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Novo ATLS - Avaliação Primária no Trauma

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1 
 
ATLS – Avaliação Primária no Trauma 
Professor: Franceska – Aula: I 
Letícia Moreira Batista 
Politraumatismo – ATLS 
Abordagem sistematizada: 
I. Avaliação primária: Ressuscitação inicial e 
risco imediato de vida 
II. Avaliação secundária: Exame e história 
clínica completos 
III. Tratamento definitivo 
ATLS: 
1. Preparação 
2. Triagem 
3. Exame primário (ABC) 
4. Complementos da avaliação primária e reanimação 
5. Considerar necessidade de transferência do paciente 
6. Exame secundário (da cabeça ao dedo do pé) 
7. Complementos da avaliação secundária 
8. Monitoramento continuo pós reanimação e reavaliação 
9. Cuidados definitivos 
Preparação 
Fase intra-hospitalar: 
 Contato prévio do sitema de APH 
 Planejamento antecipado da equipe médica 
 Equipamentos organizados e testados 
 Cristalóides aquecidos(RL) 
 Laboratório e radiologia 
 Protocolo de sobreaviso 
 Equipe médica protegida 
 Protocolo de transferência 
TEAM – Trauma Evaluation and Management 
T – Team leader skills 
E – Environment that’s best 
A – Actions and skills 
M – Maximising ATLS principles 
Exame primário e reanimação simultânea: 
 A: Vias aéreas com restrição do movimento da coluna cervical 
 B: Respiração e ventilação 
 C: Circulação com controle da hemorragia 
 Tratar primeiro a maior ameaça a vida 
 Não prescindir de um tratamento indicado na falta de 
um diagnóstico definitivo 
 Para a identificação de situações que ameaçam a vida 
não é necessário uma história clínica detalhada 
 Lembrar da “hora de ouro” 
2 
 
 D: Incapacidade, estado neurológico 
 E: Exposição e controle do ambiente 10 Segundos 
A: Vias aéreas e coluna cervical: 
 Obstrução de vias aéreas (manobra da mandíbula) 
 Lesão em coluna cervical (colar cervical e acessórios) 
o Considerar lesão de coluna cervical em todo politrauma – Inicialmente 
o Retirar o colar se: Paciente consciente | Após palpação e clínica. Na dúvida: Rx de coluna cervical (Transoral) 
 Aspiração de corpo estranho (sondas rígidas) 
 Ventilação com ambu® / Via aérea definitiva 
 Paciente que verbaliza a via aérea está pérvia 
 Ofertar oxigênio primeiro e depois determinar qual a melhor via 
aérea definitiva 
 Definir qual a melhor via aérea definitiva (intubação orotraqueal, 
intubação nasotraqueal, via aérea cirúrgica) 
 A dúvida para uma via aérea definitiva (tubo na traquéia) é 
suficiente para indicá-la 
 Rx cervical em momento oportuno 
 A obstrução das vias aéreas é a principal causa de morte 
imediatamente após o trauma 
 Observe a face, o pescoço e o tórax procurando por sinais de dificuldade respiratória, incluindo taquipnéia, uso de 
musculatura acessória ou padrão respiratório anormal. 
 Examine a cavidade oral procurando por deformidades, lesões de dentes ou língua, sangue, vômitos ou secreções. 
 Examine e palpe a região anterior do pescoço procurando por lacerações, hemorragias, crepitação, edema ou outros 
sinais de lesões. 
 Na dúvida intube! Principalmente em paciente instáveis hemodinamicamente e lesões significativas da face ou pescoço 
 Se a saturação se mantém acima de 90% o socorrista pode avaliar outras formas de acesso as vias aéreas 
 Se a saturação cair, uma via aérea definitiva deve ser realizada prontamente 
o Indicações: 
 Cianose 
 Taquipneia (>29) 
 Bradpneia (<20) 
 Movimentos torácicos assimétricos 
 Sato2 <90% com O2 10-12l/min 
 Glasgow < ou = 8 
 Apnea ou impossibilidade manter a oxigenação 
por máscara de O2 
 Impossibilidade de manter uma via adequada por 
outros métodos 
 Proteção das vias aéreas contra aspirações 
 Comprometimento iminente ou potencial das vias 
aéreas 
 TCE necessitando de hiperventilação 
 TRM 
 Necessidade de via aérea adequada antes de afastar lesão cervical 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnicas básicas de manutenção de vias aéreas: 
 Aspiração 
 Cânula de Guedel / Wendel 
 Hiperextensão cervical* 
 Tração do mento (?) 
 Empuxo mandibular* 
* = Com estabilização cervical! 
Intubação assistida por drogas: 
 Tenha um plano B! 
 Aspirador e respirador disponíveis e 
testados 
 Préoxigene a 100%! 
 Aplique a pressão cricoide 
 Etomidato 0,3 mg/kg (ou outro 
protocolo) 
 Succinil colina 100 mg 7. IOT 8. 
 Infle o cuff e conecte o detector de CO2 
 Alivie a pressão cricóide 
 Ventile o paciente! 
3 
 
