3.56 logm+ 0.90 (logm) 2 a aBP ≃ 10.03 10.03 ≃ 1.00 b bBP ≃ 3.56 3.56 ≃ 1.00 c cBP ≃ 0.90 1.00 ≃ 0.90 a razão entre as escalas de tempo está no intervalo log tsp log tBP ≃ 0.9 a 1.1 ⋆ ⋆ ⋆ 465. A relação entre a escala de tempo das estrelas na sequência principal e sua massa tem diversas aproximações, como log t ≃ 10.0− 2.5 logm (1) W. J. Maciel: 500 Exerćıcios Resolvidos de Astrof́ısica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305 ou a a relação de Bahcall & Piran (1983) log t ≃ 10.0− 3.6 logm+ (logm)2 (2) Em (1) e (2) t está em anos e m em massas solares. Uma terceira aproximação é dada por Romano et al. (2005) log t = −0.6545 logm+ 1 (m ≤ 1.3) log t = −3.7 logm+ 1.35 (1.3 < m ≤ 3) log t = −2.51 logm+ 0.77 (3 < m ≤ 7) log t = −1.78 logm+ 0.17 (7 < m ≤ 15) log t = −0.86 logm− 0.94 (15 < m ≤ 60) t = 1.2m−1.85 + 0.003 (m > 60) (3) onde t está em Gano e m em M⊙. Calcule o tempo de vida para estrelas no intervalo de massa 0.1 ≤ m(M⊙) ≤ 100 usando as 3 formulações acima e faça um gráfico de log t(anos) em função de logm emM⊙. Considerando as formulações (2) e (3) para que massas ocorrem as maiores discrepâncias? Quais seriam as razões para isso? Solução: O gráfico está a seguir. As maiores incertezas ocorrem para para m < 1M⊙ e M > 2.5M⊙. As incertezas para m < 1M⊙ devem-se principalmente às baixas luminosidades das estrelas. Para m > 25M⊙ as extrapolações são inadequadas. Outras causas seriam: binaridade, heterogeneidade da composição qúımica, inadequação dos modelos, rotação e convecção. ⋆ ⋆ ⋆ 466. A tabela a seguir (Maciel 1999, cap. 1) mostra valores médios da magnitude absoluta visualMv, luminosidade log(L/L⊙) e massa m emM⊙ para um conjunto Parte 5 - Evolução Qúımica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306 de estrelas da sequência principal. (a) Obtenha correlações entre estas quantidades na forma log(L/L⊙) = a+ bMv log(m/M⊙) = c+ dMv (b) A partir destas duas correlações obtenha uma terceira correlação entre a lu- minosidade e a massa e mostre que L ∝ mα. Qual é o valor de α? Faça gráficos mostrando as correlações obtidas. (c) Use diretamente os dados da tabela e estime um novo valor para a constante α. Sp Mv log(L/L⊙) m/M⊙ O3 -6.0 6.15 120.0 O5 -5.7 5.90 60.0 O6 -5.5 5.62 37.0 O8 -4.9 5.23 23.0 B0 -4.0 4.72 17.5 B3 -1.6 3.28 7.6 B5 -1.2 2.92 5.9 B8 -0.2 2.26 3.8 A0 0.6 1.73 2.9 A5 1.9 1.15 2.0 F0 2.7 0.81 1.6 F5 3.5 0.51 1.4 G0 4.4 0.18 1.1 G5 5.1 -0.10 0.9 K0 5.9 -0.38 0.8 K5 7.4 -0.82 0.7 M0 8.8 -1.11 0.5 M2 9.9 -1.35 0.4 M5 12.3 -1.96 0.2 M6 13.5 -2.28 0.1 Solução: (a) Aplicando as correlações aos dados da tabela temos a = 2.662, b = −0.443 c = 0.751, d = −0.135 com estes valores é fácil ver que log(L/L⊙) = e+ f log(m/M⊙) W. J. Maciel: 500 Exerćıcios Resolvidos de Astrof́ısica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 onde e = a− b c d ≃ 0.198 f = b d ≃ 3.281 de modo que L ∝ m3.28 α ≃ 3.28 (b) Usando diretamente os dados da tabela obtemos e′ ≃ 0.210, f ′ ≃ 3.244 de modo que L ∝ m3.244 α′ ≃ 3.24 ⋆ ⋆ ⋆ 467. Uma estrela da sequência principal com tipo espectral A0 tem Mv = 0.65 e BC = −0.30. (a) Estime sua luminosidade, log(L/L⊙). (b) A mesma estrela tem Tef = 9790K e R = 2.4R⊙. Estime sua luminosidade a partir destes dados. (c) Compare os resultados anteriores com o valor dado na tabela do exerćıcio anterior. Parte 5 - Evolução Qúımica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308 Solução: (a) Neste caso, Mbol =Mv +BC = 0.35 Mbol −M ⊙ bol = −2.5 log(L/L⊙) log(L/L⊙) = 0.4 (Mbol −M ⊙ bol) ≃ 1.76 L L⊙ ≃ 57.0 (b) L = 4 π R2 σ T 4ef L L⊙ = 4 π R2 σ T 4ef L⊙ ≃ 47.4 log(L/L⊙) ≃ 1.68 (c) Da tabela temos logL/L⊙) ≃ 1.73 L L⊙ ≃ 53.7 ⋆ ⋆ ⋆ 468. A tabela abaixo mostra valores da magnitude absoluta visualMv e da massa m para estrelas