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ANATOMIA FISIOLOGIA E BIOQUÍMICA DA PELE E ANEXOS CUTÂNEOS

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 4 
2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE................................................ 5 
2.1 Embriologia da pele ..................................................................... 6 
2.2 Funções da pele .......................................................................... 7 
2.3 Camadas da pele ...................................................................... 11 
3 FISIOLOGIA DA PELE Á PARTIR DE SUAS FUNÇÕES ................ 25 
3.1 Proteção física ........................................................................... 25 
3.2 Como órgão imunitário .............................................................. 26 
3.3 Funções metabólicas................................................................. 26 
3.4 Como órgão dos sentidos .......................................................... 26 
3.5 Regulação da temperatura corporal .......................................... 26 
4 FISIOLOGIA E TIPOS DE PELE. .................................................... 27 
4.1 Tipos de pele mais comuns ....................................................... 28 
5 BIOQUÍMICA DA PELE ................................................................... 29 
5.1 Composição química das camadas da pele .............................. 30 
5.2 Microbiota cutânea normal ........................................................ 32 
6 ANEXOS CUTÂNEOS ..................................................................... 33 
6.1 Estruturas dos anexos cutâneos ............................................... 34 
6.2 Aparelho pilossebáceo .............................................................. 37 
6.3 Pelos ......................................................................................... 40 
6.4 Unhas ........................................................................................ 46 
7 INERVAÇÃO .................................................................................... 48 
8 BIOQUIMICA DOS ANEXOS CUTÂNEOS ...................................... 49 
8.1 Composição aproximada da secreção de glândulas sudoríparas:
 50 
8.2 Glândulas sebáceas .................................................................. 50 
 
3 
 
8.3 Unhas ........................................................................................ 51 
9 QUERATINIZAÇÃO ......................................................................... 51 
10 MECANISMOS QUE CONTROLAM A HIDRATAÇÃO E 
LUBRIFICAÇÃO CUTÂNEA ............................................................................. 52 
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – 
quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida 
sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta 
para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma 
coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao 
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
 
Fonte: pt.depositphotos.com 
 
A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável à 
vida e que isola os componentes orgânicos do meio exterior. Embora a pele 
desempenhe diversas funções vitais de comunicação e controle que garantem a 
homeostase do organismo, por muitos anos este órgão foi considerado apenas 
uma barreira contra agentes externos. 
Segundo Sampaio e Rivitti (2018): 
A pele representa mais de 15% do peso corpóreo. Toda a sua 
superfície é constituída por sulcos e saliências, particularmente 
acentuadas nas regiões palmoplantares e nas extremidades dos 
dedos, onde sua disposição é absolutamente individual e peculiar, 
permitindo não somente sua utilização na identificação dos indivíduos 
por meio da datiloscopia, como também a diagnose de enfermidades 
genéticas, pelas impressões palmoplantares, os chamados 
dermatóglifos. 
 
A terminologia tecido é interpretada equivocadamente, como sinônimo de 
pele ou tegumento, com frequência. 
Tecido é o agrupamento de células semelhantes, que executam funções 
específicas e em comum, e podem ser divididos em tecido epitelial, tecido 
conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. 
 
6 
 
Pele ou tegumento, por sua vez é um órgão, composto por um agregado 
de tecidos, que funcionam em conjunto. A epiderme e a derme constituem as 
principais camadas tegumentares, além das estruturas anexas (unhas, pelos e 
glândulas), que auxiliam no exercício de suas funções. Estes componentes 
formam o sistema tegumentar. 
2.1 Embriologia da pele 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
Pinheiro, 2007 apud Sampaio e Rivitti, 2001, discorre sobre a origem 
embriológica da pele, afirmando: 
Embriologicamente, a pele deriva dos folhetos ectodérmicos e 
mesodérmicos. As estruturas epiteliais, a epiderme, os folículos 
pilossebáceos, as glândulas apócrinas e écrinas e as unhas derivam 
do ectoderma. 
 Os nervos e os melanócitos originam-se do neuroectoderma, já as 
fibras colágenas e elásticas, os vasos sanguíneos, os músculos e o 
tecido adiposo provêm do mesoderma. 
 
 No embrião de três semanas, a epiderme é constituída por uma única 
camada de células, morfologicamente indiferenciadas, cuja reprodução resulta 
em aumento do número de camadas e na formação dos anexos cutâneos. 
 
7 
 
Além disso, ocorre invasão dessa estrutura por células originadas da 
crista neural, os melanócitos, que originarão o sistema pigmentar da pele. O 
início da formação do aparelho pilossebáceo ocorre na 9ª semana de vida 
embrionária. As glândulas sudoríparas écrinas formam-se, inicialmente, nas 
regiões palmoplantares, em torno da 14ª semana do embrião. A derme e o tecido 
subcutâneo iniciam-se por um material mixomatoso desprovido de fibras. 
(SAMPAIO e RIVITTI, 2001) 
As primeiras estruturas fibrilares surgem do segundo ao quarto mês de 
vida fetal. Os primeiros vasos sanguíneos aparecem em torno do terceiro mês e 
as primeiras estruturas nervosas, a partir da 5a semana de vida fetal. 
Quanto aos melanócitos, são evidenciáveis na epiderme em torno da 11a 
semana do desenvolvimento embrionário, tornando-se numerosos entre a 12a e 
a 14a semanas. Os precursores dos melanócitos denominam-se melanoblastos 
e derivam da crista neural. 
Em relação às unhas, os primeiros elementos da matriz ungueal são 
detectados no dorso dos dedos do embrião por ocasião da 10a semana de vida. 
2.2 Funções da pele 
Devido à estrutura e às propriedades físicas, químicas e biológicas de 
suas várias estruturas, a pele, como membrana envolvente e isolante, é um 
órgão que pode executar múltiplas funções. 
 
Função Descrição 
 
Proteção 
Constitui a barreira de proteção à penetração 
de agentes externos de qualquer natureza e, ao 
mesmo tempo, impede perdas de água, 
eletrólitos e outras substâncias do meio interno 
 
 
Proteção imunológica 
A pele, graças à presençade células 
imunologicamente ativas, é um órgão de 
grande atividade imunológica, onde atuam 
intensamente os componentes da imunidade 
humoral e celular. 
 
8 
 
 
Termo regulação 
Graças à sudorese, constrição e dilatação da 
rede vascular cutânea, a pele processa o 
controle homeostático da temperatura 
orgânica. 
 
Percepção 
Por meio da complexa e especializada rede 
nervosa cutânea, a pele é o órgão receptor 
sensitivo do calor, do frio, da dor e do tato. 
 
 
 
 
Secreção 
 A secreção sebácea é importante para a 
manutenção eutrófica (manutenção de uma 
nutrição adequada) da própria pele, 
particularmente da camada córnea, evitando 
a perda de água. 
 Além disso, o sebo tem propriedades 
antimicrobianas e contém substâncias 
precursoras da vitamina D. 
 Quanto às glândulas sudoríparas, a 
eliminação de restos metabólicos não tem 
valor como função excretora. 
Fonte: adaptado de Wanczinski et al, 2017 
Essas funções gerais da pele dependerão da participação de seus vários 
componentes por meio de suas propriedades, ainda incompletamente 
conhecidas. Assim, na função protetora da pele, a camada córnea tem 
importância relevante, constituindo-se em interfase entre o organismo e o meio 
ambiente, graças às suas várias propriedades: 
 Impermeabilidade relativa à água e eletrólitos: ao evitar perdas hídricas e 
eletrolíticas, bem como ao limitar a penetração de substâncias exógenas. 
 Resistência relativa a agentes danosos corrosivos: alta impedância 
elétrica (resistência elétrica), que restringe a passagem de corrente 
elétrica pela pele. 
 Superfície relativamente seca: retarda a proliferação de microrganismos. 
 Quimicamente: representa uma membrana limitadora à passagem de 
moléculas. 
 
