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A pressão arterial precisa ser mantida dentro de estreitos limites de variabilidade para manutenção da homeostasia (perfusão tecidual) – não pode ocorrer grandes variações na pressão arterial no dia a dia -Série de mecanismos que tem por objetivo manter a pressão arterial dentro de estreitos limites de variação e que sejam capazes de corrigir essas alterações que acontecem ao longo do dia normalmente -Pequenas situações do dia em que ocorrem variações da pressão arterial, por ex. exercício físico, quando transpira em excesso tem uma queda da pressão, hipotensão ortostática – mudança brusca na posição do corpo com alteração de retorno venoso e queda da pressão arterial → mecanismos de controle entram em ação -DC ou resistência periférica – grandes alvos finais desses mecanismos de regulação Relembrando... PAM = DC X RP, sendo DC = VS X FC P/ regular a pressão arterial esses mecanismos precisam mexer aonde? – no coração (DC) e na resistência periférica, por isso eles são os principais alvos dos mecanismos de controle Débito cardíaco: →frequência cardíaca – determinada pela frequência de despolarização das células auto excitáveis do nodo SA que estão sob influência da inervação simpática e parassimpática; se quer alterar o débito pode alterar o balanço entre o sistema simpático e o parassimpático →volume sistólico – determinado principalmente pela força de contração do miocárdio que sofre influência da contratilidade e do volume diastólico final (que depende do retorno venoso) – tanto a contratilidade quanto o retorno venoso dependem também da estimulação simpática, então uma das maneiras de controlar isso é alterando o tônus simpático Resistência vascular periférica: *inervação simpática -os vasos sanguíneos estão sob um controle tônico simpático Quando muda a quantidade de NA liberada na fenda, afeta diretamente a resistência vascular periférica -Os vasos sanguíneos também são inervados por terminações chamadas de NANC (não adrenérgicas e não colinérgicas) – capazes de liberar alguns fatores dependendo do tecido em que atuam. Esses nervos vasodilatadores têm a capacidade de liberar no músculo liso principalmente o óxido nítrico. Sistema Nitrérgico – o colinérgico não inerva diretamente a célula de musculo liso, porém é capaz de modular a liberação de NA pelo neurônio simpático; acetilcolina atua nos terminais nitrérgicos catalisando a conversão da L- arginina pela óxido nítrico sintase, dando origem ao óxido nítrico → contém a enzima óxido nítrico sintase neuronal (tem 3 isoformas) endotelial, neuronal e induzível. nNOS vai converter a L-arginina em óxido nítrico liberando L-citrulina e esse óxido nítrico se difunde p/ a célula de músculo liso vascular (é um gás) e vai ativar a enzima guanilato-ciclase, convertendo o GTP em GMPC (cíclico) – vai ativar uma série de cascatas de sinalização – relaxando a célula de músculo liso vascular, diferente do que o simpático faz No vaso sanguíneo = inervação simpática (que estimula a contração) e inervação nitrérgica (estimula a vasodilatação) FATORES ENDOTELIAIS: -Regulação da resistência vascular/ tônus (grau de tensão no vaso numa situação normal) -Além dos fatores neurais, como simpático e nitrérgico, tem fatores endoteliais que regulam o tônus vascular Podem ser divididos em fatores vasodilatadores (óxido nítrico, EDHF, PGI2) e fatores vasoconstritores Estímulos que são capazes de liberar esses fatores → ligantes, estresse de cisalhamento (atrito do próprio sangue com o endotélio estimulando a liberação desses fatores) -Fatores vasodilatadores – Acetilcolina, BK (Bradicinina), AII (Angiotensina II), ET-1 (Endotelina- 1), esses fatores são capazes de estimular a liberação pelo endotélio do óxido nítrico -Célula endotelial → célula de músculo liso vascular EDHF e PGI2 vão atuar na célula de músculo liso vascular promovendo relaxamento Óxido nítrico → ativa a enzima guanilato-ciclase → que converte GTP em GMP-C – que aumenta a recaptação de cálcio pra dentro do retículo sarcoplasmático tendo menos cálcio no citoplasma disponível pra contração e também vai estimular a abertura de canais de potássio dependentes de cálcio (faz c que o potássio saia da célula causando hiperpolarização, o que consequentemente leva ao relaxamento) O EDHF atua principalmente em canais iônicos, estimulando a abertura de canais de potássio – saindo o potássio da célula tem hiperpolarização, tendo como efeito final o relaxamento; atua também na sódio- potássio-ATPase que determina o potencial da célula -PGI2 – atua pela via adenilato-ciclase que vai converter o ATP em AMPC que vai estimular a abertura de canais de potássio dependentes de ATP fazendo com que o potássio saia das células ocorrendo hiperpolarização e relaxamento -a entrada de cálcio por canais dependentes de voltagem, provavelmente por conta da hiperpolarização dessa célula de músculo liso, tem uma menor entrada de cálcio extracelular FATORES HUMORAIS: -Regulam resistência vascular periférica Angiotensina II: Pode agir tanto de maneira autócrina quanto parácrina, atua também como um hormônio clássico → fator vasodilatador E vasoconstritor → depende do tipo de receptor em que a Angio II está atuando – AT1 e AT2 Angiotensina II é produzida a partir da Angiotensina I Quando atua em receptor AT1 