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Aula 11 - Juiz das Garantias

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Aula 11 - Juiz de Garantias  
Uma modificação que ocorreu em decorrência do pacote anti crime, esse chamado                        
pacote anti crime, ele trouxe alterações no inquérito e no juiz de garantias. Decorrente da Lei                                
13.964/2019, se tem dois juízos atuando, primeiro o juiz das garantias e depois o juiz da                                
instrução que é quando recebida a ação.  
A previsão do juiz das garantias, ele está no artigo 3A, do CP. O que significa dizer? O                                    
processo penal terá estrutura acusatória, e se formos colocar o sistema acusatório, colocamos                          
ele a partir da Constituição Federal, art. 212.   
Sistema acusatório é aquele que é adotado no Brasil, alguns falam que esse sistema                            
no Brasil é impuro. Mas quais são as principais características? A iniciativa é                          
primordialmente das partes, o juiz atua portanto como um gestor das provas. O processo tem                              
três figuras, as quais atuam com funções distintas, juiz, acusação e defesa. Se tem algo                              
marcante que é o princípio do contraditório e da ampla defesa. Levando-se em conta que o                                
acusado é sujeito de direitos.  
No sistema inquisitório ele não tem contraditório e ampla defesa, o acusado é objeto do                              
processo, o juiz centraliza as atividades. O sistema misto é uma mistura do inquisitório e                              
acusatório.  
O juiz das garantias ele não tem qualquer poder probatório, o artigo terceiro A, ele trata                                
da filosofia que foi dada aos juiz das garantias.   
Mas já no artigo terceiro B, se diz que o juiz da garantia é responsável pelo controle de                                    
legalidade e pela salvaguarda dos direitos individuais, sendo esmiuçada as atribuições as                        
básicas, as quais podemos citar:  
1. Controle de Legalidade, apesar de o MP ter o poder de controle externo da                            
atividade policial, mas o juiz tem o controle da legalidade de toda investigação.  
2. Colocar salvaguarda dos direitos individuais, o legislador poderia colocar os                    
direitos do réu, mas não foi colocado. Então qual relação se traz? A relação do                              
garantismo integral, isso quer dizer que os direitos não deve se restringir                        
apenas ao direito do acusado mas também da vítima. Assim, podendo ser                        
assegurado a vítima se convocar a possibilidade de revisão quando ocorrer a                        
possibilidade de arquivar.  
3. Garantismo integral e fortificação do sistema acusatório.  
A competência do juiz das garantias: competência é uma medida da jurisdição,                        
entretanto, o legislador não foi tão técnico assim. ART. 3B do CPP .  
1. Receber comunicação imediata da prisão - Se relaciona especificamente quando ocorre                      
a prisão em flagrante, sendo feita para o MP e ao núcleo de audiência de custódia.  
2. Recebe o auto da prisão em flagrante para fins de se exercer o controle, a possibilidade                                
que o juiz tem de controlar a legalidade da prisão, isso é trabalhado na audiência de                                
custódia, verificando-se o caso de relaxamento ou prisão preventiva. Essa análise, é                        
feita então pelo juiz de garantias.  
3. Zelar pela observância dos direitos do preso, o preso que se fala é o do provisório  
4. Qualquer tipo de investigação criminal deve ser comunicada ao juiz das garantias,                        
podendo essa ser conduzida pelo MP.  
O inquérito vem ser protocolado pelo Delegado, o qual vai ser distribuído para as                            
varas, e o juiz verifica se tem alguma medida de jurisdição e manda para o MP, que depois                                    
devolve para o juiz o qual encaminha posteriormente para o Delegado, se tem algumas                            
medidas que vão ser realizadas no inquérito que dependem de autorização do juiz, assim                            
sendo necessário pronunciamento do mesmo. Assim, para alguns inquéritos que não precisam                        
de qualquer autorização do juiz, eles podem ter tramitação direta, conforme o disposto na                            
Resolução 63/2009 do CJF.

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