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Desenvolvimento do Sistema Circulatório

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Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA 
CIRCULATÓRIO 
 
VISÃO GERAL 
• - Desenvolvimento do coração e dos vasos sanguíneos 
• - Alterações do desenvolvimento 
• - Circulação fetal 
• - Circulação neonatal 
• - 1º sistema a funcionar 
• - A partir da 3ª semana 
• - Desenvolvimento precoce 
 
INTRODUÇÃO 
O sistema cardiovascular é o primeiro a funcionar no 
embrião, surgindo por volta da 3ª semana, já que o embrião 
cresce a partir de um processo de difusão, no entanto, ele então 
precisa de um sistema que transporta e recebe os metabólitos. 
Esse desenvolvimento precoce é necessário porque a 
oxigenação e nutrição do embrião via difusão (placentária) 
deixa de ser suficiente 
Na 3ª semana – antes do dobramento do embrião – 
tem inicio a vasculogênese e a angiogênese, sendo a primeira a 
ligação entre vasos que formam uma rede, enquanto a segunda 
consiste na formação de novos vasos (ocorre ao longo da vida 
– inflamações) 
Os primeiros vasos crescem no mesoderma 
extraembrionário, antes dos dobramentos, na região da 
vesícula umbilical, pedículo do embrião e no córion 
Esse sistema deriva principalmente: 
● do mesoderma esplâncnico (primórdio do coração) 
● do mesoderma paraxial e lateral 
● das células da crista neural 
● do limite caudal do 3º par de somitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DO SISTEMA VASCULAR 
As células mesenquimais se 
diferenciam em angioblastos, que se 
agrupam e formam ilhotas sanguíneas. 
Ao longo do desenvolvimento formam-
se os primeiros capilares, graças ao 
surgimento de uma pequena luz 
(angiogênese). Ocorre difusão entre as 
luzes de vasos adjacentes, processo 
anteriormente denominado de 
vasculogênese 
É importante lembrar do 
desenvolvimento dos vasos 
(angiogênese) e que os vasos 
primitivos não podem ser distinguidos 
como artérias ou veias 
Mesenquimais -> angioblasto -
> formação de agrupamentos (ilhotas 
sanguíneas) -> luz de vaso (pequenos 
capilares – angiogênese) -> fusão de 
vasos adjacentes (vasculogênese) 
 
 
SANGUE 
As células mesenquimais se diferenciam em 
hemangioblastos. Esse processo se inicia ao fim da 3ª semana, 
próximo a região da vesícula umbilical, dentro dos vasos que 
iniciaram sua formação. Posteriormente a formação se inicia no 
baço e no fígado, como órgãos hematopoiéticos temporários - 
até que a medula óssea consiga produzir uma quantidade 
adequada de células do sangue 
A partir do 2º mês, passam a ser produzidas na medula 
óssea da clavícula 
Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR PRIMITIVO 
Começa a se formar células sanguineas ao redor da 
placa neural, na região do mesoderma intraembrionário. Nesse 
local, passa a se formar maior número de ilhotas sanguineas, 
local onde o coração vai se desenvolver – área cardiogênica 
(ainda antes dos dobramentos) 
 
A partir do corte caudal, observa-se dois cordoes 
angioblásticos anteriormente a formação de luz. A partir da 
angiogênese, vemos a formação de luz e observamos os tubos 
cardíacos (endocárdicos calibrosos), os quais apresentam 
maior diâmetro. 
Ao fim da 3ª semana, esses tubos se fusionam, a partir 
do dobramento lateral do embrião – celoma pericárdico. 
 
 
Corte sagital 
 
O coração se liga aos vasos do pedículo que se ligam 
aos vasos do córion, onde está se formando a placenta. 
 
