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PORTFÓLIO - SETAC 7 
MÓDULO TEMÁTICO Metabolismo 
NOME COMPLETO 
TURMA 
ORIENTADOR  Casos clínicos criados com propósito educacional. 
 
 
ESTUDOS PRELIMINARES: 
Data: 09/12/2019 
 Os estudos preliminares começaram com a leitura do caso clínico, que conta a história de Luzia, 45 
anos, feminina, raça branca, casada, dona de casa, escolaridade- 2° grau completo, católica, foi 
conduzida por seu esposo à consulta agendada na UBS. Paciente refere nervosismo, irritabilidade 
e muita ansiedade, sem causa aparente, há 01 ano. A paciente relata também perda de peso 
importante, aumento do apetite, palpitações, evacuações intestinais frequentes, fadiga, fraqueza 
muscular, insônia e sensação de calor excessivo (passa o dia todo suada, mesmo no inverno). 
Refere que não percebe a fala e o caminhar rápidos, que são queixas frequentes de pessoas mais 
próximas, entretanto não sabe como controlar. Relata que há 3 anos começou a apresentar 
mudanças no padrão da menstruação, passando a apresentar ciclos irregulares e de grande volume. 
Nega patologias prévias. Nega uso crônico de medicamentos. Nega cirurgias, alergias, 
hemotransfusões, internamentos prévios. É tabagista há 27 anos ( 01 maço/dia) . Nega etilismo. 
Não realiza atividade físicas com frequência. Dieta sem restrições. Nega uso de drogas ilícitas. 
Depois da leitura, foi a vez de separar os termos desconhecidos que foram: Exoftalmia: 
Esbugalhamento dos olhos, fazendo com que se dilatam para fora da cavidade ocular em um ou 
ambos os olhos; Edema periorbital: inchaço ou dilatação da área ao redor dos olhos; Consistência 
fibroelástica: semelhante à consistência da ponta do nariz; TSH: hormônio estimulante da tireóide. 
Após isso, foi o momento de pensar nos pontos chaves que foram: Nervosismo, irritabilidade, perda 
de peso, aumento do apetite, mudanças do padrão menstrual, evacuações intestinais frequentes, 
fadiga, sensação de calor excessivo, insônia, tabagista há 27 anos, sedentária, dieta irrestrita, 
tireóide aumentada de volume, exoftalmia, sudorese, bulhas cardíacas hiperfonética, frequência 
cardíaca aumentada, PA elevada, glicose elevada, TSH reduzido e T3 e T4 elevados. Depois foi o 
momento de criar as perguntas, que foram: Por que o TSH encontra-se reduzido e o T3 e T4 
elevados? Qual a influência dos hormônios T3 e T4 na sintomatologia apresentada? Por que há 
perda de peso e aumento de apetite? Existe relação entre o calor excessivo e a irritabilidade e o 
nervosismos? Qual a influência dos hábitos de vida da paciente na alteração hormonal? O que 
causou o aumento da tireóide detectado no exame físico? Qual o motivo dos ciclos menstruais 
irregulares? A glicemia encontra-se elevada devido à ação do cortisol? Existe relação entre a 
hiperglicemia e alteração do ciclo menstrual? Por que as mucosas estão hipocoradas e os cabelos 
finos e frágeis? De que forma a hipófise sofre alterações devido a distúrbios na tireóide? O que 
causa a exoftalmia? O T3 e T4 têm alguma influência na PA? O que está gerando a elevação PA e 
bulhas cardíacas hiperfonéticas?. Depois foi o momento de elaborar as hipóteses com base em tudo 
o que observamos do caso. As hipóteses foram: 1. A tireóide aumentada e com consistência 
fibroelástica, detectadas no exame físico de Luzia, se devem a um tumor nessa glândula, com isso, 
há aumento da produção de T3 e T4, o que, por feedback negativo, diminui a produção de TSH pela 
adeno-hipófise. 2. A paciente Luzia apresenta a Doença de Graves devido aos sintomas 
apresentados, como perda de peso, nervosismo, calor excessivo, exoftalmia, ciclo menstrual 
irregular entre outros. 3. O fato de Luzia ser tabagista há 27 anos contribui para as alterações 
hormonais que levaram ao hipertireoidismo. 4. O sedentarismo aliado à dieta sem restrições são 
fatores que influenciam as alterações nos hormônios T3 e T4 apresentadas por Luzia. 5. O débito 
cardíaco elevado, devido à grande concentração de T3 e T4, gera uma maior PA que tem como 
consequência as bulhas cardíacas hiperfonéticas, apresentadas no exame e Luzia. 6. Luzia 
encontra-se irritada e nervosa, por isso ocorre o hipercortisolismo, dessa forma, há um aumento do 
índice glicêmico da paciente. 7. Os exames complementares da paciente demonstraram um 
aumento da produção de T3 e T4 e, consequentemente, da taxa metabólica. Dessa maneira, tais 
alterações são percebidas através dos sintomas apresentados por Luzia, como calor excessivo, 
perda de peso e aumento do apetite. Por fim, foram criados os seguintes objetivos de aprendizagem: 
Entender os mecanismos de feedback entre o eixo hipotálamo-hipófise - tireóide; Compreender o 
funcionamento da tireóide e dos hormônios associados a essa glândula; Entender a atuação do 
cortisol no metabolismo; Analisar a relação entre o tabagismo e as disfunções hormonais; Descobrir 
a relação entre o T3 e o T4 e a elevação da pressão arterial. 
 
