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Aplicações Clínicas do Eletrocardiograma

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CLÍNICA MÉDICA I ANDRESSA BERTOLO 
Após anamnese e exame 
físico (padrão ouro) 
Memorizando: Brasil sempre no lado esquerdo. Flamengo sempre no lado direito. 
Com os pés se pisa na grama (verde) e no asfalto (preto). 
Derivações são o registro da diferença de potencial elétrico entre dois pontos. 
Podendo ser classificadas bipolares e monopolares. Nas derivações bipolares é a 
diferença entre 2 eletrodos, e nas derivações monopolares é a diferença entre 
um ponto virtual e um eletrodo. 
_______________________________________Aplicações Clínicas do ECG_____________________________________ 
 
• Conceito: Exame que avalia a atividade elétrica do coração, observando, assim, o ritmo, a quantidade e a velocidade das 
suas batidas. 
 
 Diferente do ecocardiograma que avalia a contração e relaxamento do coração 
 
• Principais alterações detectadas no ECG: Isquemia 
 Arritmias cardíacas 
 Bloqueios (Interrupção transmissão corrente elétrica) 
 Sobrecarga de câmaras (padrão ouro é o ecocardiograma) 
 
• O eletrocardiograma é como se fosse a VAR (vídeo-arbitragem) do futebol, ou seja, câmeras (eletrodos ou derivações) 
ao redor de todo estádio (corpo do paciente) para registrar ângulos (respostas elétricas) e informações diferentes de 
um mesmo lance (ciclo cardíaco). 
 
• No ECG estarão representadas 12 derivações DI, DII, DIII, aVR, aVL, aVF, V1, V2, V3, V4, V5 e V6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Como é realizada a preparação do exame? 
o Posicionamento dos eletrodos deve ser sempre respeitar um padrão 
o Antes de fixar os eletrodos é fundamental que se desengordure a pele do paciente (algodão + álcool) 
 
o Posicionamento dos eletrodos periféricos: Braço direito: vermelho 
 Braço esquerdo: amarelo 
 Perna direita: preto 
 Perna esquerda: verde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada derivação representa o mesmo ciclo cardíaco, mas visualizados em ângulos diferentes. 
 
 
CLÍNICA MÉDICA I ANDRESSA BERTOLO 
Principais, utilizados rotineiramente 
Utilizados em pacientes com alterações específicas 
o Posicionamentos dos eletrodos precordiais (região torácica anterior): 
- V1: 4˚ Espaço intercostal, borda esternal direita (linha paraesternal) 
- V2: 4˚ Espaço intercostal, borda esternal esquerda (linha paraesternal) 
- V3: Entre V2 e V4 
- V4: 5˚ Espaço intercostal, linha hemiclavicular esquerda 
- V5: 5˚ Espaço intercostal, linha axilar anterior esquerda 
- V6: 5˚ Espaço intercostal, linha axilar média esquerda 
- V7: 5˚ Espaço intercostal, linha axilar posterior esquerda 
- V8: 5˚ Espaço intercostal, linha subescapular esquerda 
- V3R: Mesma posição do V3, a direita 
- V4R: Mesma posição do V4, a direita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Através do posicionamento dos eletrodos serão geradas as 12 derivações, que representam o ciclo cardíaco no 
ponto de vista elétrico 
 
• Despolarização: 
o A origem da atividade elétrica cardíaca acorre através da despolarização, que consequentemente gera a 
contração das células miocárdicas. 
 
o Em repouso as células miocárdicas apresentam polaridade intracelular negativa. Com o início da despolarização 
a polaridade intracelular passa a ser positiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o A despolarização tem início através de um estímulo elétrica, que após gerado seguirá um fluxo, passando de 
célula para célula. Será através do eletrocardiograma que avaliaremos a forma como esse impulso elétrico está 
sendo transmitido para todas as células. 
 
 
 
 
 
o Relacionando a direção do impulso elétrico com as derivações: 
- Quando a onda de despolarização (estímulo elétrico) vai na direção a favor do eletrodo, será gerada 
uma onda (traçado) positiva no ECG. No entanto, se esse mesmo impulso elétrico estiver se afastando 
do eletrodo que está sendo avaliado, será gerada uma onda (traçado) negativa no ECG. 
 
