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1 Beatriz Machado de Almeida Bioquímica – Aula 7 Principais produtos de excreção Produtos indesejáveis do metabolismo: Ureia, creatinina e ácido úrico. • Utilizados para avaliar a função renal. • 50% dos produtos de excreção do organismo são produtos nitrogenados. • A taxa de excreção do ácido úrico não é um parâmetro para avaliar o metabolismo renal. Balanço nitrogenado O metabolismo no estado fisiológico deve manter o “estado nitrogenado”, ou seja, todo nitrogênio que é ingerido serve para a síntese de aminoácidos não essenciais, tendo relação com a concentração de aminoácidos livres. Esses AA vão: formar proteína; serão excretados, degradados pela oxidação, ou seja, eles podem ser usados como fonte de energia por alguns tecidos ou podem produzir outras moléculas de origem não proteica, que não possuem ligação peptídica. Para ser proteína precisa formar um peptídeo, precisa ter ligação peptídica. A degradação de proteínas teciduais fornece aminoácidos livres. Por isso precisa haver uma taxa de equilíbrio. Causas de desequilíbrio: catabolismo acentuado, infecção bacteriana, treinamento de força, inanimação (Desnutrição). Podem levar a catabolismo e ter um número maior de aminoácidos livres. O ser humano não é capaz de fixar o nitrogênio. Para ser fixado precisa de unidades de carbono ligado a ele, e ele livre vai formar o íon amônia que é tóxico. O nitrogênio ajuda na eliminação de hidrogênios livres, agente tamponante na filtração renal, mas o excesso pode levar a intoxicação. Então esse balanço nitrogenado é importante. Fluxo do nitrogênio dos aminoácidos para a ureia Existe um fluxo que é relacionado a detoxificação do nitrogênio dos aminoácidos para compor uma molécula que é a ureia. Nitrogênio livre → amina livre (NH3) → amônia (NH4) → íon amônia (NH4+). Enquanto tiver hidrogênio no meio, o nitrogênio é capaz de capitar, desestabilizando o pH do organismo. AA livre → transaminação → glutamato → desaminado → amônia. Todo AA livre, fruto do excesso da dieta, da degradação de proteínas, vai sofrer transaminação, será transformado em um único AA, o glutamato. Ele é o único AA que pode ser desaminado (tirar a amina) pela ação da glutamato desidrogenase (GDH). A retirada do grupamento amina forma a amônia e ela é um dos componentes nitrogenados da ureia que contém 2 produtos nitrogenado que podem vir Metabolismo Renal 2 Beatriz Machado de Almeida Bioquímica – Aula 7 diretamente do aspartato ou o glutamato é transaminado em aspartato. As transaminases ALT e AST, enzimas hepáticas, realizam essa reação de transaminação, que acontece com exclusividade nos hepatócitos. Destinos do nitrogênio Amônia: tóxica. Tecidos extra-hepáticos: • Amônia + glutamato → glutamina • Glutamina sintetase. • Fígado: • Glutamina → Glutamato + NH4 • Ciclo da ureia. Como a amônia é, nos tecidos extra hepático que tem glutamina sintetase, há a possibilidade de conjugar a amônia ao glutamato formando glutamina, que é o único AA que tem 2 compostos nitrogenados, ou seja, tem 2 aminas derivada do glutamato que tem só 1. O fígado consegue retirar os compostos nitrogenados tanto da glutamina quanto do glutamato e iniciar a síntese da ureia. A diferença do glutamato para a glutamina, é que a glutamina consegue ligar as unidades do carbono do aminoácido a duas aminas. Essa glutamina vai ser encaminhada para o fígado e será usada como: reservatório nas células neuronais para a liberação de glutamato (neurotransmissor), nos enterócitos é usada como uma das principais fontes de energia, mas nas células hepáticas e musculares a glutamina não tem atividade bioquímica estabelecida. No fígado: Glutamina → ação da glutaminase → glutamato (e NH4+) → ação da GDH → Cetoácido (e NH4+) Catabolismo de aminoácidos Aminoácidos: carbono alfa, uma carboxila, um grupamento amino, um hidrogênio e a cadeia lateral ou radical, isso é o que vai diferenciar os 20 tipos de aminoácidos. A GDH faz a reação de desaminação, separando a parte carbônica do grupamento