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FISIOLOGIA AULA 4 (FUZII)

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Medicina UFPA D 2015 
FISIOLOGIA – SISTEMA DIGESTÓRIO 
Data: xx/xx/xx (Aula 4) 
Professora: Hellen Fuzii 
Temática: Fisiologia do Esporte 
Arthur Leite 
Quando você está com febre alta você aumenta em 100% o seu metabolismo. Assim como também 
aumenta quando você realiza atividades físicas em sua capacidade máxima. 
As nossas capacidades, entre homens e mulheres, são muito semelhantes, elas vão variar de 
acordo com algumas atividades físicas que levam em conta o seu desempenho, tamanho, composição 
corporal, e presença ou ausência de testosterona. 
Então, força muscular, respiração pulmonar e débito cardíaco, se você for comparar entre homem 
e mulher, em geral, a mulher terá entre dois terços a dois quartos do desempenho do homem, o que é um 
desempenho um pouco menor. Mas se você for comparar o poder da contração muscular por centímetro 
quadrado, é igual entre homens e mulheres, sendo de 3 a 4 cm². Então, na verdade, o homem consegue ter 
mais força muscular por possuir mais centímetros quadrados de músculo do que a mulher. 
Comparando os maratonistas, entre o melhor maratonista homem e a melhor maratonista mulher, 
a mulher tem apenas 11% menor desempenho que o homem. 
A vantagem do homem é, justamente, a testosterona, que tem esse efeito anabólico, que aumenta 
a precipitação de proteína nos tecidos, então homens tem em média 40% maior crescimento muscular do 
que as mulheres. E para as mulheres, há o estrógeno, que faz deposição de gordura, o que é uma 
desvantagem em alguns tipos de esportes (mas não em todos). 
Quais são os tipos de modalidades melhores para as mulheres? Esporte em que a atleta precisa 
“nadar atrás da lancha”, pois a mulher flutua melhor e possui uma maior resistência. 
A força muscular vai ser determinada pelo tamanho do músculo, e eu tenho a força de contração 
máxima de 3 a 4 quilogramas por centímetros quadrados. Então, o levantador de peso, em geral, tem no 
quadríceps 150 cm² de músculo, então, ele tem uma força de 525 quilogramas, mas, quando ele vai fazer a 
elevação (levantar o peso), ele precisa primeiro segurar e sustentar o peso, essa sustentação é 40% maior 
do que a força de 525, então sobe para 735 quilogramas. 
Tudo isso que foi dito, é a respeito do músculo, mas como o músculo está inserido? Ele vai estar 
em cima das suas articulações, em cima dos seus tendões, em cima dos seus ligamentos, por isso, já 
aconteceu de durante o movimento de elevação da barra pelo levantador de peso, rompeu os ligamentos e 
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os tendões, isso sem falar no que aconteceu com a articulação desse atleta, que pode sofrer até fratura na 
cartilagem. 
Então, você que é sedentário, não deve querer levantar muito, é preciso que comece um 
treinamento para ir melhorando as condições musculares para que você possa fazer uma sustentação de 
maior massa. 
Com isso, é perceptível o motivo que leva muita gente a ser lesada durante o crossfit, pois não 
deve-se sempre “alcançar o seu limite” é preciso entender que há restrições para suas articulações e 
condições musculares. 
Então, na força muscular nós temos o trabalho mecânico, que é a quantidade de força que você 
