Buscar

Animais monogástricos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Alimentação dos monogástricos
Os animais monogástricos, mais adequadamente chamados de não ruminantes são caracterizados por várias particularidades nutricionais, listadas a seguir:
 Reduzida capacidade de armazenamento de alimentos, e, como consequência, devem ter acesso contínuo a alimentação; 
Taxa de passagem dos alimentos no trato digestório é relativamente rápida, e, desta forma, os nutrientes de vem estar prontamente disponíveis, para seu aproveitamento; 
Baixa capacidade de digerir materiais fibrosos devido a reduzida microflora existente no trato digestório, sendo que as dietas devem ser concentradas; 
Pequena capacidade de síntese gastrintestinal e, como consequência, todos os nutrientes exigidos para máximo desempenho devem estar presentes na dieta; 
Digestão básica dos alimentos faz-se por intermédio de enzimas digestivas produzidas pelo animal;
Aproveitam mais eficientemente os alimentos concentrados do que os animais ruminantes.
Suínos
Alfafa é considerada um alimento volumoso, com boas qualidades nutricionais. Possui elevado teor de fibra bruta, principalmente celulose e lignina, que limita o uso em dietas para suínos. Sua constituição é variável e depende do estágio de desenvolvimento da planta. Quanto mais madura, maior será o teor de fibra e menor o de proteína bruta. É recomendado o uso com, no máximo, 10% de florescimento das plantas. A alfafa é rica em vitaminas A, E e K, tem alto teor de cálcio e baixo de fósforo. É recomendada para animais adultos, preferencialmente para porcas em gestação. Para as fases iniciais o uso não é recomendado e para crescimento, terminação e lactação, o fornecimento deve ser em níveis restritos. A alfafa apresenta taninos, que são componentes antinutricionais, que afetam a ação das enzimas reduzindo a digestibilidade dos nutrientes, além de diminuir a palatabilidade do alimento. Existem normalmente duas formas que a alfafa pode ser fornecida aos suínos: Alfafa fresca recém cortada; Feno de alfafa moído e misturado à ração.
Arroz
Na alimentação de suínos o arroz é usado em forma de farelo integral, farelo desengordurado e quirera. 
Farelo de arroz integral
 Representa cerca de 13% do peso dos grãos. Apresenta composição química variável em função do tipo de processamento. Os teores de proteína, fibra bruta e de extrato etéreo são superiores ao milho. O amido e a gordura são as principais fontes de energia do farelo de arroz. A proteína é rica em aminoácidos sulfurosos e tem a lisina e a treonina como aminoácidos mais limitantes. Os fatores que limitam o uso na alimentação de suínos são a presença de casca, que tem alto teor de celulose e sílica, os oxalatos e fitatos, que são fatores antinutricionais, e o alto teor de fósforo. Recomenda-se níveis de até 30% da dieta para as fases de crescimento, terminação e para porcas em gestação.
Farelo de arroz desengordurado 
O farelo de arroz desengordurado representa cerca de 82% do peso farelo de arroz integral. Apresenta teores de proteína e fibra bruta superiores, e teores de extrato etéreo e energia digestível inferiores, quando comparados ao milho. O uso na alimentação de suínos é limitado pelo alto teor de fibra bruta e de fósforo. Pode ser incluído em até 20% nas dietas de porcas em gestação e em até 30% para as fases de crescimento e terminação. 
Quirera de arroz 
No beneficiamento do arroz, a quirera representa cerca de 10% do total do peso dos grãos. Possui valor nutricional similar ao milho. Para suínos só há restrições de uso para leitões, onde se recomenda inclusão de até 25% da ração.
Aveia
A aveia pode ser usada na alimentação de suínos como fonte protéica e energética. Sua composição nutricional e teor de fibra bruta variam em função do tipo de cultivar e do peso específico do grão. A aveia é especialmente indicada para dietas de gestação e para suínos com alto potencial de rendimento de carne, na fase de terminação, onde os níveis de energia são controlados por restrição alimentar. A inclusão de aveia permite um maior consumo de alimento, diminuindo a necessidade da restrição, que é fator de desconforto e estresse para os animais.
