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prevenção de quedas

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Queda - definição 
 
• Deslocamento não-intencional do corpo para 
um nível inferior à posição inicial com 
incapacidade de correção em tempo hábil, 
determinado por circunstâncias multifatoriais; 
 
• Um evento que resulta em uma pessoa vinda 
inadvertidamente para o chão ou outro nível 
abaixo e que não seja consequência de uma 
pancada violenta, perda de consciência, início 
súbito de paralisia ou ataque epiléptico 
 
Quedas 
 
• Representam um grave problema de saúde 
pública, dadas as suas consequências 
(incapacidade, institucionalização e morte), 
com implicações diretas para a qualidade de 
vida e o bem-estar da população idosa; 
 
• Declínio funcional é tanto um fator de risco 
quanto uma consequência das quedas; 
 
• Mundialmente, 80% das quedas em idosos 
(>70 anos) acontecem em países de baixa e 
média renda; 
 
• Houve um aumento de 53% no número total 
de mortes decorrentes de quedas de 2000 a 
2019, enquanto que o aumento por todas as 
outras injúrias foram de apenas 6%; 
• Cerca de um terço das pessoas idosas caem 
ao menos 1x/ano; 
 
• A taxa aumenta para 50% entre os idosos com 
mais de 80 anos e entre os que residem em 
ILPI (1,7 quedas pessoa/ano); 
 
• 13% dos idosos caem duas ou mais vezes por 
ano; 
 
• As mulheres tendem a cair mais que os 
homens até os 75 anos de idade, a partir 
dessa idade as frequências se igualam; 
 
• Idosos entre 75-84 anos que necessitam de 
ajuda nas atividades de vida diária: 
probabilidade de cair 14x maior do que 
pessoas da mesma idade independentes; 
 
• Forte associação com mortalidade, pois as 
lesões decorrentes das quedas perduram por 
um longo tempo, mesmo após o tratamento; 
 
• Local mais frequente: 80% casa 
- Pessoas mais ativas: mais fácil de cair fora 
de casa; 
- Pessoas mais dependentes: mais fácil de 
cair dentro de casa. 
 
• 75% casos: andando ou sentando-levantando 
 
• Morte por causas externas são a 5ª causa de 
morte em idosos (atropelamentos, demais 
Prevenção de 
quedas 
 
acidentes de veículo, quedas, suicídios e 
agressões) 
- Quedas correspondem a 2/3 destas mortes. 
 
• 5% idosos que caem são hospitalizados: 
- Tempo médio de internação: 12 dias; 
- Dos idosos admitidos em hospital após uma 
queda: apenas 50% estarão recuperados 
após 1 ano. 
 
• Idosos saudáveis da comunidade: 5% 
resultam em fratura ou requerem 
hospitalizações; 
 
• Idosos institucionalizados: 10-25% resultam 
em fraturas ou lacerações; 
 
• 90% das fraturas de quadril são causadas por 
quedas 
- 1/2 dos idosos que sofrem fratura de quadril 
após queda não recuperam sua mobilidade 
prévia; 
- 1/3 dos homens morrem no primeiro ano 
após fratura 
 
Quedas - classificação 
 
• ACIDENTAL: evento único, associada a 
fatores extrínsecos; 
 
• RECORRENTE: Ocorrência de 2 ou mais 
quedas no período de 1 ano, normalmente 
associada a fatores intrínsecos. 
 
Fatores de risco para queda 
 
 
 
• Os fatores de risco para quedas em idosos 
são divididos em fatores intrínsecos e 
extrínsecos. 
 
Fatores intrínsecos 
 
• Idade avançada; 
• Sexo feminino, principalmente até os 75 anos 
de idade; 
• Imobilidade; 
• Quedas precedentes; 
• Equilíbrio diminuído; 
• Marcha lenta e com passos curtos; 
• Fraqueza nos membros inferiores e 
superiores; 
• Baixa aptidão física; 
• Alterações cognitivas; 
• Doenças neurológicas, como Parkinson; 
• Polifarmácia; 
• Uso de sedativos, hipnóticos e ansiolíticos; 
• Baixo peso e sobrepeso. 
 
 
Fatores extrínsecos 
 
• Comportamentos de risco, como subir no 
telhado, ficar em pé sobre uma cadeira para 
limpar a parte de cima da geladeira, do 
guarda-roupa, entre outros; 
• Atividades; 
• Ambiente, iluminação, planejamento, 
construção, barreiras arquitetônicas, tapetes, 
piso escorregadio, fios no chão, ambientes 
desorganizados móveis instáveis, degraus... 
• Animais de estimação (existe uma 
recomendação para que o idoso não tenha um 
animal de estimação que seja da mesma cor 
do piso da casa dele para não correr o risco 
de ele não enxergar o animal e tropeçar); 
• Calçado inadequado. 
 
