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Não é recomendado que animais diagnosticados com defeito de septo atrial sejam utilizados para reprodução. Doença cardíaca congênita, onde ocorre defeito na formação embriológica do septo atrial Nesta anomalia, ocorre comunicação entre os átrios e assim há mistura entre sangue que irriga o pulmão e sangue que circula o restante do corpo. É descrito com maior frequência que o sangue é desviado do átrio esquerdo para o direito, o que provoca sobrecarga de volume do lado direito do coração. Manifestações clínicas: dispnéia, distensão abdominal, tosse, síncope, cianose, sopro cardíaco. Mas, grande parte dos animais não desenvolvem manifestações clínicas, porém estas se expressam quando outras anomalias cardíacas associadas estão presentes O forame oval é um canal entre os dois átrios que possibilita, na vida fetal, que o sangue oxigenado flua através do forame oval, do átrio direito para o átrio esquerdo. Após o nascimento do animal, ocorre uma inversão da pressão, e isso faz com que haja o fechamento do forame oval, impedindo o fluxo, agora, da esquerda para a direita. O diagnóstico deve envolver sinais clínicos, exame físico e exames complementares, entre eles: exame radiográfico torácico, eletrocardiograma, ecocardiografia e necropsia (post-mortem) As consequências do defeito do septo atrial irão depender do tamanho do orifício presente. Pequenos defeitos não trazem prejuízos significativos à saúde do animal, pois o organismo normalmente consegue compensar o problema. Porém, defeitos maiores promovem desvio de sangue do átrio esquerdo para o direito, ocasionando hipertrofia excêntrica do ventrículo direito e hipertensão pulmonar, seguida de cianose. O procedimento cirúrgico cardíaco para reparação do septo atrial mostra-se como tratamento definitivo.