ativa a via da fosfolipase C que culmina com o aumento do CA intracelular, aumento da contração, por essa via ela seria um fator vasoconstritor Pode atuar em receptores do tipo AT2 na própria célula endotelial – ao ativar esse receptor ocorre um aumento da produção do fator hiperpolarizante e do óxido nítrico – causando relaxamento Capaz de modular também a liberação de Noradrenalina pelo sistema simpático Modulador da enzima NADPH-oxidase – aumento das espécies reativas de oxigênio inibindo o NO Pode atuar também como um hormônio clássico Células justaglomerulares liberam a renina – formação da Angiotensina 2 Vasopressina: Hormônio antidiurético Produzido no hipotálamo e armazenado na neuro-hipófise Grande reguladora da diluição e concentração da urina Ação vasoconstritora quando interage com receptores do tipo V1 localizados na membrana da célula de músculo liso Causa vasoconstrição – ativa via da Fosfolipase C → aumenta os níveis intracelulares de cálcio aumentando a contração – vasoconstrição Ativa fosfolipase A2 que quebra o ácido araquidônico modulando vários sinais intracelulares Modula síntese de proteínas, entre outras funções Peptídeo natriurético atrial ANP: Produzido pelas células de musculo cardíaco atriais Principal estímulo para sua liberação é um aumento de pressão ou aumento de volume – aumento do retorno venosos e o estiramento do átrio – é um estímulo pra liberação do ANP Papel importante nos rins por controlar a natriurese – eliminação de sódio pelos rins Efeito na vasculatura – seu receptor é acoplado à guanilato-ciclase – quebra do GTP em GMPC que ativa proteína quinase G induzindo a uma redução na concentração do CA intracelular, redução da afinidade das proteínas contráteis ao cálcio e hiperpolarização do musculo liso vascular e com isso causa vasodilatação ou relaxamento desse músculo liso Capacidade de inibir a síntese e liberação de agentes vasoconstritores como a endotelina, a angio 2 e a norepinefrina *efeito importante na regulação da resistência vascular periférica Controle Neural da Pressão Arterial: -Principal característica – desencadear respostas rápidas para a manutenção dos níveis da PA -Respostas resultantes da ativação de algumas vias reflexas neurais que se integram no SNC vindas de diferentes sensores que estão na periferia – aferentes sensoriais que vão para centros de integração neuronalno SNC e como resposta tem a eferência dos reflexos que são as respostas efetoras para o sistema cardiovascular -Receptores e aferências que detectam as variações na pressão arterial sistêmica, como ocorre a integração desses sinais biológicos no SNC e as respostas efetoras p/ o controle da função cardiovascular e consequentemente da pressão arterial O reflexo Barorreceptor (barorreflexo): Mecanismo neural de regulação da PA – a curto prazo Característica de regular a PA momento a momento, ou a cada batimento cardíaco -Vias aferentes sensoriais -Vias de integração no SNC -Vias eferentes/efetoras -Barorreceptores estão localizados no arco aórtico e no seio carotídeo – aferências desses reflexos – informações detectadas por esses receptores vão ser encaminhadas para o SNC e vai gerar respostas eferentes principalmente para o coração, vasos e rins e esses eferentes são basicamente os ramos do SNA – inervação simpática e parassimpática no coração e inervação simpática nos vasos sanguíneos e nos rins PA = DC X RP *regulação ocorre principalmente no coração e vasos Variação na pressão sendo detectada pelos barorreceptores – informação enviada para centros de controle cardiovascular localizados principalmente no bulbo e de lá partem as eferências efetoras que são os neurônios simpáticos e parassimpáticos Os neurônios parassimpáticos inervam principalmente o nó SA regulando a frequência de despolarização do marcapasso cardíaco, enquanto o simpático inerva tanto o nó SA quanto os ventrículos ou músculo cardíaco e vasos sanguíneos Alterações na resistência vascular são resultados de variações na eferência simpática Receptores que detectam a variação da PA na periferia -Origem nos mecanorreceptores localizados no arco ártico e seio carotídeo, também em átrios ventrículos e vasos pulmonares – esses mecanorreceptores são sensíveis a deformações mecânicas → variações na PA vão causar variação na distensão desses receptores deformando mecanicamente e esse é o estímulo para iniciar a resposta reflexa Os mecanorreceptores da aorta e das carótidas são chamados de barorreceptores e a diferença entre os tipos de barorreceptores (2 tipos) é no que diz respeito à sua localização no sistema cardiovascular (em uma região de maior ou de menor pressão) e também à intensidade e rapidez com que eles respondem a variações dessa pressão Barorreceptores arteriais – localizados em regiões de alta pressão arterial (arco aórtico e seio carotídeo) e são ativados quando ocorre um aumento rápido e intenso da pressão nessas artérias – são constituídos de terminações nervosas livres sensoriais que estão localizadas na camada adventícia dessas grandes artérias Quando ocorre a deformação mecânica desses receptores eles vão despolarizar e essa informação vai ser encaminhada para o sistema nervoso central pra ser integrada Barorreceptores do seio carotídeo – a informação é levada para o SNC principalmente via nervo glossofaríngeo