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Direitos Reais Sobre Coisas Alheias DIREITO CIVIL “O Direito Real sobre Coisa Alheia é o de receber, por meio da norma jurídica, permissão de seu proprietário para usá-las ou tê-las como se fosse sua – animus domini –, em determinadas circunstâncias ou sob condição de acordo com a lei e com o que foi estabelecido em contrato válido.” · O proprietário passa o poder para o patrimônio de outrem o qual passará a ter direito real sobre coisa alheia. Poder é diferente de posse. Quando se trata de posse, se transfere o exercício apenas; nessa hipótese se transfere o poder – usufruto – de usar e gozar. Onde o proprietário só terá o direito de dispor e reaver. JUS IN RE ALIENA Obs.: há o desdobramento da propriedade. O usufrutuário vai ter a posse direta; e o nu-proprietário vai ter a posse indireta. ESPÉCIES 1. Direitos Reais de Gozo ou Fruição – o titular tem o direito de usar e gozar ou somente de usar a coisa alheia. Ex.: superfície, servidões, usufruto, uso, habitação, etc.; 2. Direitos Reais de Garantia Obs.: próximo da propriedade resolúvel e a fiduciária. – a coisa é dada como garantia de débito. Ex.: penhor, hipoteca, anticrese, etc.; 3. Direito Real de Aquisição – compromisso ou promessa de compra e venda. SUPERFÍCIE · Mais ampla que a enfiteuse (as que existem ainda estão válidas no CC de 1916); · Desdobramento do Direito de Propriedade Superfície (superficiário) -------- Solo (fundieiro) · Teoria da Acessão (soma) ou Principalidade do Solo Obs.: mitiga (art. 1253) Teoria da Acessão Invertida Não é possível a aplicação da acessão invertida em virtude do direito de superfície · Quebra essas presunções; · Constituição: registro de bens imóveis; · Propriedade Resolúvel. 20 anos – art. 1.369, CC. · Instituído de forma gratuita ou onerosa; - art. 1.370 · O superficiário pode alugar e realizar negócios; · Obrigações do superficiário – art. 1.371 (encargos/tributos); · Direito de Preferência – art. 1.373; · Indenização pelas acessões – art. 1.375; Em regra, não se tem o direito de indenização pelas acessões. · Extinção: destinação diversa; - art. 1.374 c/c art. 1.376 · Desapropriação – os dois – superfície e fundieiro; - é uma hipótese de extinção (art. 1.376) Obs.: pessoas jurídicas de direito público – art. 1.377, CC SERVIDÃO Obs.: Diferente da passagem forçada · Precisa de dois prédios (entende-se como imóvel): Dominante ---- Serviente (grava limitando poderes reais) · Vs. Passagem Forçada – direito de vizinhança; · Servidão de Visão (praia); · Contrato ou Testamento (registro); · Servidão Aparente por 10 anos (Usucapião); · Características – indivisível, inalienável; - art. 1.386, CC · Extinção – cancelamento de registro; - + art.1.387 e 1.388 c/c 1.389 Obs.: o uso garante a usucapião da servidão, já o não uso gera sua extinção. A extinção de não uso tem o prazo de 10 anos. Obs.: 2 ações – confessatória – ideia é discutir os termos da servidão; e nagatória – intenção é extinguir a servidão. Obs.: a servidão é temporária, existindo um lapso temporal para que se estipule esse tipo de direito real sobre coisa alheia. USUFRUTO Poder de usar e fruir · Maior amplitude · Objeto – art. 1.390 = + Corpóreos ou Incorpóreos (dir. crédito) Bens infungíveis e incosumíveis – art. 85 e 86 · Renovação cíclica de um benefício = fruto; · Possuir de boa-fé = indenização pelas benfeitorias + levanta-las. · Desdobra a posse · Favorecido – usufrutuário; · Proprietário – nu-proprietário. Obs.: Não pode transferir a condição de usufrutuário para outra pessoa (intransmissível/personalíssimo – morte gera extinção); - art. 1.393 do cc Não pode transferir o direito real de usufruto, mas pode transferir o exercício/utilização. Pois o usufruto é personalíssimo, ou seja, na pessoa. Obs.: pode até ter usufruto vitalício, mas sempre temporário. Exceção: legado – art. 1946, CC. Em regra, é intransmissível Direitos: 1.394 – 1.399 · Cria dos animais, frutos pendentes; · Não mudar a destinação – pode arrendar. DEVERES – em virtude da posse direta. FORMAS – 1. Convencional – contrato (acordo de vontades); 2. Legal – adm. dos bens do menor; - art. 1689, CC 3. Judicial – exequente como usufrutuário. EXTINÇÃO 1. Renúncia ou morte; - art. 1.410, CC 2. 