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TEORIA GERAL DO PROCESSO UNIFAMA Completa

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TEORIA GERAL DO PROCESSO UNIFAMA
Giovanny Aleffy
Obs. Este material foi montado através de acompanhamento de aulas do excelentíssimo juiz da vara do trabalho de Lucas do rio verde Dr. André Gustavo Simionato, com complementações doutrinarias e em dados momentos explicados com meu entendimento, haja vista o material ter sido montado para estudo particular.
Perfil da disciplina: É uma disciplina jurídica dedicada à elaboração a organização e
articulação dos conceitos jurídicos fundamentais processuais.
É a teoria que assenta e estrutura os princípios básicos e conceitos da ciência processual.
Teoria geral do processo pode ser definhada como conjunto de conceitos sistematizados que serve como instrumento para conhecermos os diferentes ramos do direito processual.
A existência de uma teoria geral do processo:
Por volta do séc. IX e XX.
Compreensão da matéria quanto à perspectiva da abordagem/enquadramento natural e de seu objeto de estudo: Teoria geral do processo – natureza jurídica de ciência do direito – teoria geral do direito processual
A Construção de uma Teoria Geral do Processo – principais correntes e suas metodologias:
· CORRENTES: REALISTA ou EMPIRICA - Método indutivo, com base.
Deve-se partir do caso concreto e da observação dos diferentes direitos processuais aplicados para a elaboração dos princípios gerais por meio da indução. O método seria estudar os diversos ramos do direito processual buscando analogias entre os mesmos, filtrando semelhanças até que se alcancem os princípios norteadores do processo.
	Resumo - Sendo uma teoria geral do processo um conjunto de conceitos sistematizados
	que serve para entendermos os diferentes ramos do direito processual, a corrente
	
	realista busca observar os direitos semelhantes, estudando o conteúdo das normas dos
	diversos ramos do direito processual como, processo civil, processo penal, processo
	
 (
aplicada
 
a
 
todos
 
os
 
ramos:
 
ex.
 
Nos
 
três
 
ramos
 
processuais
 
citados,
 
há
 
à
 
possibilidade
)trabalhista, estabelecendo elementos comuns e, ao final, elabora uma teoria geral
de recurso para parte inconformada com uma decisão contraria ao seu interesse. (entra com recurso visando alterar a decisão).
· RACIONALISTA: Dedutivo especulativo.
Segundo os racionalistas os conceitos se formam no plano abstrato, no campo das ideias, e depois aplicado aos diferentes ramos do direito processual, ou seja, parte-se
do principio da dedução. O conhecimento da realidade não esta fundamentado nos fatos, mas nas ideias básicas.
Dessa forma o ponto de partida o conhecimento da realidade não depende dos fatos, ou seja, não esta fundada nos fatos, mas na razão, ou nas ideias básicas.
Exemplo: vários estudiosos da teoria geral do processo reúnem-se para estabelecer
	quais elementos que devem obrigatoriamente fazer parte de qualquer processo. Como
	resultado da reunião, concluem, por exemplo, que em todo o processo devem ser
	
	tratado em igualdade de condições os seus participantes (igualdade), que lhes deve ser
	garantida a possibilidade de produzir provas (direito à prova), e que o juiz deve
	
solucionar o conflito com a ideia de justiça, e não visando beneficiar um dos envolvidos (imparcialidade).
	REALISTA OU EMPIRICA
	RACIONALISTA
	
Utiliza-se da prática, observando os outros ramos do direito processual, buscando semelhanças entre eles, para então criar uma teoria generalizada, que permita unificar todo material jurídico processual.
	
Utiliza-se da abstração, do mundo das ideias para chegar a uma conclusão dedutiva do que deve estar presente em todo processo para então aplicar-se a realidade.
Portanto, abstração e prática não podem ser separadas, já que estão ligadas entre si como pressupostos ou fundamentos básicos de qualquer teoria.
Aspectos históricos do surgimento do direito processual e de uma teoria geral do processo:
Tem sua origem no sistema jurídico romano germânico.
Tem sua origem no sistema jurídico romano-germânico que insistentemente busca a efetividade do processo, e, portanto, de soluções para os pontos de estrangulamento da máquina do judiciário e para o déficit garantísitico do processo, e, portanto, de soluções para assegurar o
respeito à dignidade da pessoa humana de todos os seus atores e a qualidade e confiabilidade de suas decisões.
ESTUDOS FEITOS FORA DA FACULDADE – SISTEMA ROMANO
O sistema romano era um sistema de ACTIONES, mas não de direitos. ACTIO para, os romanos, é o que hoje se chama pretensão (Anspruch), ou seja, a faculdade de impor a própria vontade por via judiciária.
O processo germânico a jurisdição era exercida pelo povo, pelas assembleias populares dos homens livres.
Cintra, Grinover e Dinamarco, distinção entre DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL. SUPERFICIAL.
Distinção de direito processual e material.
 (
O
 
corpo
 
de
 
normas
 
que
 
disciplinam
 
as
 
relações
 
jurídicas
 
referentes
 
aos
)Direito Material – bens e utilidades da vida.
Direito Processual - O complexo de normas e princípios que regem exercícios conjugado da jurisdição pelo Estado-juiz, da ação pelo demandante e da defesa pelo demandado. É definido como o ramo de direito público interno que disciplina as regras relativas ao exercício da função jurisdicional do Estado.
O direito processual é assim, do ponto-de-vista de sua função jurídica, um instrumento a serviço do direito material.
 (
de
 
uma
 
metáfora
 
uma
 
forma
 
de
 
associação,
 
através
 
do
 
qual
 
ter
 
uma
 
arvore
 
representando
 
o
)Para entendermos a distinção entre direito material e o direito processual, vamos nos utilizar
Direito. Essa arvore possui dois grandes ramos; O primeiro ramo, o material, cuida das matérias que precisam ser disciplinadas para permitir a vida em sociedade, quanto ao segundo, o processual, diz respeito às regras voltadas para a solução dos conflitos.
	Direito material
	Direito processual
	
É um corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas para permitir uma vida harmônica em sociedade.
	
É um complexo de normas e princípios que regem exercícios voltados a solução de conflitos. Através da jurisdição, o Estado soluciona o conflito declarando a vontade da lei ao caso concreto, visando a paz social.
Ontologicamente (NA SUA ESSÊNCIA) o direito é UNO. (Busca a paz social)
Fases históricas do direito processual: Sincretismo, autonomista, instrumentalismo e Neoprocessualismo.
- A separação do direito processual do direito material.
1° FASE IMANENTISTA OU CIVILISTA (alguns denominam sincrética). Savini
Atualmente superada, exerceu grande influência sobre o direito processual até meados do século XIX. Por esta teoria, a ação se confundia ao próprio direito material depois de violado. A ação era o mesmo direito quando o indivíduo agia (pretensão) para defesa de seus interesses. Nessa época o Direito Processual não havia se destacado como ciência autônoma e, portanto, era assumido como parte integrante do Direito Material. Alguns grandes nomes clássicos da doutrina mundial foram defensores dessa teoria: Clóvis Beviláqua, João Monteiro, Friedrich Karl Von Savigny. Savigny, resumindo o entendimento dessa corrente afirmava que “a ação era o próprio direito material colocado em movimento, a reagir contra a ameaça ou violação”.
2° fase da autonomia ou autonomista do direito processual (cientifica ou moderna).
 (
“A
 
actio
 
do
 
direito
 
civil
 
romano
 
do
 
ponto
 
de
 
vista
 
do
 
direito
 
moderno”
 
em
 
crítica
 
às
)A teoria civilista ou imanetista experimentou o começo de seu declínio, nos anos de 1856 e 1857, a partir da polêmica instalada na Alemanha entre Bernard Windscheid, da Universidade de Greifswald, e Theodor Müther, da Universidade de Königsberg. No ano de 1856, em Düsseldorf, Windscheid publicou a sua obra, cujo titulo se traduz em
 (
posições
 
defendidas
 
por
 
Savigny,
 
afirmou
 
que
 
“a
 
actio
 
não
 
era
 
um
 
meio
 
de
 
defesa
 
de
)
 (
direito
 
contra
 
alguém,
 
mas
 
sim
 
de
 
um
 
direito
 
próprio,
 
que
 
denominou
 
“actio”,
 
que
 
era
)um direito, senão o própriodireito”. Assim, o cidadão romano não era titular de um
 (
o
 
poder
 
de
 
agir
 
contra
 
outrem
 
para
 
defesa
 
de
 
seu
 
interesse
 
(ainda
 
realizado
 
através
 
da
)
figura do pretor). Em 1857, Theodor Muther publicou o livro “Sobre a doutrina da ‘actio’ romana, do direito de acionar atual, da litiscontestação e da sucessão singular
 (
nas
 
obrigações
 
–
 
Crítica
 
ao
 
livro
 
de
 
Windscheid”.
 
