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entrega_1 Projeto de Estágio - A IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO DE HISTÓRIA

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A IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO DE HISTÓRIA
Maria do Carmo]
DESENVOLVIMENTO
2 A IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO DE HISTÓRIA.
O presente paper se propôs a analisar referenciais teóricos já existentes sobre a importância da Cultura Afro-Brasileira no Ensino de História. Considerou-se importante esta análise pela contribuição da mesma na construção do conhecimento histórico e conforme alguns autores no ensino de História a Cultura Africana nos deixou um grande legado, que serviu na formação da sociedade brasileira. Como diz Moura (1992) que:
Vindos de várias partes de África, os negros escravos trouxeram as suas diversas matrizes culturais que aqui sobreviveram e serviram como patamares de resistência social ao regime que os oprima e queria transformá-los apenas em máquinas de trabalho. (MOURA, 1992, P.33).
A sociedade brasileira caracteriza-se por uma pluralidade étnica, sendo este produto de um processo histórico que inseriu num mesmo cenário três grupos distintos: portugueses, índios e negros de origem africana. Esse contato favoreceu o intercurso dessas culturas, levando à construção de um país inegavelmente miscigenado, multifacetado, ou seja, uma unicidade marcada pelo antagonismo e pela imprevisibilidade (MENEZES, 2002).
2.1 CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA AFRICANA PARA FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO.
Na busca para conhecer as contribuições da Cultura Africana para a formação do Povo Brasileiro, podemos apontar várias influências deixadas na música, alimentação, jogos, danças, religião. Para Sacramento (2014, p. 87):
A presença da África no Brasil manifesta-se em múltiplas dimensões de nossa sociedade. Está na religiosidade, no respeito aos ancestrais, na oralidade, nas palavras que usamos, nos hábitos alimentares, na ancestralidade, nos modos de organização comunitária, na musicalidade e na diversidade de manifestações culturais, como o samba de roda, o tambor de crioula, a capoeira, o jogo no Sudeste (Sacramento, 2014, p. 87)
Nota-se que o cruzamento cultural entre estes povos africanos propiciou a construção de uma identidade cultural brasileira, ou cultura afro-brasileira. Uma vez que, eles não temeram em “inventar códigos de comportamentos e de recriarem práticas de sociabilidade e culturais” (Paiva 2001, p.23)
2.2 PRÁTICAS EDUCACIONAIS EMPREGADAS NO ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA.
As práticas educacionais devem respeitar as características de cada um, que pertencem a diferentes classes sociais, etnias, raças, religiões, dentre outros. E sendo assim:
Torna-se necessário refletir sobre as práticas educacionais desenvolvidas no espaço escolar, de forma que busquem trabalhar com as diferenças existentes e com as relações de identificação e diferenciação que ocorrem não apenas em seu interior, mas que se estendem externamente, refletindo diretamente nas práticas sociais desenvolvidas pelos sujeitos em suas relações cotidianas. (ALVES; STOLL; ESPÍNDOLA, 2016, p. 15).
Para Candau (2011), a escola é o espaço principal para potencializar processos de aprendizagem mais significativos e produtivos, na medida em que reconhece e valoriza a cada um dos sujeitos neles implicados, combate todas as formas de silenciamento, invisibilidade e/ou inferioridade de determinados sujeitos socioculturais, favorecendo a construção de identidades culturais abertas e de sujeitos de direito, assim como a valorização do outro, do diferente e o diálogo intercultural.
2.3 DIFICULDADES ENCONTRADAS NO ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA.
Ainda são encontradas dificuldades no ensino da Cultura Afro-Brasileira mesmo sendo o ambiente escolar um lugar propício ao combate as diferenças étnico-raciais. 
