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Toxoplasma Taxonomia ✳Filo Protozoa; ✳ Sub Filo Sporozoa; ✳ Classe Coccidia; ✳ Família Sarcocystidae ✳ Espécie Toxoplasma gondii ○ heteróxena facultativa, com ciclo direto ○ tem baixa especificidade quanto aos hospedeiros intermediários. ○ causa a toxoplasmose, sendo ela a zoonose mais difundida no mundo, com alta prevalência sorológica e baixa incidência da doença. Hospedeiros ✳ Definitivos: felídeos, sendo o gato doméstico o mais importante; ○ acomete principalmente jovens e imunodeprimidos; ○ adquirem a infecção após a ingestão de animais cujos tecidos contêm taquizoítos ou bradizoítos; ○ a eliminação de oocistos pelos gatos dura 1 a 2 semanas, após o que adquire a imunidade persistente. ✳ Intermediário: mamíferos e aves, incluindo os felídeos ○ taquizoítos - pela corrente sanguínea, invadem inúmeros tipos celulares. Multiplicam-se por endodiogenia (dentro da célula-mãe formam de 8 a 16 indivíduos, que são liberados com a lise celular, e outras células são parasitadas) - fase aguda da toxoplasmose; Mônica Novaga ○ bradizoítos - encontrados no interior dos cistos, sendo a forma latente da infecção. O cisto pode se romper se a imunidade decair e os bradizoítos readquirem as características invasivas dos taquizoítos. Localização ✳ HD: esquizontes e gamontes no intestino delgado; ✳ HI: taquizoítos e bradizoítos na musculatura, fígado, pulmões e cérebro. Distribuição ✳ Cosmopolita Oocistos ✳ São encontrados nas fezes dos gatos na forma não esporulada. ✳ Esporulam no ambiente, onde vai passar a ter os 2 esporocistos onde cada um vai 4 esporozoítas ✳ Estágios intestinais: ○ esquizontes: Mônica Novaga ▢ ocorrem no jejuno e íleo, contendo até 32 merozoítos - dentro dele tem reprodução assexuada ocorrendo a multiplicação para merozoítos; ○ gamontes: ▢ ocorre reprodução sexuada, mais comum no íleo. ✳ Estágios extra intestinais: ○ taquizoítos: ▢ desenvolvem-se em muitos tipos de células; ○ bradizoítos ▢ desenvolvem-se em cistos, ocorrendo principalmente nos músculos, fígado, pulmão e cérebro; ▢ cada cisto pode conter milhares de bradizoítos; ▢ imóvel; ▢ forma latente da infecção. Principais características ✳ Quando esporulados os oocistos são dispóricos e os esporocistos são tetrazoicos; ✳ Quando a infecção é aguda vai ocorrer uma divisão acelerada pelos taquizoítos, que estarão livres ou em pseudocistos; ✳ À medida que a infecção vai se tornando crônica vão sendo formados os cistos e é neles que se encontram os bradizoítos. Ciclo biológico ✳ HD - é contaminado; ✳ O parasita invade as células do epitélio intestinal se transforma em trofozoíto, essa forma origina o esquizonte; ✳ Dentro do esquizonte ocorre a reprodução assexuada, originando os merozoítos; Mônica Novaga ✳ O esquizonte se rompe, por conta de uma grande quantidade de merozoítos, rompe a célula e eles são então liberados; ✳ invadem novas células; ✳ Forma o esquizonte; ✳ Ocorre a multiplicação; ✳ Merozoítos são liberados e parasitam novas células; ✳ Isso vai se repetindo até a 5° geração de esquizontes ✳ Na 5° geração, os merozoítos invadem novas células do epitélio intestinal; ✳ Sofrem gametogonia gerando macrogametócito e microgametócito - reprodução sexuada; ✳ Ocorre fecundação e forma um zigoto; ✳ Este vai mudando até se transformar em oocisto não esporulado - ganha camada mais externa; ✳ Vai para o ambiente; ✳ Esporula; ✳ Se o gato ingere diretamente o oocisto ele não consegue desenvolver ou fazer o desenvolvimento e passar para outro gato, ele vai precisar então do HI; ✳ HI ingere o oocisto esporulado; ✳ Invadem as células intestinais; ✳ Mudam para taquizoítos; ✳ Alcançam a corrente sanguíneo chegando a outros órgãos; ✳ Mudam para bradizoítos - ganham um cisto; ✳ Na forma de bradizoíto ele para de se desenvolver e passa a aguardar o HD para então se desenvolver. Mônica Novaga Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública ✳ Não há tantos casos clínicos, sendo a maioria das infecções assintomáticas; ✳ No