Em
 
sua
 
obra,
 
Muther
 
rebate
 
as
 
ideias
)
 (
de
 
Windscheid,
 
pois
 
este
 
teria
 
desprezado,
 
sem
 
fundamentação
 
suficiente,
 
as
 
teses
 
de
)
Savigny e Mühlenbruch.
Muther apresenta a concepção da actio romana desvinculada do direito subjetivo material, pois a fórmula enunciada pelo pretor não seria necessariamente confirmada pelo juiz, pois o juiz poderia deixar de fazê-lo.
Característica principal era o reconhecimento de autonomia do direito processual.
A polêmica entre: Windscheid x Muther. Discutiam a relação entre direito material e processual em 1856 e 1857.
Windscheid = contribuiu com a ciência processual moderna ao difundir a ideia de que a ação seria um direito ao provimento do juiz, independentemente do seu direito subjetivo (material).
Theodor Muther = Contribuiu ao introduzir, prioristicamente, a ideia de que a ação seria um direito do autor perante o Estado à obtenção da tutela jurídica e não contra o réu.
A discussão entre Windscheid e Muther deu nascimento à ciência processual como ramo autônomo do direito, desvinculando-a do direito privado, tal como era concebida previamente AO TEMPO DA TEORIA CIVILISTA/IMANETISTA.
ESTUDOS FEITOS FORA DA FACULDADE – TEORIA MONISTA OU UNITARIA – TRATA DO DIREITO PROCESSUAL COMO UNO.
CarneluE leciona que o direito processual é substancialmente UNO e que o processo civil se distingue do processo penal não pelo fato de que tenham raízes distintas, mas pelo fundamento de serem dois grandes ramos que se bifurcam, a boa altura, de um tronco único.
Francisco Leone afirma que ambos (processo civil/processo penal) processos tem a atuação do Poder Jurisdicional. A intervenção do poder jurisdicional é condicionada ao exercício da ação. Em ambos os processos há três sujeitos: juiz, autor e réu.
12/08/19
Instrumentalidade do processo:
Dinamarco propôs uma nova mentalidade entre os processualistas modernos acerca da instrumentalidade do processo, A instrumentalidade não poderia ser um fim em si mesmo e sim um meio para alcançar objetivos metajurídicos, a qual seria a paz e a justiça social.
Ele é o “fundador” da chamada escola instrumentalista do processo, cujo marco principal são:
1 – o de perceber que não bastava consagrar a autonomia do direito processual em relação ao material, mas sim, desenvolver a ideia de instrumentalidade que é, basicamente, a de se colocar o processo como “mero” meio da realização de escopos da atividade jurisdicional e não um fim em si mesmo. Logo a forma só se justifica pelo conteúdo e o processo para instrumento da realização da atividade do Estado-Juiz.
2 – O de ampliar os escopos da jurisdição superando a fase anterior do direito processual em que havia, basicamente, um propósito único desse poder-dever: aplicar o sistema jurídico material aos casos levados ao judiciário (escopo jurídico) através de um processo. A doutrina da instrumentalidade enxergou mais dois escopos da jurisdição, um SOCIAL e outro POLÍTICO.
Seja ao legislar ou ao realizar atos de jurisdição, o estado exerce o seu poder (poder estatal), e, assim como a jurisdição desempenha uma função instrumental perante a ordem jurídica substancial (para que esta se imponha em casos concretos) – assim também toda a
atividade jurídica exercida pelo Estado (legislação e jurisdição) visa a um objetivo maior, que é a pacificação social. É antes de tudo para evitar e resolver conflitos entre as pessoas, fazendo justiça que o Estado legisla, julga e executa. (escopo social magno do processo e do direito como um todo).
Falar em instrumentalidade do processo, pois, não é falar somente nas suas ligações com a lei material. O estado é responsável pelo bem estar da sociedade e dos indivíduos que o compõem; e, estando o bem estar social turbado pela existência de conflitos entre pessoas, ele se vale do sistema processual para, eliminando os conflitos, devolver á sociedade a paz desejada. O processo é uma realidade desse mundo social legitimado por três ordens de objetivos que através dele e mediante o exercício da jurisdição que o estado persegue os escopos sociais, políticos e jurídicos.
ESCOPOS DA JURISDIÇÃO: Comumente, só se fala do escopo (propósito) jurídico da atividade jurisdicional que é a aplicação da LEI (em sentido amplo) ao caso concreto levado ao Judiciário. Cândido Rangel Dinamarco em sua obra “A Instrumentalidade do Processo”,
contudo definiu três escopos, o político, os sociais e o Jurídico, para revelar o grau de utilidade do processo.
 (
Espera-se
 
que
 
o
 
Estado
 
chegue
 
efetivamente
 
ao
 
resultado
 
proposto,
)Escopos Sociais -
influenciando favoravelmente a vida do grupo e de cada um dos seus componentes PACIFICANDO A SOCIEDADE. A jurisdição, portanto, tem de mostrar sua eficácia, trazendo à vida social a Justiça, indicando seu trabalho através de resultados na vida da sociedade e tranquilizando os cidadãos pela solução dos conflitos, inclusive, com um propósito educativo (tutelas inibitórias e preventivas).
Escopos Políticos - O Poder Jurisdicional está enquadrado dentre os Poderes do Estado. Isso faz com que haja um comprometimento do sistema processual, existindo a necessidade de se definir como esta vem a influenciar também politicamente na sociedade como (ré) afirmação de sua autoridade. ESCOPO POLÍTICO = SEM O (ESTADO DE) DIREITO = CAOS! Deste modo vem o Estado, através da jurisdição, demonstrar o seu poder soberano e a sua autoridade impostas aos indivíduos que compõe a sociedade.
Escopos Jurídicos - Eis a acepção mais corriqueira ou usual de se compreender a finalidade do processo e da atividade jurisdicional em si que é, justamente, a entrega de uma solução “NORMATIVA” ao caso concreto. “DECLARAÇÃO” DO DIREITO NO CASO CONCRETO! O conjunto de normas (leis e princípios) que prestam para atribuir ao bem da vida, disciplina condutas e dita a organização social se fazem presentes através da sentença e, com ela, o Estado Juiz cumpre seu escopo jurídico.
Por outro lado, a instrumentalidade do processo, aqui considerada, é aquele aspecto positivo (positivo de algo bom, não de lei positivada) da relação que liga o sistema processual à ordem jurídico-material e ao mundo das pessoas e do Estado, com realce à necessidade de predispô-lo ao integral cumprimento de todos os seus escopos sociais, políticos e jurídicos.
Falar da instrumentalidade nesse sentido positivo, pois, é alertar para a necessária efetividade do processo, ou seja, para a necessidade de ter-se um sistema processual capaz de servir de eficiente caminho à “ordem jurídica justa”.
Resumindo, instrumentalidade é uma concepção de processo. Passa por uma compreensão jurisfilosofica dos escopos do processo que seriam o social, jurídico e politico.
4° fase: Neo instrumentalista do direito processual
Fala de procedimento-formalidade.
Hoje não dá para pensar processo a não ser a luz de Direito Constitucional. Todos os ramos do Direito contam com Direito Constitucional.
(Rosemiro Pereira Leal-Neo instrumental
Outros nomes: Neoprocessualismo, neopositivismo, formalismo valorativo, positivismo reconstruído.
“Neoprocessualismo é o processo à luz do Neoconstitucionalismo (movimento do Direito que garante, preserva e promove os direitos fundamentais expressos na Constituição de 1988). Enquanto que, com a origem da Constituição Federal de 1988, surge à valorização dos direitos e garantias fundamentais, a partir disso surge também uma nova fase de pensamento e consequentemente, uma nova perspectiva do constitucionalismo, fase denominada Neoconstitucionalismo. Por outro lado, com a evolução processual, ocorre a constitucionalização do Direito Processual, originando anova fase, denominada Neoprocessualismo. Essas mudanças foram concretizadas no novo Código de Processo Civil”.
Noções de acesso ao acesso à justiça - Mauro Capeletti.
Primeira onda – eliminar barreira econômica.
Foi posicionada aproximadamente na década de 1960, ela coincide com a preocupação de assistência jurídica aos pobres, esse assunto é tratado no art.5 LXXIV CF/88 e no art.134 da CF/88.
Segunda onda – obstáculo da jurisdição coletiva.
É localizada aproximadamente na década de 1980, e diz respeito à defesa dos direitos difusos e coletivos em juízo. Esses são direitos fundamentais ditos de terceira dimensão. Exemplos são o direito ao meio ambiente (difuso) e, em geral, o direito dos consumidores (coletivo). Para esses direitos, é necessária uma adaptação do procedimento, pois eles são diferentes de simples direitos individuais. No Brasil, temos a Lei da Ação Civil Pública e o Código de Defesa do Consumidor.
Terceira onda – mudança na mentalidade de todos os operadores do direito.
Também Aproximadamente na década de 1980, coincide com reformas
internas do processo, para deixá-lo mais efetivo e mais rápido. No Brasil,
temos a previsão da antecipação de tutela para o procedimento ordinário (hoje A somente "procedimento comum"), o que aconteceu em 1994, e, ainda, a criação dos Juizados Especiais Cíveis (Lei 9.099/1995).
Aula 19/08/2019
 (
é
 
a
 
ciência
 
ou
 
filosofia
 
que
 
estuda
 
os
 
conceitos
 
lógicos
)Teoria geral do processo:
jurídicos fundamentais que formam a dogmática processual.
Ciência dogmática do direito processual: dogmática é a ciência que estuda as normas processuais que são aplicáveis ao processo. (é o nosso objeto de estudo em TGP)
Direito processual: O ramo do Direito que estuda os MÉTODOS de compreensão e
aplicação de normas jurídicas para prevenção e resolução de conflitos a partir de uma base instrumental sistematizada.
Processo: Meios institucionalizados de prevenção e resolução de conflito. O processo é um instrumento a serviço da paz social.
E, o processo é o meio, o instrumento através do qual se exerce a jurisdição.
Nas palavras de Fábio Alexandre Coelho “[...] o processo é um instrumento voltado, fundamentalmente, à proteção do direito material, razão pela qual não pode se colocar acima deste, afim de que não ocorra uma inversão de valores.”.
 (
con
fl
ito
 
uma
 
solução
 
imparcial.
 