Mandioca
A mandioca pode ser usada na alimentação de suínos, como ingrediente da ração, na forma de farinha integral de mandioca, na forma de farelo de raspas de mandioca ou ainda na forma de farinha da parte aérea. Também pode ser usada como ingrediente da dieta em forma de mandioca fresca, contendo nesse caso, elevado teor de água. É considerada um alimento energético, sendo o amido seu principal componente. O teores de proteína e aminoácidos são muito baixos.
Milho
O milho é utilizado como fonte de energia na formulação de rações. Participa em até 90% da composição das dietas. Sua maior limitação como fonte de nutrientes é o baixo teor dos aminoácidos lisina e triptofano. A qualidade do milho é fator importante a ser observado na nutrição de suínos, para assegurar os teores de nutrientes e a ausência de substâncias tóxicas.
Soja	
Na alimentação de suínos a soja participa como fonte protéica, na forma de farelo, que é o subproduto da extração do óleo. Na forma integral o uso encontra restrições, principalmente pela presença de fatores antinutricionais. Os produtores de soja normalmente vendem a produção para as indústrias, e estas vendem o farelo de soja para as propriedades suinícolas
Sorgo
O sorgo pode substituir parcial ou totalmente o milho como fonte energética para nutrição de suínos, desde que sejam ajustados os teores nutricionais com os outros ingredientes, e considerados os fatores antinutricionais e suas implicações no balanceamento da ração.
Trigo
O uso na alimentação de suínos se constitui em mais uma opção de comercialização e uma alternativa ao suinocultor para baratear os custos com a alimentação animal. Considerando que o trigo não compete com o milho em relação à infraestrutura 46 produtiva da propriedade, torna-se economicamente viável integrá-lo num sistema de produção com milho e suínos. Na formulação de rações, o trigo pode ser usado sem restrições, como fonte energética e protéica.
Triticale
O triticale é um cereal híbrido resultante do cruzamento entre o trigo duro (Triticum durum) e o centeio (Secale cereale). Apresenta uma ampla gama de usos potenciais na alimentação animal, especialmente para a pequena propriedade; forragem verde, silagem de plantas jovens, feno, silagem da planta adulta, silagem do grão úmido e grão seco. O triticale apresenta as mesmas vantagens do trigo, em relação às condições de produção nas propriedades suinícolas, como forma de baratear os custos com a produção de alimentos, e potencializar o uso dos fatores produtivos, especialmente a terra, mão de obra e maquinários. Também pode integrar um sistema de produção com milho e suínos.
Alimentos alternativos
Aves
Trigo e Triticale: São cereais de inverno que os produtores de aves devem redobrar a atenção em seus preços, pois a colheita ocorre no final do ano, justamente, na entressafra do milho. O trigo, historicamente, sempre foi destinado ao consumo humano sendo os subprodutos do seu processamento direcionados à alimentação animal, destacando-se, principalmente, o farelo de trigo e o resíduo de limpeza, erroneamente definido como "triguilho". O triticale é um grão produzido com o destino principal para a produção de rações.
Os cultivares de trigo apresentam grande variação na composição química e valor nutricional, enquanto os de triticale são menos variáveis. Entretanto os dois cereais sofrem efeito marcante do ambiente e do clima em que são produzidos. Em geral, o preço limite para compra do trigo e do triticale para uso em rações de frangos não deve ser superior a 90-95% do preço do milho.
