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TEXTO DE APOIO PARA AV1 2º TRIMESTRE 
MIGRAÇÃO
Trata-se do deslocamento ou movimento do indivíduo ou de sociedades humanas de um lugar para outro. Qualquer mobilidade espacial envolve duas áreas, de um lado se configura a saída (emigração) e do outro, o movimento de
entrada (imigração).
O movimento migratório pode ser provocado por diferentes fatores, podendo estes serem de atração ou de expulsão.
FATORES POSSÍVEIS DE SAÍDA (EXPULSÃO)
- Guerras ou conflitos armados; 
- Condições climáticas rigorosas; 
- Perseguições políticas, religiosas ou étnicas;
- Desastres naturais (cheias, secas, incêndios naturais, terremotos, erupções vulcânicas etc.);
- Desastres de origem antrópica (acidente nuclear, contaminação ambiental de grandes proporções e comprometimento da
qualidade de vida etc.); 
- Epidemias; 
- Estagnação econômica.
FATORES POSSÍVEIS DE ENTRADA (ATRAÇÃO)
- Maior oferta de emprego;
- Tolerância política, ideológica, religiosa ou racial;
- Dinamismo econômico;
- Melhores condições de vida;
- Programa ou Política governamental, estimulando a imigração.
Em consequência da Globalização, hoje, as migrações se caracterizam mais pelo fator econômico - tais como oferta de
emprego, melhores condições de vida, salários atrativos, ofertas de cursos para aprimoramento profissional etc.
Em razão disso, até hoje se mantiveram e ampliaram-se os fluxos de pessoas dos países subdesenvolvidos (pobres) para os
países desenvolvidos (ricos).
Em relação às ÁREAS DE DESLOCAMENTO, as migrações podem ser:
◊ INTERNAS OU NACIONAIS: quando o deslocamento do indivíduo é realizado entre cidades, estados ou regiões no âmbito
de seu próprio país.
Estas se subdividem em:
Migração inter-regional: quando se realiza de uma região para outra. Ex: Migração de nordestinos para a região Sudeste;
Migração intra-regional: quando se realiza dentro da mesma região. Exemplo: Migração da área rural para os centros urbanos,
em busca de melhores condições de vida.
◊ EXTERNAS OU INTERNACIONAIS: Quando o deslocamento do indivíduo é realizado entre países. Exemplo: Migração de
brasileiros para os EUA, Itália ou Espanha.
As migrações podem ocorrer sob as seguintes CIRCUNSTÂNCIAS:
◊ MIGRAÇÃO ESPONTÂNEA: quando ela se dá por livre escolha do próprio migrante;
◊ MIGRAÇÃO FORÇADA: quando o indivíduo é obrigado, forçado a migrar, de acordo com o interesse de terceiros. Exemplo:
o negro africano por ocasião do tráfico de escravos.
◊ MIGRAÇÃO PLANEJADA: quando ela se dá de forma a cumprir um determinado objetivo.
◊ MIGRAÇÃO CONTROLADA: quando sua iniciativa faz parte da política ou do programa de governo, cabendo a este regular
o fluxo de pessoas tanto para fora (emigrantes) quanto para dentro de suas fronteiras (imigrantes). A migração controlada se
subdivide em:
- Restringida: quando o governo impõe restrições, dificultando a imigração. Exemplo: a política atual de imigração dos EUA e
de muitos países europeus.
- Estimulada: quando o governo possibilita o fluxo de migrantes tanto interno quanto externamente (entrada de estrangeiros).
Exemplo: Política brasileira de imigração para as fazendas de café em nosso território.
Quanto ao TEMPO DE PERMANÊNCIA do migrante, a Migração pode ser:
◊ DEFINITIVA: quando a opção de não voltar é do próprio sujeito.
◊ TEMPORÁRIA: quando há intenção de retorno, isto é, a migração se dá por um tempo determinado. Exemplos: Turistas em
férias; indivíduos que vão estudar em outro país por um período de tempo etc.
As migrações temporárias se subdividem em:
 Pendular: corresponde ao deslocamento diário, ou seja, aquele que é realizado em um período de tempo curto.
Ex: indivíduos que trabalham, diariamente, em outra cidade, regressando ao final do dia.
Por muitos anos, a dinâmica econômica entre as cidades se manteve na relação entre as chamadas áreas periféricas (local de moradia da maior parte dos trabalhadores) e as ditas áreas centrais ou metropolitanas (local do trabalho).
A capacidade de atração destas últimas acabavam determinando um movimento a grandes distâncias, diários, entre a casa e
o trabalho. E, em consequência disso, as cidades de moradia dos trabalhadores passaram a ser concebidas como cidades dormitórios. Embora, muitas cidades ainda permaneçam com esta característica, outras – que anteriormente se configuravam como cidades-dormitórios - apresentaram um crescimento econômico, com relativo acréscimo de postos de trabalhos (formais e/ou informais) e, consequentemente, um aumento no percentual de pessoas trabalhando no próprio município de sua
residência. 
Transumância: corresponde à migração periódica (sazonal), que compreende um período de tempo maior,
relacionada às estações do ano.
Exemplo: O migrante sai de um determinado espaço por ocasião de uma estação do ano, como o inverno – por exemplo – e
posteriormente retorna, quando do início da primavera, quando a temperatura já está mais elevada.
Outro exemplo, por questões da época da colheita, muitos trabalhadores rurais migram para as áreas de produção e só
retornam após finalizarem os trabalhos (cana de açúcar).