Sendo
 
assim
 
o
 
Estado
 
presta
 
assistência
 
jurisdicional
 
através
 
do
)Noção básica - Um conceito inicial para entender oque é o processo: Segundo Fabio Alexandre Coelho, o processo seria um mecanismo para solução de conflitos por um terceiro. É considerado como terceiro por não esta envolvido na disputa e por ter a obrigação de dar ao
processo, resolvendo conflitos de forma imparcial, levando ao processo uma solução justa e adequada.
Conflito: é uma desinteligência (desentendimento) social intersubjetiva juridicamente
relevante.
O conflito só tem relevância jurídica Quando tiver aptidão para incidência de uma norma jurídica, ou seja, quando o fato se enquadra a uma norma.
SUBTEMA VINCULADOS AO CONFLITO.
Interação harmônica ou positiva (dar uma lida) e negativa e desarmônica.
Genótipo e fenótipo (dar uma lida)
Escassez de bens da vida: não é possível todos estarem satisfeito ao mesmo tento por que não há bens suficientes para todos.
 (
denotam
 
um
 
estado
 
de
 
espírito,
 
caracterizado
 
pelo
 
descontentamento
)As insatisfações:
causado por situações contrárias aos interesses daquele(s) que os indivíduos considerados, alimentam em seu ânimo.
Pretensão: manifestação de vontade de sujeição daquele que frustraria, em tese, a satisfação dos sujeitos envolvidos no conflito.
Lide: é um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida
Lide processual e lide social - Na teoria dos conflitos, distinguem-se duas lides dentro de cada processo: a lide processual (que é o que o juiz vai julgar - os pedidos propriamente ditos) e a lide sociológica. Esta envolve os aspectos psicológicos, os interesses subjacentes das partes e é o que torna os conflitos ainda mais complexos.
 (
Ocorre que o juiz, ao prolatar uma sentença, tenta resolver a lide processual, mas na
 
quase
 
totalidade
 
dos
 
casos
 
não
 
resolve
 
a
 
lide
 
sociológica. Em outras palavras, os
 
pedidos são julgados, mas as partes não resolvem as suas mágoas, suas dúvidas, suas
 
pendências
 
emocionais,
 
ou
 
seja,
 
seus
 
reais
 
interesses.
Assim, visto que os aspectos psicológicos motivam a formação dos conflitos, devem ser
 
eles considerados e explorados para se chegar à conciliação. A proposta de se usar
 
métodos alternativos de solução de conflitos - no nosso caso a conciliação - tem como
 
principal
 
objetivo
 
humanizar
 
o
 
confl
ito
,
 
ou
 
seja,
 
dar
 
oportunidade
 
às partes para
 
debater
em seus interesses mais profundos e, por meio do auxílio de um terceiro (no
 
caso,
 
o
 
juiz),
 
encontrarem
 
elas
 
próprias
 
uma
 
solução
 
para
 
o
 
seu
 
caso.
)
O conflito e a lide social – em doutrina mais contemporânea desenvolve-se a ideia de que o conceito de lide social pode ser tratado pelo termo conflito.
Ler ABTONIO DALLÁGNOL.
Se for perguntado algo sobre conflito e não houver especificação estará sendo falado sobre lide social. O conflito como uma pretensão resistida.
O direito contemporâneo tem assumido um caráter preventivo de conflito, ler o art. 5°XXV da CF/88.
A lide NÃO é sinônimo de OBJETO de processo: O objeto do processo é a vontade da parte.
A lide NÃO é sinônimo de PROCESSO: processo são meios institucionalizados de prevenção e resolução de conflitos, enquanto a lide é apenas uma pretensão resistida.
A lide É sinônimo de CONTEÚDO do processo: por tratar da ligação entre as partes.
A lide no processo penal – ela existe quanto à ação penal privada (o individuo pode ajuizar).
A área de divergência: ações penais NÃO PRIVADAS. (pública)
Na área penal não há uma lide (conflito de interesse contra o réu), tem se a busca da verdade, sendo essa pela condenação ou reconhecendo a inocência pela absolvição, sendo assim a pretensão do ministério público seria a busca pela verdade e não uma pretensão punitiva, pois essa é decorrência do descobrimento da verdade.
Parte respeitável da doutrina afirma que a lide é categoria acidental ou mesmo irrelevante do processo (penal ou civil), apenas nas ações privadas pode se identificar a lide como fenômeno natural.
JACINTO N. MIRANDA – “que é inaceitável no processo penal a lide para referir o conteúdo do processo penal, que deve ser apresentado pela expressão caso penal”.
26/08/19
Jurisdição - seria um monopólio do poder estatal exercido através de um dos seus poderes constituído:
Poder judiciário para a aplicação das normas do sistema jurídico aos processos levados aos órgãos desse poder.
 (
seu
 
conceito
 
seria
 
então,
 
de
 
poder
 
do
 
estado,
 
exercido
 
através
 
de
 
uma
)Teoria clássica,
atividade de aplicação das normas do sistema jurídico ao caso trazido perante o judiciário a fim de prevenir e resolver conflito.
Assim, parte da doutrina contemporânea intende que jurisdição não seria um
poder do estado ou uma função tipica do poder judiciário mais sim uma atividade decorrente de um poder amparado no sistema normativo e atribuído tanto ao estado juiz quanto a particulares para prevenção e resolução de conflito através de decisões impositivas, a jurisdição é UNA e INDIVISIVEL.
ESTUDOS FEITOS FORA DA FACULDADE – JURISDIÇÃO
Cândido Dinamarco modernamente sabe-se que a jurisdição não é um poder, no quadro de uma suposta pluralidade de poderes exercidos pelo Estado; é somente uma expressão do poder estatal, que por sua vez é uno e indivisível, definindo-se como capacidade de decidir imperativamente e impor decisões.
Athos Gusmão Carneiro atividade pela qual o Estado, com eficácia vinculativa plena, elimina a lide, declarando e/ou realizando o direito em concreto.
É a função do Estado de dizer o direito em face do caso concreto
Estudo complementar –
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
· Caráter substitutivo: exercendoa jurisdição o Estado substitui as atividades daqueles que estão envolvidos no conflito trazido à apreciação que, entre si, não tiveram aptidão para resolução do conflito.
Ou seja, substituir a atividade das partes envolvidas no conflito para resolver a lide, tendo em vista que as partes não entraram em um acordo.
· Pressuposição de uma Lide ou instabilidade social jurídica: a atuação da jurisdição pressupõe a existência de uma lide (conceito já definido) ou ao menos de uma instabilidade social e jurídica que demande um provimento jurisdicional a resolvê-la (provimentos declaratórios x desconstitutivos).
· Inércia: os órgãos jurisdicionais são inertes. Fica a critério do particular a provocação do Estado-Juiz ao exercício da função jurisdicional. O titular de uma pretensão vem a juízo pedir a prolação de um provimento que satisfaça a sua pretensão e com isso elimine o estado de insatisfação.
· Imutabilidade dos atos jurisdicionais: a regra é de que os atos judiciais podem ser atingidos pela imutabilidade (produção de efeitos definitivos e irreversíveis). A coisa julgada, por exemplo, é a imutabilidade dos efeitos de uma sentença, em virtude da qual nem as partes podem repropor a mesma demanda em juízo ou comportar-se de modo diferente daquele preceituado, nem os juízes podem voltar a decidir a respeito, e nem o próprio legislador pode emitir preceitos que contrariem, para as partes, o que já ficou definitivamente julgado.
PRINCÍPIOS INERENTES A JURISDIÇÃO
· Investidura: a jurisdição só será exercida por quem tenha sido regularmente investido na autoridade da magistratura;
· Aderência ao território: as autoridades só o são nos limites territoriais do Estado que lhes garante o exercício soberano da Jurisdição (adstrição territorial);
A autoridade do estado só ocorre no seu espaço territorial a qual tenha soberania.
· Indelegabilidade: é vedado, em regra, aos órgãos do poder judiciário delegarem suas atribuições.
· Inevitabilidade: a autoridade dos órgãos jurisdicionais se impõe, independente da vontade das partes. Vê-se que a inevitabilidade ao réu decorre do ajuizamento da demanda e, após isso, referida inevitabilidade se estende também ao autor. A posição de ambas as partes perante o juiz é de sujeição (aos efeitos da decisão judicial). É impossível as partes se eximirem a autoridade Estatal na aplicação da jurisdição.
· Inafastabilidade: garante-se, a todos, o acesso ao judiciário consoante consagrado no 5º XXXV, no sentido de que qualquer lesão ou ameaça de lesão de direito deva ser possível de ser levada ao Poder Judiciário não podendo encontrar obstáculos, inclusive, na lei. EVIDENTEMENTE, ISSO NÃO SIGNIFICA
QUE OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS (OU TAMBÉM AS CONDIÇÕES DA AÇÃO PARA OS QUE ENTENDEM ESTEJAM “VIGENTES”) SEJAM “INCOSTITUCIONAIS” PORQUANTO OS REQUISITOS LEGAIS DE ADEQUAÇÃO DO PROCESSO SÃO NECESSÁRIOS PARA O PRÓPRIO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE JURISDICIONAL EM CONDIÇÕES MÍNIMAS.
· Juiz natural: ninguém pode ser privado de ser julgado por um juiz imparcial indicado pelas normas constitucionais e legais;
· Inércia: a atividade jurisdicional não se sucede, senão, mediante iniciativa do interessado.
PODERES DA JURISDIÇÃO - Poderes da jurisdição: a doutrina moderna elenca três poderes jurisdicionais, OU PODERES DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE JURISIDICIONAL que são:
1- Poder de decisão – que significa que o Estado-juiz, através da provocação do interessado, em derradeira análise, afirma a vontade concreta da lei aplicável ao caso em análise (“DECLARANDO” O DIREITO APLICÁVEL).
2- Poder de coerção– (ou poder de polícia) A partir de atributos/princípios da Jurisdição tais como a inafastabilidade, por exemplo, a atividade jurisdicional é desenvolvida sob fundamento da força soberana do Estado. Daí, o motivo pelo qual o Estado-juiz pode determinar a remoção de quaisquer obstáculos materiais ou processuais opostos ao exercício de suas funções e ao cumprimento de suas atividades. No processo todos estão sujeitos ao poder de quem o preside (Estado Juiz) observados sempre, por evidente, os ditames legais. Por fim, não é demais ressaltar que embora se manifeste com maior intensidade no processo de execução/cumprimento de sentença encontra-se presente em qualquer atividade jurisdicional.
3- Poder de documentação – é aquele que resulta da necessidade de documentar, ou seja, de “materializar” (tornar palpável) todos os atos processuais. O objetivo é “organizar” materialmente (documentar) o processo através da formação de autos e de lhe dar a devida publicidade com a produção de fé pública, de tudo que ocorre perante os órgãos judiciais ou sob sua ordem (termos de assentada, de constatação, de audiência, de provas, certidões de notificações, de citações etc.).
Competência: é a organização da função jurisdicional ao invés de distribuição
Critérios de organização da atividade jurisdicional. (em razão da matéria, da pessoa, valor da causa, do lugar, da função da hierarquia a par de atuações supletiva e subsidiaria).
Competência: ORGANIZAÇÃO DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE JURISDICIONAL DENTRE OS DIVERSOS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO
A competência ela organiza a função jurisdicional, o que não pode ser confundido com distribuição dos critérios jurisdicionais. NÃO DISTRIBUI. APENAS ORGANIZA
27/08/19
Diz exercício efetivo do direito de ação, pois, sem o preenchimento [...]
Junior, editor saraiva (livro).
Condição da ação
· Possibilidade jurídica do pedido - Ausência de vedação do que é postulado. O PEDIDO TEM QUE SER VÁLIDO
· O interesse de agir - que significa que o manejo do direito de ação se mostre útil e necessário ao autor.
· Legitimidade “ad causam” (partes) - São eles, autor e réu, que participam na relação
jurídica processual.
O novo Código de Processo Civil, no que tange às condições da ação, deixou de prevê-las expressamente. Isso pode não significar o abandono da teoria das condições da ação em campo doutrinário.
· Assim, o instituto foi extinto (PELA ACEPÇÃO LEGAL), mas seus elementos permaneceram intactos, tendo sofrido, contudo, um deslocamento ou “transmudação”. Tomando-se o fato de que o magistrado realiza dois juízos (de “admissibilidade processual” e mérito), o novo CPC buscou separar os elementos integrantes das condições da ação alocando-os em pressupostos processuais (relativos ao juízo de admissibilidade da ação) ou como questão de mérito.
· Informa-nos o artigo 17 do CPC 2015: “Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade”.
· Logo, o interesse de agir e a legitimidade ad causam passaram a ser tratados como pressupostos processuais.
Pressupostos processuais e relação jurídica processual.
(Oscar Von Bullow)
 (
A
 