Barorreceptores do arco aórtico – informação é levada para o SNC principalmente via nervo vago Transdução mecanoelétrica: Os barorreceptores arteriais são terminações nervosas livres que são caraterizadas por fibras axonais sem bainha de mielina, que são capazes de adentrar a camada média dos vasos sanguíneos e o mecanismo que condiciona essa transdução mecanoelétrica (mecano – de grau de distensão das paredes) em um potencial está relacionado com canais iônicos que são permeáveis ao cátions sódio e cálcio, que são sensíveis à deformação causada pela variação na pressão arterial e esses canais são pertencentes a família do canais epiteliais de sódio (ENaC) que estão presentes nas terminações nervosas e quando ocorre distensão esses canais, eles são ativados, os cátions entram na célula e ao adentrarem na célula vão causar uma alteração de voltagem na membrana e quando essa voltagem vai sendo alterada ocorre então a abertura de canais de sódio dependentes de voltagem que vão despolarizar a célula até um limiar que vai gerar um potencial de ação que vai trafegar pela aferência sensorial até os centros superiores Os barorreceptores são ativados a cada sístole cardíaca e esses potenciais de ação que são gerados são proporcionais ao grau de deformação dos vasos arteriais, quanto maior for a pressão sanguínea dentro desses vasos maior é a sua deformação tendo também maior influxo de íons pelos ENACs e consequentemente maior a alteração do potencial de membrana e geração de potencial de ação -Neurônios bipolares que constituem dois nervos de acordo com sua origem – nervo depressor aórtico (ramo do nervo vago que é o primeiro a receber os pot. De ação) e nervo glossofaríngeo, corpos celulares desses neurônios provenientes do seio carotídeo estão localizados no gânglio petroso Sincronismo entre um pulso de pressão arterial e um disparo/aumento de atividade na aferência de um barorreceptor aórtico Frequência de disparo basal dos barorreceptores a cada sístole – quando a PA cai (menor distensão da parede dos vasos) a atividade do depressor aórtico diminui, enquanto que, quando a PA aumenta é acompanhado por um aumento da frequência de disparo dos barorreceptores aórticos – frequência e amplitude dos barorreceptores é proporcional ao nível de pressão arterial ***Esses barorreceptores funcionam dentro de uma faixa de variação da pressão arterial que se estende de aproximadamente entre 40 mmHg quando cessa sua ação até em torno de 180 mmHg quando a frequência de disparo doa barorreceptores é máxima -magnitude do pulso de pressão -faixa ótima de trabalho – PAM entre 93/95 mmHg -Os barorreceptores têm uma característica particular que é capacidade de adaptação aos diferentes níveis de pressão, caso esse novo nível de pressão seja mantido a longo prazo *hipertensão Quando tem um aumento repentino da pressão arterial, consequentemente tem uma elevação da frequência de disparo dos barorreceptores o que ativa rapidamente a via reflexa, porém se a pressão arterial se mantém elevada por dias, a frequência de disparo dos barorreceptores começa a cair e esses mecanorreceptores acabam por considerar esse novo nível de pressão como se fosse a pressão arterial normal – perde-se a capacidade de ajuste* Os barorreceptores não são responsáveis pelo controle a longo prazo da PA somente pela regulação rápida O que ocorre com a pressão na ausência desses barorreceptores? A PA teria uma grande variabilidade – o sinal deixa de ser transmitido p/ o sist. nervoso central Os ajustes rápidos vão ficar comprometidos – o que também afeta a perfusão dos tecidos Função essencial dos barorreceptores é manter os níveis de pressão arterial com pequenas variações p/ garantir a perfusão adequada dos tecidos Os barorreceptores são muito importantes para ajustes finos dos níveis de pressão arterial, função de um estabilizador ou filtro fazendo com que o nível de pressão arterial seja mantido dentro de uma estreita faixa de variação independente das condições comportamentais do dia a dia do indivíduo Próxima etapa – chegada dos potenciais de ação até o SNC Os potenciais de ação provenientes das aferências dos barorreceptores arteriais vão adentrar no bulbo onde vão fazer sua primeira sinapse em um núcleo que está localizado na superfície dorsal do bulbo – núcleo do trato solitário – O NTS tem uma distribuição anatômica em formato de Y no sentido ântero-posterior; ele é o núcleo que recebe os primeiros aferentes sinápticos viscerais Quando os potenciais de ação chegam ao NTS, ocorre a ativação de diferentes grupos neuronais que irão desencadear uma serie de respostas efetoras por meio das duas alças que compõem o sistema nervoso autônomo O NTS funciona como um centrode distribuição – interneurônios que vão p/ porções diferentes do bulbo -Componente parassimpático: Aumento repentino da PA – nessa situação, há simultaneamente uma distensão dos vasos aórticos e carotídeos, consequentemente ativação das terminações nervosas livres dos barorreceptores que estão localizados nessas regiões, o que eleva a frequência de disparo desses mecanorreceptores Os potenciais de ação vão trafegar através dos seus respetivos nervos e vão chegar até o NTS, a partir daí, um conjunto de neurônios do NTS vai transmitir essa informação excitatória a um novo núcleo bulbar, que é chamado núcleo ambíguo (NA). No núcleo ambíguo estão localizados corpos celulares dos neurônios pré ganglionares da via parassimpática e o prolongamento dos seus axônios compõem o nervo vago que vai inervar o nodo SA onde estão as células marcapassos que são resp. por gerar a frequência cardíaca e também inerva o músculo cardíaco – quando esses potenciais de ação ativam esses neurônios no nodo SA ocorre a liberação da acetilcolina pelos terminais axonais que vão inervar as fibras pós ganglionares no nodo SA e na musculatura, hiperpolarizando essas fibras pós ganglionares, resultando na diminuição da FC ou bradicardia O aumento da PA ativa a via parassimpática causando excitação desse sistema o que favorece a diminuição da frequência cardíaca e consequentemente do débito cardíaco → bradicardia reflexa Componente simpático: -Aumento repentino da PA – os potenciais de ação excitatórios vão chegar ao NTS, simultaneamente outro conjunto de neurônios vai influenciar a via simpática do reflexo barorreceptor – o NTS tem uma conexão excitatória com um conjunto de neurônios que estão localizados na porção do bulbo ventro-lateral-caudal (BVLc) e esses neurônios mantêm uma conexão direta com um outro grupo de neurônios chamados de bulbo ventro-lateral-rostral (BVLr) essa conexão sináptica entre o BVLc e o BVLr não é excitatória, é uma via inibitória, ou seja, quando ocorre a ativação dos neurônios do BVLc ocorre a liberação de um neurotransmissor inibitório que é o GABA, e quando o GABA é liberado no BVLr, ocorre uma inibição dos neurônios do BVLr, hiperpolariza esses neurônios, que são um grupo de neurônios pré-sinápticos que fazem sinapse com as vias da cadeia simpática, quando tem inibição desses neurônios do BVLr, todas as vias do SNA simpático vão estar inibidas – inerva coração e vasos – consequentemente vai ocorrer diminuição da força de contração e FC, diminuição do débito cardíaco, favorece vasodilatação e consequentemente queda da resistência vascular periférica, contribuindo para o reestabelecimento dos valores normais da pressão arterial Se ocorrer uma diminuição repentina da PA, o raciocínio se inverte, vai ocorrer menor ativação dos barorreceptores o que resulta em uma simpato- excitação concomitante com uma diminuição da atividade parassimpática – consequência global – aumento do DC e RP reestabelecendo a pressão arterial para os níveis normais -Resumo dos núcleos do SNC que estão envolvidos no barorreflexo: -Área sensorial – núcleo do trato solitário (1ª sinapse) -Área vasoconstritora → bulbo ventro-lateral-rostral (centro gerador da atividade simpática) -Área vasodilatadora → bulbo ventro-lateral-caudal (inibe o BVLr) -Núcleo ambíguo e núcleo motor dorsal do vago (DMV) que são os núcleos responsáveis por controlar a atividade parassimpática -Componente periférico – eferências – efetores: SNA simpático – fibras vasomotoras saem da medula espinal por todos os nervos espinais (T1-T12 e L1-L2) (1) por nervos simpáticos inervam a vasculatura das vísceras internas e o coração (2) pelos nervos espinhais que inervam vasculatura das áreas periféricas *Todos os vasos sanguíneos são inervados pelo simpático exceto os capilares e os esfíncteres pré-capilares -mantém um tônus de contração basal devido à ação vasoconstritora do simpático Atividade simpática vascular: Aumento da atividade simpática para o vaso – leva a uma maior vasoconstrição que diminui o fluxo sanguíneo para os tecidos Queda da atividade simpática para o vaso – leva a uma vasodilatação que aumenta o fluxo para os tecidos -No coração: A estimulação simpática acentuadamente a atividade do coração, a FC e sua força de bombeamento. Parassimpático: Controla principalmente a função cardíaca – frequência cardíaca Estimulação parassimpática – queda na FC, ligeira queda na contratilidade -O SN parassimpático tem papel de menor importância na regulação da circulação -Seu único efeito circulatório realmente importante é seu controle da FC por meio de fibras parassimpáticas levadas até o coração pelos nervos vagos (X par) -Os efeitos da estimulação parassimpática sobre a função cardíaca são, principalmente, acentuada da FC e ligeira na contratilidade do coração Resumo dos eventos que acontecem em resposta ao aumento da pressão arterial: Barorreceptores NTS (bulbo) Receptor Via aferente (Nn. vago e glossofaríngeo) Centro vasomotor Vias eferentes Efetores Bradicardia e vasodilatação revertem o na PAM na pressão arterial média (PAM) Resumo dos eventos que acontecem em resposta à diminuição da pressão arterial: Os barorreceptores não vão ser inativados com a queda da pressão arterial, eles vão deixar de ser ativados, o que é diferente -Oposto do aumento da pressão arterial -Redução do DC -BVLc deixa de ser ativado pelo NTS vai fazer com que a inibição que o BVLc exerce dobre a área vasoconstritora BVLr deixe de acontecer, se não tem essa inibição, libera a atividade simpática no BVLc O QUIMIORREFLEXO: Outro mecanismo neural Quimiorreceptores que respondem a alterações químicas Quimiorreceptores localizados no SCN e quimiorreceptores localizados na periferia, e estes que desempenham um papel importante no ajuste da PA também a curto prazo* Localizados bem próximos dos barorreceptores também nos corpos carotídeos e aórticos Nessa região algumas células que são especializadas em detectar alterações