9 
 
Outra função da pele: termorregulação 
Quanto à termorregulação, é exercida, principalmente, pelos sistemas 
vascular e sudoríparo da pele. Como comunicação entre o organismo e o meio 
externo, a pele desempenha um papel passivo nas trocas calóricas, mas, por 
meio das unidades sudoríparas écrinas e da rede vascular cutânea, interfere de 
modo ativo na regulação térmica. (GRAFF, 2003) 
As glândulas sudoríparas fornecem o revestimento cutâneo de água que, 
por evaporação, esfria a superfície corpórea, e, os vasos sanguíneos, pela 
dilatação ou constrição, ampliam ou diminuem o fluxo sanguíneo periférico, 
permitindo maior ou menor dissipação calórica. 
Um aumento de 0,5°C na temperatura corpórea determina impulsos 
hipotalâmicos que, por meio das fibras colinérgicas do sistema nervoso 
simpático, estimulam as glândulas sudoríparas écrinas de todo o corpo. 
 O aquecimento regional da pele promove também sudorese local, 
admitindo-se, nesse caso, ação térmica direta sobre a glândula sudorípara, sem 
participação hipotalâmica. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) 
 
 Outra função da pele: secreção 
 
De acordo com Sampaio e Rivitti (2018): 
Em relação às funções secretoras da pele, os produtos metabólicos 
eliminados pela sudorese não têm qualquer importância como função 
excretora. Quanto às glândulas sebáceas, seu desenvolvimento e 
atividade dependem, essencialmente, de fatores humorais, 
particularmente androgênios. 
 
 O produto da secreção das glândulas sebáceas, o sebo, constitui, com 
os lipídeos da queratinização, o filme lipídico da superfície cutânea. Esse 
complexo de lipídeos é composto por: 
 - Triglicerídeo - Diglicerídeo 
- Ácidos graxos - Ésteres 
- Esqualeno - Esteróis 
 
No sebo recém-secretado, não existem ácidos graxos livres, os quais 
surgem intrafolicularmente por ação de lipases bacterianas. O verdadeiro 
 
10 
 
significado fisiológico do sebo permanece ainda desconhecido no homem. Nos 
animais, promovendo aderência dos pelos, é um fator a mais no isolamento 
térmico, além do que, pelas suas propriedades odoríferas, exerce função de 
atração sexual. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) 
Tais funções são irrelevantes no homem, mas outras têm sido atribuídas 
ao sebo, embora não existam provas da importância desses mecanismos na 
homeostase humana: 
 Barreira de proteção; 
 Emulsificação de substâncias; 
 Atividade antimicrobiana, antibacteriana e antifúngica; 
 Precursor da vitamina D. 
 As secreções sebáceas e sudorais constituem as fases adiposa e oleosa 
da emulsão que recobre a superfície cutânea. O pH médio normal da pele situa-
se entre 5,4 e 5,6, com variações topográficas. Já áreas intertriginosas 
apresentam pH maior que o habitual. 
Entre as secreções da superfície cutânea, existe, no recém-nascido, o 
chamado “vérnix caseoso”, que é constituído por secreção sebácea, células 
epiteliais descamadas e lanugo desprendido da superfície corpórea. Sua 
principal função é a lubrificação da superfície corpórea do feto, para facilitar sua 
passagem por meio do canal do parto, o que explicaria seu desaparecimento 
após o nascimento, por não mais ser necessária a função a que se destina. 
(CARVALHO et al, 2015) 
Além das suas funções vitais, as propriedades físico-químico-biológicas 
da pele permitem, pela capacidade de absorção dela, a administração 
percutânea de medicamentos, um processo que se dá por: 
 
Orifícios adanexiais Permitem a passagem de substâncias de 
baixo coeficiente de permeabilidade e de 
moléculas grandes. 
Espaços intercelulares da 
camada córnea 
Via de penetração de água e álcoois de 
peso molecular baixo. 
 
11 
 
Células corneificadas 
(diretamente) 
Quando ocorrem aumento da hidratação da 
pele, aumento da temperatura cutânea e 
exposição a solventes de lipídeos. 
Fonte: adaptado de Sampaio e Rivitti, 2018 
2.3 Camadas da pele 
 
Fonte: peleemdia.com.br 
 Epiderme 
 
A epiderme é avascular, formada por epitélio estratificado, disposto em 
quatro ou cinco camadas, que se ligam firmemente umas nas outras. Fina, porém 
resistente, sua espessura varia entre 0,007 a 0,12 mm. Com exceção das 
camadas mais profundas, é constituída por células mortas. (GRAFF, 2003) 
É a camada externa, que vemos quando olhamos no espelho. Tem como 
principal função a proteção do organismo. Como impede a entrada de 
microrganismos, e se regenera, podemos comparar a epiderme a uma armadura 
biológica de nosso corpo. 
A camada mais profunda da epiderme é o estrato basal, que produz 
constantemente novas células pela divisão celular. Essas são também 
responsáveis pela constante regeneração de nossa pele, por meio de novas 
células sendo empurradas gradualmente para cima, em direção à superfície, 
levando em torno de sete dias para alcançar esse ponto e, desse modo, se 
http://www.peleemdia.com.br/
 
12 
 
tornando parte da proteção externa do corpo. (WANCZINSKI et al, 2007 apud 
SAMPAIO; RIVITTI, 2001; GRAFF, 2003) 
 
 
 
Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003. 
 
 Camadas da Epiderme 
 
Camada Basal (ou germinativa): 
É formada por uma única camada de células-tronco, que pode apresentar 
formato colunar ou cuboide. e passa por mitose certas vezes com uma das 
células resultantes contribuindo para o estrato remanescente da epiderme. 
Estas células estão envolvidas numa produção inicial de tonofilamentos, 
e alguns dos tonofilamentos estão ligados aos hemidesmossomas que fixam a 
base da epiderme na derme. (MONTANARI,2016 apud HADLER, 1993) 
Os tonofilamentos formados não estão apenas ligados aos diversos 
dermossomas que compõem a estrutura de fixação primária de uma célula na 
outra na epiderme, eles também originam corpos de pré-queratina ou placas que 
amadurecem na queratina das células de outros estratos. (MONTANARI,2016 
apud HADLER, 1993) 
A camada basal é a camada mais profunda da epiderme que faz contato 
direto com a derme. É formada por uma única fileira de células prismáticas, onde 
https://www.infoescola.com/citologia/celulas-tronco/
https://www.infoescola.com/biologia/mitose/13 
 
ocorre intensa divisão celular, ou seja, à medida que se multiplicam, as novas 
vão empurrando as mais antigas em direção à superfície, de modo a que estas 
passem a pertencer a outras camadas. 
Nesse processo as células partem da camada basal e vão sendo 
deslocadas para a periferia até a camada córnea, num período de 21 a 28 dias. 
Único estrato de células, em contato direto com a derme, que possui quatro 
diferentes espécies de células. (MONTANARI, 2016) 
 
 
Fonte: br.pinterest.com 
 
Queratinócitos: 
Os queratinócitos, também conhecidos como ceratinócitos, são as células 
mais numerosas da epiderme. São células de origem ectodérmica que realizam 
a produção de queratina. 
Os queratinócitos são formados na camada mais profunda da epiderme a 
partir de células cilíndricas que sofrem contínua atividade mitótica. Quando 
formadas, estas células são empurradas sucessivamente para camadas mais 
superficiais em decorrência da produção de novas células. 
Segundo Torquato et al (2016), 
À medida que ganham camadas superiores, as células sintetizam 
queratina no seu citoplasma. Para que um queratinócito da camada 
basal atinja a camada córnea, são necessários 21 a 28 dias, e para 
 
14 
 
que esta mesma célula se desprenda da camada córnea, são 
necessários mais 15 dias. 
 Produtores da queratina, proteína responsável pelo 
fortalecimento e impermeabilidade da pele. 
 Mais numerosas na epiderme, sofrem processo de 
queratinizarão. 
 Descamam na superfície da epiderme. 
 Precisam ser renovadas através da atividade mitótica (camada 
basal). 
 As células novas são empurradas para a superfície (acumulam 
filamentos de queratina). 
 As células morrem e são descamadas por volta de 20 a 30 dias. 
 