 
TEORIZAÇÃO: 
Data: 09/12/2019 
 Nessa Setac foi-se visto controle endócrino do crescimento e metabolismo. Para começar é preciso 
deixar claro que: 1. Diversos hormônios são controlados por hormônios tróficos hipotalâmicos e 
hipotalâmicos anteriores (adeno-hipofisários). 2. O sinal de retroalimentação negativa para uma via 
endócrina simples é a resposta sistêmica ao hormônio. Por exemplo, a secreção de insulina é 
interrompida quando a concentração de glicose no sangue diminui. Em vias complexas que usam o 
sistema de controle hipotalâmico-hipofisário, o sinal de retroalimentação pode ser o próprio 
hormônio. 3. Os receptores hormonais podem estar na superfície da célula ou no interior dela. 4. 
Respostas celulares: Em geral, as células-alvo dos hormônios respondem alterando proteínas 
existentes ou produzindo novas proteínas. As distinções históricas entre hormônios peptídicos e 
esteróides não se aplicam mais. Alguns hormônios esteróides exercem efeitos rápidos não 
genômicos, e alguns hormônios peptídicos alteram a transcrição e a tradução. 5. A quantidade de 
hormônio ativo disponível para a célula e o número e a atividade dos receptores da célula-alvo 
determinam a resposta da célula-alvo. A célula pode regular para cima ou regular para baixo os seus 
receptores para alterar sua resposta. As células que não possuem receptores hormonais são não 
responsivas. 6. As disfunções endócrinas resultam de (a) excesso de secreção hormonal, (b) 
secreção hormonal inadequada e (c) resposta anormal da célula-alvo ao hormônio. Parece que a 
falha da célula-alvo em responder apropriadamente ao seu hormônio é a principal causa dos 
distúrbios endócrinos. Os corticosteroides da glândula suprarrenal e os hormônios da tireoide, são 
dois grupos de hormônios que influenciam o metabolismo a longo prazo. As glândulas suprarrenais 
localizam-se acima dos rins. Cada glândula supra renal é constituída de dois tecidos 
embriologicamente distintos que se juntam durante o desenvolvimento. Esse órgão complexo 
secreta múltiplos hormônios, tanto neuro-hormônios quanto hormônios clássicos. A medula da 
glândula suprarrenal ocupa um pouco mais de um quarto da massa interna e é composta por um 
gânglio simpático modificado que secreta catecolaminas (principalmente adrenalina) para mediar 
respostas rápidas em situações de luta ou fuga. O córtex da glândula suprarrenal forma os três-
quartos exteriores da glândula e secreta uma variedade de hormônios esteroides. O córtex da 
glândula suprarrenal secreta três tipos principais de hormônios esteroides: aldosterona (às vezes 
denominada mineralocorticoide, devido ao seu efeito nos minerais sódio e potássio), glicocorticoides 
e hormônios sexuais. Histologicamente, o córtex da glândula suprarrenal é dividido em três 
camadas, ou zonas. A camada externa, zona glomerulosa, secreta somente aldosterona. A camada 
mais interna, zona reticulada, secreta principalmente androgênios, os hormônios sexuais 
dominantes nos homens. A camada intermediária, zona fasciculada, secreta principalmente 
glicocorticoides, assimdenominados devido à sua habilidade em aumentar as concentrações 
plasmáticas de glicose. O cortisol é o principal glicocorticoide secretado pelo córtex da glândula 
suprarrenal. A síntese de todos os hormônios esteroides inicia com o colesterol, que é modificado 
por diversas enzimas para formar aldosterona, glicocorticoides ou hormônios sexuais. O cortisol é 
essencial à vida. O efeito metabólico mais importante do cortisol é seu efeito protetor contra a 
hipoglicemia. Quando os níveis sanguíneos de glicose diminuem, a resposta normal é a secreção 
do glucagon pancreático, que promove a gliconeogênese e a quebra de glicogênio . Na ausência de 
cortisol, entretanto, o glucagon é incapaz de responder adequadamente a um desafio hipoglicêmico. 
Como o cortisol é necessário para a plena atividade do glucagon e das catecolaminas, diz-se que 
ele tem um efeito permissivo em relação a estes hormônios. Todos os efeitos catabólicos do cortisol 
têm o objetivo de prevenir a hipoglicemia. Globalmente, o cortisol é catabólico. 1. O cortisol promove 
gliconeogênese hepática. Uma parte da glicose produzida no fígado é liberada para o sangue, e o 
restante é estocado como glicogênio. Como resultado, o cortisol aumenta a concentração de glicose 
no sangue. 2. O cortisol causa a degradação de proteínas do músculo esquelético para fornecer 
substrato à gliconeogênese. 3. O cortisol aumenta a lipólise, disponibilizando ácidos graxos aos 
tecidos periféricos para a produção de energia. O glicerol pode ser usado para a gliconeogênese. 4. 
O cortisol inibe o sistema imune por meio de múltiplas vias. Esse efeito é discutido em mais detalhes 
mais adiante. 5. O cortisol causa equilíbrio negativo do cálcio. O cortisol diminui a absorção intestinal 
de Ca2 e aumenta a excreção renal de Ca2, resultando na perda de Ca2 pelo corpo. Além disso, o 
cortisol é catabólico no tecido ósseo, causando a degradação da matriz óssea calcificada. Como 
consequência, as pessoas que tomam cortisol para tratamento por longos períodos têm uma 
incidência mais alta de fratura dos ossos. 6. O cortisol influencia a função cerebral. Estados de 
excesso de cortisol ou de deficiência causam alterações no humor, assim como alterações de 
memória e de aprendizagem. 
Referência: 
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017. 
 