TIPOS DE MIGRAÇÕES INTERNAS
 Êxodo Rural: deslocamento das populações rurais para os centros urbanos.
 Êxodo Urbano: os movimentos populacionais se vão da área urbana para a área rural. Este tipo de migração não é muito comum, todavia, devido à violência, poluição e outros problemas dos grandes centros urbanos, a migração para estas áreas rurais tende a crescer (em busca de melhor qualidade de vida).
 Migração urbano-urbano: este se dá com a transferência de indivíduos de uma cidade para outra.
Nomadismo: se caracteriza pelo deslocamento constante de populações em busca de alimentos, abrigo etc. Além de ter sido o caso típico das sociedades primitivas (coletores, caçadores e pescadores pré-históricos), hoje, os ciganos e alguns povos pré-industriais se configuram como povos nômades.
XENOFOBIA
A xenofobia é um dos fenômenos mais presentes na história e também um dos mais característicos de nossa sociedade. Em uma definição mais geral, pode-se dizer que é uma AVERSÃO pelo que é diferente. O repúdio a CULTURAS DIFERENTES geralmente traz em sua essência o ÓDIO, o PRECONCEITO, embora este possa provir também de outras raízes, como opiniões preconcebidas sobre determinados grupos ou coletividades, por pura falta de informação sobre eles; CONFLITOS IDEOLÓGICOS que envolvem crenças em atrito, causados por um choque conceitual; motivações POLÍTICAS e outros tantos fatores. Hoje, nos Estados Unidos e na Europa, há um retorno da INTOLERÂNCIA, principalmente contra os ESTRANGEIROS.
REFUGIADOS
Refugiado é toda pessoa que, em razão de fundados temores de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar ao mesmo, devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar o seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outros países.
Refugiados no Brasil
No Brasil, em 2019, havia cerca de um milhão de estrangeiros residentes. Isso corresponde a menos de 0,5% da população brasileira. Na última década, três ondas migratórias foram sobressalentes no país: a partir de 2010, a dos haitianos; a partir de 2015, a dos sírios; e a partir de 2018, a dos venezuelanos. Cerca de 11 mil estrangeiros eram reconhecidos pelo status de refugiado e havia 161.057 solicitações de reconhecimento. Conforme a pesquisa “Refúgio em números”, dos refugiados reconhecidos, 36% eram sírios, 15% eram congoleses, 9% eram angolanos, 7% eram colombianos, e 3% eram venezuelanos.
Mesmo sendo o maior e mais populoso país da América do Sul, o Brasil tem um fluxo migratório pequeno se comparado a outros países. Quando analisamos, por exemplo, a migração de venezuelanos que, principalmente a partir de 2018, intensificou-se no estado de Roraima, percebemos que, comparado a outros países vizinhos, o Brasil, naquele ano, recebeu cerca de 455 mil venezuelanos, menos que o Peru (506mil) e a Colômbia (1,1 milhão).
É sempre importante frisar que há uma diferença entre o migrante econômico e o refugiado, o primeiro foge da fome e pobreza, busca melhores oportunidades de vida, o segundo foge de perseguição de qualquer natureza, de situações de violência e ameaça à sua integridade física. A legislação brasileira estabelece como critério para reconhecer pedidos de refúgio o medo de voltar para casa. O Comitê Nacional para Refugiados (Conare) é vinculado ao Ministério da Justiça. A lei brasileira de refúgio, Lei 9.474, de 1997, considera como refugiado:
“[…] todo indivíduo que sai do seu país de origem devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas imputadas, ou devido a uma situação de grave e generalizada violação de direitos humanos no seu país de origem.”
De acordo com o Conare, conforme apontado em 2018 as principais razões que motivaram pedidos de refúgio deferidos pelo órgão no Brasil foram: grave e generalizada violação de Direitos Humanos, opinião política, grupo social, religião, nacionalidade e raça. O estado brasileiro que mais registrou pedidos de refúgio no mesmo ano foi Roraima (63%), em razão do colapso na Venezuela. 
FUGA DE CÉREBROS
A expressão “fuga de cérebros” faz referência aos profissionais especializados em áreas do mercado de trabalho dotados de um alto conhecimento em seu campo profissional, e que migram de países pobres ou com poucas oportunidades laborais para centros mais desenvolvidos que carecem de suas habilidades.
Aqueles mais especializados em suas áreas, são assim, atraídos por trabalhos no estrangeiro, tendo melhor remuneração, benefícios e reconhecimento, e ao mesmo tempo a oportunidade de desenvolver pesquisas, tecnologias e outras coisas para o país contratante. Os Estados Unidos, por exemplo, são grandes captadores de cérebros, mesmo tendo um grande número deles em seu território. Sua constante atração dos melhores pesquisadores do mundo tem como objetivo o desenvolvimento de novas tecnologias que possam ser  patenteadas pelos próprios norte-americanos, acumulando assim um crescente monopólio em vários segmentos. Essa é a razão fundamental de as inovações “começarem” nos EUA, sendo que, na verdade, muitas delas foram concebidas por indianos, árabes, europeus destacadamente especializados e capacitados. O Vale do Silício, localizado na Califórnia, região que engloba várias cidades, como Campbell, Saratoga e Fremont (são 16 no total) é um exemplo perfeito deste fenômeno, pois grande parte dos pesquisadores de lá não são americanos.

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