A circulação e os batimentos cardíacos se iniciam do 21 
ao 22º dia de desenvolvimento 
Após a fusão, se inicia o dobramento cranial, a partir do 
qual, o coração chega à região anterior do tórax. Ele então 
mudará sua forma, apresentando locais de contrição e de 
dilatação 
 
Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
 
Observa-se, então, a formação de um átrio, um 
ventrículo, um bulbo, um tronco e o seio venoso 
 
A circulação é do tipo fluxo e refluxo, inicialmente. 
Porém, ao final da 4ª semana, o fluxo passa a ser unidirecional, 
a partir de uma maior coordenação de contrações 
 
(chega pelas veias cardinais e sai pelos arcos aórticos, 
artéria umbilical e artéria vitelínica) 
 
 
 
 
VASOS SANGUÍNEOS EMBRIONÁROS 
As artérias e veias podem originar outras estruturas, 
sendo as principais 
 
 
ANOMALIAS CONGÊNITAS DO CORAÇÃO 
DEXTROCARDIA 
Devido aos dobramentos, o ápice estará voltado para o 
lado esquerdo (dobramento cranial) e o coração se encontrará 
no formato de S. No entanto, pode ocorrer falha na parte do 
dobramento, e ao invés do ápice ficar voltado para a esquerda, 
pode ficar voltado ao lado direito 
 
Há uma baixa incidência de defeitos cardíacos 
associados. 
 
• ECTOPIA DO CORAÇÃO 
 Coração em local anormal, causada pelo não 
fechamento adequado da parede do corpo, ou seja, graças uma 
formação incompleta da parede torácica. 
• ECTOPIA CORDIS TÓRACO-ABDOMINAL: 
todos os órgãos estão para fora 
 
FORMAÇÃO DO CORAÇÃO PRIMITIVO 
A partir do processo de inflexão lateral, na quarta 
semana, as regiões caudais do tubo cardíaco se fusionam em 
um tubo cardíaco central, que já pode ser chamado de coração 
primitivo. 
Anteriormente, foi possível ver a formação do canal 
atrioventricular, no qual são formadas as porções ventral e 
dorsal. Nesse local, prolifera-se um tecido diferente do da 
parede do coração, sendo essa região denominada de coxins 
endocárdios. 
Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
Esse tecido prolifera-se promovendo uma fusão 
(apenas no meio). Formando os canais atrioventricular direito e 
esquerdo 
Circulação do Coração Primitivo 
seio venoso → átrio primitivo (controle por válvulas 
sinoatriais) → canal atrioventricular → ventrículo primitivo → 
bulbo cardíaco → tronco arterioso → saco aórtico → aorta 
dorsal 
 
CAVIDADE CARDÍACA PRIMITIVA 
Septação do coração: 
→ inicio no meio da 4ª semana 
→ Fim no final da 8ª semana 
 
 
SEPTAÇÃO DO CANAL ATRIOVENTRICULAR 
Na geleia cardíaca se desenvolvem coxins 
endocárdicos que se expandem e se unem, dividindo o canal AV 
em direito e esquerdo. Começam a funcionar como valvas. 
 
Coxins endocárdicos: Surgem das paredes dorsal e 
ventral do canal atrioventricular e se fundem para dividir esse 
canal em esquerdo e direito após terem sido invadidos por 
células mesenquimatosas. Quando se fundem os coxins 
endocárdicos: tem duas passagens – canal atrioventricular 
esquerdo e canal atrioventricular direito 
SEPTAÇÃO DO ÁTRIO PRIMITIVO 
• Final da 4ª semana – início da divisão do átrio 
primitivo em átrio direito e átrio esquerdo 
• Formação, modificação e fusão de dois septos: 
→ Septum primum 
→ Septum secundum 
 
Anteriormente a esse processo, o sangue consegue 
passar do lado direito ao esquerdo a partir de um forame 
primum. Ao mesmo tempo, começam a aparecer pequenas 
perfurações no septo primum, que irão coalescer e formar uma 
nova passagem, o forame secundum. 
Assim, o septum primum se encontra com os coxins 
endocárdicos fusionados, fechando o forame primum. 
Agora começa a se formar um septum secundum, que 
começa a crescer e passa a abertura do forame secundum. 
Agora o sangue, para conseguir passar, vai ter que empurrar a 
porção restante do septum primum. Com isso é formada uma 
válvula, a válvula do forame oval 
Antes do nascimento, o sangue apresenta pressão mais 
alta do lado direito, passando diretamente para o esquerdo, 
pelo forame oval, visto que, não há necessidade de passar no 
pulmão (o sangue já está oxigenado graças a placenta). Assim, 
o fechamento desse forame, só acontecerá a partir do aumento 
da pressão do lado esquerdo e a diminuição do lado direito 
(será formada a fossa oval). 
Os átrios apresentarão partes lisas e trabeculares 
 
Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
 
Fossa oval: 
 
 
O septum primum se origina do assoalho do átrio 
primitivo e divide esse em direito e esquerdo. 
Nas margens desse septo está localizado o foramen 
primum. Além desse forame, a partir de perfurações no septo 
surgem o foramen secundum. Os forames garantem o desvio 
continuado do sangue oxigenado do átrio direito para oesquerdo. 
A partir de uma dobra muscular se forma o septum 
secundum, que dá origem ao forame oval e sua valva. 
Até o nascimento os forames estão abertos, mas se 
fecham devido à maior pressão sanguínea no átrio esquerdo. O 
resquício do forame oval forma a fossa oval 
ALTERAÇÕES NO SEIO VENOSO 
• localizado na parede dorsal do átrio primitivo 
• seu corno direito vai aumentando, até que ocorra o 
desvio de sangue da esquerda para a direita 
Resultado: 
 → ○ transformação das veias vitelinas e umbilicais 
 → ○ conexão das veias cardinais por uma anastomose 
 → ○ corno esquerdo se torna o seio coronário 
OBS.: 
1. A parede do átrio esquerdo é lisa pois é formada pela 
incorporação da veia pulmonar primitiva, que se desenvolve na 
parede atrial ventral 
2. As valvas cardíacas (bicúspide e tricúspide) brotam 
do tecido subendocárdico, ao redor dos orifícios e canais 
atrioventriculares 
 
ÁTRIO ESQUERDO 
 
 
SEPTAÇÃO DO VENTRÍCULO PRIMITIVO 
O primórdio do septo interventricular começa a crescer 
em direção dos coxins endocárdicos fusionados. O fechamento 
desse forame, diferentemente do átrio, deve ocorrer até o final 
da 7 semana. 
A região do septo é muscular, enquanto que a porção 
mais próxima ao coxin, apresenta característica membranácea. 
 
 
● septo interventricular muscular no assoalho do 
ventrículo (próximo de seu ápice); ○ miócitos formam a porção 
muscular do septo 
● forame interventricular está entre o septo e os coxins 
endocárdicos; 
→ se fecha quando as cristas bulbares se fundem 
com o coxim endocárdico; 
Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
→ após o fechamento o tronco pulmonar se 
comunica com o ventrículo direito e a aorta se 
comunica com o ventrículo esquerdo 
● a cavitação das paredes ventriculares forma uma 
massa de feixes musculares (trabéculas cárneas), que formam 
os músculos papilares e as cordas tendíneas 
 