- Quando a representação da onda do ECG estiver no seu pico, significa que o impulso elétrico está o 
mais próximo possível daquele eletrodo. 
O sentido da despolarização com padrão fisiológico será sempre: 
DIREITA ESQUERDA 
CIMA BAIXO 
 
 
CLÍNICA MÉDICA I ANDRESSA BERTOLO 
Derivações do plano frontal são bipolares, porque 
possuem 2 polos, um + e outro – 
Derivações do plano horizontal são unipolares, 
possuem apenas polo +. 
o Em condições fisiológicas normais, o estímulo elétrico se inicia no Nó Sinoatrial (porção direita superior), logo a 
direção da despolarização, nessas condições, será primeiro da direita para esquerda, e depois de cima para 
baixo 
 
• Derivações eletrocardiográficas: 
o São o registro da diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Classificadas em bipolares e monopolares. 
 
o Nas derivações bipolares é a diferença entre 2 eletrodos, e nas derivações monopolares é a diferença entre um 
ponto virtual e um eletrodo. 
 
o 6 derivações periféricas (plano frontal): Bipolares: DI, DII e DIII 
 Unipolares: aVR, aVL, aVF 
 
 
o 6 derivações precordiais (plano horizontal): V1, V2, V3, V4, V5 e V6 
 
o Obs: É no polo positivo que cada onda é analisada por derivação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• O que representa cada ondas do eletrocardiograma: 
 
1. Onda P: Despolarização atrial (impulso elétrico iniciado no nó sinoatrial e percorrendo os feixes internodais) 
 
2. Segmento PR: É o período que leva entre a despolarização dos átrios e dos ventrículos. Quando a 
depolarização chega dos feixes internodais no nó atrioventricular, ocorrerá uma segurada da condução do 
impulso elétrico, ou seja, ele fica mais lento, com o propósito de que não ocorra a contração concomitante dos 
átrios e dos ventrículos. No ECG representado como uma linha reta. 
 
3. Complexo QRS: Despolarização ventricular (impulso elétrico percorre os ramos dos Feixes de His D e E) 
 
4. Segmento S-T: Representa um retardo entre a despolarização ventricular e a repolarização ventricular 
 
5. Onda T: Repolarização ventricular (obs: a repolarização atrial possui amplitude muito pequena, ficando 
escondida atrás do complexo QRS) 
 
 
Complementando... Sistema de condução elétrica cardíaca: 
o Coração possui 2 tipos celulares Células miocárdicas: também denominadas de células funcionais. 
Quando estimuladas eletricamente possuem 
capacidade de contração. 
Células marcapasso: Responsáveis pela geração e condução dos 
estímulos elétricos 
 
o Nó sinoatrial Feixes internodais (átrios) Nó AV Feixes de His Células Purkinje 
 
 
CLÍNICA MÉDICA I ANDRESSA BERTOLO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Como determinas os valores das ondas e complexos: 
o As medidas do ECG no eixo vertical são a amplitude (potência da atividade elétrica - voltagem). Já as medidas 
no eixo horizontal são o tempo. 
 
o Cada quadradinho horizontal equivale a 0,04 segundos 
 
o Cada quadradinho vertical equivale a 0,1 mV (na prática os médicos preferem contar em milímetros) 
 
o Exemplo: Um ventrículo com hipertrofia, tende a contrair mais forte, isso será representado no ECG com um 
complexo QRS mais alto, pois está sofrendo sobrecarga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Ritmo Cardíaco (sinusal): 
o O ritmo cardíaco no eletrocardiograma é determinado com a análise de onde ocorre o início da despolarização 
cardíaca, que em condições de normalidade é no nó sinusal (teto do átrio direito). 
 
o Direção da despolarização atrial: Percorre trajeto de cima para baixo e em seguida de direita para esquerda. 
 
 
O que avaliar no ECG: Qual o ritmo cardíaco? Sinusal 
 Qual a frequência cardíaca? Entre 50 a 100 bpm 
 Qual a duração do intervalo PR? Entre 0,12 a 0,20 segundosQual a duração do complexo QRS? Menor que 0,12 segundos 
 Qual a definição do eixo do QRS? Quadrante inferior esquerdo 
 
 
CLÍNICA MÉDICA I ANDRESSA BERTOLO 
Cálculo: _____1500_____ 
N˚ quadradinhos 
25 
o Como descrever o ritmo cardíaco? Quando iniciado no nó sinusal Ritmo cardíaco sinusal 
Quando iniciado fora do nó sinusal Ritmo cardíaco não sinusal 
 
o Como definir o ritmo analisando o ECG? Deve ser levado em consideração o local onde está iniciando a 
despolarização atrial (representado pelo início da onda P) e se está 
acompanhando o trajeto correto de acordo com cada derivação. 
Apresentando no ECG como: 
 