 
 
 
 
APROFUNDAMENTO DE ESTUDOS 
Data: 09/12/2019 
 
 
Referência: 
 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2017. 
 
 
MORFOFUNCIONAL: 
Data: 11/12/2019 
 Nessa setac foi-se visto sobre regulação corporal e febre. A temperatura dos tecidos profundos do 
corpo — o “centro” do corpo — em geral permanece em níveis bastante constantes, dia após dia, 
exceto quando a pessoa desenvolve doença febril. Quando a intensidade/velocidade da produção 
de calor no corpo é superior à da perda de calor, o calor se acumula no corpo e a temperatura 
corporal se eleva. Inversamente, quando a perda de calor é maior, tanto o calor corporal como a 
temperatura corporal diminuem. A produção de calor é um dos principais produtos finais do 
metabolismo. Grande parte do calor produzido pelo corpo é gerada nos órgãos profundos, 
especialmente no fígado, no cérebro e no coração, bem como nos músculos esqueléticos durante o 
exercício. A seguir, esse calor é transferido dos órgãos e tecidos profundos para a pele, onde ele é 
perdido para o ar e para o meio ambiente. Portanto, a velocidade da perda de calor é determinada 
quase completamente por dois fatores: (1) a velocidade de condução do calor de onde ele é 
produzido no centro do corpo até a pele; e (2) a velocidade de transferência do calor entre a pele e 
o meio ambiente. A temperatura do corpo é regulada quase inteiramente por mecanismos de 
feedback neurais e quase todos esses mecanismos operam por meio de centros regulatórios da 
temperatura, localizados no hipotálamo. Para que esses mecanismos de feedback operem, deve 
haver detectores de temperatura para determinar quando a temperatura do corpo está muito alta ou 
muito baixa. A área hipotalâmica anterior pré-óptica contém grande número de neurônios sensíveis 
ao calor, bem como cerca de um terço de neurônios sensíveis ao frio. Acredita-se que esses 
neurônios atuem como sensores de temperatura para o controle da temperatura corporal. Os 
neurônios sensíveis ao calor aumentam sua atividade por duas e 10 vezes, em resposta a aumento 
de 10°C da temperatura corporal. Os neurônios sensíveis ao frio, por sua vez, aumentam sua 
atividade quando a temperatura corporal cai. Quando o corpo está muito frio, o sistema de controle 
de temperatura institui procedimentos exatamente opostos. São eles: 1. Vasoconstrição da pele por 
todo o corpo. Essa vasoconstrição é causada pela estimulação dos centros simpáticos hipotalâmicos 
posteriores. 2. Piloereção. Piloereção significa “pelos eriçados”. O estímulo simpático faz com que 
os músculos eretores dos pelos presos aos folículos pilosos se contraiam, colocando os pelos na 
posição vertical. Esse mecanismo não é importante em seres humanos, mas em muitos animais a 
projeção vertical dos pelos permite que eles retenham uma espessa camada de “ar isolante” próximo 
à pele, de modo que a transferência de calor para o meio ambiente diminua significativamente. 3. 