doutrina
 
de
 
Bülow
 
serviu
 
para
 
elevar
 
o
 
direito
 
processual
 
a
 
uma
)Oscar Von Bullow -
posição destacada definitivamente dos domínios do direito material visto que até a teoria concretista/potestativa o direito processual não havia se desgarrado totalmente do direito material, pois só se realizava para quem tinha razão.
Relação jurídica processual: é a relação entre estado Juiz, autor e réu.
As partes de um processo são, a princípio, autor e réu, que participam na relação jurídica processual. A relação processual é, em regra, TRIANGULAR. Nessa relação às partes levam ao juiz as petições e esse toma as decisões.
É formada por demandante, demandado e pelo estado juiz, sendo essa sua composição mínima, isso porque excepcionalmente pode existir processo sem autor e sem réu, mas essa é a estrutura mínima que geralmente se verifica no caso concreto.
Relação jurídica processual - Quando alguém provoca a atividade jurisdicional do Estado, retirando-o de sua inércia, utilizando-se da garantia constitucional do acesso à Justiça (artigo 5º, inc. XXXV, da Constituição Federal), faz nascer o processo ATRAVÉS DO DIREITO DE AÇÃO. Com isso inicia-se uma relação jurídica processual entre o autor, o juiz, e, após a citação, o réu.
Pressupostos processuais - são os requisitos de existência e validade (eficácia) do processo.
Existência - éo reconhecimento através de preenchimento de requisitos mínimos.
Validade - é o preenchimento de requisitos complementares, ou seja, uma analise posterior a existência, para algo ser válido é necessário que exista.
Pressupostos de existência: Os pressupostos processuais de existência são aqueles essenciais à formação da relação jurídica processual, cuja ausência importa na inexistência dela. Podemos enumerar como pressupostos processuais de existência:
1. Demanda - juiz não age de ofício sendo imprescindível o ato de alguém, que a ele se dirija para vindicar a prestação jurisdicional (direito de ação) QUE SE TRADUZ, SE MATERIALIZA, SE FORMALIZA EM UMA PEÇA PROCESSUAL CHAMADA DE “PETIÇÃO INICIAL”, MAS NÃO SE CONFUNDE COM A PEÇA EM SI.
O juiz não age de ofício, e necessário que a parte se dirija a ao Estado-juiz para buscar a prestação jurisdicional.
2. Jurisdição – a jurisdição é o PODER/DEVER (função) do Estado que tem por escopo
fazer valer a atuação da vontade concreta da lei ao caso concreto (composição da lide).
3. Citação - Citação é o ato pelo qual se faz integrar à relação jurídica processual o réu
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE VALIDADE - Uma vez existente o processo (relação jurídica processual x procedimento) para que se desenvolva regularmente é necessário que estejam presentes outros elementos ou pressupostos denominados de pressupostos processuais de validade
Pressupostos de validade (intrínsecos) objetiva:
1. Petição inicial APTA
É a adequação da peça inicial aos requisitos processuais instituídos em lei.
2. Citação válida
Regularidade procedimental
Para que a relação jurídica processual exista é necessária que a citação. Para que seja válida há que se dar nas formas previstas em Lei. Ler art. 240 NCPC.
Pressupostos de validade subjetiva:
1. Capacidade de ser parte
A capacidade de ser parte ou personalidade judiciária: diz respeito à aptidão das partes (o autor ou o réu) para adquirirem direitos e sujeitarem-se a deveres. Trata-se da aquisição de aptidão para ser titular de direitos ou obrigações, o que inclui o de figurar como parte em demanda judicial. Opera-se com reconhecimento da própria existência da pessoa física ou da pessoa jurídica, ou seja, se o autor ou o réu podem ser sujeito de direitos.
2. Capacidade para estar em juízo
A capacidade para estar em juízo ou capacidade processual: é a aptidão para o exercício desses direitos ou obrigações (capacidade civil para as pessoas físicas e representação regular pelas jurídicas).
3. Capacidade postulatória
Ainda que se tenha capacidade processual ou capacidade de se estar em juízo é necessário que se tenha outro nível de capacidade que é o de postular em juízo, vale dizer, de interagir diretamente junto ao Judiciário nessa relação jurídica processual.
Por direito de postular em juízo (“ius” ou “jus” postulandi) entenda-se o direito de agir e de falar em nome das partes no processo. ( quem e você na fila do pão)
4. Competência
As regras de distribuição de competência, por sua vez, encontram-se na Constituição Federal e normas infraconstitucionais.
Por ora, basta dizer que por competência se tem a organização da atividade jurisdicional dentre os diversos órgãos do Poder Judiciário a fim de “distribuir” a atividade jurisdicional.
5. Imparcialidade do juízo
JUIZ IMPARCIAL É AQUELE EQUIDISTANTE DAS PARTES E DESVINCULADO DA CAUSA EM
SI! Por ora basta dizer que é parcial o juiz suspeito ou impedido e incompetente o órgão judicial para quem não se atribui a função de instruir e julgar a demanda.
Processo/relação jurídica processual: o juiz (investidura** competência e imparcialidade) e as partes (capacidade de ser parte, de estar em juízo e capacidade postulatória).
Pressupostos processuais negativos –
Os pressupostos negativos (ou extrínsecos) constituem aquelas circunstâncias que não podem estar presentes em uma dada relação processual para que se possa adentrar a resolução meritória. Assim, para que a relação jurídica processual seja válida, os pressupostos negativos devem estar ausentes!
Consistem eles em:
1- Litispendência
Existência de ação idêntica a anterior, com as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
2- Coisa julgada
Há coisa julgada quando SE REPETE UMA AÇÃO (AÇÃO IDÊNTICA) SOBRE A QUAL já houve pronunciamento judicial de mérito com trânsito em julgado.
3- Perempção
É a perda do direito de ação em virtude de um mesmo processo ter sido resolvido sem apreciação do mérito, por três vezes, em decorrência abandono de causa. A única exigência para que se verifique a perempção é o abandono do processo por três vezes, não importando o motivo de tal abandono no caso concreto. Assim, a identidade exigida diz respeito apenas ao fundamento da
extinção, mas não levam em conta as peculiaridades do caso concreto. Motivos diferentes levam à extinção pelo mesmo fundamento, gerando o fenômeno da perempção. DIANTE DA PEREMPÇÃO Não é possível nenhum tipo de atividade saneadora.
4- Compromisso arbitral
No caso, sendo informado de CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM ou competência arbitral para resolução da demanda o Juiz igualmente se afasta e reconhece presente pressuposto negativo para atividade jurisdicional. DIANTE DA CONVENÇÃO DE ARBITRAGEM Não é possível nenhum tipo de atividade saneadora (PORÉM É MATÉRIA QUE O JUÍZ NÃO PODE CONHECER DE OFÍCIO).
Refere-se à revogação da jurisdição estatal, visto que a existência convenção de arbitragem impede que o juiz estatal examine o mérito de um determinado conflito.
 (
QUESTÕES
 