Conforme CANDAU (2011, p.13-14):
Não há educação que não esteja imersa nos processos culturais do contexto em que se situa. Neste sentido, não é possível conceber uma experiência pedagógica “desculturizada”, isto é, desvinculada totalmente das questões culturais da sociedade. Existe uma relação intrínseca entre educação e cultura (s). Estes universos estão profundamente entrelaçados e não podem ser analisados a não ser a partir de sua íntima articulação. No entanto, há momentos históricos em que se experimente um descompasso, um estranhamento e mesmo um confronto intenso nestas relações. Acredito que estamos vivendo um desses momentos (CANDAU, 2011, p.13-14).
A proposta de se trabalhar a cultura africana no ensino de História visa valorizar como também conhecer as origens do povo brasileiro. E nessa linha de análise Gontijo (2003) ressalta que o papel do ensino de História é contribuir para eliminar “conceitos errados”, culturalmente disseminados, sobre diferentes grupos que compõem o país, além de possibilitar a compreensão, o respeito e valorização da diversidade sociocultural e a convivência solidária em uma sociedade que se quer democrática, ou seja, o estudo da história favorece a construção de uma “cultura de participação” em “comunidades imaginadas”, sejam elas relativas a grupos ou à comunidade nacional mais ampla e englobante (GONTIJO, 2003, p. 70). Porém o problema principal encontrado no processo de ensino de História Africana é referente aos preconceitos que se têm sobre a África. 
Para Henrique Cunha Júnior, “a imagem do africano na nossa sociedade é a do selvagem acorrentado à miséria. Imagem construída pela insistência e persistência das representações africanas como a terra dos macacos, dos leões, dos homens nus e dos escravos” (CUNHA JR, 1997: p. 58).
A Cultura Afro-Brasileira é caracterizada por sua pluralidade étnica, por essa miscigenação de raças, e na busca pelo conhecimento das contribuições da cultura africana para a formação do povo brasileiro encontramos diversas influências na música, alimentação, jogos, danças e religião. Devido a esse cruzamento cultural é preciso se trabalhar com práticas educacionais voltadas para as diferenças existentes em nosso país, acabando com as dificuldades encontradas e passando a valorizar a diversidade sociocultural.
REFERÊNCIAS
ALVES, Simone Silva & STOLL, Vitor Garcia & ESPÍNDOLA, Quellen Colman. (Re) Educação das Relações Étnico-Raciais: ação-reflexão na formação de professores na Educação Básica. Revista de linguagens, artes e estudos em culturas - v. 02, nº 01, 2016, p. 13-29.
CANDAU, Vera Maria. Multiculturalismo e educação: desafios para a prática pedagógica. In: CANDAU, Vera Maria; MOREIRA, Antônio Flávio (Org.). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. Petrópolis: Vozes, 2011, p. 13 – 37
CUNHA JUNIOR, Henrique. A história africana e os elementos básicos para o seu ensino. In. COSTA LIMA, Ivan e ROMÃO, Jeruse (org). Negros e currículo. Série Pensamento Negro em Educação nº. 2. Florianópolis: Núcleo de Estudos Negros/NEN, 1997.
GONTIJO, R. Identidade nacional e ensino de História. In: ABREU, ft.; SOIHET, R. (Org.). Ensino de História conceitos, temática e metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003. p. 55-79.
MENEZES, W. O Preconceito Racial e suas Repercussões na Instituição Escolar. Rio de Janeiro, RJ. Editora: Unijui, 2002.
MOURA, Clóvis et al. A Variável Cultural: Cultura de Resistência. In: MOURA, Clóvis. História do Negro Brasileiro. 2. ed. São Paulo: Ática, 1992. Cap. 4. p. 33-38. (Princípios).
PAIVA, Eduardo França. Escravidão e Universo Cultural na Colônia. Minas Gerais: UFMG, 2001.
SACRAMENTO, Mônica. O Jongo na escola: uma aposta no diálogo entre saberes e práticas de dois territórios. In: Maria Alice Rezende Gonçalves; Ana Paula Alves Ribeiro (org.). Diversidade e sistema de ensino Brasileiro. Rio de Janeiro: Outras Letras, 2014. p. 86-106

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