 
Fonte: anatpat.unicamp.br 
Melanócitos: 
Os melanócitos são células arredondadas localizadas principalmente na 
camada basal da epiderme, responsáveis pela produção de melanina, um dos 
pigmentos que determinam a coloração da pele. (MONTANARI, 2016) 
Os melanócitos são originados a partir das cristas neurais, que migram de 
seus locais originais para a epiderme, onde se interpõem por entre os 
queratinócitos basais. Ao contrário dos queratinócitos, os melanócitos não se 
multiplicam. 
A cor da pele resulta de múltiplos fatores, e os mais importantes são o 
conteúdo de melanina e de caroteno, a quantidade de capilares na derme e a 
 
15 
 
cor do sangue que corre nesses capilares. A quantidade de melanócitos não 
varia em relação às raças, portanto, as diferenças raciais de pigmentação não 
dependem do número, mas sim da capacidade funcional dos melanócitos. 
 
Fonte: pt.wikipedia.org 
 Células situadas nas camadas basal e espinhosa, células com 
formato circulares a colunares. 
 Produtores de melanina, pigmento que ao ser fagocitado pelos 
queratinócitos atribuem cor à pele, além de proteger as células contra 
os raios solares. 
 A tirosinase produzida pelo REG (Retículo Endoplasmático Granular) 
é acumulada em grânulos chamados melanossomos, onde ela se 
converte em melanina. 
 Tirosinase ativada pela luz UV. 
 
Células de Merkel 
As células de Merkel são consideradas mediadoras da sensação do tato. 
Estas células são encontradas em regiões da pele sem pelos, como 
extremidades distais dos dedos, lábios, gengivas e também na bainha externa 
do folículo piloso. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) 
As células de Merkel possuem forma alargada contendo grânulos 
neurossecretores no citoplasma, localizam-se isoladamente um pouco acima da 
 
16 
 
camada basal da epiderme. Da mesma forma que os melanócitos, as células de 
Merkel são originadas das cristas neurais e se localizam entre os queratinócitos 
da camada basal. 
 
 
Fonte: dermatologiarosario.com.ar 
 
Células de Langerhans: 
As células de Langerhans são células de origem mesodérmicas, muito 
ramificadas, que exercem um importante papel protetor na pele. Podem ser 
encontradas em qualquer camada da epiderme, porém, são mais frequentes na 
camada espinhosa. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) 
Possuem grande capacidade fagocitária e ativação de linfócitos T, atuam 
na indução de rejeição aos enxertos e reações imunológicas do tipo 
hipersensibilidade retardadas. 
Com exceção das células de Langerhans, as células desta camada 
sofrem mitose constantemente, para repor as células mortas da epiderme. 
 
 
17 
 
 
Fonte: dermatopatologiaparainiciantes.blogspot.com 
 
Camada Espinhosa: 
Localizada acima da camada basal e formada por várias camadas, é 
composta por queratinócitos em formatos de poliedros, que se unem através de 
desmossomos, filamentos semelhantes a espinhos. 
No espaço entre as células, há o glicocálix, substância que serve de meio 
condutor de substâncias hidrossolúveis do meio externo para o interno. As 
células com desmossomos e prolongamentos, ajudam a mantê-las bem unidas, 
o que lhes confere aparência espinhosa. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) 
As células de Langerhans se encontram espalhadas pela camada e 
ajudam a detectar agentes invasores, enviando alerta ao sistema imunológico 
para defender o corpo. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) 
 
 
Fonte: infoescola.com 
http://www.infoescola.com/
 
18 
 
Camada Granulosa: 
Composta por poucas camadas de células achatadas, que possuem 
grânulos contendo queratomalina, precursora da queratina, e grânulos 
lamelares, que impermeabilizam as células, como prevenção à perda de água. 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
Camada Córnea: 
Composta por células com núcleos bem reduzidos ou anucleadas. Possui 
em torno de 30 estratos de células achatadas e mortas, semelhantes a escamas. 
A queratinização ou cornificação é o processo que transforma os queratinócitos 
em células córneas, achatadas e secas. (RABEH, GONÇALVES, 2015 apud 
VAN DE GRAAF,2003) 
 Este processo é importante para a função protetora da pele. Em média, 
este processo dura de 26 a 28 dias, após, as células mortas se desprendem e 
esfoliam, para que células novas das camadas mais profundas as substituam. 
Assim, a pele encontra-se em constante renovação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
Fonte: dermatopatologiaparainiciantes 
 
Camada Lúcida: 
A camada lúcida é constituída por uma fina camada de células achatadas, 
cujos núcleos celulares apresentam sinais de degeneração e existem poucas 
organelas citoplasmáticas. 
 Estas células estão parcialmente preenchidas por queratina e sobre elas 
existe uma cobertura glicolipídica que, juntamente com a queratina, torna a 
membrana plasmática impermeável a fluidos. Nem todas as regiões do corpo 
possuem esta camada que existe mais comumente nas regiões palmoplantares. 
(SAMPAIO e RIVITTI, 2001) 
 
 
Fonte: equalisveterinaria.com.br 
 
20 
 
 Derme 
 
Fonte: coladaweb.com 
 
De acordo com Rabeh, Gonçalves (2015): 
A derme é a segunda camada da pele, mais profunda e espessa é 
vascularizada, constituída principalmente por tecido conjuntivo, como 
o colágeno e as fibras elásticas. Tais substâncias presentes na 
composição da derme tornam a pele resistente e elástica. Além disso, 
as fibras elásticas e o colágeno são organizados em padrões definidos 
no interior da derme, de maneira a produzir linhas de tensão na pele, 
garantindo seus tônus. 
 
Entre a epiderme e a derme, há uma área de transição, denominada 
membrana basal, que as une firmemente. Os hemossideromas localizados 
inferiormente nos queratinócitos e melanócitos permitem que a membrana se 
fixe à epiderme, enquanto sua face inferior se fixa à derme através das fibrilas 
de ancoragem da derme papilar. 
A derme se subdivide em duas camadas, uma mais superficial, a camada 
papilar e uma mais profunda, a camada reticular. 
 
 Camadas da derme 
Camada papilar: 
Ocupa cerca de um quinto da derme, e apresenta projeções, as papilas, 
que vão em direção à epiderme. Ela fica em contato com a epiderme, e é formada 
por tecido conjuntivo frouxo 
http://www.coladaweb.com/21 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
Camada reticular: 
Constituída por tecido conjuntivo denso não modelado, possuindo, 
portanto, grande quantidade de fibras, que se dispõem de forma mais densa. Isto 
confere a capacidade de distensão à pele. 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
 
Diferente da epiderme, a derme é vascularizada. Esta rede vascular supre 
a camada viva da epiderme, a camada basal que está em constante processo 
de mitose, e estruturas como os folículos pilosos e glândulas. 
 
22 
 
Na derme também está presente a inervação da pele, composta por 
nervos e terminações nervosas, que conferem à pele a sensibilidade a pressão, 
temperatura, prurido, dor e tato. O sistema nervoso autônomo é responsável pela 
inervação motora da derme, e age nos músculos eretores do pelo e contraem as 
células do músculo liso dos vasos. (RABEH, GONÇALVES, 2015 apud VAN DE 
GRAAF,2003) 
Segundo Rabeh e Gonçalves(2015): 
Também, atua na manutenção e regulação da temperatura corporal e 
pressão arterial. Através da inervação da pele, ocorre a 
vasoconstricção, que impede a circulação do sangue nas arteríolas 
próximas à superfície, de forma a dificultar a perda de calor; ou a 
vasodilatação, que permite a livre circulação sanguínea na derme. 
 Ainda com a finalidade de regular a temperatura, estruturas 
denominadas glomos, estão presentes nas pontas dos dedos, região 
central da face e orelhas. Estas estruturas são anastomoses entre 
vênulas e arteríolas, que se contraem para regular o fluxo periférico do 
sangue. 
 