ALHEIAS
 
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EFEITOS
 
PROPRIAMENTE)
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“impedimentos
 
processuais”,
 
uma
 
vez
 
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SEJA,
 
SÃO
 
ORIUNDOS
 
DE
)Calmon de Passos entende que tais pressupostos são mais propriamente considerados
Entendendo a Perempção - Perempção no Novo CPC
Conforme o inciso II do art. 485, Novo CPC, o processo poderá ser extinto sem julgamento de mérito por inércia das partes durante 1 ano. E o inciso III do dispositivo dispõe que poderá ser extinto sem resolução de mérito quando o autor não realizar os atos necessários ao prosseguimento da ação em até 1 ano.
Ainda assim, uma vez que o mérito não tenha sido julgado, o autor poderá vir a propor nova ação. Ocorre que, a possibilidade de nova ação mesmo diante do abandono de causa do art. 485, II e III, Novo CPC, poderia implicar em um direito ad infinitum. E, como se sabe, o Direito não trabalha com tempos infinitos.
Imagine-se a hipótese: um autor A possui uma demanda em face de B, mas deixa de promover a ação através de atos necessários que a impulsão do juízo não poderia suprimir. O juiz, então, determina o abandono da causa, nos moldes do art. 485, II, Novo CPC. Ocorre que, antes de o direito da parte prescrever, ela entra novamente com ação idêntica, e incorre no abandono. E novamente o faz. E mais uma vez. Teria ela, desse modo, o direito de entrar com tantas ações quanto desejasse?
Pesando nisso, o legislador instituiu a perempção. Segundo o parágrafo 3º do art. 486, Novo CPC, o autor da ação que der causa à sua extinção em função de abandono por três vezes não poderá propor nova ação com o mesmo objeto. Assim, restará a ele somente a possibilidade de alegar seu direito como matéria de defesa. A perempção no processo civil, portanto, corresponde a essa vedação de repropositura da ação por abandono da causa.
Elementos da ação - Seriam os componentes que formam uma ação. Da junção desses elementos se formaria uma ação.
São Elementos da ação:
1- Partes - As partes de um processo são, a princípio, autor e réu, Quando é mais de uma pessoa que ocupa um ou mais dos polos da ação ocorre o litisconsórcio.
2- Pedido - O pedido é o objeto da ação, consiste na pretensão do autor, que é levada
ao Estado-Juiz e esse presta uma tutela jurisdicional sobre essa pretensão.
Doutrinariamente o pedido também é divido em dois
· Pedido Imediato: É o desejo do autor de ter uma tutela jurisdicional que é dirigida ao próprio Estado-Juiz retirando-o da inércia e forçando uma providência jurisdicional, OU SEJA, A PRESTAÇÃOJURISDICIONAL. Exemplo: “CONDENE AO PAGAMENTO!”.
· Pedido Mediato: É o objeto da ação propriamente dito, o desejo do autor contra o réu, o desejo de submissão do réu a pretensão jurídico levada ao judiciário, ou seja, o desejo sobre o bem jurídico pretendido OU “O BEM DA VIDA”. Exemplo “DE DEZ MIL REAIS”.
3- Causa de pedir - A causa de pedir é constituída dos fatos que deram origem à lide, juntamente com os fundamentos jurídicos que demostram a violação do direito ou a razão da pretensão buscada perante o juiz.
Nesse tema é aplicado a Teoria da Substanciação EM SEARA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, o que divide a causa de pedir em duas, que são:
· Causa de Pedir Remota ou Fática: Essa será a descrição do fato que deu origem a lide.
· Causa de Pedir Próxima ou Jurídica: É o próprio fundamento de direito. Após a descrição fática quando é feito o cotejo das razões de direito buscadas para a solução do caso concreto, substanciando o pedido do autor.
Nesse caso, teoricamente, é necessária somente a discrição das consequências jurídicas que a causa de pedir remota provocou, não sendo necessário os dispositivos legais que fundamentam o direito, tendo em vista o princípio do “iura novit cúria” (O Juiz conhece o direito).
A teoria da Substanciação da Causa de Pedir foi adotada pelo direito processual brasileiro, ela exige que os fatos e os fundamentos jurídicos SEJAM INDICADOS como elementos da causa de pedir.
Petição inicial: É a peça processual, ou seja, o texto redigido em nome do autor e contra
um réu dirigido ao judiciário que inaugura ou instaura qualquer processo judicial.
Art. 319. CPC/15 A petição inicial indicará:
I. O juízo a que é dirigida;
II. Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III. O fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV. O pedido com as suas especificações;
V. O valor da causa;
VI. As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII. A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Sinônimos de inicial: exordial, preambular, madrugadora, inaugural, isagógica, dentre outros.
Toda petição inicial exige:
· Qualificação das partes envolvidas no conflito.
· Causa de pedido, ou seja, deve ter os elementos da ação.
· Pedidos e requerimentos
REQUERIMENTO - Tudo que é postulado que não é um pedido, aquilo que é acessório ao pedido para que o pedido seja atendido é requerimento.
Citação - É um ato processual: tem como finalidade comunicação ao réu e convoca-lo a
permanecer a juízo para integrar a relação jurídica processual do feito.
Art. 238 CPC. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.
Sem citação ainda não está formada a relação processual tríplice (AUTOR, RÉU, JUIZ), embora, antes da citação, já haja ação. A citação é um requisito de existência, pois complementa/aperfeiçoa a relação jurídica processual que concebida para ser tríplice.
Citação é o ato pelo qual se faz integrar à relação jurídica processual o réu (aquele “contra” quem a pretensão do autor é dirigida)
Obs.: o réu não é obrigado a efetivamente participar do processo, mais ainda sim fará parte do processo.
02/09/2019
DEFESA - É toda e qualquer peça processual, portanto, todo texto redigido em nome do réu,
dirigido ao juízo para defender seus direitos e interesses materiais e processuais contra os do autor, É UMA DEFESA!
Exceção à regra: Assim conquanto possível haja concordância do réu com os fundamentos e pedidos da exordial. O réu concordar com os fundamentos da exordial do autor é uma exceção à regra da defesa.
Pode o réu reconhecer a procedência o pedido, neste caso incumbe ao juízo julgar a ação de imediato com resolução do seu mérito. Nos termos do Art. 487
Art. 487. CPC
Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Em tese, a defesa propriamente dita serve de peça de Contraposição, aos termos da petição inicial.
O Autor Pedro Lenza “Se a todos é dado o direito de ajuizar a ação, é sempre assegurado ao réu o direito de contrapor-se a ela, de defender-se, impugnando a pretensão do autor, e apresentando os argumentos necessários para o convencimento do juiz.”.
Utiliza-se a terminologia “resposta do réu” como sinônimo de defesa, ou seja, no âmbito da teoria geral do processo ADIMITE-SE QUE A DEFESA DO REU, NAS VARIAS SEARAS PROCESSUAIS PODE SER COMPOSTA POR UMA OU MAIS PEÇAS POSSIVEIS.
Teor defensivo: volta-se contra a petição ou quanto ao processo.
1 - apontar um ou mais defeitos processuais em relação aos atos do processo e a relação jurídica processual SEM SUSPENSÃO DO FEITO (PROCESSO) PARA RESOLUÇÃO DA QUESTÃO.
2 – apontar um ou mais defeitos processuais em relação aos atos do processo e a relação jurídica processual COM SUSPENSAO DO FEITO.
3- Apontar resistência a causa de pedir e pedidos do autor, em sua apontando argumentos, postulações e requerimentos próprios que NEGUEM os fatos ou direitos alegados ou OBSTEM direta ou indiretamente a procedência dos pedidos.
4- impugnar o valor dado a causa (expressão econômica correspondente ao objeto do processo = resultado econômico buscado) pelo autor.
5 – apresentar uma ação sua, dentro daquela mesma ação, de que se exige alguma “pertinência” ou “correspondência” dentre o conteúdo de ambas de modo que o réu adquire também a condição de autor dessa segunda ação e o autor da primeira ação vira réu dessa segunda.
Essa ação do réu contra o autor no mesmo processo é chamado de RECONVENÇÃO. AMBAS NA SEARA PENAL O INSTITUTO DA RECONVENSÃO DEVE SER ANALISADO COM MUITA RESTRIÇÃO VISTO QUE – POR DECORRENCIA DO PROPRIO ESTUDO DA LIDE COMO FEITO – A REGRA É ADMITIR SER INVIAVÉL.
Reconvenção – Ação incidente que o réu pode mover contra o autor, dentro do mesmo processo, quando houver conexão com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Noção a Contestação - A tendência do processo civil contemporâneo é claramente de diminuir o numero de respostas do réu para concentra-las, substancialmente, nessa peça de defesa do processo civil chamada “contestação”. É dizer que as matérias das cinco petições possíveis mencionadas acima podem todas, serem trazidas na contestação. O processo do Novo CPC consolida a contestação como principal defesa do réu, ampliando sua importância. Toda a matéria de defesa pode se concentrar agora na contestação.
Contestação – Defesa, impugnando o pedido inicial. Deve contrariar todos os fatos alegados pelo autor, sob pena de confissão.
Vejamos a redação dos art. 336 e 337 do Novo CPC em que se consolida a concentração da matéria de defesa e se elenca o rol de matérias preliminares ao mérito:
Art. 336 CPC. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I – inexistência ou nulidade da citação; II – incompetência absoluta e relativa; III – incorreção do valor da causa;
IV – inépcia da petição inicial; V – perempção;
VI – litispendência; VII – coisa julgada; VIII – conexão;
IX – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X – convenção de arbitragem;
XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexacom a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Conceito replica: é o texto escrito dirigido ao juízo em nome do autor, portanto peça processual, de contraposição do autor à defesa do réu via de regra, à modalidade especifica de defesa central ou principal antes vistas como sendo a contestação na seara civil.
Réplica: Direito concedido ao autor para se manifestar sobre determinadas matérias alegadas pelo réu na contestação, como nulidade de citação, litispendência etc.
Embora, novamente é possível que após apresentação da resposta do réu se tenha em réplica concordância com seus termos. Para que se tenha efetivamente “replica” há que se estar diante de uma manifestação do autor contra a contestação do réu.
Vale dizer, o autor oferece a petição inicial e o réu apresenta a sua defesa no momento oportuno. Apresentada ao autor é dada EM REGRA a oportunidade de oferecer sua manifestação contra a defesa do réu, em via de “réplica”.
Se a tese com a antitese do réu é apenas negativa não se usa replica. PEGOU, PEGUEI NÃO.
A revelia – é estagio processual com ausência de apresentação da principal manifestação de defesa do réu. (contestação)
Revelia - pode o réu simplesmente não apresentar qualquer defesa no processo, nesse caso, poderá ser aplicado o efeito da revelia.
É a praxe e em alguns trabalhos doutrinários a revelia é tratada como sinônimo de contumácia (birra, teimosia).
Na verdade, em termos processuais a ideia de contumácia vincula-se até mais a noção de pouco caso ou desdém do que propriamente uma “rebeldia” da parte.
09/09/19
Provas – a prova é mais um dos chamados conceitos plurissemântico ou plurissêmicos do direito. (demonstração de veracidade do fato).
 (
Art.
 
369.
 