precisa aplicar em um músculo para determinada distância, isso é empurrando um metro ou erguendo. 
Quanto será a força que eu farei para erguer um metro daquele peso, ou empurrar aquele peso? Então, a 
unidade de medida será em quilograma metro/minuto. Se você somar os músculos de um atleta bem 
treinado, ele consegue uma potência de 7000 quilogramas metros/minuto. Se fracionar esse tempo, no 
primeiro minuto a potência é maior, mas vai caindo nos próximos, e a partir disso eu posso analisar o 
desempenho do meu atleta. Nisso, é importante para analisar, por exemplo o Bolt, que é um atleta de 
potência, pois tem esse início da corrida com extrema potência, mas em se tratando de resistência, caso 
fosse uma maratona, não seria tanta vantagem, pois é mais importante uma resistência para horas de prova. 
A resistência muscular é a medida que você sabe o tempo que um maratonista consegue continuar 
correndo até alcançar a sua exaustão, e isso vai depender, principalmente, da dieta do atleta, que deve ser 
rica em carboidrato (especialmente antes da prova). 
Pensando em um maratonista, se ele tem uma dieta rica em carboidrato, ele aguenta 240 minutos 
tranquilamente. Mas com uma dieta mista, entre proteínas, carboidratos e lipídios, cai para 120 minutos. Se 
a dieta for rica em gorduras, esse tempo cai para 80 minutos. 
Então, em um atleta com dieta rica em carboidrato tem cerca de 40 gramas por quilo de músculo 
de glicogênio armazenado, em uma dieta mista essa concentração cai para 20, e em uma dieta rica em 
gordura cai para 6 gramas, levando o atleta a fadigar muito mais rápido. 
Há certa quantidade de ATP já presente na musculatura, mas em um exercício vigoroso eu 
consumo essa energia em três segundos, o que significa que eu preciso repor o mais rápido possível, e 
existem três sistemas importantes para repor rapidamente o ATP, (1) é a fosfocreatina creatina, (2) 
glicogênio do ácido lático e (3) sistema oxidativo. 
Uma molécula de ATP consegue me fornecer duas ligações de alta energia, e cada ligação dessas 
possui 7300 calorias. 
O primeiro sistema, em geral nós temos de duas a três vezes mais fosfocreatina do que ATP lá no 
músculo, então é uma fonte de energia muito rápida para repor o ATP, e essa energia dada por esse sistema, 
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dura cerca de 8 a 10 segundos, que como é rápido é uma energia muito explorada em atletas de atividades 
de potência, como por exemplo o próprio Bolt. 
No sistema glicogênio ácido lático, onde teremos uma glicólise. Então, quando sua glicose se tornar 
duas moléculas de piruvato, e consequentemente quatro ATPs, logo de imediato. No processo aeróbio o 
piruvato pode ser levado para a mitocôndria, ou ser convertido em ácido lático na ausência de muito oxigênio. 
Neste último, a produção de ATP é de 2.5 vezes mais rápida se comparado ao processo oxidativo (na 
mitocôndria), podendo fornecer de 1.3 a 1.6 minutos de atividade muscular máxima. Então, naqueles 
exercícios com maior duração, como os 100 metros rasos, é onde entra com maior importância o uso deste 
mecanismo de energia. 
Mas e o maratonista, que 1.6 minutos não é o bastante, muito menos 10 segundos? Aqui é 
importante o processo oxidativo na mitocôndria. Onde o piruvato, que pode ter origem de diversos 
metabolismos no organismo, vai ser importante para ajudar a manter esse desempenho prolongado. 
 