 Estrutura da derme 
 A derme compreende um verdadeiro gel, rico em mucopolissacarídeos (a 
substância fundamental) e material fibrilar de três tipos: fibras colágenas; fibras 
elásticas; e fibras reticulares. 
Quanto a estrutura da derme, Sampaio e Rivitti (2018) diz: 
De espessura variável ao longo do organismo, desde 1 até 4 mm, a 
derme compõe-se de três porções – a papilar, a perianexial e a 
reticular: 
 Derme papilar – constitui uma camada pouco espessa de fibras 
colágenas finas, fibras elásticas, numerosos fibroblastos e abundante 
substância fundamental, formando as papilas dérmicas, que se 
amoldam aos cones epiteliais da epiderme. 
Derme perianexial – estruturalmente idêntica à derme papilar, dispõe-
se, porém, em torno dos anexos. Compõe, com a derme papilar, a 
unidade anatômica denominada derme adventicial. 
 Derme reticular – compreende o restante da derme, sendo sua porção 
mais espessa, que se estende até o subcutâneo. É composta por feixes 
colágenos mais espessos, dispostos, em sua maior parte, 
paralelamente à epiderme. Há, proporcionalmente, menor quantidade 
 
23 
 
de fibroblastos e de substância fundamental em relação à derme 
adventicial. 
 
 
 Fonte: angelicabeauty.blogspot.com 
 
A substância fundamental é composta, essencialmente, por 
mucopolissacarídeos, dos quais os hialuronidatos e condroitinsulfatos são os 
mais importantes. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) 
Esse gel viscoso participa na resistência mecânica da pele às 
compressões e aos estiramentos. 
De acordo com Montanari (2016): 
Fibras colágenas: compreendem 95% do tecido conectivo da derme. O 
colágeno da derme é composto por tipos diferentes de fibras – do tipo 
I até o tipo XIII. 
Fibras elásticas: são microfibrilas que, na derme papilar, orientam-se 
perpendicularmente à epiderme; e, na derme reticular, mostram-se 
mais espessas e dispostas paralelamente à epiderme. É peculiar à 
espécie humana a grande quantidade de fibras elásticas na pele. O 
sistema elástico da pele compreende os seguintes tipos de fibras 
elásticas: 
 
Tipos de fibra Descrição 
Fibras oxitalânicas São as mais superficiais e dispõem-se 
perpendicularmente à junção 
 
24 
 
dermoepidérmica, estendendo-se até o 
limite entre a derme papilar e a reticular. 
Fibras eulaunínicas Ocupam posição intermediária na derme, 
conectando as fibras oxitalânicas da derme 
superficial com as fibras elásticas da derme 
reticular. 
Fibras elásticas 
maduras 
Contêm cerca de 90% de elastina e ocupam 
a derme reticular. 
As fibras elásticas mais superficiais estão 
envolvidas na ligação entre epiderme e 
derme e as mais profundas, pelo seu maior 
teor de elastina, na absorção dos choques e 
das distensões que se produzem na pele. 
Fonte: adaptado de Sampaio e Rivitti, 2001 
A derme aloja as estruturas anexiais da pele, as glândulas sudoríparas 
écrinas e apócrinas, os folículos pilossebáceos e o músculo eretor do pelo. Nela, 
encontram-se, ainda, suas células próprias, fibroblastos, histiócitos, mastócitos, 
células mesenquimais indiferenciadas e as células de origem sanguínea, 
leucócitos e plasmócitos. Em quantidades variáveis, também apresenta vasos 
sanguíneos, linfáticos e estruturas nervosas 
 
 Hipoderme 
A hipoderme é uma tela subcutânea, que une a derme aos tecidos e 
órgãos subjacentes. Apesar de sua estreita relação funcional com a pele, não é 
considerada parte constituinte da pele/sistema tegumentar. (RABEH e 
GONÇALVES, 2015) 
Composta por células adiposas, age como isolante térmico, e reserva 
calórica. Em determinadas regiões do corpo, protege contra traumas, atuando 
como amortecedor. A quantidade de tecido adiposo na camada da hipoderme 
pode variar, dependendo da região do corpo, da idade e sexo. 
 
 
25 
 
 
Fonte: sogab.com.br 
 
3 FISIOLOGIA DA PELE Á PARTIR DE SUAS FUNÇÕES 
A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função 
principal é a proteção do organismo das ameaças externas físicas. No entanto, 
ela tem também funções imunitárias. É o principal órgão da regulação do calor, 
protegendo contra a desidratação. Tem também funções nervosas, constituindo 
o sentido do tato e metabólicas, como a produção da vitamina D. 
3.1 Proteção física 
A epiderme secreta proteínas e lipídeos (a principal proteína é a queratina) 
que protegem contra a invasão por parasitas e a injúria mecânica e o atrito. 
Também é fundamental o tecido conjuntivo da derme, no qual os fibrócitos 
depositam proteínas fibrilares com propriedades de resistência à tração e 
elasticidade, como o colágeno e a elastina. A melanina produzida pelos seus 
melanócitos protege contra a radiação, principalmente UV. Sua quantidade 
aumentada produz o bronzeamento da pele. (MONTANARI,2016) 
 
26 
 
3.2 Como órgão imunitário 
 A pele é um órgão importante do sistema imunitário. Ela abriga diversos 
tipos de leucócitos. Há linfócitos que regulam a resposta imunitária e 
desenvolvem respostas específicas; células apresentadoras de antígeno 
(células de Langerhans) que recolhem moléculas estranhas (possíveis 
invasores) que levam para os gânglios linfáticos onde as apresentam aos 
linfócitos CD4+; mastócitos envolvidos em reações alérgicas e luta contra 
parasitas 
3.3 Funções metabólicas 
As funções metabólicas da pele são importantes. É lá que é fabricada, 
numa reação dependente da luz solar, a vitamina D, uma vitamina essencial para 
o metabolismo do cálcio e, portanto, na formação/manutenção saudável dos 
ossos. (JUNQUEIRA E CARNEIRO,2008) 
3.4 Como órgão dos sentidos 
 Finalmente, a pele também é um órgão sensorial, constituindo o sentido 
do tato. Ela apresenta numerosas terminações nervosas, algumas livres, outras 
com comunicação com órgãos sensoriais especializados, como células de 
Merckel, folículos pilosos. A pele tem capacidade de detectar sinais que criam 
as percepções da temperatura, movimento, pressão e dor. É um órgão 
importante na função sexual. (RABEH e GONÇALVES, 2015) 
3.5 Regulação da temperatura corporal 
 A pele também é o principal órgão da regulação da temperatura 
corporal através de diversos mecanismos: 
 Os vasos sanguíneos subcutâneos contraem-se com o frio e 
dilatam-se com o calor, de modo a minimizar ou maximizar as 
perdas de calor. 
 
27 
 
 Os folículos pilosos têm músculos que produzem a sua ereção com 
o frio (pele de galinha”), aprisionandobolhas de ar estático junto à 
pele que retarda as trocas de calor um mecanismo mais eficaz nos 
nossos antepassados mais peludos. 
 As glândulas sudoríparas secretam líquido aquoso cuja 
evaporação diminui a temperatura superficial do corpo. 
 A presença de tecido adiposo (gordura) subcutâneo protege contra 
o frio uma vez que a gordura é má condutora de calor. 
4 FISIOLOGIA E TIPOS DE PELE. 
Fonte: isic.net.br 
 
Apesar de todas as peles parecerem semelhantes do ponto de vista 
anatômico, funcional e bioquímico, existem grandes variações entre elas. 
Os principais fatores determinantes do tipo de pele são: 
 A quantidade de água: que influencia a elasticidade 
 A quantidade de lipídeos: que influencia a nutrição e a suavidade 
 O nível de sensibilidade (que influencia a resistência da pele). 
 