NCPC
 
“As
 
partes
 
têm
 
o
 
direito
 
de
 
empregar
 
todos
 
os
 
meios
 
legais,
 
bem
 
como
 
os
moralmente
 
legítimos,
 
ainda
 
que
 
não
 
especificados
 
neste
 
Código,
 
para
 
provar
 
a
 
verdade
 
dos
)
fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz”.
Ensina o professor João Humberto Cesário
A prova, nesse contexto, é um conceito plurissemântico, que pode ser dialeticamente compreendida, a um só tempo, como meio, atividade e resultado obtido mediante o discurso em contraditório. Dito de outro modo, ela é o ‘resultado’ processual da formação do convencimento judicial, atingido por via da ‘atividade’ probatória desenvolvido pelas partes no curso do processo, que por via do ‘discurso’ jurídico, respeitado o ‘contraditório’, se valem dos ‘meios’ legais e moralmente legítimos ofertados pelo direito, para contribuírem na tarefa que o Estado-juiz possui de resolver o conflito colocado à sua apreciação de modo justo.
Para simplificarmos, temos por “prova” a demonstração da veracidade do fato.
Alias prova é também instituto bifronte, pois interessa tanto a âmbito do direito material em [..]
Nesse sentido, prova pode ser compreendida, a um só tempo como MEIO, ATIVIDADE E RESULTADO OBTIDO.
Objeto da prova - são os fatos relevantes e controvertidos, os quais podem constituir o direito do autor, bem assim impedir, modificar ou extinguir direitos perseguidos em juízo.
Enquanto ao meio – No sentido de caminhos vias pelas quais se leva a verdade sobre fatos ao conhecimento de quem de direito (SE NO PROCESSO, AO CONHECIMENTO DO JUÍZO).
Enquanto atividade- No sentido de conduta, sequencia de atos que, inclusive, se concentram em uma fase especifica do processo judicial chamada de fase “probatória”. A atividade probatória do interessado representa o seu esforço de levar a verdade sobre fatos ao
conhecimento de quem de direito (SE NO PROCESSO, CUIDA-SE DO RECONHECIMENTO DO JUÍZO).
Enquanto ao resultado obtido – No sentido de efetivamente se conseguir êxito no reconhecimento, daquele destinatário, quanto à veracidade do fato que se queria provar (SE NO PROCESSO, CUIDA-SE DO RECONHECIMENTO DO JUÍZO).
Ônus da prova- Embora a prova seja um direito da parte, em todos os seus aspectos (meios atividade e resultado obtido) paralelamente é também um “encargo”, ou seja, de acordo com o fato que se quer provar há um ônus (espécie de “obrigação processual”) de prova pelo qual se identifica de quem seria o interesse (maior) de comprovar dado fato para obter êxito na demanda.
Artigo 373 CPC ”Cabe ao autor à demonstração dos fatos constitutivos do seu direito e ao réu a dos fatos impeditivos, extintivos ou modificativos”.
A parte não tem propriamente “obrigação” de comprovar nada, mas pode-se utilizar desse termo, como uma adaptação à relação processual, pois em regra se não comprova o que lhe compete não terá êxito.
Portanto ônus da prova - É o instituto processual pelo qual se faz identificação (distribuição) dentre as partes do interesse de prova de determinados fatos debatidos em juízo reconhecendo de quem seria o encargo probatório. (MAIOR INTERESSADO EM PROVAR).
Eduardo Cambi.
“a inversão do ônus da prova é uma técnica que visa proteger (...) a parte que, na relação jurídica substancial, está em posição de desigualdade, sendo a parte mais vulnerável, (...) não se restringe aos aspectos econômicos, mas também devem ser ponderados alguns fatores, tais como acesso às informações, grau de escolaridade, poder de associação e posição social”.
Prestação jurisdicional – Vista a JURISDIÇÃO como poder/dever do Estado (juiz) que exerce mediante uma atividade (exercício continuo) de entrega da prestação jurisdicional ao interessado.
Assim, chega-se a um dos sentidos de prestação jurisdicional, ou seja, a “manifestação” do judiciário – em cumprimento de sua obrigação de resolver ou prevenir dado conflito mediante aplicação das normas de direito material aplicáveis (“dizer o direito” definindo quem está certo e detém o direito de agir de acordo com o ordenamento jurídico).
Manifestação é externar uma ideia, um posicionamento e é isso que o juízo faz nos autos do processo (autos = meio físico que materializa o processo).
Para essas prestações jurisdicionais utiliza-se corretamente também, sob a perspectiva técnica, a terminologia “pronunciamentos” do Estado juiz (denominação utilizada pelo CPC vigente).
A questão será vista com melhores detalhes posteriormente quando tratarmos de jurisdição e de processo, mas é possível adiantar que os pronunciamentos do juiz consistirão em SENTENÇA, DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS e DESPACHOS.
SENTENÇA – é o pronunciamento judicial por meio do qual o juiz, apreciando ou não o mérito, põe fim a fase cognitiva do conflito no processo (PROVIMENTO JURISDICIONAL FINAL).
A SENTENÇA - É o ato do juiz (ou de um TRIBUNAL quando passa a se chamar ACORDÃO) que decide a lide – (pretensão resistida) fazendo aplicar, IMPOSITIVAMENTE, o DIREITO AO CASO resolvendo ou não o mérito do conflito (CASO CONCRETO) consoante artigos 485 e 487 do CPC/15.
A sentença normalmente é utilizada para definir o provimento jurisdicional final de juízos singulares, portanto, de primeira instancia.
A “sentença” proferida por juízos colegiados (tribunais, em regra) é chamada de “ACORDÃO”.
Acórdão - é “a sentença dos tribunais, via de regra através de órgãos colegiados judiciais”.
Acórdão – Art. 204 NCPC “Acordão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais”. O mesmo que Aresto.
 (
que
 
não
)Decisão interlocutória – é todo pronunciamento judicial de natureza decisória ponha fim à fase cognitiva do conflito no processo, ou seja, a decisão interlocutória resolve
questão incidental não decidindo o pedido da ação ou mesmo declarando a impossibilidade de fazê-lo por algum defeito processual.
 (
EXEMPLO:
 
A
 
DECISÃO
 
QUE
 
INDEFERE
 
A
 
PRODUÇÃO
 
DE
 
DETERMINADA
 
PROVA
 
SOBRE
 
A
)
QUAL CONTROVERTIAM OS LITIGANTES OU QUE APRECIA UM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA
Despacho – todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou requerimento da parte.
São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. (§3º do art. 203 do CPC). SÃO ATOS QUE, AINDA QUE TENHAM ALGUM CONTEÚDO DECISÓRIO MÍNIMO, VIA DE REGRA,SERVEM PARA DAR ANDAMENTO AO FEITO SEM DECIDIR QUESTÃO INCIDENTAL (CONTROVÉRSIA INCIDENTAL).
 (
POR
 
EXEMPLO:
 
DESIGNAÇÃO
 
DE
 
DIA
 
DE
 
PERÍCIA
 
OU
 
DE
 
AUDIÊNCIA.
 
CONCESSÃO
 
DE
)
 (
PRAZO.
 
RECEBIMENTO
 
DE
 
UM
 
DOCUMENTO
 
E
 
ABERTURA
 
DE
 
VISTAS
 
PARA
 
A
 
PARTE
)
CONTRÁRIA.
10/09/2019
15 - Recursos e meios de impugnação (contestação) de decisões judiciais –
Meios de impugnação (contestação) de decisões judiciais é um gênero, do qual o recurso é espécie de impugnação.
Isso, pois todos os meios cabíveis judicialmente para buscar a REFORMA ou a ANULAÇÃO DE DECISÕES JUDICIAIS, são meios de impugnação de decisões judiciais.
Assim, além de recursos, há medidas administrativas e ações especificas que formam uma nova relação jurídica (administrativa ou judicial) e que se somam aos recursos (que simplesmente estende aquela mesma relação jurídica para esses fins).
Em regra, os meios de impugnação de decisões judiciais são levados ao conhecimento da autoridade competente para reformar ou anular a decisão judicial atacada.
	Recursos são em termos genéricos uma espécie de meio de impugnação de decisões judiciais
	pela qual - em uma mesma relação jurídica processual – se busca atacar decisões judiciais para
	reforma (ou seja, a “inversão” ou “alteração” do que decidido) a anulação (deixe de ter
	
	
	validade e, portanto produzir efeitos jurídicos concretos = eficácia) APONTANDO VÍCIOS NA
	
