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Pé diabético Diabetes mellitus Doença. crônica, heterogênea, caracterizada por anormalidades no metabolismo da glicose, lipídeos e proteínas. Pode complicar quando não tratada adequadamente. É um dos problemas de saúde mais importantes atualmente. Complicações - Cegueira - Insuficiência renal - Cardiopatias - Amputações Pé diabético Conjunto de afecções secundárias ao DM que acomete, o pé e a perna de um paciente. Epidemiologia - 5 a 10% tem DM e 50% não sabem disso - 7,6% de DM na população entre 30 a 69 anos - 20% na população com mais de 70 anos Infecção dos MMII são a principal causa de internação dos pacientes com DM - 20% terão um processo infeccioso grave Patologias crônicas: - Lesão de órgãos alvo - IAM - principal causa de morte de diabéticos - HAS - acomete 3/4 dos diabéticos - AVC - 2 a 4x Mais comum em diabéticos - Retinopatia diabética - causa cegueira - Nefropatia diabética - afeta 20 a 30% dos pacientes com diabetes Clínica Tríade clássica: - Neuropatia - Deformidade - Trauma Presente em 2/3 dos pacientes com ulceração Ulceração: precede 85% das ulcerações (importante controle da lesão!) Neuropatias Neuropatia diabética Caracterizada por algum grau de disfunção sensitiva, motora ou autonômica periférica. - 10% dos pacientes diagnosticados com DM - 50% terão neuropatia após diagnóstico inicial Neuropatia sensitiva Axonopatia distal ascendente progressiva - Típica distribuição de bota e luva - Pode estar associada a dor Perda da sensibilidade protetora: alto risco de instalação da lesão Neuropatia motora - Deformidade dos pés - Dedos em garra - Aumento da pressão sobre as cabeças metatarsais - Sobrecarga mecânica do ante pé Maior risco de ulcerações Neuropatia autonômica Desbalanço do controle do tônus vascular e a diminuição da sudorese e secreção de glândulas lubrificantes - Pele seca - Descamativa - Intumecida Pode causar microfissuras, podendo iniciar um quadro infeccioso - ajudado pela falta de sangue (sem sangue sem cicatrização) Deformidade Pode surgir por: - Neuropatia motora - Neuropatia autonômica - Processos osteoarticulares sequelares (fratura, osteomielite...) Trauma Pode originar uma ulceração (sendo agudo ou crônico) Trauma repetitivo: pode estar associado ao uso de calçados inapropriados, causando pressão excessiva, favorecendo úlceras Infecção Complicação potencialmente grave - Pode ter úlcera ou não A perda do mecanismo de defesa, associada aos fatores de risco são porta de entrada para os micro-organismos da flora residente da pele invadirem e ganharem o corpo do paciente Mecanismos de defesa - Integridade macro/microscópica da pele - Hidratação - Perfusão sanguínea - Imunidade Fatores de risco - Microfissuras - Úlceras - Micose interdigital - Unha encravada Doença vascular Ateromatose Fatores de risco: - Sedentarismo - Tabagismo - Dislipidemia - Obesidade - Hipertensão arterial sistêmica - DM A diminuição do aporte sanguíneo reduz a nutrição e imunidade, resultando em anoxia e predispõe a ulceração e infecção - Baixa as taxas de cicatrização tecidual Gangrena Morte tecidual associada à perda de suprimento vascular. Gangrena úmida: invasão bacteriana e putrefação Gangrena seca: decomposição bacteriana subsequente, tecidos atrofiam (mumificação) Diagnóstico Anamnese direcionada para o tratamento clínico de DM e repercussões sistêmicas: - Acesso ao tratamento de DM - HAS e dislipidemia - Consumo de tabaco e bebida alcoólica - Alimentação e cuidados básicos de higiene - Acesso e uso de calçados adequados - Atividade física regular - Trabalho e função social - Lazer é bem-estar mental - Acesso a cuidadores Fatores de risco: úlceras, neuropatia sensitiva, deformidades, amputação prévia e vascularização do pé Neuropatia periférica - Teste de sensibilidade tátil (monofilamento de nylon de Semmes-Weinstein) Deformidades - Predisposição mecânica para o aparecimento de úlceras - Deformidades do antepé - Proeminências ósseas Úlceras - Predisposição mecânica para o aparecimento de úlceras - Deformidades do antepé - Proeminências ósseas Exames complementares - Radiografia dos pés - US (coleções profundas) - Controle glicêmico Tratamento Multidisciplinar - Ortopedista - Clínico geral - Endocrinologista - Cirurgião vascular - Podólogo - Orteticista - Sapateiro - Enfermeira O foco do tratamento é a PREVENÇÃO: - Educação do paciente e cuidadores - Controle da glicemia - Controle cuidadoso da pressão sanguínea - Monitorização frequente das anormalidades lipídicas - Cuidado de rotina com os pés Calosidades - Orientar paciente quanto ao risco de progressão - Deve ser desbastado - Proeminências ósseas protegidas ou diminuídas - Calçado correto - Loção hidratante - Examinar, inspecionar os pés, principalmente o espaço interdigital Úlceras - Fazer desbridamento - Deixar a ferida limpa para a cicatrização Infecção - Tratar rapidamente (internação, ATB EV, controle glicêmico e insulina) - Grandes áreas de necrose, coleções ou osteomielite = desbidramento cirúrgico Exostectomia Amputação - Evento final do paciente diabético Anotações da aula História natural da doença DM - neuropatia - úlcera - infecção - isquemia - amputação Clínica - Odor fétido - Alterações tróficas - Mal perfurante plantar - Parestesia - Dor Paciente com diabético não pode andar de havaiana!! Diagnóstico - Clínica - Doppler - Martelo/diapasão/monofilamento - Laboratório - Angiografia Pé diabético neuropático - Não tem isquemia - Deforma - Pé de charcot - Pé gordo - Comum úlcera e necrose Pé diabético isquêmico - Pode ou não ter neuropatia - Sem suprimento sanguíneo - Pé mais magro - Claudica
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