(Alguém pergunta sobre fibras de contração fora do contexto da linha de raciocínio do assunto, mas 
a professora fala que basicamente há as fibras de contração rápida e fibras de contração lenta. Em 
maratonistas, as fibras de contração lenta são mais concentradas, pois possibilitam maior resistência, já em 
metros exercícios de potência, as fibras de contração rápidas estão mais concentradas) 
 
Comparando, no sistema da creatinina, há produção de 4 moles de ATP por minuto. No glicogênio 
ácido lático, 2.5 moles de ATP por minuto. No sistema da respiração aeróbica, há a produção de 1 (um) mol 
de ATP por minuto. Então, aqui percebemos que o primeiro sistema tem grande importância no início do 
exercício e no exercício de potência, pois fornece muita energia e rapidamente. Já o último, em resistência, 
pois tem período de tempo indeterminado, que é influenciado por diversos outros fatores metabólicos 
inerentes a cada pessoa. 
Depois de utilizar esses sistemas para obtenção de energia, é preciso recuperar o sistema para 
que possam ser usados posteriormente. No sistema do ácido lático, a primeira coisa a acontecer é a retirada 
do ácido lático, pois ele causa a fadiga muscular. Para isso, uma parte desse ácido pode ser convertido em 
piruvato no próprio músculo e entrar no sistema aeróbico, outra parte vai ser levada ao fígado, onde será 
convertido em glicogênio. Mas essas “partes” dependem da quantidadede ácido láctico que você produziu. 
João Igor 
Quando há mudança de série na academia, alguns ficam doloridos por 2 a 3 dias. Ou seja, as taxas 
de ácido lático na musculatura estavam altas durante esse período, até seu corpo eliminá-lo naturalmente. 
Todavia, há outros fatores cuja recuperação pós-exercício é importante, como o do sistema 
endócrino. Durante um exercício aeróbico há duas depressões, o de oxigênio e de glicogênio. O de 
glicogênio foi comentado anteriormente, já o oxigênio surpreende pelo armazenamento no nosso corpo, 
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geralmente de 11,5 litros, possibilitando o início do exercício. Esses litros ficam distribuídos de forma 
irregular no pulmão (0,5l), fluidos corporais (0,25l), hemoglobina (1l) e mioglobina (0,25l); sendo que 1 minuto 
de exercício intenso é o suficiente para “queimar” esses 2 litros de oxigênio. Os 9 litros restantes são 
responsáveis pela reconstituição e recuperação do organismo no que tange ao fosfato e ácido láctico. Por 
conta disso, após a parada do exercício, há uma respiração arfante, um mecanismo fisiológico para 
recuperar os 11 litros de ar utilizados (claro que não ocorre apenas após a perda dos 11 litros, sendo 
atividades quase simultâneas). 
 O oxigênio é todo restabelecido ao menos 40 minutos depois da parada do exercício. O 
glicogênio não é tão simples, pois depende do metabolismo. Ou seja, demora dias para retomar sua 
quantidade normal. Caso o paciente tenha uma dieta rica em carboidratos, 2 dias são o suficiente para 
recuperar as taxas de glicogênio, o que não ocorre com pessoas que possuem uma dieta rica em proteínas 
e gorduras, demorando cerca de 5 dias para o glicogênio normalizar. Por conta disso, até mesmo atletas 
devem esperar dois dias para repetir a sua atividade. 
 Diferentes tipos de dieta influenciam no rendimento do exercício. No princípio, os carboidratos 
agem principalmente. No entanto, as gorduras, através dos ácidos graxo e acetoacéticos; e proteínas, por 
meio dos aminoácidos, também são importantes. 
 A primeira hora de exercício consiste basicamente em queimar carboidratos. Após esse 
primeiro momento que os lipídios começam a ser quebrados. Uma dieta rica em lipídios, desfavorece o 
atleta, por gerar energia por menos tempo. Já uma pessoa que busca o emagrecimento deve buscar reduzir 
os carboidratos na alimentação, fazendo com que o período de quebra lipídica seja antecipado. 
 
TREINAMENTO 
Treinamento de Resistência Máxima 
 Realizar processos de sofrimento e dor em academia envolvem objetivos. Um treinamento de 
resistência máxima requer alguns fatores. Um deles envolve evitar sessões sem carga ou com carga 
reduzida, por aumentarem pouco a força e não desenvolverem hipertrofia. Logo, para que haja benefício 
muscular na academia, são necessários exercícios que atinjam no mínimo 50% da carga máxima muscular, 
sendo o suficiente para lesar a musculatura e remover o monstro oculto da jaula. 
A hipertrofia não necessariamente envolve aumento do número de fibras musculares, mas sim o 
diâmetro da fibra muscular, através do gradativo aumento de proteínas depositadas nas fibras e miofibrilas. 
Esse processo depende da constituição física, de fatores hereditários e níveis de testosterona. A 
musculatura, com treinamento, pode aumentar de 30% a 60%, sendo que, algumas pessoas, por terem uma 
constituição física desfavorável, podem assinar um pacote integral na academia, mas não conseguem 
apresentar essa hipertrofia da forma desejada, fenômeno esse causado por fatores genéticos, geralmente. 
Dentre as vantagens de uma pessoa que pratica exercícios físicos regularmente em comparação a 
uma pessoa sedentária há: 
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- A presença de até 120% de enzimas mitocondriais aumentadas; 
- 60% a 80% de aumento do sistemas metabólicos fosfágenicos; 
- até 50% mais estoques de glicogênio; 
- 75% a 100% de aumento do estoque de triglicerídeos; 
- sistema oxidativo 45% mais eficaz; 
#befit 
Fibras de Contração Rápida 
- Possuem o dobro do diâmetro das fibras de contração lenta - por conta do seu uso 
para potência; 
- As enzimas que liberam rapidamente energia aos sistemas fosfágenicos e glicogênio 
são de 2 a 3 vezes mais rápidas, se comparado às fibras de contração lenta. 
 