28 
 
4.1 Tipos de pele mais comuns 
Pele normal ou eudérmica: tem superfície lisa, flexível, lubrificada e 
umedecida, apresenta poros pouco visíveis e aspecto rosado. Há um equilíbrio 
entre o conteúdo hídrico e o conteúdo lipídico, que resulta em uma pele sem 
imperfeições e com um nível adequado de sensibilidade. Nesse tipo de pele, o 
aparecimento de rugas é variável e estas são mais intensas na região dos olhos. 
(SBDC, 2018) 
Pele seca ou alípica: devido a fatores genéticos, hormonais ou 
ambientais, como vento ou radiação solar, esse tipo de pele apresenta secreção 
sebácea insuficiente, tem poros praticamente invisíveis e nenhuma 
luminosidade, além de a pele ser áspera e sem flexibilidade. É uma pele sensível 
e, não raro, apresenta manchas avermelhadas. Tem maior tendência ao 
aparecimento de rugas. Uma pele extremamente seca pode descamar, 
principalmente nas costas da mão e no lado exterior dos braços, dos antebraços 
e das pernas. (SBDC, 2018) 
Pele oleosa ou graxa: por causa do aumento da secreção sebácea, esse 
tipo de pele apresenta aspecto lustroso ou engordurado, poros dilatados, textura 
mais espessa e tendência a formar acnes e comedões. A oleosidade é variável, 
sendo causada pela hiperatividade das glândulas sebáceas, que produzem mais 
sebo do que o necessário em decorrência de fatores hormonais (puberdade e 
alterações hormonais) ou externos, como estresse, o uso de determinados 
medicamentos e exposição ao calor ou à umidade excessiva. Apresenta menor 
tendência ao aparecimento de rugas e de linhas de expressão (SBDC, 2018) 
Pele mista: é uma combinação de pele oleosa na zona central do rosto e 
pele seca nas bochechas. Apresenta normalmente poros dilatados no nariz, na 
testa e no mento, tendo uma oleosidade mais intensa com tendência a formar 
cravos nessa área (zona T). Na região das bochechas, há pele normal ou seca, 
com aparecimento de rugas variável. (SBDC, 2018) 
Pele sensível: Tem pouca oleosidade e, por isso, adquire aparência 
áspera e com tendência à formação de rugas. Outra característica da pele 
sensível é a irritabilidade: elas são muito sensíveis às mudanças climáticas e ao 
uso de cosméticos. Normalmente, desenvolvem vermelhidão, ardor, prurido e 
manchas além de também serem muito propensas à descamação. (SBDC, 2018) 
 
29 
 
De um modo geral as peles claras têm mais tendência a apresentar 
sensibilidade. 
5 BIOQUÍMICA DA PELE 
O elemento mais importante da composição química da pele é a água, 
com um valor de cerca de 70%, que se distribui diferentemente nas diversas 
camadas da pele, sendo a hipoderme a mais hidratada. 
As substâncias de natureza proteica representam 27,5% dos constituintes 
químicos da pele, com: 
Aminoácidos: 
-Cistina - Desmosina 
-Hidroxiprolina - Isodesmosina 
-Prolina -Tirosina 
-Valina 
Proteínas: 
-Elastina -Colagéno 
-Melanina -Queratina 
-Querato-Hialina -Enzimas 
 
Outros constituintes azotados (nitrogênio): 
- Ácidos nucleicos - Glicoproteínas 
 -Ácido hialurónico - Ureia 
 
Os lípidos, são constituintes muito importantes: 
Simples: ácidos gordos, colesterol, esqualeno 
Complexos: ceramidas, fosfolípidos, esfingolípidos 
De reserva: triglicéridos 
 
Os glúcidos, oses, como a glucose e os ósidos, caso do glucogénio são, 
essencialmente, elementos fornecedores de energia. 
Dos sais minerais, sempre presentes, destacamos como principais 
-Sódio -Potássio 
 
30 
 
-Cálcio -Magnésio 
-Zinco -Ferro 
-Manganésio -Fósforo 
-Enxofre -Iodo. 
5.1 Composição química das camadas da pele 
 70% de água (10% - camada córnea); 
 Proteínas (elaboradas na epiderme); 
 Eletrólitos (cloreto de sódio, potássio e magnésio) 
 
A epiderme é constituída de um epitélio multiestratificado (4 camadas 
celulares distintas) composto por células de Malpighi (germinativas) que 
apresentam atividades específicas em suas diferentes camadas e o estrato 
córneo. (GONCHOROSKI e CORRÊA, 2005) 
 
Fonte: ebah.com.br 
Segundo Montanari (2016): 
Estrato Córneo: é a camada mais superficial, composta por células 
mortas (corneócitos), repletas de queratina. Possui substância cerosa 
(colesterol, aminoácidos, polipeptídeos, derivados lipídicos), produtos 
de degradação núcleo-citoplasmática, hidratos de carbono e proteínas 
celulares, aminoácidos, açúcares, ácido úrico e água. 
 
31 
 
Estrato Granuloso: composto por queratohialina (proteína refletora da 
luz e que dá opacidade à pele). São células vivas. 
Estrato Espinhoso: encontram-se os desmossomas, estruturas 
responsáveis pela estabilidade da epiderme contra distorções 
mecânicas e os queratinócitos, células fundamentais para a coloração 
da pele. Possui camadas de queratinócitos (queratinização) e camadas 
profundas (grânulos de melanina). Glicogênio (funções metabólicas e 
reprodução de células epidérmicas). 
Estrato Basal: onde ocorre a síntese de lipídios e de proteínas 
(queratinização). Divisão celular ativa com deslocamento de células 
para a superfície. 
 
 Derme 
Nutre a epiderme, composta por tecido fibroso (proteínas fibrosas, 
colágeno, elastina e ácido hialurônico). 
 
Composição química: 
Substância fundamental: mucopolissacarídeos ou glicídeos complexos e 
ácidos urônicos. 
Componentes lipídicos: ésteres de colesterol, ácidos graxos livres, 
colesterol livre e fosfolipídios. 
Colágeno: responsável pela elasticidade da pele. Contém 95% de 
hidroxiprolina. Armazena e libera água (pH, temperatura e concentração iônica 
do meio circulante). 
Elastina: 2% do peso seco da pele humana. Elasticidade (hidratação). 
Função: sustentar a epiderme. 
 
Importância biológica da derme: 
Possui propriedades hidrofílicas do colágeno e mucopolissacarídeos da 
substância fundamental, é responsável pela capacidade de armazenar e ceder 
rapidamente água. 
 