RELAÇÃO JURIDICA.
Os recursos não instauram uma nova relação jurídica processual, mas prologam a inicialmente existente, razão pela qual o mais correto tecnicamente é identificar que essa relação se forma entre partes e JUIZO (e não o juiz, propriamente) sendo que o magistrado ou magistrados que se envolve(m) no caso fazem a representação do Estado Juiz.
O Estado-Juiz se faz igualmente presente em cada etapa do processo através dos seus representantes em cada qual dessas etapas.
Via de regra os recursos são dirigidos para órgãos judiciais distintos daqueles que proferiram a decisão atacada em uma observância da organização verticalizada ou hierarquizada do judiciário (órgãos superiores analisam os recursos que atacam decisões dos inferiores).
Na contemporaneidade processual foi ampliado o sentido de recurso para abranger também meios de “integração” ou “esclarecimento” quando a decisão judicial peca por aparente imprecisão, omissão ou é contradição.
Nesses casos o recurso cabível é dirigido ao próprio órgão prolator da decisão.
A designação genérica mais adequada para a identificação do ato de apresentação de recurso em face de dada decisão judicial quando dirigida a outro órgão diverso do prolator é “interposição” cujo verbo é “interpor” (colocar-se entre, ou seja, levar a questão de uma à outra das instancias ou dos órgãos judiciais).
Tópico III princípios gerais do direito processual. Processo e constituição.
O tópico III é composto por dois pontos, sendo eles, PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL e PROCESSO E CONSTITUIÇÃO.
Processo e constituição - direito processual constitucional
A condensação metodológica e sistemática dos princípios constitucionais do processo toma o nome de direito processual constitucional. Não se trata de um ramo autônomo do direito processual, mas de uma colocação cientifica, de um ponto-de-vista metodológico e sistemático, do qual se pode examinar o processo em suas relações com a Constituição.
O direito processual constitucional abrange, de um lado,
· A tutela constitucional dos princípios fundamentais da organização judiciária e do processo;
A tutela constitucional dos princípios fundamentais da organização judiciária corresponde às normas constitucionais sobre os órgãos da jurisdição, sua competência e suas garantias.
· De outro, a jurisdição constitucional.
A jurisdição constitucional compreende, por sua vez, o controle judiciário da constitucionalidade das leis - e dos atos da Administração, bem como a denominada jurisdição constitucional das liberdades, com o uso dos remédios constitucionais-processuais — habeas corpus,mandado de segurança, mandado de injunção, habeas data e ação popular. A tutela constitucional dos princípios fundamentais da organização judiciária será objeto de análise em outro tópico (infra, cap. 16, esp. nn. 85-86).
Á jurisdição constitucional é matéria que pertence especificamente ao direito constitucional, ao direito processual civil e ao direito processual penal. Mas a tutela constitucional do processo é matéria atinente à teoria geral do processo, pelo que passamos a examiná-la em sua dúplice configuração: a) direito de acesso à justiça (ou direito de ação e de defesa); b) direito ao processo (ou garantias do devido processo legal).
Princípios gerais do direito processual – A ementa do curso parece ter se inclinado no sentido da linha doutrinaria que não enxerga maior relevância no estudo prévio dos chamados “princípios informativos do direito processual”.
A ementa do curso parece ter se inclinado no sentido da linha doutrinaria que não enxerga maior relevância no estudo prévios dos chamados PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DO DIREITO PROCESSUAL.
Em doutrina há que, inclusive, trata-os por sinônimos para denominar o instituto por princípios gerais ou informativos do processo.
Adotaremos linha distinta dessa para compreender que se trata de duas espécies distintas de princípios.
Relembrando o que são princípios e seu caráter normativo – O estudo a respeito do instituto “princípios”, em si, já foi feito em IED, se buscou compreender o direito em
“sentido objetivo” (conjunto de normas) e bem assim quando do largo estudo feito a respeito das normas jurídicas.
Na oportunidade foi bem aprendido o caráter normativo dos princípios cuja aceitação hoje é amplamente majoritária.
Assim, Bonavides citando Crisafuli:
Princípio é, com efeito, toda norma jurídica enquanto considerada como determinante de uma ou de muitas outras subordinadas, que a pressupõe, desenvolvendo e especificando ulteriormente o preceito em direções mais particulares (menos gerais), das quais determinam, e, portanto resumem a lei em questão.
 (
PORTANTO
 
HOJE
 
PRÍNCIPIOS
 
SÃO
 
UMA
 
CATEGORIA
 
DE
 
NORMAS
 
JURÍDICAS
 
QUE,
)
 (
COMO
 
TAL,
 
POSSUEM
 
TODAS
 
AS
 
CARACTERISTICAS
 
JÁ
 
VISTAS
 
DE
 
UMA
 
“
NORMA
)
JURÍDICA”.
REPRESENTAM MANDAMENTOS NUCLEARES DO SISTEMA JURÍDICO E EXERCEM ATRAVÉS DE OUTRAS NORMAS POSTAS (REGRAS OU LEIS), BEM COMO, DIRETAMENTE ATEAVÉS DO PRÓPRIO SISTEMA DO QUAL SÃO DEDUTIVEIS.
 (
PORTANTO
 
OS
 
PRINCÍPIOS
 
DO
 
PROCESSO
 
SÃO
 
OS
 
ALICERSES
 
NORMATIVOS
 
OU
MANADAMENTOS
 
NORMATIVOS
 
NUCLEARES
 
DO
 
SISTEMA
 
JURÍDICO
 
PROCESSUAL.
)
ESTUDO COMPLEMENTAR
Segundo a doutrina majoritária os princípios cumpririam três importantes finalidades em nosso ordenamento jurídico:
Função normativa: com o reconhecimento da natureza normativa dos princípios eles são concebidos hoje como mais um instrumento que age como função de fundamentar a ordem jurídica na qual se encontra inserido a par das regras (Leis em sentido amplo!).
‘	Assim entende por princípio Celso Antônio Bandeira de Mello (1980,
p. 230): "(...) mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico...".
Nesse sentido, os princípios atuam (também) na integração da legislação (lacunas da lei) servindo de recurso pragmático na atividade de julgar!
Função Interpretativa: os princípios agem como diretrizes de interpretação das Leis em sentido amplo. Fácil concluir que se os princípios dão base de sustentação para construção de todo o sistema normativo que o “complementa” através das regras (LEIS EM SENTIDO AMPLO) a necessidade de
se colocar sentido e alcance às Leis deve ser sempre pautada pelos princípios ou o sistema normativo restaria de todo incoerente e insubsistente.
Funçãoinformadora: Essa terceira função dos princípios também se justifica no seu “status” normativo hoje amplamente assegurado. Assim, ao Legislador compete “atualizar” as leis face às modificações sociais (fatos e valores) a partir da observância prévia dos princípios que regem o ordenamento jurídico posto, como um todo, e cada qual dos ramos da ciência jurídica em particular.
PRINCÍPIOS INFORMATIVOS E PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL:
A par dos chamados princípios constitucionais do processo que veremos no subitem (na relação) subsequente do “processo e constituição”, em doutrina que adotaremos são admitidas duas categorias de princípios processuais ditos de cunho geral chamados PRINCÍPIOS INFORMATIVOS E PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL.
Nesse ponto é necessário destacar que muitos doutrinadores apontam os princípios informativos os gerais do processo tratando-os por sinônimos.
 (
Os
 
princípios
 
informativos
 
(alguns
 
doutrinadores
 
denominam
 
“formativos”)
 
do
processo
 
seriam
 
aqueles
 
que
 
moldam
 
uma
 
visão
 
ideal/utópica
 
(paradigma
 
processual)
)
do processo e nesse sentido seriam “antecedentes logico-jurídicos” dos princípios gerais do processo que moldam o sistema jurídico processual como ele efetivamente se apresenta.
DISTINÇÃO ENTRE AMBAS AS CLASES DE PRINCIPIOS DE CUNHO GERAL
Primeiramente, como já visto, parte da doutrina repele qualquer relevância nos princípios ditos “informativos” pelo caráter supostamente pouco concreto ou metafísico dado que atuariam na concepção de um processo meramente paradigmático ou ideal.
É usual, portanto, que esses princípios informativos sejam tratados como princípios gerais do direito processual sem qualquer distinção.
Para a doutrina de Ada Pellegrine Grinover, contudo, distinguem-se os princípios gerais do direito processual daquelas normas ideais que representam uma aspiração de funcionamento ideal do sistema processual, estas normas são chamadas de “princípios informativos”.
PRINCÍPIOS INFORMATIVOS: Seriam os princípios que moldariam um processo ideal, paradigmático (utópico para muitos), no sentido de que todos os atos e relações jurídicas entre seus sujeitos se dessem de formas mais eficaz e eficiente possível, a fim de efetivar os escopos processuais do processo (jurídico, politico e social) ao máximo.
Nesse mesmo sentido, como bem acentua Nelson Nery júnior – “os chamados princípios informativos possuem caráter axiológico, constituindo-se de verdades absolutas que prescindem de qualquer de qualquer verificação”.
PRINCÍPIOS INFORMATIVOS EM ESPÉCIE:
São eles: principio logico, principio jurídico, princípio politico e princípio econômico.
PRÍNCIPIO LÓGICO (ORGANIZAÇÃO): Lógica é a consciência e capacidade de organização do pensamento. Portanto, o princípio lógico de um direito processual idealizado organizaria os institutos de direito processual com o máximo de consciência e capacidade possíveis.
PRÍNCIPIO JURÍDICO (APLICAÇÃO DA “LEI”): Seria a formatação de um processo ideal que atingisse, com sua finalidade instrumental viabilizar o máximo de êxito possível na aplicação do ordenamento posto.
PRINCIPIO POLITÍCO (FORÇA): Trataria de reconhecer um processo ideal pelo qual a atuação do Estado/Juiz como força soberana na atividade de julgar alcançaria o máximo resultado possível reforçando-se, nessa atividade, enquanto poder soberano mediante gestão participativa e impositiva dos conflitos.
PRINCÍPIO ECONÔMICO (MENOR SACRIFICIO DE RECURSOS): seria a ideia de um direito processual que alcançasse um êxito pleno com o sacrifício mínimo de recursos (materiais e humanos) tanto do Estado, propriamente, como de todos os envolvidos.
16/09/19
Relação de principio e regra? Os dois tem caráter normativo.
Direitos fundamentais são os direitos humanos positivados.
Direitos fundamentais de primeira dimensão (não se usa geração, termo superado pela doutrina contemporânea).
Estudo complementar -
Direitos fundamentais de primeira dimensão - São os direitos e garantias individuais e políticos clássicos (liberdades públicas), surgidos institucionalmente a partir da Magna Carta.
Direitos fundamentais de segunda dimensão - Referindo-se aos hoje chamados direitos fundamentais de segunda geração, que são os direitos sociais, econômicos e culturais, surgidos no início do século, Temístocles Brandão Cavalcanti analisou que "o começo do nosso século viu a inclusão de uma nova categoria de direitos nas declarações e, ainda mais recentemente, nos princípios garantidores da liberdade das nações e das normas da convivência internacional. Entre os direitos chamados sociais, incluem-se aqueles relacionados com o trabalho, o seguro social, a subsistência, o amparo à doença, à velhice etc.".
Direitos de terceira dimensão Por fim, modernamente, protege-se, constitucionalmente, como direitos de terceira geração os chamados direitos de solidariedade ou fraternidade, que englobam o direito a um meio ambiente equilibrado, uma saudável qualidade de vida, ao progresso, a paz, a autodeterminação dos povos e a outros direitos difusos, que são, no dizer de José Marcelo Vigliar, os interesses de grupos menos determinados de pessoas, sendo que entre elas não há
vínculo jurídico ou fático muito preciso.
Como conclui Manoel Gonçalves Ferreira Filho, "a primeira geração seria a dos direitos de liberdade, a segunda, dos direitos de igualdade, a terceira, assim, complementaria o lema da Revolução Francesa: liberdade, igualdade, fraternidade".
Celso Lafer classifica esses mesmos direitos em quatro gerações - dizendo que os direitos de terceira e quarta gerações transcendem a esfera dos indivíduos considerados em sua expressão singular e recaindo, exclusivamente, nos grupos primários e nas grandes formações sociais.
17/09/2019
Devido Processo Legal (due processo of law) – O artigo 5º, inciso LIV, da Constituição Federal, assegura que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. Considerado como a fonte dos demais princípios constitucionais do processo, ou verdadeiro metaprincípio constitucional do processo o devido processo legal é a maior garantia do cidadão de acesso ao Poder Judiciário. O devido processo legal significa a efetivação do conjunto de regras processuais (“lato sensu”) que garantam que todos tenham no processo uma fórmula estatal justa de resolução de conflitos e instabilidades nas relações sociais.
O princípio do devido processo legal serve de instrumento fundamental e garantia maior na defesa de todos os outros direitos, inclusive processuais, na medida em que, quando não reconhecidos os direitos inerentes ao cidadão o PROCESSO PODE SE TORNAR ALGO ARBITRÁRIO, CASUÍSTICO, PERSONALIZADO/DE EXCESSÃO. Portanto, o devido processo legal significa a observância de um processo que se mostre uma fórmula equânime e justa, impessoal, mas isonômica, efetiva, mas não autoritária, de atuação judicial na solução de conflitos (a partir de uma concepção de processo de acordo com a LEI).
Princípio da imparcialidade do juiz - A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes. Assim, o juiz deve se colocar entre as partes e “acima” delas (no sentido de ser o responsável pela condução do processo e seu julgamento), não assumindo posição outra, senão, de imparcialidade. A imparcialidade do juiz é um requisito para que a relação processual se instaure validamente.
Principio da isonomia ou da igualdade - Para este princípio as partes e os procuradores devem merecer tratamento igualitário, para que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer em juízo as suas razões. Assim, devem-se dar condições igualitárias para que as partes se encontrem em “paridade de armas”.
Hoje não se adota uma igualdade absoluta e sim uma igualdade proporcional ou material. Dessa forma, não são proibidas todas as discriminações, mas sim, apenas as que não guardem correspondência a um elemento (valor, princípio ou regra) juridicamente apta a segregar as situações.
Principio do contraditório e da ampla defesa - O contraditório éconstituído por dois elementos: informação e reação. Assim, o princípio do contraditório garante que as partes sejam informadas dos atos que estão ocorrendo no processo (informação) para que possam oferecer uma resposta a esses atos (reação). As partes têm o direito de se defender de todas as formas possíveis (ampla defesa). Também indica a atuação de uma garantia fundamental de justiça e é considerado inerente à própria noção de processo. Em todo processo contencioso há pelo menos duas partes, inclusive em processos administrativos.
Principio da ação/inercia - processos inquisitivo e acusatório: O princípio da ação consiste na atribuição à parte para provocar o exercício da função jurisdicional. Assim, a ação é o poder de ativar os órgãos jurisdicionais com o objetivo de satisfazer um interesse.
Inércia: os órgãos jurisdicionais são inertes. Fica a critério do particular a provocação do Estado-Juiz ao exercício da função jurisdicional. O titular de uma pretensão vem a juízo pedir a prolação de um provimento que satisfaça a sua pretensão e com isso elimine o estado de insatisfação.
 (
disponibilidade
 