na pressão parcial de CO2, no pH e na pressão parcial de O2 – envolvidos no controle da respiração Quimiorreceptores também respondem a uma queda na PA, pois reduz o suprimento sanguíneo – mecanismo meio que indireto, alterações de gases no organismo que é um estímulo para ativar esses quimiorreceptores periféricos Estímulos: -PaCO2, pHa, PaO2 - PA (devido a do suprimento arterial) Aferências – nervo vago (aórticos) e nervo de Hering e glossofaríngeo (carotídeos) Região de alto fluxo sanguíneo – receptores de alta pressão por isso também são sensíveis a uma alteração no fluxo sanguíneo por uma queda da PA Ativação desses receptores → essa informação é levada pros centros vasomotores que excitam esse centro e isso faz com que essa pressão reflexamente seja elevada, os principais efeitos reflexos da ativação desses quimiorreceptores periféricos são: -HIPERPNEIA -dilatação das vias aéreas superiores -↑ da PA • Os sinais transmitidos dos quimiorreceptores para o centro vasomotor excitam esse centro e isso faz elevar a PA Quimiorreceptores arteriais: -Células especializadas dos quimiorreceptores que são as células Glomus são sensores dos níveis de O2 e CO2 – quando tem uma redução da pressão parcial de O2 no sangue, isso estimula e leva ao fechamento de canais de potássio na membrana dessas células Glomus – acúmulo de cargapositiva dentro dessas células no corpúsculo carotídeo, esse acúmulo despolariza essa célula o que estimula a abertura de canais de cálcio que são dependentes de voltagem – o cálcio vai entrar pra dentro da célula Glomus e vai estimular a exocitose da Dopamina, essa Dopamina vai se ligar aos receptores sensoriais dos neurônios aferentes dos quimiorreceptores e vai desencadear um potencial de ação no neurônio sensorial e esse potencial de ação vai ser levado por essas aferências (nervo de Hering e glossofaríngeo) para os centros bulbares que vão integrar essa resposta e fazer os ajustes necessários a essa queda da pressão parcial de O2 – um dos principais ajustes são os ajustes ventilatórios mas que acabam interferindo e se relacionando com a PA porque pra aumentar a ventilação precisa mexer com a hemodinâmica do nosso organismo -Principal mecanismo de controle são os barorreceptores, que atuam até mesmo em situações normais -Situação de hipóxia – PA sendo regulada também por quimiorreceptores Reflexos Cardiopulmonares: -Mecanismo neural -Atuam em paralelo com os barorreceptores -Mecanorreceptores localizados nos átrios, coronárias, pericárdio e vasos torácicos como artérias e veias pulmonares Diferente dos barorreceptores e quimio são considerados receptores de baixa pressão pois estão localizados em regiões de baixa pressão -O estímulo para ativar esses receptores são quedas na pressão de enchimento cardíaco que reflexamente vai levar a um aumento do tônus simpático e diminuição do tônus vagal sendo assim o resultado final é um aumento da pressão arterial – por que quando o enchimento atrial e ventricular cai? Quando o retorno venoso está baixo e quando a pressão arterial está baixa – reflexo importante que atua em paralelo com o barorreflexo -Reflexo de Bainbridge -estímulo p/ ativar esses receptores cardiopulmonares é uma queda no volume, já que eles reconhecem a diminuição da pressão de enchimento, então a queda no volume estimula esses receptores e esse sinal (aumento da frequência de disparo desses receptores) vai ser levado para os núcleos integradores do bulbo – 1ª sinapse acontece no NTS de onde vão partir projeções para o núcleo de atividade simpática e o núcleo de atividade parassimpática – inibição parassimpática que tem como resultado final o aumento da frequência cardíaca -vasoconstrição Mecanismos humorais de controle da pressão arterial: ajustes a longo prazo: Mecanismos capazes de promover a manutenção dos níveis de pressão em médio e longo prazo – operam em faixa de tempo que vai de horas a alguns dias e meses e estes mecanismos não são adaptáveis*** – envolvem principalmente componentes humorais, papel fundamental dos rins que contribui p/ homeostase do volume circulatório determinado pelo balanço entre ingestão e eliminação de sal e líquidos -A maior parte depende da síntese e secreção de hormônios que vão agir em diversos territórios pra controlar a pressão arterial em um intervalo de tempo maior que o controle neural Liberação de catecolaminas pela medula da adrenal: -Situações do dia a dia – stress, exercícios etc. situações que aumentam a demanda de fluxo sanguíneo -Parte do aumento do fluxo sanguíneo provém dos mecanismos locais de controle de fluxo que promovem vasodilatação tecidual, outros mecanismos como mecanismos neuro-hormonais influenciam também os níveis de PA decorrentes da ativação do SNA simpático inervando um território específico que é a glândula suprarrenal ou adrenal – então esse aumento da PA seria um complemento pra melhorar a perfusão tecidual numa situação onde determinado território precisa de um aporte maior de sangue Adrenais – glândulas endócrinas que estão localizadas acima dos rins, responsáveis por liberar alguns hormônios em resposta a diferentes estímulos – por ex. em situações de estresse libera cortisol, libera aminas biogênicas classificadas como catecolaminas – noradrenalina e adrenalina, que desempenham um papel importante no controle da circulação