Aumento na termogênese (produção de calor). A produção de calor pelos sistemas metabólicos é 
aumentada pela promoção de calafrios, excitação simpática da produção de calor e secreção de 
tiroxina. 
Referência: 
 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2017. 
 
 
 
 
HABILIDADES CLÍNICAS E BIOÉTICA: 
Data: 12/12/2019 
 Em HCB foram vistos novamente questões sobre sinais vitais e medidas antropométricas. 
Relembrando que os sinais vitais são : Pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória 
e temperatura, peso, altura e IMC. Para sinais vitais, começa aferindo a pressão arterial e a 
frequência cardíaca. Tem de se verificar a frequência cardíaca por um minuto pela palpação do pulso 
radial com os dedos ou pela ausculta do impulso apical com o estetoscópio no ápice cardíaco. A 
pressão arterial varia de acordo com a forma como são aferidas. O rastreamento ambulatorial com 
esfigmomanômetro manual e automatizado ainda é comum, mas as leituras elevadas exigem cada 
vez mais confirmação com monitoramento domiciliar e ambulatorial. Diversos estudos mostram que 
os monitoramentos ambulatorial e domiciliar da pressão arterial são mais preditivos de doença 
cardiovascular e lesão de órgão terminal do que as aferições automatizadas e manuais no 
consultório. É importante estar familiarizado com as características mais importantes dos diferentes 
métodos de como aferir a pressão arterial, visto que os erros de leitura no consultório apresentam 
riscos substanciais de diagnósticos incorretos e tratamento desnecessário. Já para achar a 
Temperatura, a temperatura corporal central, medida internamente, e varia cerca de 1°C ao longo 
do dia. Pode ser mais baixa no início da manhã e mais alta na parte da tarde e à noite. As mulheres 
geralmente apresentam maior variação da temperatura normal do que os homens. Embora o padrão-
ouro de pesquisa para temperatura corporal central seja a temperatura do sangue na artéria 
pulmonar, a prática médica depende de medições não invasivas oral, retal, axilar, da membrana 
timpânica e da artéria temporal. Para aferir a temperatura oral, escolhe-se um termômetro de vidro 
ou um termômetro eletrônico. Devido a quebra e exposição de mercúrio, os termômetros de vidro 
têm sido substituídos por termômetros eletrônicos. Se for utilizado um termômetro eletrônico, se 
coloca com cuidado a tampa descartável na sonda e põe o termômetro sob a língua. Se pede ao 
paciente que feche a boca e observa-se atentamente o mostrador digital. De modo geral, um registro 
acurado da temperaturademora, aproximadamente, 10 segundos. A mais usada no Brasil é a 
medição de temperatura axilar. 
Referência: 
Bates, propedêutica médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. (Capítulo 4 - Sinais 
Vitais) 
APROFUNDAMENTO DE ESTUDOS 
Data: 11/12/2019 
Relatório da Aula prática. 
Dupla: Luzia 
Dados: 
P.A: 10/6 - 10/8 ( ocorreu variação ao longo do período da prática) 
FR: 20 
FC: 77 
 