HI em sua fase aguda podem ser observados os seguintes sintomas: ○ febre; ○ anorexia; ○ prostração; ○ adenopatias; ○ fortes dores musculares; ○ secreção ocular bilateral; Mônica Novaga ○ distúrbios pulmonares; ○ abortamento em humanos e ovinos. ✳ Em humanos infecções congênitas podem determinar a hidrocefalia ou microcefalia fetal e complicações visuais; ✳ Para gestantes há risco se a 1° infecção ocorrer durante a gestação; ✳ Cães, pássaros e outros animais não transmitem, são apenas HI; ✳ Gatos sadios e alimentados com ração comercial não oferecem risco para humanos e HI, apresentam risco apenas se estiverem infectados e na fase aguda, entretanto eles desenvolvem uma imunidade contra o t. gondii sendo assim eles não eliminam os oocistos por mais que 2 semanas em toda a sua vida; ✳ Maior fonte de infecção: carnes com cistos ingeridas cruas ou mal cozidas. Epidemiologia ✳ Gato - papel fundamental, sem ele não tem fechamento do ciclo de desenvolvimento do parasita; ✳ Em vários países têm alta prevalência de pessoas com anticorpos; ✳ Até 80 a 90% assintomáticas; ✳ Insetos coprófagos auxiliam na disseminação de oocistos - se alimentam de fezes contaminadas com oocistos, estes irão ficar presos em suas pernas e braços e os oocistos acabam caindo em outros locais; ✳ Importância portadores assintomáticos - por não apresentarem sintomas eles passam desapercebidos; ✳ Perdas econômicas por problemas reprodutivos. Diagnóstico ✳ Presença de oocistos nas fezes do HD; Mônica Novaga ✳ Principais lesões visualizadas na necropsia: inflamação, necrose, pneumonite e encefalomielite fetal; ✳ Em cortes histológicos ou em impressões de tecidos corados por Giemsa pode ser possível visualizar os pseudocistos e os cistos; ✳ Testes sorológicos (rotina pré-natal) - IgM (anticorpo de infecção recente) e IgG (anticorpo de memória). Controle ✳ Limpeza diária de gatis; ✳ Remoção adequada e diária das fezes; ✳ Cuidados rigorosos que devem ser cumpridos: ○ lavar as mãos antes das refeições; ○ usar luvas para a prática de jardinagem e ao limpar as caixas higiênicas dos gatos; ○ não dar carne crua ao gato; ○ combater insetos que podem veicular os oocistos nas patas; ○ manter a ração dos animais em potes bem fechados. ✳ Isolar doentes e portadores; ✳ Ruminantes e outros animais de interesse zootécnico: ○ cuidados higiênicos com a ração; ○ evitar o acesso de gatos e insetos. Informações ✳ A maioria dos casos de doença clínica aguda está relacionada com a ingestão de carne crua ou mal passada: Cistos são mais resistentes ao suco gástrico do que esporozoítas; ✳ Carnes de porco, carneiro e aves são as mais infectadas; ✳ O congelamento a -14oC por algumas horas mata a maioria dos cistos; ✳ Alimentos crus podem estar contaminados com oocistos; Mônica Novaga ✳ Moscas e baratas realizam transporte mecânico de oocistos. Prevenção ✳ Manter o gato saudável - check-up com exame clínico, exames de sangue (hemograma, sorologia) e exame para diagnosticar as doenças virais. ✳ Não dar carne crua ao gato; ✳ Não permitir os hábitos de caça do gato; ✳ Oferecer ao gato apenas água filtrada ou fervida; ✳ Retirar as fezes da caixa de areia assim que vê-las - deve ficar menos de três dias no ambiente. Gestante - o ideal é pedir para que outra pessoa da casa o faça; ✳ Escovar diariamente o pelo do gato; ✳ Ingestão do leite pasteurizado - na fase aguda da doença em que tem taquizoítas circulantes pode ter a via de transmissão através do leite, passando para os filhotes na forma taquizoíta; ✳ Lavar bem mãos e utensílios após manipular carne crua; ✳ Usar luvas para jardinagem;✳ Cobrir tanque de areia das crianças. Gestante ✳ Exames de sorologia; ✳ Não comer carne crua ou mal passada; ✳ Não comer frutas, verduras e hortaliças cruas sem saber a procedência (restaurante); ✳ Lavar bem estes mesmos alimentos ao comê-los em casa; ✳ Beber água fervida ou filtrada; ✳ Evitar escovar os pelos do gato e retirar fezes da caixa de areia. Mônica Novaga
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