 Intubação nasotraqueal: 
o Indicações: Fratura de coluna cervical | Impossibilidade de Rx coluna cervical 
o Contraindicações: Fraturas de base de crânio e médio – faciais; Apneia 
o 276 segundos x 64 segundos – IOT (A nasotraqueal é mais demorada) 
 Via aérea cirúrgica: 
o Indicações: 
 Impossibilidade de manutenção da via aérea 
 Edema de glote 
 Fratura de laringe 
 Hemorragia copiosa 
 Lesões faciais extensas 
o Tipos: 
 Cricotireoidostomia por punção 
 Cânula plástica calibrosa 
 Conector em Y 
 30 a 45 min 
 15 L/Min O2 
 Cricotireoidostomia cirúrgica 
 Abertura da mambrana cricotireoídea + cânula 
traqueostomia (5-7mm) 
 > 12 anos / cartilagem cricoide 
B: Respiração e ventilação: 
 Ventilação adequada não é garantida por uma via aérea pérvia 
 Ventilação depende dos pulmões, parede torácica e diafragma 
 Indispensável monitorização (oximetro de pulso) 
Respiração: 
 Avaliação clínica/Oximetria de pulso 
o Avaliar jugular 
o Avaliar posição da traqueia 
o Avaliar dinâmica da parede torácica 
o Palpação da parede torácica 
o Percussão da parede torácica 
o Auscultar o tórax 
 O2 suplementar: escolher equipamento adequado 
 Toracocentese/drenagem pleural 
 Ventilação mecânica 
 Pneumotórax Hipertensivo 
o Drenado com toracocentese, depois dreno de tórax 
o Toracocentese – Região subescapular ou 5º espaço intercostal, sempre na borda inferior da costela superior, 
para evitar o feixe vásculo-nervoso: BICS 
 Hemotórax maciço 
o Drenado com dreno de tórax 
 Pneumotórax aberto: 
o Inicialmente se oclui a lesão (curativo de 3 pontos), depois drenagem de tórax 
 Paciente dispneico e taquipneico com piora clínica após intubação deve ser suspeitado de pneumotórax, por isso 
sempre realizar rx de tórax após via aérea definitiva! 
 Tamponamento cardíaco 
o Tríade de Beck: 
 Elevação da PVC (Estase jugular) 
 Hipotensão arterial 
 Abafamento de bulhas cardíacas 
o Causas: Ferimentos Penetrantes; Traumas Contusos 
o Diagnóstico: FAST se disponível | Punção Marfan | Janela Pericárdica 
o Tratamento: Pericardiocentese 
 
 
Lesões que podem comprometer a ventilação e devem 
ser identificadas e tratadas ainda na avaliação primária 
(Inspeção, palpação, percussão e ausculta): 
 PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO 
 HEMOTÓRAX MACIÇO 
 PNEUMOTÓRAX ABERTO 
Hemotórax/pneumotórax simples, contusão pulmonar e 
fratura de costelas são identificados na avaliação 
secundária e com Rx! 
4 
 
C – Circulação com controle da hemorragia: 
 “Estancar o sangue e restaurar a volemia” 
 Principal causa de morte potencialmente evitável pós-trauma 
 No trauma a principal suspeita de hipotensão sempre será hipovolemia 
 Avaliar nível de consciência (perda de 1500 a 2000 ml – paciente ansioso ou confuso), cor da pele e pulso (taquicardia 
é o sinal mais precoce de hipovolemia, perda de 1500 ml de sangue apresenta fc > 120 bpm) 
 Torniquete quando a compressão direta não resolve e o 
paciente está em risco de morte 
 Atenção com idosos 
 Sondagem vesical / Sondagem gástrica / Colher HCT 
Avaliação e tratamento inicial: 
 Controle hemorragia externa 
 Cor e temperatura da pele 
 “Perfusão” capilar 
 Pulso e PA 
 Diurese 
 Compressão e tamponamento 
 1 acesso venoso calibroso 
 Coleta de sangue para exames 
 Infusão rápida de cristaloide 
 Transfusão de sangue 
 Hemostasia definitiva 
 Ácido Tranexãmico: 
o Melhor se administrado até 3 horas após o trauma 
o A primeira dose geralmente é adm em 10min no APH e a dose subsequente de 1 g em 8h 
 Acesso venoso central guiado por ultrasom é melhor 
 Em trauma penetrante, manter a PA sistólica em torno de 90mmHg 
 “Hipotensão controlada” (PAS 70mmHg) em vítimas de PAF e FAB 
 Em trauma fechado e particularmente em vítima de TCE, manter a PA sistólica em torno de 120mmHg 
 Repor sangue se estes objetivos não forem alcançados 
 Coloides, no choque traumático, não mostraram benefícios superiores 
 Hemorragia é uma das causas preveníveis mais comuns de morte no trauma. 
 Atenção para sinais súbitos de choque hemorrágico principalmente em idosos, crianças e adultos saudáveis. 
 Geralmente a hipotensão arterial não se manifesta até pelo menos 30% do volume sanguíneo do paciente tenha sido 
perdido 
 Monitorar p paciente após infusão de 1000 ml de cristaloide: 
o Pressão arterial 
o Frequência cardíaca 
o Pressão de pulso 
o Débito urinário 
o Considerar drenagem gástrica 
D – Incapacidade: 
 Deve ser realizada a Escala de Coma de Glasgow 
 Avaliar e anotar todas as alterações 
 Agitação é sinal de hipóxia e obnubilação é sinal de hipercapnia até que se prove o contrário 
 Verificar reação e tamanho das pupilas 
 Verificar canal auditivo 
Atenção: 
 Hipóxia, hipotensão e anemia agravam lesões cerebrais! 
 Estabilização cardiopulmonar é prioridade frente a qualquer lesão cerebral! 
E – Exposição: Despir completamente o paciente | Aquecer o paciente | Uso de reposição volêmica aquecida (39ºC) 
ATENÇÃO! 
 Morte nas primeiras horas após o trauma 
geralmente se deve a perdas intracavitárias 
 Indicar o exame de USG quando necessário 
 Há sangramentos que só serão controlados 
com cirurgia 
 Não indicá-la em momento oportuno é um 
equívoco 
 Não insistir em estabilizar um paciente que 
não responde favoravelmente à infusão de 
líquidos 
 1000ml de solução cristaloide aquecida 
 Cateter curto e grosso (abocath 14) 
 Ácido tranexâmico nos pacientes graves

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