 A prática começou quando a gente aferiu a pressão arterial uma da outra. Seguimos uma ordem de 
treinamento: Pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória. A aferição se deu da seguinte 
forma: Método Palpatório. 1. Insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e apertando-se 
rapidamente até o desaparecimento do pulso radial; 2. Verifica-se o valor e acrescenta-se 30 mmHg; 
3. Após, desinsuflar-se lenta e completamente o manguito até o aparecimento do pulso, o que é 
considerado a pressão arterial máxima; 4. Desinsuflar-se a seguir o manguito rapidamente. O 
método palpatório só permite a verificação da pressão arterial máxima. Método auscultatório. 1. 
Coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por sobre a artéria braquial; 2. Insufla-se o 
manguito suavemente até o nível previamente determinado (30 mmHg acima da pressão arterial 
máxima verificada pelo método palpatório) e em seguida desinsuflar-se lentamente, à uma 
velocidade de 2 a 3 mmHg por segundo; 3. Verifica-se o nível no qual os ruídos (de Korotkoff) são 
auscultados, o que corresponde à pressão arterial máxima; 4. Continua-se baixando a pressão até 
o abafamento das bulhas e a seguir o desaparecimento completo dos ruídos (de Korotkoff), o que 
corresponde à pressão arterial mínima. Por fim anota-se os resultados obtidos. A frequência 
respiratória é observando a paciente e sua expansão da caixa torácica contando o número de 
inspirações por um minuto. Já a frequência cardíaca foi mensurada por palpação manual da artéria 
radial, um pouco acima do punho, por um período de um minuto. 
 
Referência: 
Bates, propedêutica médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 
 