nitrogenado que tem como destino o ciclo da ureia. O esqueleto carbônico, tem hidrogênio, tem oxigênio, então, ele pode ser usado como fonte de energia, ciclo de Krebs. Essa molécula é a ALFA CETOÁCIDO que são intermediários de ciclos energéticos. Toda vez que o ciclo de Krebs está completando uma volta ele está produzindo 8 intermediários que pode oferecer o esqueleto carbônico para a síntese de AA. Ex.: O piruvato é o produto final de degradação da via glicolítica, é um cetoácido, pode ser usado sozinho como fonte de energia (só carbono, oxigênio e hidrogênio) ou pode ser associada a um grupamento nitrogenado, se transformando na ALANINA. Já o aspartato, o cetoácido dele é o oxalacetato, ou seja, todos os intermediários do ciclo de Krebs e alguns produtos finais de degradação podem continuar sendo degradados ou formarem aminoácidos. Transaminação Reação de transaminação, reação de transferência, catalisada pelas enzimas aminotransferases/ transaminases (AST e ALT). O objetivo dessa reação é produzir ácido glutâmico e diversos alfa- cetoácidos. O alfa-cetoglutarato é uma molécula advinda do ciclo de Krebs, ele vai receber um produto nitrogenado de qualquer aminoácido e vai formar o glutamato. E a 3 Beatriz Machado de Almeida Bioquímica – Aula 7 molécula que sobrou é um outro cetoácido, mas não sabemos qual é, porque depende do radical. A reação de transaminação serve para síntese de um novo aminoácido. As reações de desaminação (realizada pela GDH) servem para formar ureia porque está tirando um grupamento nitrogenado e não está acoplando outro cetoácido. Em cima tem os cetoácidos e embaixo tem o aminoácido. Quem faz essa reação são as transaminases TGO E TGP. E a única que consegue retirar do glutamato o composto nitrogenado é a GDH. Essa reação é a de desaminação. OBS.: A glutamina é um AA para nutrição dos enterócitos, mas se a pessoa tiver alguma célula neoplásica ou se houver alguma infecção bacteriana, estaria ofertando substrato rápido para a célula neoplásica se desenvolver e na infecção bacteriana pode proliferar acentuadamente essas bactérias. 1. Reações de transaminação que estão acontecendo de cima pra baixo, do cetoácido para o aminoácido. 2. Desaminação a partir apenas do glutamato, a única reação que pode acontecer inversa. As transaminases necessitam do cofator essencial, o pirodoxal fosfato ou PLP, um metabólito ativo da vitamina B6. As transaminases caracterizam-se como enzimas hepáticas porque o fígado é o grande reservatório de vitaminas do complexo B, que ativa a PLP, por isso a ação das transaminases vai ser mais eficiente nos hepatócitos. Porém, as transaminases estão distribuídas na maioria dos tecidos, muscular, esquelético, músculo cardíaco, músculo liso, mas têm baixa atividade catalítica devido a deficiência do cofator (vitamina B6). A maior parte das reações de desaminação são precedidas por uma transaminação. Desaminação (glutamato desidrogenase) A GDH ela é uma enzima alostérica, pode ter a sua atividade catalítica regulada por produtos celulares. Ela é inibida (efetor alostérico negativo) pelo GTP que é um equivalente ao ATP, e é estimulada (efetor alostérico positivo) pela deficiência de energia representada pelo ADP. Se é bicicleta de Krebs, toda vez que houver uma desaminação (atividade catalítica da glutamato desidrogenase) vai produzir um cetoácido e ele será usado no ciclo de Krebs. Só que o ciclo de Krebs não acontece aleatoriamente só porque tem AAs disponíveis para serem usados como fonte de energia, ele vai ser regulado alostericamente, desregulada apenas em células neoplásicas. Ciclo da ureia NH4+ + CO2 → carbomoil fosfato → carbomoilfosfato + bicarbonato → citrulina → citrulina + aspartato → argininossuccinato → fumarato + arginina → arginina + H2O → ornitina A síntese de ureia só acontece no hepatócito!! Quando acontece a desaminação do glutamato, no hepatócito, fica com a amônia livre. Amônia livre na matriz mitocondrial, na presença de CO2, vai formar a carbamoil fosfato. Esse produto vai ser conjugado com