32 
 
 
 Hipoderme – Tecido Subcutâneo 
É a camada mais profunda da pele. A hiporderme antes considerada como 
uma terceira camada da pele, hoje é considerada como tecido subcutâneo. 
Composição: 
-Fibras colágenas -Células adiposas 
-Triglicérides -Colesterol 
-Vitaminas -Água 
-Folículos pilosos -Glândulas 
 
Função: 
-Protege contra traumatismo, os vasos e os nervos 
-Isolante térmico 
-Turgidez da pele 
-Função protetora dos órgãos internos. 
5.2 Microbiota cutânea normal 
Microbiota transitória: microorganismo não proliferativo. 
Microbiota permanente: pequeno número de germes que se multiplicam 
sobre a pele. 
Compreendem: 
 Micrococos (condutos excretores das glândulas sebáceas, não 
patógenos); 
 
33 
 
 Propionibacterium acnes (cresce na profundidade do folículo piloso); 
 Difteróides (não patógenos); 
 Fungos lopofílicos(P. ovale* e P. orbiculare**); 
 P. ovale (couro cabeludo, conduto auditivo externo, rosto) 
 
** P. orbiculares (mesma localização). 
6 ANEXOS CUTÂNEOS 
São estruturas derivadas do ectoderma, como pelos, unhas, glândulas 
sebáceas e sudoríparas, que se fixam na derme, através de uma invaginação na 
epiderme. 
De acordo com Rabeh e Gonçalves (2015): 
A complexidade estrutural da pele, constituída por grande diversidade 
de células, com especificidades funcionais, confere a capacidade de 
executar: 
 Funções metabólicas e de proteção contra agentes nocivos 
químicos, físicos ou biológicos; 
 Regulação da temperatura; 
 Síntese de vitamina D; 
 Percepção sensorial; 
 Possibilita a identificação de pessoas, características faciais e 
cor da pele; 
 Comunicação, através de expressões faciais e emissão de sinais 
emocionais; 
 Papel importante no processo de cicatrização de feridas; 
 Manifestação de sinais que indicam o estado clínico da pessoa; 
 Sofre modificações ao longo do desenvolvimento, sua aparência 
difere entre as faixas etárias, são influenciadas pelos hábitos de vida, 
ambiente e cultura. 
 
34 
 
6.1 Estruturas dos anexos cutâneos 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
 
 Glândulas sudoríparas écrinas 
 
 
Fonte: atlasdocorpohumano.com 
 
As glândulas sudoríparas écrinas encontram-se dispersas por toda a pele, 
mas em maior quantidade nas regiões palmoplantares e axilas. São glândulas 
 
35 
 
tubulares que desembocam na superfície por meio da epiderme e compõem-se 
de três segmentos: 
 
Porção secretora 
A porção secretora localiza-se na junção dermo-hipodérmica ou na porção 
inferior da derme. A porção secretora das glândulas écrinas é formada por 
células grandes, cilíndricas, de citoplasma claro, levemente basófilo. (SAMPAIO 
e RIVITTI, 2018) 
Nos cortes habituais, essas células dispõem-se em ácinos, que mostram, 
na periferia, células pequenas fusiformes – as células mioepiteliais –, em torno 
das quais existe uma membrana hialina e que, pelo seu poder contrátil, seriam 
responsáveis pela expulsão da secreção sudoral. 
 
Conduto sudoríparo-intradérmico 
A porção intradérmica do conduto sudoríparo é formada por duas 
camadas de células epiteliais pequenas, cuboides, intensamente basófilas. 
 
Conduto sudoríparo-intraepidérmico. 
Segundo Sampaio e Rivitti, 2018: 
 A porção intraepidérmica do conduto sudoríparo é composta de uma 
única camada celular de revestimento e uma ou mais camadas de 
células epiteliais que compõem a bainha peridutal. 
 O orifício da glândula sudorípara, poro ou acrosiríngio, apresenta-se 
rodeado por um anel de queratina. As glândulas écrinas são inervadas 
por fibras simpáticas pós-ganglionares não mielinizadas. 
 
Fisiologicamente, porém, são regidas por mediadores parassimpáticos, 
ainda que respondam em menor grau a mediadores simpatomiméticos. Portanto, 
drogas parassimpatomiméticas como acetilcolina, acetilbetametilcolina e 
pilocarpina estimulam a sudorese, e drogas parassimpatolíticas, como atropina, 
inibem-na. 
 A secreção sudoral écrina é incolor, inodora, hipotônica, composta de 
99% de água e solutos encontrados no plasma, além de conter, em 
concentrações menores, especialmente sódio, cloretos, potássio, ureia, 
proteínas, lipídeos, aminoácidos, cálcio, fósforo e ferro. Em condições adversas 
 
36 
 
de temperatura, a sudorese pode atingir a produção de 10 a 12 litros em 24 
horas. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) 
 
 Glândulas apócrinas 
 
 
Fonte: atlasdocorpohumano.com 
 
Por sua própria embriogênese, a partir da invaginação formadora do 
folículo piloso, as glândulas apócrinas desembocam, em geral, nos folículos 
pilossebáceos, e não diretamente na superfície epidérmica. 
As glândulas apócrinas distribuem-se em axila, área perimamilar e região 
anogenital e, ainda, modificadamente, no conduto auditivo externo, constituindo 
as glândulas ceruminosas; nas pálpebras, formando as glândulas de Moll; e, na 
mama, constituindo as glândulas mamárias. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) 
As glândulas apócrinas são tubulares e compostas de uma porção 
secretora e uma porção ductal. A luz da porção secretora das glândulas 
apócrinas é ampla, cerca de 200 vezes a das glândulas écrinas e, como estas, 
também apresenta células mioepiteliais. 
 
A porção ductal 
É composta de duas camadas de células epiteliais, não dispondo, porém, 
de cutícula eosinófila, como ocorre com as glândulas sudoríparas écrinas. As 
 
37 
 
glândulas apócrinas secretam pequenas quantidades de secreção de aspecto 
leitoso, a intervalos longos de tempo. 
 
A secreção apócrina 
Contém proteínas, açúcares, amônia, ácidos graxos e, às vezes, 
cromógenos, como o indozil, podendo-se explicar, desse modo, certos casos de 
cromidrose. 
Admite-se que o odor produzido pela secreção apócrina decorre da ação 
de bactérias, próprias das regiões topográficas povoadas pelas glândulas 
sebáceas, sobre as secreções, resultando em produtos secundários odoríferos. 
O verdadeiro significado funcional da secreção apócrina no homem é 
desconhecido, admitindo-se que represente alguma função sexual vestigial, 
desde que surge apenas na puberdade. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) 
6.2 Aparelho pilossebáceo 
 
 
Fonte: ebah.com.br 
 
 
 
 
 
http://www.ebah.com.br/
 
38 
 
 Glândulas sebáceas 
 
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br 
 
 As glândulas sebáceas estão presentes em toda a pele, à exceção das 
regiões palmoplantares. Desembocam sempre no folículo pilossebáceo, com ou 
sem pelo. O tamanho das glândulas sebáceas é, em geral, inversamente 
proporcional às dimensões do pelo presente no folículo correspondente. Assim, 
as maiores glândulas sebáceas são encontradas nas regiões onde o sistema 
piloso é menos desenvolvido, por exemplo, fronte e nariz. (SAMPAIO e RIVITTI, 
2001) 
 Excepcionalmente, as glândulas sebáceas localizam-se 
heterotopicamente na mucosa bucal e no lábio, constituindo os chamados 
grânulos de Fordyce. 
 
 
Fonte: www.twgram.me 
 
39 
 
 As glândulas sebáceas são compostas de vários lóbulos; cada um deles 
apresenta, perifericamente, uma camada de células cúbicas basófilas, as células 
germinativas, e, centralmente, células de abundante citoplasma com uma 
delicada rede de malhas repleta de gordura, na qual predominam os glicerídeos 
neutros e, por esse motivo, não são birrefringentes à polaroscopia. 
 
A secreção das glândulas sebáceas 
A secreção é do tipo holócrino e o produto de sua atividade é o sebo 
(sebum). Ativadas pelos androgênios, as glândulas sebáceas independem de 
estimulação nervosa. Por esse motivo, são moderadamente desenvolvidas no 
recém-nascido, por ação dos androgênios maternos, passivamente transferidos. 
(GAMONAL et al, 2016) 
 
 
Fonte: apelequehabitoblog.blogspot.com 
 
 Esgotados os androgênios adquiridos passivamente, as glândulas 
sebáceas entram em acentuada regressão, somente se desenvolvendo 
novamente na puberdade, por ação dos androgênios de origem testicular, 
ovariana e suprarrenal. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) 
 
 
 
 
 
40 
 
6.3 Pelos 
 
Fonte: chinelada.com 
 
Os pelos são estruturas filiformes, constituídas por células queratinizadas 
produzidas pelos folículos pilosos. Existem dois tipos de pelos. 
Segundo Sampaio e Rivitti, 2001: 
Fetal ou lanugo: é a pilosidade fina e clara, idêntica aos pelos pouco 
desenvolvidos do adulto e denominada vellus. 
Terminal: corresponde ao pelo espesso e pigmentado, que 
compreende os cabelos, a barba, a pilosidade pubiana e axilar. 
 