sanguínea – a adrenal possui duas porções o córtex e a medula – a medula é a responsável pela liberação das catecolaminas e o córtex possui diferentes porções e é no córtex que são liberado outros hormônios como os corticoides -Como ocorre essa liberação? – pela medula adrenal Situações em que ocorrem uma estimulação do sistema simpático, por ex. episódios de queda da PA ocorre uma liberação sistêmica de Norepinefrina e Epinefrina, pela adrenal, a maior quantidade liberada é de Epinefrina – a medula da adrenal possui um tipo de célula especializada que é chamada de célula cromafin que atua como um neurônio pós ganglionar simpático – neurônio pré ganglionar simpático liberando acetilcolina na medula da adrenal (a medula atua como a sinapse ganglionar) – liberação da acetilcolina nessas células cromafins estimula a liberação de catecolaminas principalmente de epinefrina e esses hormônios vão ser lançados na circulação sistêmica e vão ter efeito em células alvo que estão distantes da liberação *particularidade do sistema nervoso simpático → inervação das células cromafins que acabam atuando como neurônio pós ganglionar simpático O pré ganglionar libera acetilcolina sempre e essa acetilcolina na medula da adrenal que vai estimular as células cromafins a liberar as catecolaminas para a circulação Onde esses hormônios liberados pela medula adrenal vão atuar? -Vão atuar em receptores adrenérgicos que podem ser de 2 subtipos – alfa e beta – que estão localizados tanto nos vasos como nas células endoteliais e no coração, e a ativação desses receptores adrenérgicos vai promover respostas celulares distintas dependendo do subtipo do receptor a que elas se ligarem -Tabela -Receptores ainda são subdivididos em alfa 1 e 2 e beta 1,2 e 3 A epinefrina tem uma afinidade maior pelos receptores beta adrenérgicos, amplamente distribuídos no músculo liso vascular, que quando estimulados pela epinefrina ativam a via da Adenilato ciclase promovendo um aumento dos níveis de AMPC o que diminui a afinidade de proteínas contrateis ao cálcio e hiperpolariza a membrana da célula do musculo liso vascular induzindo assim uma vasodilatação Receptor beta adrenérgico causando relaxamento em musculatura lisa vascular – nessa musculatura tem preferencialmente receptores do tipo beta 2 -De uma maneira indireta a epinefrina é capaz de induzir a síntese e libração de Óxido Nítrico que é um potente vasodilatador quando ela atua nos diferentes subtipos de receptores beta Então tanto a ação direta quanto a ação indireta da epinefrina o resultado final vai ser sempre uma vasodilatação com consequente aumento do fluxo sanguíneo A norepinefrina possui efeitos mais pronunciados quando se liga nos receptores do tipo alfa – tem afinidade maior pelos receptores do tipo alfa e ela é liberada em pouca quantidade pela medula adrenal mas é liberada em grande quantidade pelas terminações simpáticas e tem efeitos pronunciados tanto no coração atuando em receptores beta 1 adrenérgicos resultando em aumento da FC e da força, e nos vasos sanguíneos de capacitância e resistência ela se liga em receptores do tipo Alfa principalmente 1 – causando aumento da resistência vascular periférica com consequente aumento da pressão arterial →Efeitos diferentes dependendo do tipo de receptor NA – ativa a via da PKC (fosfolipase C) que vai resultar na alteração dos níveis de cálcio intracelular promovendo um aumento da contração da musculatura lisa vascular e portanto um aumento da resistência vascular o que diretamente afeta a PA -Mecanismos distintos da Epinefrina (atua na via da adenilato ciclase descrita anteriormente) e Noradrenalina -No sistema cardiovascular os efeitos das catecolaminas da adrenalsão em geral menores do que aqueles da Noradrenalina liberada pelas terminações nervosas simpáticas o que torna a função vasoconstritora da Norepinefrina muito importante no aumento da pressão arterial em algumas situações específicas* que envolvem uma estimulação simpática direta Vasopressina e seu envolvimento no controle da PA: -Arginina vasopressina ou hormônio antidiurético ADH -Sintetizada pelos corpos celulares dos neurônios magnocelulares de 2 núcleos hipotalâmicos – o núcleo paraventricular do hipotálamo e o núcleo supraótico cujos prolongamentos axonais vão transportar esse hormônio até a hipófise posterior ou neuro-hipófise onde o ADH fica armazenado até a sua liberação na corrente sanguínea -O principal estímulo pra liberação da Vasopressina na circulação é ocasionado por situações de aumento na osmolaridade plasmática – que pode ser causado por um aumento da quantidade de soluto ou por uma diminuição na quantidade de água (solvente) na circulação – outro estímulo é a queda do volume sanguíneo ou diminuição mantida da pressão arterial -Alteração na osmolaridade – vai estimular os osmoreceptores localizados no hipotálamo que vão sinalizar pra esses núcleos hipotalâmicos pra que eles promovam a síntese da vasopressina e também vão sinalizar pra que esses núcleos hipotalâmicos enviem sinais pra que a neuro-hipófise libere a vasopressina na circulação Efeitos da vasopressina – sistemicamente a ação depende de qual tipo de receptor ela vai atuar – um episódio de desidratação ou aumento na concentração plasmática de sódio por consumo excessivo de sal são eventos que acarretam aumento