Sorgo: É um cereal cuja disponibilidade comercial não é alta, mas que apresenta excelente possibilidade de uso na alimentação, desde que incluídos ingredientes com pigmentos carotenóides ou xantofilicos, já que o sorgo diminui a pigmentação da pele, quando de seu uso. Algumas variedades de sorgo podem conter tanino, o qual é indesejável para rações. O sorgo poderá contermenos energia metabolizável que o milho e seu preço não deve ser superior ao do milho e a menos de 90% deste, poderá ser vantajoso na substituição parcial do milho. As farinhas animais de outras espécies não aviárias, devidamente processadas e de boa qualidade (nutricional e sanitária), podem ser alternativa proteica e fosfórica importante para diminuir o custo de alimentação. A diminuição do custo de produção das rações oscila entre 5 e 12% quando os preços do farelo de soja e milho estão com preços altos no mercado. Análises devem ser solicitadas visando a garantia de qualidade (negativo para salmonela, putrefação, sem rancificação, digestibilidade, etc.).
Suínos
De acordo com Bellaver e Ludke (2004), as alternativas de alimentação de suínos disponíveis para uso direto nas granjas são restringidas ao macro ingredientes de origem vegetal, que podem ser:
Essencialmente energéticos: raiz de mandioca (in natura, silagem da raiz, raspa integral, farinha, farelo residual) e caldo de cana. O nível de proteína nesses ingredientes é baixo, exigindo que seja aumentada a proporção das fontes proteicas, o que representa uma importante limitação. A raspa (seca) integral da raiz de mandioca em termos percentuais pode responder por até 50% da dieta. O caldo de cana apresenta em termos comparativos uma energia metabolizável de 3202 Kcal/kg quando expresso com um valor hipotético de 88% de matéria seca. Entretanto, este ingrediente é de difícil manejo e transporte, podendo até mesmo inviabilizar a sua utilização.
Energéticos idênticos ao milho: sorgo, milheto, grão de arroz e arroz na forma de quirera. Apresentam a possibilidade de substituição total do milho causando apenas pequenos ajustes na porcentagem dos demais ingredientes da ração. No mesmo grupo podem ser incluídas muitas sementes de gramíneas. Porém, algumas delas (principalmente as tropicais) apresentam valor energético muito menor do que o milho. A silagem de grão de milho úmido pode ser estrategicamente usada visando à redução em até 28 dias no tempo de ocupação da lavoura, e a sua inclusão nas dietas de todas as categorias de suínos pode ser realizada via substituição total do milho, desde que realizados os ajustes em função do teor de umidade, da maior disponibilidade dos minerais e, proporcionalmente a um mesmo nível de umidade, maior valor de energia metabolizável. Fornecedores de energia com nível de proteína mais elevado do que o milho (pelo menos acima de 14%): farelo de arroz integral (muito sensível à rancificação), semente de girassol e soja integral inativada (tostada, cozida, extrusada). São os ingredientes que apresentam elevado teor de extrato etéreo e por esse motivo apresentam maior densidade energética. São recomendados para substituir entre 75 a 100% da proteína fornecida pelo farelo de soja em dietas para matrizes em lactação. A soja devidamente processada pode ser incluída em até 20% nas dietas nutricionalmente equilibradas a serem fornecidas para os leitões nas dietas pré-iniciais e iniciais. Para suínos em terminação o elevado teor de gordura insaturada afeta a qualidade da gordura na carcaça. A inclusão do farelo de arroz integral em rações para suínos em crescimento e terminação deve ser restringida até um máximo de 30% da dieta.
Fornecedores de proteína: farelo de algodão, farelo desengordurado de arroz, farelo de girassol e sementes de leguminosas, em especial o guandu. São ingredientes aptos à inclusão em dietas de suínos em crescimento e terminação e fêmeas em gestação, substituindo entre 50 a 75% da proteína oriunda do farelo de soja. Como regra geral as sementes de leguminosas apresentam, em níveis variados, fatores antinutricionais que devem ser adequadamente inativados (exceção feita para a ervilha).
Fornecedores de proteína com baixa energia: feno de leucena e feno da folha de mandioca que podem substituir parcialmente o farelo de soja. São ingredientes preferenciais para serem incluídos em proporção definida (no máximo 10%) nas dietas de fêmeas em gestação porque apresentam elevado teor de fibra bruta e baixa densidade energética.

Outros materiais