Fibras de Contração Lenta 
- São organizadas com o intuito de criar resistência, gerando energia aeróbica - que 
possui enzimas mais ativas; 
- Possuem mais mitocôndrias e mioglobulinas; 
- Maior quantidade de capilares envolta das fibras; 
 
A quantidade de fibras rápidas ou lentas dependem 
de fatores hereditários. Não se tem conhecimento na 
literatura se o treino constante faz com que o número de 
fibras varie ou não. 
 
 
Mateus Barbosa 
A respiração em geral não é muito importante para atletas que priorizam a velocidade, apenas para 
aqueles que focam na resistência. Ela não vai alterar muito em termos de rendimento, porém, é claro se 
você está fazendo um treino de resistência, o tutor vai auxiliar você a respirar pelo nariz e soltar pela boca, 
fazendo uma respiração completa. Além disso, o sangue passa devagar pelos capilares dos pulmões na 
situação de repouso, já em esforço máximo, ele vai aumentar a velocidade, como ocorre com os 
maratonistas, os quais vão apresentar a máxima velocidade. 
 Pergunta: A dor que sentimos no baço após exercício físico as vezes tem relação com isso? 
 Resposta: Não necessariamente, essa dor é mais relacionada com a alimentação e o 
acúmulo de gases em pessoas que comem em excesso antes do treino, pois quando você está 
fazendo exercício, a motilidade intestinal diminui e pode haver concentração de gases. 
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As vezes olhamos um cara treinado e pensamos que o diferencial no treinamento dele é a 
capacidade respiratória e não é bem assim. Eu tenho os meus limites de ventilação em exercício máximo 
de 100-110 litros por minuto, agora a minha capacidade respiratória máxima é de 150 -170 litros por minuto. 
Então, a capacidade não é um problema durante o exercício, pois você tem pelo menos 50% a mais da tua 
capacidade respiratória do seu limite máximo, então o problema é como você respira. Mesmo se você for 
atleta e está treinando a muito tempo, em geral a capacidade máxima de respiração não altera e depende 
muito mais de fatores genéticos (tamanho da caixa torácica -vai conseguir expandir mais- e musculatura). 
Então nós temos a taxa de oxigênio utilizado sobre as condições máximas do metabolismo aeróbico 
(VO2 máxima). Essa taxa do quanto você usa vai depender do quanto você consegue aproveitar os seus 
sistemas metabólicos. Em geral, um treinamento de muito tempo você pode aumentar essa taxa no máximo 
em 10%, pois é mais relacionado com a genética. Se você pegar um maratonista, ele apresenta 45 vezes 
maior capacidade de aproveitar os seus sistemas metabólicos do que uma pessoa normal. 
Mais importante do que a respiração é a difusão do oxigênio pelos tecidos. Em pessoas que não 
são atletas, essa difusão é de 23 ml/minuto, já em nadadores em exercício, chega a 71 ml/minuto e 
remadores 80 ml/minuto. Então, não é respiração, é o aproveitamento do teu oxigênio. Pois para esses 
atletas um bom preparo físico ocasiona uma melhor difusão nos pulmões. Em geral, esse aumento de 
capacidade é pelo aumento do fluxo sanguíneo. Mas não é porque alguém está a fazer o exercício que 
haverá é um aumento de C02 no sangue, pois as taxas de oxigênio em relação as taxas de CO2 se mantém 
iguais, tanto se ele tiver em repouso como em exercício. 
Temos algumas situações como o tabagismo. Em geral, a nicotina causa constrição nos brônquios, 
a fumaça inibe a mucosa e causa edema e causa secreção, o que dificulta a difusão de oxigênio, até porque 
a nicotina também paralisa os cílios das células e impede a dificulta a relação das secreções. 
Sobre o sistema cardiovascular, ocorre aumento 25 vezes o fluxo sanguíneo durante o exercício. 
Você acaba tendo vasodilataçãopara aumentar a chegada de sangue nos músculos e favorecer o 
metabolismo, além do fato de haver liberação de cininas como a bradicinina para aumentar a vascularização 
e ocorre também aumento da pressão arterial. 
 