na osmolaridade plasmática – os osmoreceptores são capazes de detectar diretamente essas alterações – eles têm conexões diretas com os neurônios que fazem a síntese da vasopressina – ativam os neurônios sintetizadores e promove a liberação de vasopressina e seus efeitos fisiológicos -Aumento de osmolaridade plasmática ou queda de volume circulante – estímulos para a liberação de Vasopressina -Pode atuar em diferentes tipos de receptores: V1 – predominante na musculatura lisa vascular V2 – predominante no rim Receptores V1 – são acoplados à proteína G e quando ocorre a ligação da vasopressina com esses receptores, ocorre a ativação da Fosfolipase C que vai produzir segundos mensageiros (IP3 e Diacil glicerol) – essas substâncias são capazes de ativar a proteína quinase C o que promove o aumento da concentração de cálcio intracelular e facilita a contração do músculo liso vascular aumentando assim a resistência vascular periférica e contribuindo pra aumentar a PA -Vasopressina → vasoconstritor -A vasopressina também é capaz de produzir vasoconstrição pelo fechamento de canais de potássio que são sensíveis ao ATP através da inibição da via do oxido nítrico e por potencializar as vias adrenérgicas e de outros vasoconstritores V2 – ações antidiuréticas Quando a vasopressina se liga a esses receptores nos túbulos coletores renais vai promover a ativação da proteína G, o aumento da concentração de proteína G, estimula a adenilato ciclase a liberar o AMPc, vai ativar as PKA promovendo fosforilação de diversas proteínas intracelulares – a via final da ativação desses receptores é o tráfego de vesículas intracelulares que contêm aquaporinas 2 – canais de água através dos quais a água que está na porção final do néfron é reabsorvida de volta ao plasma – favorecendo o aumento da reabsorção de água e a concentração da urina – pra tentar reestabelecer volume e diminuir osmolaridade Papel dos rins no controle da PA: -Importância da regulação do volume do líquido extracelular Essas variações de volume refletem diretamente na pressão arterial →Mecanismos de ajustes renais + hemodinâmicos -aumento da excreção de sal e de água – NATRIURESE ou diurese de pressão -Volume do líquido extracelular (líquido intersticial e plasma) e osmolaridade extracelular (balanço de sódio e balanço de água) – órgão efetor dessa regulagem é o rim Sódio – principal constituinte osmótico, se tiver variações no equilíbrio de sódio naturalmente vai ter variações na osmolaridade do LEC -Sempre que tem um aumento do sódio, ocorre um aumento tanto na concentração plasmática quanto na osmolaridade plasmática – isso é rapidamente corrigido por meio dos osmo-receptores através da vasopressina (que aumenta reabsorção de água) e aumento da sede, todavia, quando ocorre um aumento de volume pela maior reabsorção renal de água precisa mexer no balanço de água e não no balanço de sódio – rim tem um papel primordial de excretar sódio corporal; p/ manter constante o volume os rins lançam mão de dois mecanismos – a NATRIURESE de pressão que é o aumento da excreção de sódio em resposta ao aumento de pressão de perfusão sanguínea renal e a diurese de pressão que é o efeito que o aumento da PA exerce na excreção renal de água -Excretar mais sódio e aumentar a diurese – esses efeitos ocorrem paralelamente NATRIURESE DE PRESSÃO – excretar sal e água -Efeito que a PA exerce na excreção renal de água e de sódio – acréscimos nos níveis de pressão arterial promovem um aumento proporcional na excreção de água e sal e em situações de equilíbrio a pressão é mantida em torno de 100 mmHg e a ingestão de água e sal é equivalente à excreção →Qualquer outro nível de pressão arterial que seja diferente do ponto de equilíbrio, o débito urinário vai estar aumentado ou diminuído no mesmo sentido do aumento ou diminuição da pressão arterial -Mecanismo constante e que não se adapta -De acordo com esse conceito a regulação da pressão arterial a longo prazo é determinada pela capacidade excretora renal -Alterações nos volumes do LEC a curto prazo promovem alterações cardiovasculares e a longo prazo leva a um mecanismo de feedback envolvendo rins e fluidos corporais p/ reestabelecer os níveis pressóricos adequados -Hormônios Sistema renina-angiotensina-aldosterona no controle da pressão arterial: -Longo prazo -Principal sistema -Ativação influencia tanto no componente hemodinâmico quanto no componente de volume da PA (?) – mexe com fluxo sanguíneo e função renal -Esse sistema atua basicamente de duas maneiras – pela produção de Angiotensina II que é um potente vasoconstritor e também pelo fato de que a angiotensina estimula a liberação de aldosterona que atua no néfron alterando a taxa de reabsorção de sódio e de água -O néfron apresenta o aparelho justaglomerular que é formado tanto por um componente vascular (arteríolas – aferente e eferente), quanto um componente tubular que é a mácula densa – conjunto de células epiteliais em que está armazenada uma enzima muito importante – a renina – a renina é a grande responsável pela ativação do sistema renina angiotensina aldosterona – a liberação de renina depende de alguns estímulos Estímulos para a produção de Renina: • ↓Pressão de Perfusão Renal • ↑ Simpática (beta -1) (AMPc – PKA) - BARO Hipotensão • ↓ Demanda NaCl (diminui vol. Cel As células da mácula