Os pelos compõem-se de uma parte livre, a haste, e uma porção 
intradérmica, a raiz. Anexam-se ao folículo piloso: 
 Superiormente: Glândula sebácea 
 Inferiormente: músculo eretor do pelo 
 E em certas regiões corpóreas, o ducto excretor de uma glândula 
apócrina que desemboca no folículo, acima da glândula sebácea. 
 
 
 
 
 
41Fonte: HABIF,2005. 
 
 Folículo piloso 
 
Fonte: sandro.com.br 
 
Compreende as seguintes porções, de acordo com Sampaio e Rivitti, 
(2018): 
O infundíbulo: situado entre o óstio e o ponto de inserção da glândula 
sebácea. 
O acrotríquio: a porção intraepidérmica do folículo. 
http://www.sandro.com.br/
 
42 
 
O istmo: entre a abertura da glândula sebácea no folículo e o ponto de 
inserção do músculo eretor do pelo. 
O segmento inferior: a porção restante, situada abaixo do músculo 
eretor. Nessa porção mais inferior do folículo piloso, encontra-se uma 
expansão, o bulbo piloso. 
 
Fonte: spacobshair.blogspot.com 
 
Bulbo piloso: Contém a matriz do pelo, onde se introduz a papila, 
uma pequena estrutura conectiva, ricamente vascularizada e inervada. 
De permeio às células matrizes, encontram-se melanócitos ativos. A 
maior parte da atividade mitótica do pelo se dá na metade inferior do bulbo. 
(SAMPAIO e RIVITTI, 2018) 
 
Fonte: fashionbubbles.com 
 
43 
 
 Bainha radicular interna: compreende a cutícula da bainha, a camada 
de Huxley (mais interna) e a camada de Henle (mais externa). Essas camadas, 
após sua queratinização completa, desintegram-se ao alcançar o istmo e, neste 
mesmo nível, a bainha radicular externa inicia sua queratinização. (SAMPAIO e 
RIVITTI, 2018) 
A bainha radicular externa alonga-se desde a epiderme até as porções 
laterais do bulbo piloso, diminuindo progressivamente de espessura da 
superfície até a profundidade. Externamente a essa bainha, dispõe-se uma 
membrana delgada homogênea e eosinófila, denominada camada vítrea ou 
basal. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) 
 
Fonte: angelicabeauty.blogspot.com 
A haste do pelo propriamente dita é composta pela cutícula externa, pelo 
córtex e pela medula, que, no pelo humano, é descontínua ou até ausente, como 
no lanugo e no velus. 
Sampaio e Rivitti, (2001) diz: 
A camada cortical é composta de queratinócitos fortemente 
compactados, enquanto, na medular, os queratinócitos se agregam 
mais frouxamente. As células da cutícula do pelo imbricam-se 
fortemente com a cutícula da bainha radicular interna, resultando firme 
adesão do pelo. 
O componente principal do pelo é a queratina e participam de sua 
estrutura cerca de vinte aminoácidos, sendo particularmente 
 
44 
 
importantes a cisteína, a arginina e a citrulina, encontrada 
exclusivamente nos pelos humanos. 
 
Os pelos são estruturas muito resistentes, flexíveis e elásticos, 
alongando-se 20 a 30% quando secos e até 100% quando embebidos em água. 
Os pelos não crescem continuamente, havendo alternâncias de fases de 
crescimento e repouso, que constituem o ciclo do pelo. 
 
Ciclo do pelo 
FASE DESCRIÇÃO 
 
ANÁGENA (FASE DO 
CRESCIMENTO) 
 Caracteriza-se por intensa 
atividade mitótica da matriz e na 
qual o pelo se apresenta na 
máxima expressão estrutural. 
 Sua duração é de 2 a 5 anos, no 
couro cabeludo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CATÁGENA 
 Fase na qual os folículos regridem 
a 1/3 de suas dimensões 
anteriores. 
 Interrompe-se a melanogênese na 
matriz e a proliferação celular 
diminui até cessar. As células da 
porção superior do bulbo 
continuam, ainda, sua 
diferenciação à haste do pelo, que 
fica constituída somente do córtex 
e da membrana radicular interna 
até que o bulbo se reduza a uma 
coluna desorganizada de células. 
 A extremidade do pelo assume a 
forma de clava, constituindo o pelo 
em clava, aderido, ainda, por 
retalhos de queratina ao saco 
folicular. 
 
45 
 
 A fase catágena dura cerca de 3 a 
4 semanas. 
 
 
 
 
TELÓGENA 
 Desprendimento do pelo, que, no 
couro cabeludo, tem cerca de três 
meses de duração. 
 Os folículos mostram-se 
completamente quiescentes, 
reduzidos à metade ou menos do 
tamanho normal e há uma 
desvinculação completa entre a 
papila dérmica e o pelo em 
eliminação. 
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2018 
 
 
Fonte: naomaispelo.com.br 
 
Segundo Gamonal (2016): 
Quando se analisa o couro cabeludo, as seguintes proporções entre os 
cabelos, nas suas várias fases, são encontradas: 
 85% na fase anágena. 
 14% na fase telógena. 
 1% na fase catágena. 
Esses percentuais compõem o tricograma normal do couro cabeludo. 
Admitindo-se 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo, e, tendo em 
http://www.naomaispelo.com.br/
 
46 
 
conta que cerca de 10% deles estão em fase telógena, por 
aproximadamente 100 dias, alguns autores consideram normal a 
eliminação média de até 100 fios de cabelo por dia. 
 
 Quanto ao crescimento, as médias, por dia, são de 0,4 mm, na região do 
vértex, e 0,35 mm, nas têmporas, sendo que os cabelos das mulheres crescem 
mais rapidamente. 
Os fatores reguladores do ciclo piloso são desconhecidos, admitindo-se a 
influência de condições intrínsecas ao folículo e a fatores sistêmicos, 
nutricionais, emocionais e, especialmente, hormonais – androgênios em 
particular. 
 Do ponto de vista funcional, os pelos servem como defesa nas áreas 
orificiais – narinas, conduto auditivo, olhos – e, no couro cabeludo, atuam como 
proteção aos raios ultravioleta. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) 
Nas áreas intertriginosas, reduzem o atrito e, finalmente, por sua 
abundante inervação, fazem parte do aparelho sensorial cutâneo. Na 
protuberância da bainha externa do pelo, abaixo da inserção da glândula 
sebácea, localizam-se as células-tronco epidérmicas, que também se dispõem 
em agrupamentos no epitélio interfolicular. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) 
6.4 Unhas 
 
Fonte: auladeanatomia.com 
 
 Uma unha tem quatro partes: 
http://www.auladeanatomia.com/
 
47 
 
 Posterior ou raiz: Localizada sob a dobra da pele. 
 Lâmina: Aderente ao leito ungueal na sua porção inferior. 
 Dobras laterais: borda livre. 
 Raiz ou matriz ungueal: uma área semilunar de células epiteliais 
proliferativas, parcialmente vedada pela dobra ungueal posterior e 
visível, parcialmente, em área mais clara, chamada lúnula. 
 