FECHAMENTO DE CASO: 
Data: 12/12/2019 
 O fechamento de caso começou com a leitura dos seguintes termos desconhecidos: Exoftalmia: 
esbugalhamento dos olhos, fazendo com que se dilatam para fora da cavidade ocular em um ou 
ambos os olhos; Edema periorbital: inchaço ou dilatação da área ao redor dos olhos; Consistência 
fibroelástica: semelhante à consistência da ponta do nariz;TSH: hormônio estimulante da tireóide. 
Seguido dos pontos chaves e perguntas. Após isso foi o momento do confronto das hipóteses: 1. A 
tireóide aumentada e com consistência fibroelástica, detectadas no exame físico de Luzia, se devem 
a um tumor nessa glândula, com isso, há aumento da produção de T3 e T4, o que, por feedback 
negativo, diminui a produção de TSH pela adeno-hipófise. Após a teorização conclui-se que a 
hipótese está parcialmente aceita, pois o caso relata que a tireoide de Luzia não apresentava 
nódulos aparentes após palpação. Além disso, os diversos sinais e sintomas da paciente são fortes 
indicativos de que o hipertireoidismo foi provocado pela doença de Graves, e não pela presença de 
nódulos. Nesse contexto, de acordo com Neves et al. (2008), a doença de Graves se caracteriza por 
manifestações de hipertireoidismo, sendo os sintomas a hiperatividade, irritabilidade, alterações de 
humor, insônia, intolerância ao calor, hipersudorese, palpitações, perda de peso e aumento do 
apetite, aumento do trânsito intestinal; já os sinais são taquicardia sinusal, tremor fino, queda de 
cabelo entre outros. Como Luzia apresenta estes sinais e sintomas, o aumento da tireoide por conta 
de nódulos sai de foco. Porém, nota-se que, segundo Silverthorn (2017), os tumores na tireoide 
também podem ocasionar secreções baixas do hormônio TSH em contraste a altas dosagens de T3 
e T4, que por suas altas concentrações levam a um feedback na hipófise, fazendo com que seja 
produzido menos TSH. 2. A paciente Luzia apresenta a Doença de Graves devido aos sintomas 
apresentados, como perda de peso, nervosismo, calor excessivo, exoftalmia, ciclo menstrual 
irregular entre outros. Após a teorização viu-se que a doença de Graves é a forma mais comum de 
hipertireoidismo. Aqui, o grande aumento na taxa metabólica é acompanhado pela combinação, 
muito característica, de perda de peso apesar de elevado consumo de alimentos. A produção 
elevada de calor causa desconforto em ambientes quentes, sudorese excessiva e aumento da 
ingestão de água. A atividade adrenérgica elevada é manifestada pela rápida frequência cardíaca, 
hipercinese, tremor, nervosismo e olhos arregalados e protusos. A fraqueza é resultante da perda 
de massa muscular e da diminuição da capacidade funcional muscular. Outros sintomas incluem: 
estado emocional instável, perda do fôlego durante exercícios e dificuldade de deglutição ou de 
respiração devido à compressão do esôfago ou traquéia pelo aumento do tamanho da glândula 
(bócio) e distúrbios menstruais. O principal sinal clínico da doença de Graves é a exoftalmia 
(profusão anormal do globo ocular) e edema periorbital. Portanto, pelos sintomas da paciente Luzia 
apresentada no caso, pode se dizer que ela apresenta a doença de Graves. 4. O fato de Luzia ser 
tabagista há 27 anos contribui para as alterações hormonais que levaram ao hipertireoidismo. Diante 
à teorização e tendo em vista o hipotireoidismo como uma das principais alterações endócrinas da 
glândula tireoide, a tireoide secreta dois importantes hormônios, a tiroxina (T4) e a triiodotironina 
(T3), ambas com efeito de controlar o crescimento, o metabolismo e o desenvolvimento corporal, 
desempenhando funções na produção de proteínas estruturais, enzimas e outros hormônios. 
Contudo, o papel mais importante dos hormônios é a estimulação do metabolismo, pois em geral 
eles aumentam o metabolismo das proteínas, dos lipídios e dos carboidratos. Também elevam o 
consumo de oxigênio e a produção de calor, manifestada por uma elevação na taxa metabólica 
basal. Diante do exposto, é possível relacionar o tabagismo e o hipotireoidismo com relação a queda 
dos níveis de oxigênio, porém, pela não comprovação em artigos essa hipótese foi considerada 
refutada. 5. O sedentarismo aliado à dieta sem restrições são fatores que influenciam as alterações 
nos hormônios T3 e T4 apresentadas por Luzia. Após a teorização, viu-se que a desnutrição, a 
inanição e o jejum causam diminuição do T3 livre e total. Por outro lado, a superalimentação causa 
aumento dos mesmos. Entretanto vários estudos demonstraram que os exercícios não causam 
alteração na função tireoidiana. O stress, seja físico ou emocional, causa aumento da atividade 
adrenocortical e inibe a produção de T3 com consequente diminuição dos níveis séricos de T3 livre 
e total. 6. Por fim, os objetivos de aprendizagem foram atingidos. 
Referências: 
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017. 
Graf, H. Carvalho, G.A. Fatores Interferentes na Interpretação de Dosagens Laboratoriais no 
Diagnóstico de Hiper e Hipotireoidismo. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo. Volume 
46. Número 01. Fevereiro 2002. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000100008 
Mezzoma,Thais et al. Efeito dos nutrientes e substâncias alimentares na função tireoidiana e no 
hipotireoidismo, 2016. 
KOEPPEN, M. B ; STANTON, A. B. Berne e Levy – Fisiologia: 6. ed. Editora: Elsevier, 2009. 
MAIA, Ana Luiza et al . The Brazilian consensus for the diagnosis and treatment of hyperthyroidism: 
recommendations by the Thyroid Department of the Brazilian Society of Endocrinology and 
Metabolism. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 57, n. 3, p. 205-232, Apr. 2013 . Disponível 
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-
27302013000300006&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 11 Dez. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-
27302013000300006. 
 