densa liberam a renina – início da cascata de ativação do sistema renina-angiotensina- aldosterona 3 principais fatores envolvidos na liberação de renina 1º – Diminuição da pressão de perfusão renal – as células da arteríola aferente renal apresentam receptores de pressão que também são chamados de Barorreceptores – esses receptores são desativados quanto ocorre uma queda da pressão de perfusão renal que está relacionada a uma queda de volume circulante e que por fim vai estimular a liberação da renina pelo aparelho justaglomerular na tentativa de promover um aumento compensatório da PA, de maneira oposta, quando tem um aumento do volume circulante tem uma inibição da liberação de renina Queda na pressãode perfusão renal → liberação de renina 2º - outro estímulo para a liberação da renina é o aumento da atividade dos nervos simpáticos renais – a diminuição da frequência de disparo dos barorreceptores causada pela queda da PA ativa centros bulbares que vão promover um aumento da atividade simpática -Aumento de atividade simpática no aparelho justaglomerular é um estímulo para a liberação de renina 3º - Diminuição da concentração de NaCl nas células da mácula densa, a diminuição no volume circulante ocasiona uma queda na taxa de filtração pelos rins e isso reduz a concentração de NaCl no lúmen da mácula densa, o que é um estímulo capaz de aumentar a liberação de renina -A renina uma vez liberada na circulação sanguínea por um desses estímulos, vai ativar uma cascata para a síntese da Angiotensina II Renina liberada na circulação: Atua na clivagem de seu substrato o angiotensinogênio um peptídeo sintetizado pelo fígado e liberado na circulação – o produto dessa clivagem forma a angiotensina 1 que vai sofrer a ação de uma enzima – a ECA enzima conversora de angiotensina – a eca está presente na porção luminal do endotélio vascular de todo o organismo e é abundantemente presente no território pulmonar – a ECA remove dois aminoácidos da porção c- terminal da angiotensina 1 formando então o peptídeo ativo – a angiotensina II – ela vai exercer uma série de funções nos sistemas cardiovascular, renal e SNC sempre no sentido de tentar reestabelecer os níveis de PA e a homeostase hemodinâmica Funções da Angiotensina II: Vasoconstritora – se liga nos receptores At1 na musculatura lisa vascular que ativa a via da PKC – formação de IP3 e Diacil glicerol... aumento na concentração intracelular de cálcio promovendo vasoconstrição e aumento da PA – a Angio II também promove vasoconstrição da arteríola eferente renal o que ocasiona um aumento da filtração glomerular e queda da pressão hidrostática dos capilares peritubulares renais promovendo assim um aumento da reabsorção tubular de sódio -A angiotensina II também promove hipertrofia e remodelamento da musculatura lisa vascular e estriada cardíaca aumentando a força de contração cardíaca e a frequência cardíaca, o que contribui para a gênese da hipertensão arterial → contribuinte da hipertensão arterial Outra ação da Angiotensina II é promover a liberação de aldosterona pelo córtex da adrenal – hormônio que vai atuar nos rins facilitando a reabsorção de sódio e consequentemente reabsorvendo água, o que aumenta o volume circulante efetivo e aumenta a pressão arterial Outra ação – estimular a sede, o apetite ao sódio e a liberação de vasopressina (atua no SNC – neuro-hipófise) – aumenta vasoconstrição e reabsorção de água -Angiotensina também modula a atividade simpática tanto perifericamente quanto centralmente – na periferia ela atua em recep. At1 facilitando a neurotransmissão noradrenérgica das fibras pós ganglionares simpáticas provocando aumento da liberação e uma diminuição da recaptação de NA o que contribui para o aumento da atividade simpática – No SNC ela modula também por meio de recep. At1 em diferentes núcleos que controlam o SN simpático incluindo o bulbo ventro-lateral-rostral e isso acarreta um aumento da resistência periférica total e consequentemente da pressão arterial Ações do peptídeo natriurético atrial no controle da pressão arterial: -Longo prazo -ANP – liberado pelos miócitos cardíacos atriais em resposta à distensão de suas paredes -Ações tanto no território renal quanto no território vascular e sua principal função é normalizar o volume sanguíneo e a PA através de diferentes mecanismos – vasodilatação renal (promovendo aumento do fluxo sanguíneo renal, aumento da taxa de filtração glomerular – favorecendo a excreção de água e a diurese, reduzindo volume plasmático e queda na pressão arterial) ***O estímulo para a liberação do ANP diferente dos outros mecanismos, não é a queda de volume e sim um aumento do volume extracelular (e da PA) o que aumenta o retorno venoso – aumenta pré carga – o que distende mais a parede atrial fazendo com que o ANP seja liberado pelos miócitos -Também é capaz de causar uma vasodilatação generalizada -Efeito antagônico ao do Sistema Renina Angiotensina Aldosterona pois o ANP nos rins promove um aumento da taxa de filtração glomerular diminuição da liberação de renina e aumento na excreção de sódio e água – capaz de bloquear a liberação ou ação de diversos hormônios incluindo a vasopressina a angio II e a aldosterona atuando na diminuição da PA e aumentando a permeabilidade capilar
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