da sequência principal (Cox 2000, p. 489). Faça um gráfico de Mv em função de logm e obtenha ajustes de primeira e segunda ordem para esta função. Onde estaria o Sol neste gráfico? Mv m(M⊙) Mv m(M⊙) 18.00 0.070 3.46 1.274 16.96 0.085 2.00 1.862 15.45 0.116 1.00 2.512 14.36 0.147 0.00 3.467 13.21 0.193 -1.00 5.248 12.47 0.240 -2.00 7.943 11.73 0.317 -3.00 12.023 11.08 0.394 -4.00 18.197 9.96 0.502 -5.00 26.915 8.35 0.626 -6.00 41.687 6.43 0.780 -7.00 63.100 5.08 0.950 W. J. Maciel: 500 Exerćıcios Resolvidos de Astrof́ısica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309 Solução: O gráfico está na figura acima. Os ajustes são Mv = a+ b logm+ c (logm) 2 onde m está em massas solares e a = 6.532, b = −8.799 e c = 0 (caso linear) a = 5.457, b = −9.676 e c = 1.530 (caso quadrático) O ajuste de segunda ordem é razoável para as massas muito pequenas ou muito grandes, e pior para as massas intermediárias. A posição do Sol está assinalada, adotando logm = 0. e Mv = 4.82. ⋆ ⋆ ⋆ 469. Uma aproximação para a relação massa-luminosidade de estrelas de pequena massa 0.1 ≤ m(M⊙) ≤ 1.0 pode ser escrita na forma Mv = k1 + k2 logm+ k3 (logm) 2 onde k1 = 4.78, k2 = −10.19 e k3 = 2.34, e m está em massas solares. As estrelas A, B, C, D têm valores de massa e magnitude absoluta visual dados na tabela abaixo. (a) Faça um gráfico de logm ×Mv, inclua a relação aproximada e estas estrelas. Em que intervalo de massas a aproximação é melhor? (b) Admita que a relação entre a luminosidade e a magnitude absoluta seja exatamente a mesma do Exerćıcio 466. Neste caso podemos escrever que L ∝ mα? Qual seria o valor do expoente α? A B C D Mv 5.0 9.0 12.0 15.0 logm 0.0 -0.25 -0.60 -1.0 Parte 5 - Evolução Qúımica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 310 Solução: (a) O ajuste e as estrelas A, B, C, D estão na figura a seguir. As estrelas A e C têm um bom ajuste, enquanto que as estrelas B e D apresentam maiores desvios. A relação parece se ajustar melhor aos intervalos logm > −0.2 −→ m > 0.6M⊙ −0.8 < logm < −0.5 −→ 0.16 < m/M⊙ < 0.32 (b) Usando a relação do Exerćıcio 466 temos log(L/L⊙) = a+ b [k1 + k2 logm+ k3 (logm) 2] log(L/L⊙) = (a+ b k1) + (b k2) logm+ (b k3) (logm) 2 No Exerćıcio 466, com uma variação linear entre log(L/L⊙) e log(m/M⊙), o expoente α é simplesmente α = d log(L/L⊙) d log(m/M⊙) = f ≃ 3.28 no presente caso, temos α = d log(L/L⊙) d log(m/M⊙) = (b k2) + (2 b k3) logm com os valores numéricos temos α = 4.514− 2.073 log(m/M⊙) portanto o parâmetro α não é mais uma constante, variando de α ≃ 6.59 para logm = −1 a α ≃ 4.51 para logm = 0. ⋆ ⋆ ⋆ 470. A função de luminosidade das estrelas anãs brancas pode ser usada para estimar a idade do disco galáctico. As anãs brancas mais quentes e luminosas W. J. Maciel: 500 Exerćıcios Resolvidos de Astrof́ısica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311 resfriam-se mais rapidamente que as mais frias, de modo que sua densidade espacial deve aumentar à medida que a luminosidade das estrelas diminui. Por outro lado, para estrelas com luminosidades muito baixas, os tempos de resfriamento são muito longos, eventualmente da ordem ou maiores que a idade da Galáxia, de modo que a função de luminosidade deve cair abruptamente quando os dois tempos forem iguais. Considere a função luminosidade dada na figura abaixo (Cowan et al. 1991), e estime a idade do disco. Solução: Da figura pode-se estimar que a luminosidade onde ocorre a queda abrupta é de aproximadamente log(Ld/L⊙) ≃ −5, ou Ld/L⊙ ≃ 10 −5. Usando por exemplo a relação de Iben & Laughlin (1989) t(Gano) ≃ 9 [ 10−4.7 Ld/L⊙ ]0.28 obtemos t ≃ 9 [ 10−4.7 10−5 ]0.28 ≃ 10.9Gano ≃ 1.09× 1010 ano ⋆ ⋆ ⋆ IMF - SFR - AMR 471. Considere a IMF de Salpeter (1955) mostrada na figura abaixo, e dada