Quedas – há fatores de risco mais 
relevantes ou menos relevantes para 
quedas? 
 
• Podemos classificar os fatores em alto, médio 
e baixo risco. 
 
 
 
A=acidental 
R=recorrente 
AVE=acidente vascular encefálico 
IMC=índice de massa corporal 
MMII=membros inferiores 
AVDs=atividades de vida diária 
FPM=força de preensão manual 
 
• A combinação de 
fatores é mais importante 
para predizer uma queda 
do que fatores de risco 
isolados, independente se 
for de alto, médio ou 
baixo risco. 
 
Medo de quedas... 
 
• Uma queda pode 
gerar no idoso um medo 
de cair novamente. Isto, 
por sua vez, pode limitá-lo 
a desenvolver algumas 
atividades, gerando 
diminuição da motilidade, 
gerando, assim, uma 
inatividade ou um 
isolamento social. 
Consequentemente, este 
idoso pode ter uma fraqueza muscular e um 
déficit de equilíbrio, o que o leva a cair 
novamente. Assim, isso pode leva-lo a uma 
dependência, uma institucionalização, 
hospitalização e, posteriormente, morte; 
 
• Queda em idosos é multifatorial e pode ser 
recorrente, portanto, examinar um indivíduo 
com risco de quedas levando em conta 
somente os fatores de risco físicos, de certa 
maneira, é negligenciar outros importantes 
aspectos causadores das quedas, como o 
medo de cair; 
 
• Ptofobia: medo de cair e de andar → ptofobia 
desenvolve-se como uma consequência 
psicológica de uma queda. 
 
Consequências das quedas 
 
• Aumento do tempo de internação; 
 
• Pode acarretar na institucionalização do 
paciente; 
 
• Aumento dos custos despendidos para o 
sistema de saúde; 
 
• A identificação dos fatores de risco deve ser 
realizada pelos profissionais de saúde. 
 
Instrumentos 
 
• Escala de avaliação do equilíbrio e da marcha 
de Tinneti (POMA – Brasil); 
 
• Escala de Eficácia de a Quedas – 
Internacional (FES-1-Brasil); 
 
• Escala de Equilíbrio de Berg; 
 
• Teste de Alcance Funcional (TAF); 
 
• Teste de Equilíbrio Estático de Dinâmico; 
 
• Plataforma de força; 
 
• Teste de Velocidade da Marcha; 
 
• Teste Cronometrado de Levantar e Ir (TUG). 
 
Instrumentos 
 
• Avaliar risco de quedas: 
- Normalmente na admissão (escala) 
- Fatores de risco intrínsecos e extrínsecos 
- Avaliação funcional 
 
- Avaliação órgãos dos sentidos 
- Medicamentos 
- Doenças 
- Histórico 
 
• Identificação do paciente com risco com a 
sinalização à beira do leito ou pulseira 
(hospital) 
 
• Agendamento dos cuidados de higiene 
pessoal; 
 
• Revisão periódica da medicação; 
 
• Atenção aos calçados utilizados pelos 
pacientes; 
 
• Educação dos pacientes e dos profissionais; 
 
• Revisão da ocorrência de queda para 
identificação de suas possíveis causas. 
 
 
 
• Quedas devem ser notificadas no NOTIVISA, 
um sistema informatizado desenvolvido pela 
Anvisa para receber notificações de 
incidentes, eventos adversos (EA) e queixas 
técnicas (QT) relacionadas ao uso de produtos 
e de serviços sob vigilância sanitária; 
 
• Notificações para a Anvisa pelo Núcleo de 
Segurança do Paciente (NSP); 
 
• Exemplos de notificações de eventos 
adversos que podem ser feitas no Notivisa: 
Incidente/evento adverso durante 
procedimento cirúrgico; Queda do paciente; 
Lesão por pressão; Reação adversa ao uso 
de medicamentos; Erros de medicação que 
causaram ou não dano à saúde do paciente 
(por exemplo, troca de medicamentos no 
momento da administração); etc... 
 