outras moléculas como bicarbonato e vai formar a citrulina. A citrulina é jogada no citosol, por um transportador específico, onde é conjugada com o 4 Beatriz Machado de Almeida Bioquímica – Aula 7 grupamento nitrogenado que vem do aspartato (fruto do ciclo de Krebs ou da dieta), formando o arginosuccinato, que é uma molécula comum tanto do ciclo da ureia quanto do ciclo de Krebs. Ela é o eixo da bicicleta, isso porque ela é sintetizada por produtos que vieram do ciclo da ureia e de um AA que veio de fora. E quando ela é degradada ela vai também fornecer substrato simultaneamente para o ciclo de Krebs (fumarato e malato) e substrato para o ciclo da ureia (Arginina). O fumarato e malato são duas moléculas usadas no ciclo de Krebs, são isômeros, então uma é transformada em outra, sendo que uma consegue atravessar a matriz mitocondrial enquanto a outra não consegue. Arginina é hidratada por uma enzima e forma uma molécula chamada ornitina. Por um transportador, a ornitina entra na mitocôndria e se conjuga com o produto inicial formado pela amônia e regenera a citrulina, dando seguimento ao ciclo. Então, o mais importante é sabermos que esse ciclo se inicia a partir da amina e que ele tem essa relação íntima com o ciclo de Krebs. Bicicleta de Krebs Sobre esse ciclo, já foram identificadas deficiências em todas as enzimas que participam dele além dos transportadores mitocondriais. São deficiências de baixa prevalência (autossômicas recessivas) e essas doenças genéticas o indivíduo fica com comprometimento severo devido aos níveis aumentados de amônia, são indivíduos que pouco chegam à vida adulta. O único tratamento que tem é retirar proteína da dieta, só que ainda assim, tem as proteínas teciduais que faz o indivíduo formar amônia. Lembra que a TGO é uma enzima que está presente na mitocôndria, justamente para realizar a reação de transaminação. Deficiência enzimática Todas as enzimas e os transportadores que tiram a citrulina da mitocôndria e o que leva a ornitina para a mitocôndria já foi encontrada a deficiência. • Deficiência ornitinatranscarbamilase; • Deficiência argininosuccinatosintetase e liase; • Deficiência de arginase; • Deficiência carbamilfosfatosintetase; • N-acetil – sintetase deficiência de glutamato; • Deficiência do transportador mitocondrial de ornitina. ❖ Baixa prevalência, mas o paciente tem um comprometimento grave, até cognitivo, motor, devido à grande toxicidade exercida pela amônia. ❖ Dieta restritiva. ❖ O diagnóstico é sugerido por hiperamonemia, glutamina plasmática elevada e níveis de citrulina baixos. 5 Beatriz Machado de Almeida Bioquímica – Aula 7 Síntese de creatinina A concentração de creatinina é afetada por: idade, sexo, exercício físico, dieta e certas drogas. A ureia é livremente filtrada no glomérulo, mas tem uma taxa de secreção e reabsorção tubular relacionada a diurese. Portanto, não é um marcador bioquímico isolado fidedigno da taxa de filtração glomerular. Mas a ureia relacionada com a creatinina traz então uma relação importante de quando é que existe uma relação desses marcadores com a função pré renal ou pós renal. Arginina + glicina → guanidinoacetato → creatina A síntese de creatina acontece pela condensação da arginina com a glicina. Então, uma molécula de arginina se junta com uma de glicina e forma o Guanidinoacetato e ele é metilada a creatina. A creatina é um reservatório de unidades de fosfato que através de uma reação enzimática da creatinoquinase (CK) que fará a retirada e acoplamento de unidades de fosfato da creatina pra síntese de ATP imediata no tecido muscular. Quando, por algum motivo, a CK perde a capacidade de agir sobre a molécula de creatina ou creatina fosfato, elas são desidratadas formando um produto de excreta chamada creatinina. Ainda não definido pela literatura porque a creatina quinase perde a capacidade de tirar ou colocar fosfato na creatina. Todo mundo sintetiza creatinina porque a taxa de produção de creatinina é constante e tem uma relação com nossa massa muscular. Metionina → homocisteína + metila → metila + guanidinoacetato → creatina A molécula de metionina vai doar unidades de metila, quando isso acontece sobra a homocisteína, e a metila doada vai ser transferida para o guanidinocetato, através da enzima guanidilmetidiltransferase, para formar a creatina. Se olharmos a creatina ela tem uma outra unidade de metila que foi fornecida pela reação da metidiltransferase que veio pela metionina. (?) A metila vai ser importante para garantir que haja uma capacidade de atração da unidade de fosfato para essa molécula. Métodos bioquímicos Creatinina A depuração de creatinina: Como se efetua o teste? • Urina de 24hrs (dosagem e volume). • Dosagem de creatinina sérica. Creatinina é derivada da desidratação da creatina/fosfocreatina. Tem taxa de produção constante e é relacionada a massa muscular. Quando se fala em analisar os valores de creatinina, eles tendem a zero no plasma. Tudo o que é produzido é eliminado porque ela é filtrada livremente e não é reabsorvida, por isso que é padrão ouro para avaliar a TFG. Quando tem a creatinina aumentada no plasma, quer dizer que tem uma redução da TFG e a reação da creatinina é proporcional a TFG. Tanto que a depuração/clearence de creatinina ao longo de 24hrs é justamente o teste que vai determinar a TFG. No momento que começa a cair a TFG a creatinina não se eleva instantaneamente, só começa a dobrar/triplicar no plasma, quando já houver comprometimento da TFG. Ex.: se um paciente tem uma creatinina de 0,3 e o valor de referência é 0 a 1 mg/dL. A vida toda foi 0,3 e o paciente não tem nenhum tipo de doença renal. Mas de um ano para o outro a creatinina mudou de 0,3 para 1. Embora esteja dentro do valor de referência, esse dado traz informações muito importantes porque houve uma triplicação dos níveis normais de 6 Beatriz Machado de Almeida Bioquímica – Aula 7 creatinina – essa situação é para uma paciente mulher, que não malha. Ex.: aqueles pacientes que são fisiculturistas tem a creatinina normal de 2,5 a 3, porque o índice de massa muscular desses indivíduos é aumentadíssimo. Então, essa creatina com esse valor é fisiológica para essas pessoas. Depuração: (volume urinário X crea. mg/dL na urina de 24hrs) / (creatinina plasmática) Ref: homens 90 a 139 mL/min; mulheres 80 a 125 mL/min. Diminui a partir dos 20 anos. A creatinina dosada na urina de 24 horas dividido pela creatinina plasmática, ou seja, o tanto que foi produzido em um determinado volume de urina e que tanto ficou. Ela é em média de 120 a 130 mL por minuto. A depuração da creatinina pode cair ao decorrer da idade avançada. Idosos tem o volume hídrico no metabolismo diminuído e então a taxa de filtração glomerular vai cair. Pode-se calcular a depuração renal sem urina de 24h. O cálculo do clearence estimado faz para triagem antes de submeter o paciente a urina de 24 horas. Explicação da fórmula da imagem: o 140 seria o máximo da taxa de filtração glomerular de mL/minuto. Pega esse 140 e diminui da idade que o paciente tem e multiplica pelo peso do indivíduo. Depois você divide pela creatinina sérica menos o mínimo da taxa de depuração de mL/minuto. Cistatina C É uma proteína inibidora da proteinase (degradação) da cisteina (molécula queenovela o DNA, RNA das células) e apresenta propriedades interessantes: tem baixo peso molecular (13kDa com 122 aminoácidos), por isso é livremente filtrada pelos glomérulos. Sintetizada por um gene expresso em todas as células nucleares e tem ritmo constante de produção. Metodologias atuais: imunoensaios, hemogêneos automatizados, utilizando partículas de látex ou poliestireno ligadas a anticorpos monoclonais específicos contra cistatina C. Relação da ureia sobre a creatinina: ureia/creatinina > ou = a 40. Creatinina de < ou = a 40, esse indivíduo tem problema renal. É possível dosar ela tanto no plasma quanto na urina. Lembrando que não é para encontrar ela no plasma, ela tem que tender a 0 no plasma, e também não é para encontrar ela na urina. Isso porque no momento que ela passa pelos túbulos, ela é