A dobra ungueal posterior apresenta um prolongamento da camada 
córnea que recobre a porção proximal da unha, a cutícula e, abaixo desta, o 
eponíquio, que adere à lâmina ungueal. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) 
 Estas estruturas são importantes porque podem ser destacadas das 
unhas por processos inflamatórios. Há uma rica rede vascular, dependente de 
duas artérias digitais, para a nutrição da matriz ungueal. 
A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm. Seu crescimento é de 
cerca de 0,1 mm por dia nos quirodáctilos, sendo mais lento nas dos 
pododáctilos. 
Segundo Sampaio e Rivitti, (2018): 
A lâmina ungueal é formada, fundamentalmente, pela matriz ungueal, 
mas há participação secundária do leito ungueal nesse processo. O 
crescimento ungueal sofre variações individuais e é influenciado por 
doenças sistêmicas e fatores locais. Deformidades nas unhas podem, 
assim, representar lesões da matriz ungueal que ocorreram até três 
meses antes das alterações ungueais. 
 
 
 Fonte: cookie.com.br Fonte: pikview.com 
http://www.cookie.com.br/
 
48 
 
7 INERVAÇÃO 
 Os nervos sensitivos, que sempre são mielinizados, em algumas regiões 
corpóreas como palmas, plantas, lábios e genitais, formam órgãos terminais 
específicos, os corpúsculos de Vater-Pacini, os corpúsculos táteis de Meissner, 
os corpúsculos de Krause, os meniscos de Merkel-Ranvier e os corpúsculos de 
Ruffini. (BEAR et al,2002) 
 Corpúsculos de Vater-Pacini: localizam-se, especialmente, nas 
regiões palmoplantares e são específicos para a sensibilidade à 
pressão. 
 Corpúsculos de Meissner: situam-se nas mãos e nos pés, 
especialmente nas polpas dos dedos, ao nível da derme papilar. 
São específicos para a sensibilidade tátil. 
 Corpúsculos de Krause: também chamados órgãos nervosos 
terminais-mucocutâneos, pois ocorrem nas áreas de transição 
entre pele e mucosas. Encontram-se, portanto, na glande, no 
prepúcio,no clitóris, nos lábios vulvares e, em menor quantidade, 
no lábio, na língua, nas pálpebras e na pele perianal. 
 Meniscos de Merkel-Ranvier: são plexos terminais de nervos de 
posição subepidérmica, localizados especialmente nas polpas dos 
dedos. 
 Corpúsculos de Ruffini: são formados por fibra nervosa que se 
ramifica, permeando o colágeno, e relacionam-se à sensibilidade 
térmica. 
 
Outra estrutura nervosa com funções táteis é o disco pilar, estrutura 
discoide rica em células de Merkel, de localização dermoepidérmica, nas 
proximidades de folículos pilosos. 
A inervação motora da pele é suprida pelo sistema nervoso autônomo, 
cujas fibras, adrenérgicas, provocam contração das células musculares lisas das 
paredes arteriolares (vasoconstrição), contraem o músculo eretor dos pelos, 
ativam o corpúsculo glômico e as células mioepiteliais das glândulas apócrinas. 
 
49 
 
É importante salientar que as glândulas écrinas são inervadas por fibras 
simpáticas, porém colinérgicas, o que é excepcional, uma vez que, via de regra, 
as fibras simpáticas são adrenérgicas. Esse fato explica a sudorese pela 
pilocarpina, droga parassimpatomimética, que estimula diretamente os efetores 
colinérgicos da glândula sudorípara. (SAMPAIO e RIVITTI, 2014) 
As glândulas apócrinas reagem a estímulo simpático e não 
parassimpático, uma vez que são inervadas por fibras adrenérgicas, controladas 
por centros simpáticos do sistema nervoso central. 
8 BIOQUIMICA DOS ANEXOS CUTÂNEOS 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
Pêlos: Constituído por células queratinizadas (implantadas profundamente na 
derme); Glândulas Sebáceas (unidade pilo-sebácea). 
Glândulas Sudoríparas: são divididas em apócrinas e écrinas. 
Écrinas: Presente nas superfícies (palma e planta dos pés). Regula equilíbrio 
corporal térmico. 
Apócrinas: Axilas, zona perigenital (controle hormonal). 
 
50 
 
8.1 Composição aproximada da secreção de glândulas sudoríparas: 
Aminoácidos: 40,0% Glicosamina: 1,5% 
Lactatos: 12,0% Fosfatos e cloretos: 18,5% 
Uréia: 7,0% Açúcares: 8,0% 
Amônia: 1,5% Peptídeos: 8,0% 
Ac úrico: 1,5% Outros: 8,0% 
Creatinina: 1,5% 
8.2 Glândulas sebáceas 
Flexibilidade, camada lubrificante para os pêlos e a pele. 
Formações anexas ao folículo piloso; 
Secretam o sebo que juntamente com a secreção sudoral lubrificam a pele; 
Distribuídas por todo o corpo; 
Exceção (palmas, planta dos pés, lábio inferior); 
Parte média da derme, envolta de vasos sanguíneos (sem inervação); 
São glândulas holócrinas (secreção se forma por desintegração total de suas 
células). 
Composição aproximada da secreção sebácea humana: 
 
Ácidos graxos livres: 28% - 30% Ésteres: 4 - 5% 
Triglicérides: 25% - 32% Esqualeno: 4 - 5% 
Ceras: 14% - 25% Outros hidrocarbonetos: 8 - 14 % 
Colesterol: 4% – 5% Esteróides: 9 - 10 % 
 
Manto hidrolipídico da superfície cutânea: 
 Triglicérides 
 Colesterol 
 Ceras 
 Traços de fosfolipídeos. 
 
Fatores que influenciam no controle da secreção e excreção sebácea 
 
51 
 
 Fricções repetidas; 
 Temperatura cutânea; 
 Restrição calórica; 
 Idade; 
 Hormônios; 
 Influência neurológica. 
8.3 Unhas 
Função protetora. São células queratinizadas constituídas de formações 
epidérmicas córneas (dorso da 3ª falange dos dedos). Inicia-se na 20° semana. 
 Composição química: rica em Co, Mn, Zn, Fe e Ca, fosfolipídios. 
 Dureza: alto teor de enxofre 
 Funções: Proteção da porção distal, facilitando movimentos finos, 
capacitando a apreensão de pequenos objetos. 
 Crescimento mais rápido: durante o dia, gravidez, mão direita, jovens, 
unhas das mãos, 2°, 3° e 4° dedos, homens, psoríase, hipertireoídismo. 
 Crescimento mais lento: à noite, recém-nascidos, mão esquerda, 
idosos, unhas dos pés, inverno, polegar e 5° dedo, mulheres, imobilização 
dos dedos, hipotireoidismo, desnutrição. 
9 QUERATINIZAÇÃO 
 
Fonte: ebah.com.br 
 
 
52 
 
 Processo no qual se formam as proteínas características do pêlo, 
unhas e da epiderme; 
 Oxidação (2 moléculas de cisteína) forma 1 molécula de cistina; 
 Queratina (principal componente da capa córnea). 
10 MECANISMOS QUE CONTROLAM A HIDRATAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO 
CUTÂNEA 
 Flexibilidade e textura cutânea (grau de hidratação da capa córnea 
da epiderme); 
 Umidade ambiente baixa (capa córnea perde água); 
 Umidade ambiente alta (capa córnea absorve água); 
 Lipídeos (propriedades protetoras e amolecedoras); 
 Lipídeos e suor (emulsão). 
 
Mecanismo de Umectação da Capa Córnea 
 Manto lipídico da superfície cutânea (deduz-se que ele esteja em 
estado de emulsão); 
 A pele (funções fisiológicas) requer lipídeos e umectação; 
 Quando se dissolvem os constituintes presentes na epiderme 
(fatores de umectação natural - NMF) ocorre perda da flexibilidade 
cutânea. 
 
Composição dos NMF (Fator natural de umectação da pele) 
 Aminoácidos Livres (glicina, serina, alanina, asparagina, ornitina, 
citrulina, prolina, outros); 
 Ácido pirrolidônico carboxílico; 
 Uréia; 
 Lactatos (sais sódico); 
 Ácido Lático, glicosamina; 
 Sódio; Potássio; Cálcio; Fosfatos; Cloretos; Citratos. 
 
 
 
53 
 
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