• O NSP elabora o Plano de Segurança do 
Paciente em Serviços de Saúde (PSP), o qual 
deve incluir atividades para prevenção de 
quedas do paciente; 
• Nível de evidências para intervenções 
relacionadas a quedas em idosos no 
domicílio: 
 
 
 
 
 
• Educação em saúde: 
- Orientações sobre risco de queda e 
consequências; 
- Elaboraçãoe distribuição de material 
educativo. 
 
 
 
Medidas gerais de prevenção de quedas 
 
• Ambiente seguro de acordo com a legislação 
(instituições): 
- Pisos antiderrapantes 
- Mobiliário e iluminação adequados 
- Corredores livres de obstáculos (ex: 
equipamentos, materiais e entulhos) 
- Maçaneta do tipo alavanca, fechaduras 
sobre a maçaneta 
- Uso de vestuário e calçados adequados 
 
- Movimentação segura dos pacientes (evitar 
andar de meias, não subir em cadeira ou 
banco) 
- Interruptores de luz e tomadas com altura 
confortável (1,10m). 
 
• Banheiro: Barras de proteção, cadeira de 
banho/banco, tapetes emborrachados e 
antiderrapantes, ajuste da altura do vaso; piso 
antiderrapante, cortinas, vaso e pia de cores 
diferentes, espelho com iluminação frontal, 
não trancar a porta com a chave, sabonete 
líquido, torneira em alavanca, porta toalhas 
próximo ao box; 
 
• Quarto: Altura da cama, colchão firme, 
iluminação adequada (interruptor ou abajur ao 
lado da cama), retirar tapetes ou fixar, 
cadeiras e poltronas com braço de apoio, 
firmes e com altura adequada; mesa de 
cabeceira com 10cm a mais que a cama, com 
relógio digital com números grandes, copo de 
plástico ou metal, garrafa água plástica, 
telefone, abajur fixo; 
 
• Escadas: iluminação adequada, corrimão, fita 
antiderrapante no degrau, proporção entre 
largura e altura dos degraus; 
 
• Sala: retirar tapete ou fixar, não encerar, 
guardar objetos, fixar fios, retirar móveis da 
área de circulação, cuidado com sofás muito 
macios ou poltronas sem braço; 
 
• Animais de estimação: se possível escolha 
cores de mobília e piso diferentes da cor do 
animal, e cuidado com casinhas e correntes; 
 
• Cozinha: manter chão seco e limpo, armários 
baixos ou caixas organizadoras em fácil 
acesso, consertar móveis quebrados, 
organizar objetos, altura adequada da pia, 
torneiras de fácil manuseio. 
 
**deixar o telefone do serviço de emergência 192 em 
local de fácil visualização e orientar o idoso a ligar em 
caso de emergências. 
 
• Evite usar calçados altos ou com solado liso e 
nunca ande somente de meias. Use sempre 
calçados com solado antiderrapante; 
• Nunca coloque varais em locais de circulação, 
nem deixe balde de água no chão; 
 
• Outras dicas: 
- Avaliação da visão e audição periódicas; 
- Banho de sol regular e controle os níveis de 
cálcio e vitamina D; 
- Avaliação periódica dos medicamentos 
(informar ao médico todos os medicamentos 
que usa); 
- Participação em programas de atividade 
física para desenvolvimento de agilidade, 
equilíbrio, coordenação e força muscular. 
 
• Outras recomendações: 
- Encorajar a prática de atividades físicas ao 
longo da vida, para melhorar desempenho 
físico, força e equilíbrio; 
- Criar ambientes seguros; 
- Reforçar a legislação relacionada a 
segurança como em construções e na 
instalação de pisos antiderrapantes em prédio 
públicos; 
- Melhorar os dados relacionados às quedas a 
nível global, nacional e local, para permitir 
monitoramento e avaliação; 
- Incentivar o desenvolvimento de programas 
de exercício, especialmente para grupos de 
risco (como os idosos). 
 
Quedas - tecnologias 
 
• Alarme de emergência: liga para os números 
cadastrados; 
 
 
 
• Equipamento instalado em sua residência, 
acompanhado de um botão de emergência 
pessoal sem fios, antialérgicos e à prova 
d’água, que pode ser utilizado como 
colar/pingente ou pulseira, 
permitindo que o você 
circule por todos os 
cômodos da casa. Possui 
um sistema de viva voz 
potente que permite o 
usuário conversar pelo 
aparelho sem a 
necessidade de um 
telefone; 
 
 
• Botão de Emergência Pessoal com detecção 
automática de quedas caso o 
usuário sofra uma queda e não 
consiga apertar o botão de 
emergência, sensores no 
dispositivo acionam 
automaticamente a Central de 
Atendimento.

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