completamente degradada, então se ela for encontrada na urina, é possível relacionar esse evento à doença tubular. Ou seja, se ela ficou no plasma, significa que ela não foi filtrada, aí seria doença glomerular. Proteinúria Aumento da excreção urinária de proteína, causado por: 1. Aumento no sangue filtrado; 2. Aumento na concentração circulante de proteínas de baixo peso molecular; 3. Redução na capacidade de absorção e/ou reabsorção renal; A proteinúria acima de 300 mg/dia geralmente é patológica e é um importante marcador para dizer a progressão da insuficiência renal. Além do que a própria presença da proteína no lúmen vai levar a desencadear fatores pró-inflamatórios. Os tipos de proteinúria podem ser funcionais ou patológicas. E sendo funcional ela não tem relação inicialmente patológica. Quando se fala em rabdomiólise, o problema é a grande quantidade de mioglobina que é liberada para a corrente sanguínea. Ou seja, o indivíduo acometido por essa doença tem um excesso de proteína de baixo peso molecular sendo filtrada (é uma proteinúria funcional). Só que a grande concentração de proteína no lúmen é um fator inflamatório POTENTE capaz de levar a uma insuficiência renal aguda em 24 a 48 horas se esse paciente não for hidratado. Quando ela é patológica precisa saber se a origem é pré-renal ou renal ou pós- renal. 7 Beatriz Machado de Almeida Bioquímica – Aula 7 TIPOS DE PROTEINÚRIA: Glomerular: geralmente a albumina, tipo mais comum e mais grave, caracterizado pelo aumento da permeabilidade glomerular. Ajuda como teste de prognóstico de paciente com IRA, denunciando algum déficit de filtração, alteração da carga da membrana basal. Funcional: forma de proteinúria glomerular causada por mudança do fluxo sanguíneo através dos glomérulos. Está associada a exercício, febre, frio, ICC, hipertensão, aterosclerose; Tubular: geralmente são proteínas de baixo peso molecular; De sobrecarga: concentração aumentada no plasma de uma proteína de baixo peso molecular anormal (cadeias leves de imunoglobulinas), inclui hemoglobinúria, mioglobinúria, proteinúria de Bence Jones. Pós-renal: secreção anormal de proteína no trato urinário posterior aos rins, e geralmente por inflamação ou malignidade. DETERMINAÇÃO DA PROTEÍNA TOTAL NA URINA: Coletada por um período de tempo: • 4, 8 e 12h – para monitoramento; • 24h – maioria dos casos; • Amostra da primeira urina do dia. A. Teste em tira de papel a partir de indicadores tamponados (semi-quantitativo) – teste da fita reagente. Ele não consegue nos dizer o que é albumina e globulina. Quem ajuda a determinar de maneira quantitativa é o: biureto. B. Método do biureto aplicado a proteína precipitada com ácido ou por filtração em membrana (quantitativo). C. Métodos turbidimétricos e de ligação a corante (vermelho de pirogalol, Ponceau S, CCB) (quantitativo). D. Eletroforese – determina o tipo de proteína. A fita reagente é apenas uma triagem, ou seja, encontrar proteinúria na fita reagente. A proteinúria na urina tem um valor de referência de < 150, e tem lugar que fala que é patológica acima de 300mg/dl e outros acima de 500. E > 3g de proteína na urina de 24 hrs, é sinal patognomônico de síndrome nefrótica. MICROALBUMINÚRIA: A microalbuminúria é definida com a presença de 30 a 300 mg de albumina na urina de 24 horas, ou uma taxa de excreção de 20 a 200 micrograma de albumina por minuto, em uma única diurese, em um único sumário de urina por exemplo. É quantitativa também e mais sensível que a proteinúria. É um marcador mais precoce. Consegue identificar que há uma taxa de filtração de micrograma por minuto. O mecanismo fisiopatológico que explicaria a microalbuminuria está embasado em um processo inflamatório sistêmico que levaria a uma disfunção endotelial e um aumento da permeabilidade capilar. É mais sensível para determinar essa inflamação. A metodologia mais utilizada na pratica laboratorial para a dosagem da microalbuminúria é a imunométrica (nefelometria ou turbidimetria).
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