SISTEMA DE CONDUÇÃO CARDÍACO 
● ao longo do desenvolvimento: o impulso se move do 
polo venoso ao polo arterial 
● seio venoso é o marca-passo permanente 
● na 5ª semana surgem: 
 ○ nó sinoatrial (no alto do átrio direito); 
 ○ nó e o feixe AV (superiores aos coxins 
endocárdicos) 
DERIVADOS DAS ARTÉRIAS DO ARCO FARÍNGEO 
● 1º par: artérias maxilares + parte das artérias 
carótidas externas 
● 2º par: artérias estapédicas 
● 3º par: artérias carótidas comuns e internas 
● 4º par: parte do arco da aorta + parte proximal da 
artéria subclávia + aorta dorsal 
● 5º par: degenera 
● 6º par: ○ esquerda: artéria pulmonar esquerda e 
ducto arterioso; ○ direita: artéria pulmonar direita 
CIRCULAÇÃO FETAL E NEONATAL 
No pré-natal, os pulmões não fornecem a troca gasosa 
e os vasos pulmonares estão comprimidos. A partir do 
nascimento isso muda e os pulmões passam a realizar as trocas 
gasosas. Essa transição é possibilitada pelo ducto venoso, o 
forame oval e o ducto arterioso 
FETAL 
Sangue oxigenado e rico em nutrientes sai da placenta 
1. placenta 
2. veia umbilical 
3. ducto venoso (perto do fígado), a partir daí são dois 
caminhos: 
→ direto para a veia cava inferior (4) 
→ sinusóides hepáticos (5) → veias hepáticas (6) 
→ veia cava inferior (7) 
● a quantidade de sangue para cada caminho é 
controlada por um esfíncter. A veia cava inferior leva sangue 
com alto teor de oxigênio para o átrio direito → átrio esquerdo 
→ ventrículo esquerdo → aorta ascendente → irriga a cabeça e 
os membros superiores. Da cabeça e membros superiores o 
sangue venoso é recebido pela veia cava superior → átrio 
direito. No átrio ocorre a mistura com o sangue arterial 
proveniente da veia cava inferior, daí a mistura segue para o 
ventrículo direito → tronco pulmonar → dois caminhos: 
● artérias pulmonares → pulmões → vira sangue 
venoso → veias pulmonares → átrio esquerdo 
● ducto arterial → aorta descendente → aorta 
abdominal → artérias umbilicais → placenta. 
 
O sangue arterial está vindo da placenta pela veia 
umbilical e passa por fora do fígado a partir do ducto venoso. 
Assim o sangue chega ao átrio esquerdo e, devido sua pressão, 
passa diretamente para o lado direito pelo forame oval. 
Ao mesmo tempo chega da região de cabeça e pescoço, 
um sangue venoso (se mistura com o sangue arterial). Essa 
mistura sai pela artéria pulmonar (está ligada ao ducto arterial, 
ou seja, a artéria aorta) e parte vai para os pulmões, para 
oxigená-los. 
O sangue é distribuído pelo corpo, e retorna à placenta 
pelas artérias umbilicais. 
Com o nascimento e o corte do cordão umbilical a veia 
umbilical perde sua luz, transformando-se no ligamento 
redondo do fígado. Com a alteração de pressão nesse sistema, 
várias estruturas desse sistema perdem sua função. 
Assim, o ducto venoso transforma-se no ligamento 
venoso, o forame oval transforma-se em fossa oval e o ducto 
arterial (antes tinha a função de impedir que todo o sangue 
fosse para o pulmão) sofrerá fibrose formando o ligamento 
arterial. 
Por fim, a artéria umbilical, irá se transformar em 
ligamento umbilical mediano 
 
NEONATAL - TRANSITÓRIA 
● forame oval, ducto arterioso e vasos umbilicais se 
tornam desnecessários; ○ forame oval: se fecha devido ao 
aumento de pressão sanguínea no átrio esquerdo; ○ ducto 
arterioso: se inverte e depois se fecha; 
● todo o sangue que entra no fígado passa pelos 
sinusóides; 
● a parede do ventrículo esquerdo se torna mais 
espessa, devido ao maior trabalho ao bombear o sangue 
(grande circulação); 
● durante o nascimento: artérias umbilicais se 
comprimem, prevenindo a perda de sangue no neonato. 
Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
 
 
DERIVADOS DE VASOS E ESTRUTURAS FETAIS 
● veia umbilical: continua sendo utilizada para trocas 
de sangue durante as primeiras 4 semanas de vida, a fim de 
prevenir a eritroblastose fetal; 
● ligamento redondo do fígado: a porção intra-
abdominal da veia umbilical degenera e se torna o ligamento 
redondo do fígado; 
● ducto venoso: degenera e forma o ligamento venoso, 
que liga a veia porta a veia cava inferior; 
● artérias umbilicais: degeneram e forma os 
ligamentos umbilicais mediais e as artérias vesicais superiores. 
● forame oval: se fecha e forma a fossa oval 
● ducto arterioso: degenera e forma o ligamento 
arterioso, que liga a artéria pulmonar esquerda à aorta 
 