30 anos; - pois usufruto é temporário + VITALÍCIO 3. Usufruto mantido – art. 1.407 e 1.408 – seguro. ART. 410, VIII – NÃO USO ESCALA DECRESCENTE DE DIREITOS – FRUTOS 1° usufruto – suj. pode usar e fruir abertamente; 2° uso – suj. pode usar, mas fruir apenas para sua subsistência; 3° habitação – suj. pode usar somente para moradia. USO Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família. § 1 o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e o lugar onde viver. § 2 o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico. Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto. HABITAÇÃO Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família. – titular do direito não pode alugar, emprestar, mas apenas ocupar com sua família. DIREITO A MORADIA Art. 1.415. Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa não terá de pagar aluguel à outra, ou às outras, mas não as pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que também lhes compete, de habitá-la. – HIPOTESE DE COMPOSSE Art. 1.416. São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto. DIREITO DE PROMITENTE COMPRADOR Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel. Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel. DIREITOS REAIS DE GARANTIA · Vinculo Real – preferência do credor; · Preferência de crédito real em determinado do pessoal; · Publicidade = - DEIITO REAL Registro – hipoteca = POIS RECAI SOBRE UM IMÓVEL Tradição – Penhor = POIS RECAI SOBRE UM MÓVEL · Especialização – dívida e rol; · Acessoriedade – garantia é dependência de dívida; · Direito de Sequela – segue o bem. · Condomínio: todos aprovam (se for divisível – somente sua fração ideal) · Pacto Comissório: Conteúdo vedado por lei (NULO) – ART. 1.428 – princípio da conservação contratual Pois a ideia é de que o sujeito que seja credor venda a coisa pra saldar sua dívida. O direito real de garantia é acessório, o principal é a dívida. · Direito de excussão: promover a venda do bem em hasta pública · Vencimento antecipado da Dívida – art. 1.425 – 333 CC 1. Depreciando, deteriorando e não substituindo; 2. Insolvência ou Falência; 3. Pagamento não pontual; 4. Desapropriação. Obs.: navios e aeronaves – móveis para HIPOTECA – são a exceção · penhor contratual/convencional – civil, mercantil, rural, industrial; · Penhor legal – requer homologação sob pena de esbulho – art. 1.467 CC; · Penhor de veículos. PENHOR · Regra: bens móveis Transferência efetiva da posse para garantir o débito (credor e devedor pignoratício) · Penhor (CC) X Penhora (CPC) Penhor é direito real Penhora é execução CARACTERÍSTICAS: · Móveis fungíveis e infungíveis; · Tradição; - posse direta sobre a coisa · Contrato solene – escrito e efeito para terceiros. HIPOTECA Incide sobre IMÓVEL · Coisa que garante obrigação CARACTERÍSTICAS: · Natureza acessória · Indivisível· Registrado · Atual e determinado · Sempre de natureza cível · Só perderá a posse por execução – VENDER EM HASTA PÚBLICA Obs.: Sub-hipoteca – art. 1.476, CC. ART. 1.475 e Art. 1.477 – diz que se houver a insolvência, o credor da segunda hipoteca, que ainda não venceu, não poderá executar o imóvel, antes de vencida a primeira. Devendo aguardar o vencimento da primeira para poder executar. Incide sobre – Imóveis, acessórios, domínio direto, domínio útil, estrada de ferro, navios e aeronaves (outorga uxória). · Registro do lugar do imóvel – efeitos para terceiros – prazo de 30 anos = renovar com outro contrato. Art. 1.492 ANTICRASE Há a transferência da coisa que fica na posse direta para tirar frutos com o intuito de descontar o valor da dívida. Obs. Não necessariamente é judicial
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