 
IESC:Data: 13/12/2019 
 Em IESC foram vistos novamente questões sobre sinais vitais, medidas antropométricas e lavagem 
de mãos na prática. As medidas antropométricas tais como peso, altura, circunferência de cintura e 
circunferência de quadril são utilizadas para o diagnóstico do estado nutricional (desnutrição, 
excesso de peso e obesidade) e avaliação dos riscos para algumas doenças (diabetes mellitus, 
doenças do coração e hipertensão) em crianças, adultos, gestantes e idosos. A qualidade dos 
procedimentos de coleta das medidas antropométricas é fundamental para garantir a fidelidade do 
diagnóstico nutricional de um indivíduo ou de uma população. Já em sinais vitais que são pressão 
arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e temperatura, peso, altura e IMC. Em sinais 
vitais, começa aferindo a pressão arterial e a frequência cardíaca. Tem de se verificar a frequência 
cardíaca por um minuto pela palpação do pulso radial com os dedos ou pela ausculta do impulso 
apical com o estetoscópio no ápice cardíaco. A pressão arterial varia de acordo com a forma como 
são aferidas. O rastreamento ambulatorial com esfigmomanômetro manual e automatizado ainda é 
comum, mas as leituras elevadas exigem cada vez mais confirmação com monitoramento domiciliar 
e ambulatorial. Diversos estudos mostram que os monitoramentos ambulatorial e domiciliar da 
pressão arterial são mais preditivos de doença cardiovascular e lesão de órgão terminal do que as 
aferições automatizadas e manuais no consultório. É importante estar familiarizado com as 
características mais importantes dos diferentes métodos de como aferir a pressão arterial, visto que 
os erros de leitura no consultório apresentam riscos substanciais de diagnósticos incorretos e 
tratamento desnecessário. Já para achar a Temperatura, a temperatura corporal central, medida 
internamente, e varia cerca de 1°C ao longo do dia. É mais baixa no início da manhã e mais alta na 
parte da tarde e à noite. As mulheres apresentam maior variação da temperatura normal do que os 
homens. Embora para temperatura corporal central seja a temperatura do sangue na artéria 
pulmonar, a prática médica depende de medições não invasivas oral, retal, axilar, da membrana 
timpânica e da artéria temporal. Devido a quebra e exposição de mercúrio, os termômetros de vidro 
têm sido substituídos por termômetros eletrônicos. De modo geral, um registro acurado da 
temperatura demora, aproximadamente, dez segundos. 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 
Bates, propedêutica médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. (Capítulo 4 - Sinais 
Vitais) 
 
 
 
 
 
 
 
APROFUNDAMENTO DE ESTUDOS: 
Data: 13/12/2019 
 
 
 
 
 
Referências: 
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 
Bates, propedêutica médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. (Capítulo 4 - Sinais 
Vitais)

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