CARDIOPATIAS CONGENITAS 
- Aproximadamente 1 milhão de bebes, no mundo, por 
ano, nascem com cardiopatias congênitas 
- 9 em cada 10 recém-nascidos vem ao mundo em áreas 
do globo onde o cuidado médico é inadequado ou inexistente 
- Por ano, no Brasil, nascem 25.757 bebes com 
cardiopatias congênitas, o equivalente a 9 por 1000 
nascimentos 
- 1.227.587 essa é a estimativa de portadores de CC no 
Brasil 
 
DEFEITOS CONGÊNITOS NO CORAÇÃO 
- O registro de óbitos relacionados à cardiopatia 
congênita, no Brasil, é de 107 para cada 1000 mil nascidos vivos, 
representando cerca de 8% da morte infantil 
CAUSAS: 
• Teratógenos ex.: vírus da rubéola 
• Causas desconhecidas 
• Maioria herança multifatorial 
• Genética 
 
CLÍNICA 
Alterações hemodinâmicas – shunts 
Cianose – imediata ou tardia 
• Shunt: É uma comunicação anormal dos vasos 
sanguíneos. Passagem do sangue de uma 
câmara cardíaca para outra ou de um vaso para 
o outro e pode levar a cianose (pele azulada) por 
falta de oxigenação adequada (imediata ou 
tardia) 
 
CARDIOPATIA CONGÊNITAS ACIANÓTICAS 
Não causam cianose logo após o nascimento 
Shunts do lado esquerdo -> lado direito (acianóticas): 
sangue que chega no coração é um sangue oxigenado (maior 
volume de sangue do lado esquerdo do coração) 
Pode não ter sintomas e os sintomas podem ocorrer 
devido a uma insuficiência cardíaca do lado direito 
• Comunicação interatrial (CIA) 
• Comunicação interventricular (CIV) 
• Persistência do canal arterial (PCA) 
DEFICIÊNCIA DO SEPTO ATRIAL OU 
COMUNICAÇÃO INTERATRIAL (CIA) 
Mais frequente no sexo feminino 
Forma mais comum: forame oval parente 
Em associação com outras anomalias pode causarcianose. 
Na fase fetal é normal ocorrer a passagem de sangue 
do átrio direito para o átrio esquerdo pelo forame oval e, se não 
ocorrer o fechamento adequado do forame oval, ele vai ficar 
patente (aberto) 
 
 
 
Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
 
 
 
DEFEITOS DO SEPTO VENTRICULAR OU 
COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV) 
• Mais frequente no sexo masculino 
• Qualquer parte do septo 
• Membranáceo mais comum (na porção membranácea) 
• Pode-se fechar até o 1º ano de idade 
Dispneia e insuficiência cardíaca (pelo maior volume 
de sangue do lado direito) 
Se não for fechado, o sangue volta por ter maior 
pressão do lado esquerdo, volta para o lado direito e, isso acaba 
se refletindo na circulação pulmonar, levando a uma congestão 
pulmonar (acumulo de sangue dentro dos vasos pulmonares) 
O coração é um músculo e, se tem um aumento do 
volume do lado direito, o musculo tem que fazer mais força para 
manter o débito cardíaco e o musculo hipertrofia (aumenta de 
tamanho). Se não for tratado, apesar da hipertrofia, ele não vai 
manter o débito cardíaco e pode dilatar e, tem a diminuição do 
débito cardíaco (insuficiência cardíaca) 
A hipertrofia é reversível, porém, quando o coração 
dilata não tem mais como voltar ao normal (dependendo da 
fase, o único tratamento é o transplante) 
 
 
Imagens por ultrassom, uma vez que o septo tem que 
se fechar até a 7ª semana, sendo assim, é possível o diagnóstico 
por ultrassom 
 