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Nesse gráfico vocês estão vendo a variação do fluxo sanguíneo, aumentando e diminuindo. Isso 
ocorre devido a contração e relaxamento. Imagina o músculo parado em isometria durante um minuto, a 
musculatura está contraída e o fluxo sanguíneo está diminuído, então o músculo vai fadigar por receber 
menos oxigênio e mais ácido lático, liberando mais para manter a isometria. 
O débito cardíaco vai aumentar também de acordo com a realização de exercícios, principalmente 
os relacionados com a resistência. E a hipertrofia cardíaca será que pode acontecer? No caso dos 
maratonistas sim, pois aumentam o alojamento e o bombar do sangue, com alto volume sistólico e menor 
frequência cardíaca, pois ele precisa gastar muito menos para poder irrigar mais por causa do volume 
sistólico. 
 
As cardiopatias acabam interferindo muito no desempenho cardíaco. Geralmente você tem uma 
diminuição de 50% do débito cardíaco em pessoas sedentárias dos 18 aos 80 anos. Então idosos que nunca 
fizeram atividade física antes, acabam tendo dificuldade de realizá-las depois por causa desse 
comprometimento do débito, então imagina se tem uma cardiopatia como a insuficiência congestiva. 
Outro ponto para discutirmos é o calor corpóreo. Toda energia do metabolismo que a gente produz 
vira calor. A eficiência máxima para conversão de energia dos nossos nutrientes em trabalho muscular é 20-
25% que vai virar calor. Nosso aumento de temperatura corpórea pode ser importante principalmente se 
você for avaliar em que local a pessoa está fazendo exercício. Em atletas bem treinados, ocorre aumento 
de 20 vezes o consumo de oxigênio e isso é também proporcionado pelo aumento de calor. 
O atleta que está correndo aqui em Belém, devido ao calor e a umidade da região, pode ser muito 
influenciado no desempenho por alterações no valor corpóreo, tanto que as provas de corrida que existem 
aqui, o pessoal sai 6 horas da manhã, pois pode acontecer uma intermação, que é o aumento muito grande 
da temperatura corpórea, sendo até 40 graus a gente aguenta bem, mas passando disso começamos a ter 
problemas com o nosso sistema metabólico, causando fraqueza, exaustão, náuseas, dores de cabeça, 
confusão, colapso e perda de consciência. E como trata? Tira roupa dele, joga água e põe na frente do 
ventilador ou em uma banheira de gelo. Isso vai baixar rapidamente a temperatura dele. 
Sobre os líquidos corporais e sal. Durante o exercício, se você não se hidrata e não está tomando 
nada para repor água e açúcar. Você pode ter uma perda de 2,5 kg - 5 kg do seu peso corporal durante o 
exercício. O aceitável até 3% do teu corpo porque não vai influenciar tanto na composição dos teus líquidos 
corporais. Se você está tendo uma perda de 5-10%, você começa a passar mal e por isso é importante 
durante o exercício tomar água ou repor os eletrólitos. Claro que depende da atividade, não podemos 
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comparar 1 hora de Jump na academia com uma maratonista que corre 4 horas de tempo, tanto que eles 
davam pastilhas de sal para manter níveis de sódio visto a sua importância, mas acabou gerando mais 
consumo de água e hoje em dia apenas ocorre hidratação e repositor de eletrólitos. Por exemplo, se chegar 
um Russo aqui no Brasil, ele vai suar muito, e as glândulas sudoríparas vão eliminar muitos eletrólitos como 
sódio e cloro, então para não ocorrer descompensação, é interessante que esse atleta chegue cerca de 
algumas semanas antes no local para o organismo se adaptar e aumentar a produção de Aldosterona para 
que as glândulas sudoríparas contenham mais sódio e cloro e não haja um grande comprometimento. 
Sobre a cafeína, é importante lembrar que para não se configurar como doping, é no máximo 3 
xícaras de café. Em relação ao aumento de desempenho podem ter melhora de 7% com a sua ingestão. 
Alguns atletas podem administrar hormônios esteroides também para melhorar o desempenho, porém há 
comprometimento do sistema cardiovascular e nos homens pode ocasionar impotência e características 
masculinas em mulheres. Anfetaminas e cocaína. Elas também podem aumentar seu desempenho por 
entrar em estado eufórico mas não necessariamente o aumento da performance muscular. 
Vale ressaltar que exercícios regulares prolongam a vida. Se você tiver boa forma de 50 até 70 
anos, diminuem os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e aumenta a qualidade de vida no 
geral e te torna uma pessoa mais feliz.

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