processual
 
preceitua
 
que
 
existe
 
a
 
possibilidade
 
de
 
apresentar
 
ou
 
não
 
sua
pretensão
 
em
 
juízo,
 
bem
 
como
 
de
 
apresentá-la
 
da
 
maneira
 
que
 
melhor
 
lhe
 
couber
 
e
 
renunciar
)Princípio da disponibilidade e da indisponibilidade- O princípio da
a ela ou a determinadas situações processuais. Este dispositivo é quase absoluto, mas sofre limitação quando o direito material for de natureza indisponível (como os direitos da personalidade). Isto ocorre porque neste caso prevalece o interesse público, que é também o que ocorre no direito processual penal.
Princípio da exigência de motivação das decisões judiciais - Trata-se de requisito de validade e elemento formal dos pronunciamentos decisórios da Justiça. Nesse contexto, a Constituição Federal estatui, no artigo. 93, inciso IX, que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes. Dessa forma, a Carta Magna visa repelir de modo incisivo as decisões judiciais despidas de fundamentação, passíveis de nulidade, sanção essa prevista na Norma Ápice do Ordenamento jurídico processual que é a própria constituição.
Isso porque, o propósito dialético da relação jurídica processual não subsiste se, acaso, a decisão judicial restar desacompanhada dos motivos pelos quais o Juízo acolheu ou rejeitou a(s) a pretensão (ões). O cidadão tem direito a saber os motivos pelos quais a demanda foi julgada em um ou em outro sentido e, bem assim, é impossível que se possa inclusive impugnar uma decisão que não explicita seus fundamentos.
 (
-
 
garante
 
a
 
presença
 
de
 
público
 
nas
 
audiências
 
e
 
a
)O princípio da publicidade
possibilidade do exame dos autos por qualquer pessoa, servindo como um instrumento de fiscalização. A expressão “o povo é o juiz dos juízes” representa a essência desse princípio.
Princípio da persuasão racional do juiz - Este princípio regula a apreciação e avaliação das provas existentes nos autos, indicando que o juiz deve formar sua convicção livremente. No entanto, essa liberdade de convicção deve ser motivada, não podendo o juiz
desprezar as regras legais, as máximas de experiência, e, sobremaneira aquilo que foi alegado e provado nos autos. Isso ocorre devido ao sistema legal ou tarifado, esse sistema faz com que o juiz não pondere as provas, limitando-o a fazer a pura aplicação das leis.
Princípio do impulso oficial - De acordo com este princípio compete ao juiz mover o procedimento de fase em fase até que chegue ao final da função jurisdicional. Significa que o impulso processual é sempre de incumbência do Juízo conquanto as partes não possam criar oposições injustificadas ou temerárias para seguimento da marcha processual e, ao contrário, tenham o dever de colaboração com o andamento dos feitos.
Resumo- Cabe ao juízo fazer com que o processo chegue ao seu final, tendo as partes o dever de colaborar com o andamento dos feitos, para que o processo chegue ao seu final em tempo razoável.
Principio duplo grau de jurisdição - O DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E SUA CONDIÇÃO DE PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL OU PROCESSUAL GERAL.
Há substancial controvérsia em doutrina quanto ao chamado “duplo grau de jurisdição” se consagrar, ou não, enquanto princípio constitucional (diferido/implícito, pois não há expressa previsão na Lei Maior) ou mesmo princípio geral do direito processual. (STF entende que não é principio)
Nesse sentido, Oreste Nestor de Souza Laspro, caracteriza o instituto “[...] como sendo aquele sistema jurídico em que, para cada demanda, existe a possibilidade de duas decisões válidas e completas no mesmo processo, emanadas por juízes diferentes, prevalecendo sempre a segunda em relação à primeira” No sentido de que a Carta Magna não divulgou expressamente o princípio do duplo grau de jurisdição, razão esta que vem levando uma grande corrente doutrinária a defender a tese de que o referido princípio não está edificado à categoria dos princípios constitucionais, pois se assim entendesse o legislador, sem embargo, o teria incluído de forma expressa.
Dentre os principais defensores desta corrente estão Luiz Guilherme Marinoni, Oreste Nestor de Souza Laspro, Fredie Didier Junior e Leonardo José Carneiro da Cunha. Para Marinoni, “o duplo grau de jurisdição, compreendido como o direito à revisão da decisão proferida pelo juiz que teve, pela primeira vez, contato com a causa, não é garantido constitucionalmente, nem pode ser considerado um princípio fundamental de justiça” Em decisões mais recentes proferidas pelo Supremo Tribunal Federal têm se adotado firme orientação no sentido de que o duplo grau jurisdicional não é garantia constitucional. Neste sentido:
“Confira-se, por outro lado, no que interessa, a orientação jurisprudencial ainda predominante nesta Corte acerca do tema do duplo grau de jurisdição em matéria de competência originária dos Tribunais:
I. Duplo grau de jurisdição no Direito brasileiro, à luz da Constituição e da Convenção Americana de Direitos Humanos. 1. Para corresponder à eficácia instrumental que lhe costuma
 (
ser
 
atribuída,
 
o
 
duplo
 
grau
 
de
 
jurisdição
 
há
 
de
 
ser
 
concebido,
 
à
 
moda
 
clássica,
 
com
 
seus
 
dois
)
 (
caracteres
 
específicos:
 
a
 
possibilidade
 
de
 
um
 
reexame
 
integral
 
da
 
sentença
 
de
 
primeiro
 
grau
 
e
)
que esse reexame seja confiado à órgão diverso do que a proferiu e de hierarquia superior na ordem judiciária. 2. Com esse sentido próprio - sem concessões que o desnaturem - não é possível, sob as sucessivas Constituições da República, erigir o duplo grau em princípio e garantia constitucional, tantas são as previsões, na própria Lei Fundamental, do julgamento de única instância ordinária, já na área cível, já, particularmente, na área penal. 3. A situação não se alterou, com a incorporação ao Direito brasileiro da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José), na qual, efetivamente, o art. 8º, 2, h, consagrou, como garantia, ao menos na esfera processual penal, o duplo grau de jurisdição, em sua acepção mais própria: o direito de "toda pessoa acusada de delito", durante o processo, "de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior". 4. “Prevalência da Constituição, no Direito brasileiro, sobre quaisquer convenções internacionais, incluídas as de proteção aos direitos humanos, que impede, no caso, a pretendida aplicação da norma do Pacto de São José”.
A se considera, no entanto, que a regra geral em direito processual preconiza pela possibilidade de revisão integral das decisões judiciais por órgão diverso do prolator poder-se-ia concluir que o duplo grau de jurisdição, seja uma garantia constitucional ou princípio que norteia o direito processual. E como todo princípio representaria, em

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