 
 
o A descrição da onda P no quadro acima se refere a um padrão com ritmo sinusal (normalidade). Logo, quando 
a onda P apresenta características inversas a essas, indicará que o ritmo cardíaco não sinusal. 
 
o Exemplo de ECG com Ritmo Sinusal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Cálculo da Frequência Cardíaca (50 a 100 bpm): 
o A frequência cardíaca é definida pelo número de batimentos cardíacos a cada minuto. 
 
o No ECG é determinada através de um cálculo específico, que deve conter 
dados fixos e o número de quadrados presentes dentro do intervalo R-R., 
ou seja, dividir 1500 pelo n˚ de quadradinhos que dentro desse intervalo. 
 
o Intervalo R-R é o espaçamento entre dois complexos QRS, ou seja, a distância entre duas ondas R. 
 
o Determinação da FC Bradicardia: < 50bpm 
 Taquicardia: >100bpm 
 
o Exemplo de FC no ECG: 1500 = 60bpm 
 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onda P positiva: D1 (MSE), D2 (MIE) e AVF (MIE) 
Onda P negativa: AVR (MSD) 
 
 
CLÍNICA MÉDICA I ANDRESSA BERTOLO 
Atenção! Intervalo PR Segmento PR! 
 
Segmento PR: Linha que une o fim da onda P o com início do complexo QRS (onda Q) 
Intervalo PR: Linha desde o início da onda P até o início do complexo QRS (onda Q) 
 
 
• Duração do intervalo PR: 
o Esse intervalo representa o tempo de duração da depolarização atrial e o retardo fisiológico do estímulo ao 
passar pelo nó atrioventricular (AV). 
 
o Deve ser medido desde o início da onda P até o início do complexo QRS (onda Q) 
 
o Como calcular: Multiplicar número de quadradinhos contidos dentro do intervalo PR e multiplicar por 0,04 seg. 
 
o Valor normal: 0,12 a 0,20 segundos. 
 
 
 
 
 
 
 
o Intervalo PR curto ou com tempo de duração diminuído é indicativo de que a condução atrioventricular está 
acelerada, como acontece nas Síndromes de Pré-Excitação. Já intervalos PR longos, com tempo de duração 
aumentado são indicativos de que alguma alteração cardíaca está atrasando o envio do impulso elétrico entre 
o átrio e o ventrículo, que geralmente acontece no Bloqueio Atrioventricular (bloqueio no nó AV). 
 
 
 
 
 
 
 
• Duração do Complexo QRS: 
o Determina o tempo total de despolarização ventricular. 
 
o Deve ser medido desde o início da onda Q até o final da onda S. 
 
o Como calcular: Multiplicar número de quadradinhos contidos dentro do intervalo PR e multiplicar por 0,04 seg. 
 
o Não há um valor mínimo, sendo o máximo de 0,12 seg. Quando há um tempo superior a 0,12 (QRS alongado, 
aumentado) é indicativo de que esteja ocorrendo um bloqueio dos ramos do feixe de His. 
 
o Valor normal: < 12 segundos 
 
o Exemplo: 2 x 0,04 = 0,08 segundos 
 
 
• Definição do Eixo elétrico (QRS): 
o Representa a direção do vetor total da despolarização dos ventrículos, ou seja, é a direção principal do 
estímulo elétrico em seu caminho através dos ventrículos 
 
o O eixo normal é representado com o QRS positivo nas derivações D1 e aVF. 
 
o D1 e aVF com QRS é negativo, significa que o eixo apresenta um desvio extremo. 
 
o D1 é negativo e aVF é positivo, o eixo está apresentando desvio à direita. 
 
o D1 com QRS positivo e aVF com QRS negativo Avaliar derivação D2 
 
 QRS positivo = eixo é normal 
 QRS negativo = eixo com desvio à esquerda 
 
Curiosidade: 
Grau I: Todas ondas P conduzem do impulso elétrico ao Complexo QRS, apesar de ser lenta 
Grau II: Não são todas as ondas P que conseguem conduzir o impulso até o QRS 
Grau III: Não há condução de impulso elétrico da onda P até o complexo QRS 
 
 
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