DEFEITOS DO SEPTO ATRIAL E VENTRICULAR 
 
PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL (PCA) 
- Mais frequente em mulheres 
- Falha na indução do TGF-beta após o nascimento 
- Associado a infecção materna por rubéola 
- Hipóxia 
- Imaturidade do feto 
Durante a fase fetal existe uma comunicação entre a 
artéria aorta e a artéria pulmonar pois o sangue não precisa 
passar pelos pulmões para ser oxigenado. O canal arterial se 
fecha logo após o nascimento devido ao aumento da pressão de 
oxigênio, que estimula o TGF-beta, que estimula esse 
fechamento do ducto arterial, formando o ligamento arterial. 
Se não for tratado, a criança pode desenvolver 
insuficiência cardíaca do lado direito. 
DUCTO ARTERIAL PATENTE 
 
Sangue tem maior pressão na artéria pulmonar então 
ele sofre esse desvio (ao invés de ir para o pulmão, ele passa 
pelo ducto arterial e chega ate a aorta, sendo distribuído para o 
corpo) 
Além de ter maior fluxo do lado direito, também leva a 
congestão pulmonar e pode causar dispneia 
 
Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS CIANÓTICAS 
Shunts do lado direito -.> lado esquerdo 
Sangue pobre em oxigênio do lado esquerdo que é 
distribuído pra o corpo – criança com coloração azulada (hipóxia 
tecidual) 
• Tetralogia de Fallot (CIV, aorta dextroposta, estenose 
pulmonar -> hipertrofia VD) 
• Transposição dos grandes vasos 
 
TETRALOGIA DE FALLOT 
O coração apresenta 4 defeitos (tetralogia) 
• VD: está hipertrofiado de espessura 
(aumentado) 
• Comunicação interventricular (septo não está 
totalmente fechado) 
• Dextroposição da aorta (fica mais para a direita) 
• Artéria pulmonar tem sua luz diminuída 
(estenose da artéria pulmonar) 
As crianças com tetralogia de Fallot apresentam uma 
coloração de pele azulada quando choram ou se alimentam 
(crises de hipoxia) 
 
 
O sangue que está no VD que ainda não foi para os 
pulmões, acaba indo para o VE e para a aorta, sem ser 
oxigenado então entra no corpo um sangue pobre em oxigênio 
e, por isso, a criança apresenta cianose após o nascimento (sinal 
clinico) 
- Causa: divisão do tronco arterioso desigual 
Se não for tratado, o coração acaba adquirindo uma 
posição diferente na radiologia do tórax, característica da 
tetralogia de Fallot (coração em bota ou sapato sueco) 
 
 
 
 
 
TRANSPOSIÇÃO DAS GANDES ARTÉRIAS 
 
Chega no corpo um sangue pobre em O2 pois o sangue 
não passa pelos pulmões . 
- Causa mais comum de doença cianótica em neonatos 
- Associada a outras anomalias 
- Encontro entre as circulações pulmonar e sistêmica 
- Defeito na septação do bulbo cardíaco e tronco 
arterial 
- Migração defeituosa de células da crista neural 
 
Coloca-se um balão no septo interatrial para fazer a 
comunicação entre os átrios – manter a saturação de oxigênio 
maior que 90% 
 
 
CARDIOPATIA CONGÊNITA OBSTRUTIVA 
Coartação da aorta 
- Mais comum em homens 
- Associada a valva aórtica bicúspide em 70% dos casos 
- Característica da síndrome de Turner 
- Hipertensão extremidades superiores 
- Diminuição da pressão arterial das extremidades 
inferiores 
Maria Luiza Peixoto – FMT LXII 
 
 
O sangue que chega pela aorta não consegue passar 
para a aorta descendente pela coartação pós ou pré-ductal, 
retornando pelo tronco braquiocefálico e, por esse motivo, que 
há uma hipertensão das extremidades superiores e uma 
diminuição da pressão das extremidades inferiores 
 
 
O corpo tenta compensar essa coartação fazendo o 
sangue desviar por outros vasos para fazer o sangue 
 
REFERÊNCIAS: 
• Anotações da aula 
• MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, M. G. 
Embriologia C línica. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2016 
• SADLER, Thomas W.. Langman | Embriologia 
Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016.

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